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PROF. CLEBER FERNANDO SERAFIN
ÍNDICE
1. Titulação.
2. Diluição do ácido sulfúrico concentrado.
3. Eletrólise em meio aquoso do HCl, NaCl e NaOH.
4. Eletrólise do NaCl.
5. Cobreação.
6. Efeito da osmose.
7. Velocidade de uma reação – reação relógio.
8. Fatores que influem na velocidade de uma reação – temperatura e
superfície de contato.
9. Reação reversível.
10. Deslocamento do equilíbrio – influência da concentração.
11. Deslocamento do equilíbrio – influência da hidratação.
1ª EXPERIÊNCIA
TITULAÇÃO
OBJETIVO: Simular uma titulação.
MATERIAIS: Vinagre incolor, indicador fenolftaleína, soda cáustica, dois
conta – gotas, um copo, um tubo de ensaio e uma colher de chá.
COMO FAZER:
a) Dissolva uma colher de soda cáustica em meio copo de água.
b) Coloque duas colheres de chá (5 mL) de vinagre em um tubo de
ensaio.
c) Acrescente ao tubo de ensaio três gotas de indicador.
d) Usando o outro conta – gotas, comece a gotejar a solução de soda
cáustica no vinagre. O ideal será agitar o tubo após a adição de
cada gota.
e) A simulação da titulação terminará quando a solução contida no
tubo de ensaio adquirir a cor rosa.
COMENTÁRIOS:
Se você dispuser de material adequado, poderá inclusive
investigar a concentração molar aproximada do ácido acético no
vinagre. Basta fazer o seguinte:
a) Pese 40 g de NaOH impuro e dissolva em água suficiente para 1,0 L
de solução. Assim, você terá uma solução de NaOH de concentração
molar aproximadamente igual a 1 mol/L.
b) Conte o n.º de gotas utilizado na titulação. Cada 20 gotas
corresponde a 1 mL, ou seja, cada gota equivale a 1 mL dessa
forma, você poderá calcular o volume consumido de solução básica
( VA ).
c) Aplique a expressão MA . VA = MB .VB.
MA = concentração molar do ácido
VA = volume do ácido
MB = concentração molar da base
VB = volume da base
2ª EXPERIÊNCIA
DILUIÇÃO DO ÁCIDO SULFÚRICO CONCENTRADO (Perigoso)
OBJETIVO: Realizar uma diluição
MATERIAIS: Ácido sulfúrico concentrado, água destilada, copo de béquer,
tubo de ensaio, pinça de madeira e proveta.
COMO FAZER:
a) Medir com cuidado 50 mL de H2SO4 concentrado em uma proveta.
b) Adicionar lentamente o ácido a 50 mL de água, que já deve estar
em um copo de béquer de 250 mL (o ácido original concentrado é
18 mol / L, se for de boa qualidade ).
c) A solução obtida é 9 mol / L, repetindo o processo com 100 mL do
H2SO4 (aq) 9 mol/L com outros 100 mL de água obteremos 200 mL de
solução 4,5 mol/L.
COMENTÁRIOS:
Qual o volume de H2SO4 concentrado (18 mol/L) teria de ser usado para
obter 50 mL de solução diluída a 2,25 mol / L?
3ª EXPERIENCIA
ELETRÓLISE EM MEIO AQUOSO DO HCl, NaCl e NaOH
Para fazer esta atividade é necessário ter um bom sistema de suporte
de pilhas (4). Pode improvisar com cano de PVC ou madeira. O importante é
ter segurança que não haja corte da corrente elétrica.
Para eletrodos deve usar preferencialmente grafite (eletrodo bastante
inerte). O grafite ou carvão pode ser obtido das pilhas secas (pilhas
velhas). Para fazer o eletrodo faça um furo na extremidade do bastão de
grafite (broca bem fina, usando furadeira) e adapte um fio de cobre com bom
contato. Feche o orifício com cola (araldite veda bem) certificando-se que
não isolou o contato entre o fio e o grafite e que o fio de cobre em
contato com a solução esteja isolado (encapado).
4 pilhas
As soluções a serem usadas:
1) HCl (aq) 1 mol/ L.
2) NaCl (aq) 1 mol / L.
3) NaOH (aq) 1 mol / L.
Indique os produtos formados em cada eletrólise.
Observação: Use sempre água destilada.
4ª EXPERIÊNCIA
ELETRÓLISE DO NaCl
OBJETIVO: Verificar uma eletrólise
MATERIAS: Uma bateria com dois fios conectados a ela, dois lápis apontados
nas duas extremidades, papel cartão, 1 recipiente transparente,
água destilada, NaCl e fenolftaleína.
COMO FAZER:
a) Conecte os fios da bateria aos dois lápis e introduza no frasco
contento a solução aquosa de NaCl. Para manter os lápis na
vertical, prepare uma tampa com o papel cartão, fazendo nele dois
furos. Nesses furos você encaixa os eletrodos (lápis).
b) Observe o que acontece nos eletrodos (não respire os gases
formados).
c) Após certo tempo coloque o indicador (ou comprimido de
lactopurga)
COMENTÁRIOS:
Quais íons são atraídos pelo ânodo? Qual deles tem prioridade de
descarga?
Escreva a semi – reação que representa este fenômeno.
Quais íons são atraídos pelo cátodo? Qual deles tem prioridade de
descarga?
Escreva a equação que representa esta semi – reação?
Escreva a equação global da eletrólise aquosa do NaCl.
Qual a finalidade da fenolftaleína?
A solução final terá caráter ácido, neutro ou básico?
Quais os gases liberados?
5ª EXPERIÊNCIA
COBREAÇÃO
Material
Bateria conectada aos dois fios.
Sulfato de cobre.
Chave
Frasco transparente.
Procedimento
No frasco, prepare uma solução de CuSO4 o mais concentrada possível. A
seguir, prenda a chave ao fio ligado ao pólo negativo da bateria,
introduzindo-a na solução.
Finalmente, introduza a ponta do outro fio (pólo positivo) na
solução:
+ –
chave solução
de
CuSO4
Observe a cor da solução no início e no fim do processo e o que
corre na chave.
Resolva as questões:
a) Descreva o que ocorreu com o fio imerso na solução.
b) Descreva o que ocorreu com a chave.
c) A concentração de Cu 2+ sofreu alguma alteração?
d) Supondo que na cobreação da chave tenha ocorrido a deposição de 0,64g
de cobre, após um tempo de 30 minutos. Determine a quantidade de
corrente, em ampères, que circulou nesse processo. (Cu = 64g / mol)
6ª EXPERIÊNCIA
OS EFEITOS DA OSMOSE
OBJETIVO: Observar a passagem de água através de membranas vegetais.
MATERIAIS: Berinjela fresca, pepinos frescos, chuchu fresco, ameixas secas
ou uvas passas, água destilada, sal de cozinha, colher, copos e
faca.
COMO FAZER:
a) Corte a berinjela, o pepino ou o chuchu, em fatias, com
aproximadamente 1 cm de espessura.
b) Prepare uma solução saturada de sal de cozinha.
c) Coloque uma fatia de um desses vegetais em um copo com água
destilada e outra em um copo contendo a solução saturada.
d) Coloque uma ameixa seca (ou uva passa) em um copo com água
destilada e outra em um copo com solução saturada.
COMENTÁRIOS:
Após algum tempo, observe o que aconteceu em cada copo; proponha
hipóteses que justifiquem o que você observou.
7ª EXPERIÊNCIA
VELOCIDADE DAS REAÇÕES QUÍMICAS – REAÇÃO RELÓGIO
Com o auxílio de um cronômetro, podemos medir o tempo necessário
para ocorrer uma mesma reação, em várias condições. Existem vários fatores
que alteram a velocidade de uma reação e, nestes experimentos, iremos
trabalhar com dois deles: temperatura e concentração.
O término da reação é visualmente perceptível pela mudança brusca
de coloração da solução.
Material:
Tubos de ensaio. Solução de
bissulfito de sódio (NaHSO3).
Copos. Solução
de iodato de potássio (KIO3).
Água. Solução
de amido de milho.
Gelo.
Procedimento:
Antes de qualquer coisa, prepare as soluções da seguinte maneira:
2g de NaHSO3 e água suficiente para um volume de 200 mL de solução.
2,5g de KIO3 e água suficiente para um volume de 300 mL de solução.
1g de amido de milho dissolvido a quente em 100 mL de água.
Uma vez preparadas, adicione a solução de amido à de NaHSO3 e agite
até tornar-se homogênea. Essa será a solução I e a de KIO3 será a solução
II.
Quando as soluções I e II são misturadas, ocorre uma reação que pode
ser representada por: IO31 – (aq) + SO32 – (aq) + H
+ ( I2 (aq) + SO42 – (aq) + H2O
O I2 formado, devido à presença do amido, dá à solução uma coloração
característica: azul escuro.
1º experimento: Em temperatura ambiente, misture em um tubo de ensaio
volumes iguais aos das soluções I e II. Meça o tempo gasto para a
ocorrência da reação.
2º experimento: Em um tubo de ensaio, coloque um pequeno volume de
água e adicione um volume igual ao da solução II. A seguir, adicione a
este tubo o mesmo volume da solução I. Meça o tempo da reação.
3º experimento: Aqueça na lamparina, com auxílio de um pregador, um
certo volume da solução I, quase até a ebulição e imediatamente a
seguir coloque nesse tubo um volume igual ao da solução II. Meça o
tempo da reação.
8ª EXPERIÊNCIA
FATORES QUE AFETAM A VELOCIDADE DE UMA REAÇÃO
TEMPERATURA
Material:
1) Comprimido efervescente.
2) Água gelada.
3) Béquer.
4) Lâmina de corte.
Procedimento:
a) Coloque 100 mL de água da torneira em um béquer, 100 mL de água
gelada em outro, 100 mL de água a 40ºC em um terceiro béquer e 100
mL de água em ebulição em um quarto béquer.
b) Corte o comprimido em 4 partes iguais e coloque uma parte em cada
béquer.
c) Anote, para cada béquer, o tempo que leva para que todo o comprimido
se decomponha.
. Comentários:
1) A velocidade da reação foi influenciada pela temperatura da água?
2) Qual a influência do aumento da temperatura sobre a velocidade
da reação?
SUPERFÍCIE DE CONTATO
Material:
1) Comprimido efervescente.
2) Béquer.
3) Lâmina de corte.
. Procedimento:
a) Coloque 100 mL de água da torneira em cada béquer.
b) Corte em duas partes iguais o comprimido efervescente. A primeira
parte deixar sem fragmentar e a segunda parte triturar em finas
partículas.
c) Colocar as duas partes, uma em cada béquer, anotar o tempo que estas
partes levam para se dissolver.
. Comentários:
a) A reação de decomposição do comprimido se processa com igual
velocidade em cada béquer?
b) Porque ocorreu esta diferença de velocidade na reação entre as duas
partes do comprimido?
9ª EXPERIÊNCIA
REAÇÃO REVERSÍVEL
OBJETIVO: Observar uma reação reversível, isto é, que se desloca em dois
sentidos, conforme as condições do meio.
MATERIAIS: Tubos de ensaio, 4 béqueres pequenos, 2 conta – gotas, K2Cr2O7,
NaOH e HCl.
COMO FAZER:
a) Monte uma solução de K2Cr2O7, usando cerca de 4 g do sal em água
suficiente para 200 mL de solução.
b) Coloque uma amostra dessa solução em um tubo de ensaio.
c) Goteje no tubo de ensaio a solução de NaOH. Observe se houve
mudança de cor.
d) Goteje a solução de HCl no mesmo tubo de ensaio. Observe se
houve mudança de cor.
e) Goteje novamente, no mesmo tubo de ensaio, a solução de NaOH.
Verifique se haverá nova mudança de cor.
10ª EXPERIÊNCIA
DESLOCAMENTO DE EQUILÍBRIO – INFLUÊNCIA DA CONCENTRAÇÃO
A solução de dicromato (Cr2O72 –) apresenta coloração alaranjada
e, em meio básico, estabelece o equilíbrio:
Cr2O72 – + H2O 2 CrO42 – + 2 H+
Como o íon CrO42 – apresenta coloração amarela, a cor da solução
será determinada pelo íon que estiver em maior concentração na solução. A
ação de ácidos e bases pode provocar um deslocamento nesse equilíbrio,
perceptível pela variação de cor.
Material:
Tubos de ensaio.
Conta-gotas.
Solução de dicromato de potássio (K2Cr2O7).
Solução de soda cáustica (NaOH).
Solução de ácido clorídrico (HCl).
Procedimento:
Inicialmente, prepare as soluções conforme indicado a seguir:
Dicromato de potássio: 3,0g de K2Cr2O7 em água suficiente para
preparar 200 mL de solução.
Soda cáustica: 1,0g de NaOH em água suficiente para preparar 250 mL
de solução.
Ácido clorídrico: 2 mL de ácido clorídrico PA ou ácido muriático
impuro dissolvidos em água suficiente para 200 mL de solução.
Experimento 1: A um tubo de ensaio contendo a solução de K2Cr2O7, adicione
lentamente algumas gotas de
solução de NaOH até observar mudança de coloração.
Experimento 2: À solução obtida no experimento 1, adicione algumas gotas da
solução de HCl, até observar mudança de coloração.
11ª EXPERIÊNCIA
DESLOCAMENTO DE EQUILÍBRIO – INFLUÊNCIA DA HIDRATAÇÃO
Um aumento da concentração de um dos reagentes provoca um
deslocamento do equilíbrio no sentido de formação dos produtos e vice-
versa. Não só a variação de concentração provoca deslocamento de
equilíbrios. Neste experimento, vamos estudar outro fator.
O sulfato de cobre apresenta coloração azul, devido à presença de
água de cristalização:
CuSO4 . n H2O
Porém, quando está totalmente anidro, ele apresenta coloração
branca: CuSO4 = branco. Pelo fato de uma forma poder se transformar em
outra, ou seja, por termos uma reação reversível do tipo:
hidratado (
anidro
e
anidro
( hidratado
Podemos admitir a existência de um equilíbrio.
Material:
Sulfato de cobre (CuSO4 . n H2O).
Lamparina.
Pregador de roupa.
Procedimento:
Experimento 1: Coloque uma pequena quantidade do sal hidratado em um
tubo de ensaio e, com o auxílio do pregador, aqueça-o na lamparina,
até observar a mudança de cor.
Experimento 2: A seguir, deixe o sistema em repouso durante um certo
tempo, até observar outra mudança de coloração.