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Fatores Que Afetam O Crescimento De Forragens Em Pastagens

Breve revisão de Literatura sobre: Fatores que afetam o crescimento de forragens em pastagens

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECÔNCAVO DA BAHIA ENGENHARIA AGRONÔMICA ALISON FALCÃO FATORES QUE AFETAM O CRESCIMENTO DE FORRAGEIRAS EM PASTAGENS Cruz das Almas, 08 de março de 2013. UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECÔNCAVO DA BAHIA ENGENHARIA AGRONÔMICA ALISON FALCÃO FATORES QUE AFETAM O CRESCIMENTO DE FORRAGEIRAS EM PASTAGENS Trabalho apresentado ao curso de graduação em Engenharia Agronômica da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, como forma parcial de avaliação da disciplina CCA 009 Pastagens e Plantas Forrageiras. Docente: Danielle Loures Cruz das Almas, 08 de março de 2013. RESUMO Vários são os fatores responsáveis pelo crescimento de pastagens, o manejo consciente e adequado fará com que todo potencial genético das forrageiras seja expresso. O conhecimento das características vegetais é de extrema importância e juntamente com o conhecimento do solo e clima que irão definir o sucesso da implantação e produção das pastagens. INTRODUÇÃO Na produção de pastagens, vários fatores são de grandiosa importância para o desenvolvimento e crescimento. Alguns desses devem ser bem avaliados e cuidadosamente manejados afim de que se consiga obter a produção desejada. O sistema solo-planta-clima deve estar em harmonia, para que o desenvolvimento não seja afetado, o manejo deve ser feito com o intuito de proporcionar ao vegetal à realização de fotossíntese em capacidade total. Nesse contexto a escolha da espécie que se adapte as condições climáticas e edáficas da região onde se pretende formar a pastagem, manejo de utilização, aceitabilidade do animal a ser criado deve ser feita com o maior cuidado, caso contrario todo trabalho pode ser perdido gerando prejuízos tanto financeiros, quanto ambientais. FATORES QUE AFETAM O CRESCIMENTO DE PLANTAS FORRAGEIRAS EM PASTAGENS Diversos fatores são responsáveis pelo crescimento e desenvolvimento de um vegetal. A observação e manejo desses fatores é crucial para que obtenha-se sucesso na implantação e ou manutenção das pastagens. A verificação de fatores edáficos, textura e estrutura são de extrema importância, modificações na estrutura do solo afetam a exemplo da compactação, profundidade e redução da porosidade em especial a micro porosidade vão afetar diretamente o desenvolvimento do sistema radicular e da parte aérea vegetal. A micro porosidade é responsável pela disponibilidade de água no solo, a compactação intensa e a reduzida profundidade criam empecilhos ao desenvolvimento e crescimento das raízes, assim a afetando a reserva de carboidratos não estruturais que serão de extrema importância no momento da rebrota. A textura do solo indicará sua capacidade de reter água e também o favorecimento da estrutura em compactar-se, solos mais arenosos possuem baixa capacidade na retenção de água, já que a proporção de micro poros com relação a solos argilosos é menor, solos arenosos são mais susceptíveis a compactação pois sua umidade ótima de compactação é baixa, a posse desses dados contribuirá para ajustes na lotação da pastagem. A fertilidade do solo deve ser observada também, de maneira a corrigir e oferecer a planta condições químicas (disponibilidade de nutrientes e controle da acidez) ideais a seu desenvolvimento. Escolher a espécie que se adapte melhor ao ambiente de implantação deve ser feita de forma criteriosa. Todo e qualquer fator que afete a fotossíntese deve ser levado em conta, pois com a redução da taxa fotossintética ira se obter um baixo rendimento da cultura, no caso forrageiras. As plantas possuem disposições genéticas diferentes, de forma que algumas têm seu desenvolvimento reduzido ou até paralisado e decorrência, por exemplo, de maiores temperaturas. Plantas C4 respondem de maneira mais eficiente à ambientes de maiores temperaturas e radiação solar que as plantas C3, pois não há aumento na sua fotorrespiração sendo assim mantida praticamente constante a fotossíntese liquida - fotossíntese bruta – (respiração + fotorrespiração) = fotossíntese liquida- e ser mais resistente a saturação lumínica. Plantas C4 tem seu grau de eficiência no aproveitamento de água maior, ou seja, consomem menos água que as C3 para produção de matéria seca (200 – 350 moles de H2O transpirada/mol de CO2 assimilado, enquanto as C3 requerem 450 – 1000 moles de H2O transpirada/mol de CO2 assimilado). Segundo Vieira et al. (2010, p. 123) “A produtividade primaria liquida de um estande de plantas é notadamente influenciada pela estrutura do dossel”. Sendo essa estrutura modificada com a idade, morfologia espaçamento individual e ângulo entre as folhas, a capacidade fotossintética entra em declínio de acordo com o avanço da senescência. O aumento da fotossíntese pode ser conseguido com o aumento da interceptação e melhoria da distribuição da luz incidente. O conhecimento do clima em questão irá juntamente com os fatores edáficos e fisiológicos a uma decisão mais acertada para o desenvolvimento das forrageiras, fatores como pluviosidade, umidade relativa do ar, temperatura do ar, comprimento do dia, ventos interferem bastante na fotossíntese, como também influenciam na reprodução e propagação do material vegetal. A luz interfere de maneira indireta na regulação do processo fotossintético vegetal (potencializando como também paralisando), porem influencia de forma direta em processos como estiolamento e fototropismo. A temperatura é reguladora de enzimas, assim interfere em todos os processos das plantas (reprodução, fotossíntese, absorção e senescência). A fotossíntese utiliza menos que 1% de água absorvida pela planta, para a realização das etapas fotoquímica e bioquímica. A falta de água conduz ao fechamento estomático com consequente queda na taxa fotossintética; decréscimo no grau de hidratação dos cloroplastos, afetando a atuação enzimática. (VIEIRA et al., 2010 p. 114), sendo assim a disponibilidade de água tem de se manter sempre na capacidade de campo já que a falta de água é fator limitante no desenvolvimento vegetal, a ausência ou excesso de um nutriente compromete a absorção e ou utilização de outros nutrientes (lei do mínimo de Liebig e lei do máximo de Bondoff), presença de alumínio trocável no solo deve ser combatida, pois além de ter ação retrogradante em relação ao fosforo tornando o indisponível para a planta também é um elemento fitotóxico a depender se sua concentração, devendo-se proceder com a calagem a fim de que esse alumínio seja insolubilizado. O manejo das pastagens deve ser personalizado de acordo com a espécie eleita e a utilização de interesse. A aplicação de defensivos pode promover o entupimento dos poros dos estômatos, e levar a uma menor taxa de absorção de CO2 prejudicando assim a fotossíntese e o desenvolvimento da planta. No caso de ervas daninhas, essas competem com a pastagem na absorção de nutrientes, luz e água, espaço físico, interferências alelopáticas, podem também ser tóxica aos animais, reduzem a qualidade da produção animal, hospedam pragas, doenças e inimigos dos animais, devendo ser manejadas de forma criteriosa. As pragas, como cigarrinhas, cupins e formigas contribuem de forma intensa para a degradação das pastagens, fazendo também com que haja uma grande perda de solo por conta da erosão além de prejuízos financeiros aos produtores. O consumo de forragem por ruminantes em pastejo é grandiosamente influenciado por disponibilidade, densidade e altura da pastagem, distância e qualidade da água consumida, relação Folha: caule, palatabilidade, topografia, peso e fisiologia do animal, idade, sexo e nível de produção. (VILELA, 2005, p. 91), Com isso é percebido que o controle eficiente da altura de entrada e saída, da lotação, período de descanso e da adubação de manutenção para que após a desfolha as forrageiras estejam em condições fisiológicas de promoverem a rebrota de partes consumidas tanto pelo corte, roçado ou pelos animais. CONCLUSÃO Diversos fatores interferem no crescimento e desenvolvimento de pastagens, no sistema solo – planta – clima, deve-se manter a harmonia em todos através de técnicas de manejo que visem à conservação, manutenção e propagação das forrageiras, tão quanto à conservação do solo. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRADY. N. C. Natureza e Propriedades do Solo. Trad. de Antônio B. Neiva Figueiredo Filho 7ª ed. Rio de Janeiro, Freitas Bastos, 1989. 877p KIEHL, E. J. Manual de Edafologia. São Paulo. Editora Agronômica Ceres, 1979. 267p VASCONCELOS, C. N. Pastagens: implantação e manejo. Salvador: EBDA, 2006. 177p VIEIRA, Elvis. Lima; SOUZA, Girlene Santos de; SANTOS, Anacleto Ranulfo dos; SANTOS SILVA, Jain dos. Manual de Fisiologia Vegetal. São Luis: EDUFMA, 2010. 230p. VILELA, H. Pastagem: seleção de plantas forrageiras, implantação e adubação. Viçosa, MG: Aprenda Fácil, 2005. 283p