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Exercicio De Teoria Da Constituição

exercicio sobre teoria e introdução ao pensamento da constituição.

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FACULDADE DE CIENCIAS HUMANAS E JURIDICAS DE TERESINA – FCHJT CENTRO DE ENSINO UNIFICADO DE TERESINA – CEUT EXERCICIO E BANCO DE QUESTÕES RELACIONADO A TEORIA E INTRODUÇÃO AO PENSAMENTO DA CONSTITUIÇÃO. TERESINA- PIAUÍ 2010.1 1-Disserte sobre poder constituinte derivado reformador, suas limitações e sobre poder constituinte derivado decorrente. O poder constituinte reformador é o que se destina à reforma da constituição.Sua existência está ligada ao fato de ser muito complicado, na pratica, e sem qualquer sentido, na teoria, convocar o poder constituinte originário todas as vezes em que fosse necessário alterar a constituição. Limitações temporais: são todas aquelas que vedam as reformas constitucionais durante determinado período de tempo. Limitações circunstanciais: Proíbem as reformas constitucionais durante a vigência de determinadas circunstâncias, consideradas anormais e inadequadas para as mudanças constitucionais. Ex. estado de sitio. Limitações materiais ou substanciais: excluem do poder de reforma determinadas matérias consideradas relevantes, previstas explicita ou implicitamente pelo texto originário. dividem –se em limitações explicitas ou expressas: limitações expressamente previstas no texto constitucional. Limitações implícitas ou inerentes: são aquelas limitações não previstas expressamente no texto da lei maior, mas que, sem embargo, são inerentes aos regimes e princípios que ele adota. Limitações procedimentais ou formais: são limitações que ora submetem as propostas de emenda constitucional à observância do procedimento legislativo na constituição, ora vedam que matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada seja objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa. O poder constituinte derivado decorrente é aquele que, decorrendo do originário, não se destina a rever sua obra, mas a institucionalizar coletividades, com caráter de organizações políticas regionais. 2- Conceitue Mutação Constitucional.Em que ela se fundamenta e quais as suas espécies? È o processo que altera o sentido, o significado e o alcance do texto constitucional sem violar-lhe a letra e o espírito;portanto, mudança constitucional que não contrarie a constituição, ou seja, por ela acolhida.no caso das mutações constitucionais, é o conteúdo da norma que sofre o efeito da passagem do tempo e das alterações da realidade do fato. As espécies são: a interpretação como instrumento da mutação constitucional,mutação constitucional pela atuação do legislador e mutação constitucional por via de costume. 3- sobre direito constitucional intertemporal, explique os fenômenos da recepção,repristinação e desconstitucionalização. Recepção é o fenômeno pelo qual a constituição nova recebe a ordem normativa infraconstitucional anterior,surgida sob a égide das constituições precedentes,se com ela tais normas forem substancialmente compatíveis, ainda que formalmente não o sejam. Repristinação é o restabelecimento da norma revogada em razão da revogação da norma revogadora. Desconstitucionalização é a recepção pela nova ordem constitucional, como leis ordinárias, de disposições da constituição anterior.Vale dizer, em razão das normas da constituição anterior guardem harmonia material com a nova constituição, haveria um fenômeno de desconstitucionalização dessas normas, que perderiam o status de normas constitucionais para assumirem a posição de normas legais, com o único objetivo de serem recepcionadas pela nova constituição. 4-explique o que você entende por princípios e regras jurídicas. Pessoal; 5-No estudo sobre normas constitucionais e sua eficácia, verificamos que existem normas de eficácia plena, contida e limitada. Explique. Plena- são as que receberam do constituinte normatividade suficiente à sua incidência imediata e independem de providencia normativa ulterior para sua aplicação. Contida- são as que receberam, igualmente, normatividade suficiente para reger os interesses de que cogitam, mas prevêem meios normativos que lhes podem reduzir a eficácia e aplicabilidade. Limitada- são as que não receberam do constituinte normatividade suficiente para sua aplicação, o qual deixou ao legislador ordinário a tarefa de completar a regulamentação das matérias nela traçadas em princípios ou esquema. 6- O que você entende por Hermenêutica Jurídica? Trabalhe seu conceito e sua terminologia (hermenêutica interpretação e construção). Hermenêutica Jurídica quer dizer, ipsis literis, interpretação de algo jurídico. No entanto, o conceito é muito mais abrangente e abarca várias considerações. Inicialmente supõe um domínio teórico, especulativo, voltado para a identificação, desenvolvimento e sistematização dos princípis de interpretação do Direito. A interpretação jurídica consiste na atividade de revelar ou atribuir sentido a textos ou outros elementos normativos (costume, princípios, precedentes), notadamente para o fim de solucionar problemas, isto é, um exercício constitucional que por meio de técnicas e parâmetros procuram dar-lhe legitimidade, racionalidade e controlabilidade. Já a construção, é responsável por tirar conclusões que estão fora e além das expressões contidas no texto e dos fatores nele considerados. Sabendo das suas acepções, só se dará, realmente por completo o processo de hermenêutica jurídica quando esta tiver aplicada, isto é, no momento final do processo interpretativo. Aqui, ela se transforma em norma concreta, norma de decisão, deixando de ser abstrata ou jurídica, passando de ser a dever ser. 7- A interpretação constitucional é uma interpretação que possui algumas especificidades, especialmente quanto ao seu status jurídico, quanto à sua linguagem, quanto ao seu objeto e quanto ao seu caráter político. Explique cada uma. Não podemos esquecer que existem dois papéis fundamentais da Constituição: limitar e propiciar o governo da maioria. Tais pressupostos dão às normas constitucionais, peculiaridades importantes. Quanto ao status jurídico, não podemos deixar de expressar que elas possuem superioridade jurídica em ralação às demais normas do sistema estabelecendo limites ao seu conteúdo e direcionando seu modo de produção. Quanto à natureza da linguagem, as normas estão expressas com textura aberta e a vagueza dos princípios e dos conceitos jurídicos indeterminados. Os seus objetivos de atuação direcionam-se, exclusivamente, para organizar o poder político e definir os direitos fundamentais, além de indicar valores e fins públicos. Quanto ao seu caráter político, a Constituição é um documento que vai desde o poder constituinte originário (fato político) até a ordem instituída que também é um fenômeno jurídico. 8- No estudo dos diferentes planos de análise da interpretação constitucional estudamos o plano jurídico ou dogmático, o qual envolve as categorias operacionais do direito e da interpretação jurídica. Discorra resumidamente sobre o que são as seguintes categorias: as regras de hermenêutica, os elementos de interpretação e os princípios específicos de interpretação constitucional. Segundo o plano jurídico/dogmático existem três regras de aplicação interpretação constitucional. As regras de hermenêutica estão previstas na Lei de Introdução do Código Civil como art.3º,4º e 5º. Os elementos de interpretação que são o gramatical, sistematização, tradicional, teleológico, histórico, bem como costumes. Quanto aos princípios específicos de interpretação constitucional estão os da supremacia da constituição, presunção de constitucionalidade, unidade, efetividade, razoabilidade (mais recente). 9-Dentro do plano teórico ou metodológico da interpretação constitucional, pudemos analisar a Teoria Constitucional Americana sob os seguintes rótulo: Interpretativismo e não-interpretativismo ou construtivismo. Explique estes rótulos, especialmente as modalidades do construtivismo. Sob a ótica da Teoria Constitucional americana, pode-se entender que o interpretativismo nega a criatividade em qualquer atuação do juiz. A ele pode-se ligar o textualismo, onde as normas escritas da Constituição são a única fonte legítima em que se pode confiar e o originalismo onde os autores vinculam o sentido às cláusulas constitucionais. 10- Discorra de maneira sucinta sobre os elementos tradicionais de interpretação. São três os elementos tradicionais de interpretação constitucional. A interpretação gramatical fundamenta-se nos conceitos contidos na norma e nas possibilidades semânticas das palavras que integram o seu relato. A interpretação histórica requer um olhar subjetivo e secundário podendo assumir relevância maior em situações específicas. Já a sistemática tem na unidade ( um só documento ditando regras) e na harmonia( sem antinomias) a interpretação constitucional. 11- Explique o que são princípios instrumentais de interpretação constitucional. Conceitue cada um deles. Os princípios instrumentais de interpretação constitucionais são premissas conceituais, metodológicas ou finalísticas que devem anteceder, no processo intelectual do intérprete a solução concreta da questão. O primeiro deles é o da interpretação conforme a Constituição, que possui duas premissas básicas. A técnica de interpretação onde, de possíveis interpretações, deve-se escolher a que tem mais afinidade com a Constituição. E o mecanismo de controle de constitucionalidade, uma atuação "corretiva", que importa na declaração de inconstitucionalidade sem redução de texto. O princípio da unidade é uma especificação da interpretação sistemática, impondo ao intérprete o dever de harmonizar as tensões e contradições entre normas jurídicas. O princípio da razoabilidade/proporcionalidade, apesar de não estar expresso na Constituição, tem fundamento nas idéias de devido processo legal substantivo e na de justiça e é instrumento de proteção dos direitos fundamentais e do interesse público, por permitir o controle da discricionariedade dos atos do Poder Público e por funcionar como a medida com que uma norma deve ser interpretada no caso concreto para a melhor realização do fim constitucional nela embutido ou decorrente do sistema. O princípio da efetividade surgiu como complemento da existência, validade e eficácia. Significa realização do direito, atuação prática da norma, onde prevalece, no mundo dos fatos, os valores e interesses por ela tutelados. 12- Explique o que se entende por Controle de Constitucionalidade e sobre o seu fundamento. O controle de constitucionalidade é o sistema de imunização da constituição, dado que a atividade preventiva ou repressiva, desempenhada por órgãos de natureza política ou judicial, pode importar na invalidação de normas infraconstitucionais que contravenham à forma e matéria das normas constitucionais, em virtude da supremacia e rigidez da constituição. 13- No estudo sobre Controle de Constitucionalidade, verificamos qual a natureza do ato de inconstitucionalidade e da decisão que declara ser este ato inconstitucional. Explique. A natureza do ato inconstitucional é a de ato nulo, pois o ato inconstitucional não integrou o ordenamento jurídico, não havendo nenhum efeito jurídico e a decisão de inconstitucionalidade é a de decisão meramente declaratória que declara a nulidade do ato inconstitucional,que nunca foi incorporado ao sistema de direito positivo. 14- O que se entende por inconstitucionalidade formal e material e por inconstitucionalidade parcial e total? A Formal é caracterizada pelo vício de procedimento ou órgão competente da norma infraconstitucional sujeita ao controle de constitucionalidade, produzida por procedimento ou órgão diverso do prescrito na norma constitucional. Ex. Inconstitucionalidade por usurpação de iniciativa reservada. A material decorre do vício de declaração prescritiva da norma infraconstitucional na medida em que aquela é provida de conteúdo diferente do preceituado na norma constitucional. Ex. Inconstitucionalidade por excesso de poder legislativo. A parcial identifica-se quando uma parte do texto está subordinada ao controle de constitucionalidade, quando, por exemplo, um artigo ou inciso estão coerentes com a norma constitucional, enquanto uma alínea esta incompatível com o texto constitucional. A total mostra que a norma inteira está sujeita ao controle de constitucionalidade, como por exemplo, a produção de norma por órgão incompetente ou procedimento inadequado. 15- Ao estudarmos o tema Controle de Constitucionalidade, analisamos o momento lógico da configuração do vício. Assim, este vício pode ser antecedente e conseqüente. Explique. A inconstitucionalidade antecedente resulta de incompatibilidade, material ou formal, comissiva ou omissiva, originária ou superveniente, total ou parcial, em face de uma norma constitucional. A conseqüente recai sobre uma norma infraconstitucional que encontrava o seu fundamento de validade em outra declarada inconstitucional. 16- Discorra sobre o Sistema Brasileiro de Controle de Constitucionalidade. É eclético ou híbrido e disponibiliza o controle preventivo-político, assim como o controle repressivo-judicial, sendo que o controle preventivo é implementado por órgãos de natureza política, já o controle repressivo é implementado por órgão de natureza judicial,propicia a declaração de inconstitucionalidade de emenda a constituição ou lei pelo Poder Judiciário. Nas modalidades o ordenamento distingue o controle difuso-incidental, bem como o controle concentrado-principal. Há possibilidade de existência de controle misto,em decorrência de cisão funcional de competência em plano vertical.