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Estudos De Casos

estudos de casos para alunos de enfermagem

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    December 2018
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Estudo de caso 2 Identificação: Nome: D.J.R. Idade: 17 anos Naturalidade: Guimarânia - MG Estado Civil: Solteiro Diagnóstico: Politraumatismo Histórico pessoal e Médica O paciente relatou ter sofrido acidente de bicicleta, no qual um carro o atropelou na sua cidade. Foi transferido para a cidade de Monte Carmelo – MG, onde ficou um dia internado. Foi encaminhado para Uberlândia – MG para internação e possível procedimento cirúrgico. Histórico familiar De acordo com paciente não há histórico familiar de doenças pregressas. Exame físico Sinais vitais: Pressão Arterial: 100/50 mmhg; Pulso: 68 bpm; Temperatura: 36,5° C; Freqüência respiratória: 20 rpm; Avaliação dos sistemas do corpo Cabeça e pescoço: -Consciente, orientado no tempo e espaço, abertura ocular espontânea, pupilas isocóricas, conjuntivas coradas, acuidade auditiva normal D e E sem anormalidade, nariz sem coriza e sem desvio de septo, fala normal, boca sem lesões em lábios e em gengiva, dentição completa. Pescoço sem gânglios palpáveis. Tórax e Pulmões: -Tórax simétrico expansibilidade torácica bilateral, ausculta pulmonar com murmúrios vesiculares fonéticos. Presença de escoriações por conta dos traumas sofridos. Aparelho Cardiovascular: -Ausculta cardíaca com bulhas rítmicas hipofonéticas em dois tempos. Tempo de enchimento capilar inferior a dois segundos, pulsos periféricos rítmicos cheios e normocárdicos. Abdômen: - Abdômen plano, sem dor à palpação, ruídos hidroaéreos presentes. Aparelho geniturinário: - Característico do sexo masculino, pele íntegra, micção espontânea presente. Aparelho locomotor: - Acamado, acesso venoso em membro superior direito. Medicações em uso Metamizol sódico ou dipirona sódica é um medicamento antiinflamatório não-estereoidal (AINE) que é utilizada principalmente como analgésico e antitérmico. Sua utilização, no entanto, se encontra restrita a alguns paises, sendo extremamente popular no Brasil onde efetivamente é um dos analgésicos mais populares, ao lado do ácido acetil salicílico. Quimicamente é o [(2,3-diidro-1,5-dimetil-3-oxo-2- fenil-1H-pirazol-4-il)metilamino] metanossulfonato sódico (ou 1-fenil- 2,3-dimetil-5-pirazolona-4-metilaminometano sulfonato de sódio). Também é dito simplesmente metamizol ou dipirona ou ainda metilmelubrina, sem alusão ao cátion ligante, que, embora mais comumente seja o sódio, pode, também, ser o magnésio, originando a dipirona magnésica. Comercialmente, conhece-se pelos nomes Dipidor®, Novalgina®, Neosaldina®, Lisador®, Nolotil® entre outros, até também pelo próprio nome Dipirona®. TRAMAL ® que quimicamente corresponde ao Cloridrato de (+)- trans-2-(dimetilaminometil)-1-(m-metoxifenil)-ciclohexanol (Cloridrato de tramadol), é um analgésico potente de ação central. Atua da mesma forma que as endorfinas e as encefalinas, ativando, com suas moléculas, receptores ao nível das células nervosas, o que leva à diminuição da dor. Diagnósticos 1. POLITRAUMATISMO 2. Fratura composta de fêmur 3. IRA por RABDOMIÓLISE Insuficiência Renal Aguda (IRA) é a perda rápida de função renal devido a dano aos rins, resultando em retenção de produtos de degradação nitrogenados (uréia e creatinina) e não-nitrogenados, que são normalmente excretados pelo rim. Dependendo da severidade e da duração da disfunção renal, este acúmulo é acompanhado por distúrbios metabólicos, tais como acidose metabólica (acidificação do sangue) e hipercalemia (níveis elevados de potássio), mudanças no balanço hídrico corpóreo e efeitos em outros órgãos e sistemas. Pode ser caracterizada por oligúria ou por anúria (diminuição ou parada de produção de urina), embora a IRA não-oligúrica possa ocorrer. Rabdomiólise é a quebra (lise) rápida de músculo esquelético (rabdomio) devido à lesão no tecido muscular. A lesão muscular pode ser causada por fatores físicos, químicos ou biológicos. A destruição do músculo leva à liberação de produtos das células musculares na corrente sanguínea; alguns dos quais, como a mioglobina (uma proteína), são lesivos para os rins, podendo causar insuficiência renal aguda. O tratamento se dá com fluidos intravenosos e diálise ou hemofiltração se necessários. A rabdomiólise e suas complicações são problemas encontrados em pessoas que sofrem lesões em desastres como terremotos e bombardeios. Ou em usuários da droga crack. A doença e seus mecanismos foram elucidados pela primeira vez no the Blitz of London em 1941. Diagnóstico Uma rabdomiólise branda pode ser comprovada somente através de valores aumentados no plasma sanguíneo de enzimas, que normalmente existem nos músculos. Elas são a creatina quinase, mioglobina e a lactato desidrogenase (LDH). A urina se torna vermelho-marrom na presença de valores altos de mioglobina através da liberação de mioglobina através dos rins (mioglobinúria). Rabdomiólises mais graves podem ser também clinicamente reconhecidas. a rabdomiolise e conhecida tambem por creatina musculatorial Tratamento Não existe um tratamento para a causa. No entanto a rabdomiólise se desenvolve geralmente em um longo período de tempo, podendo ser revertida com a interrupção dos fatores causadores. Para impedir uma lesão dos rins, é necessária uma diurese forçada. Nela os pacientes são infusionados mais litros de líquidos e a urina estimulada através de diuréticos de alça. Isso tem como intenção acelerar a excreção da mioglobina e ao mesmo tempo diluir a mioglobina na urina. Diagnósticos enfermagem Dor relacionada aos ferimentos evidenciada por queixa do paciente; Padrão respiratório ineficaz relacionado ao trauma e evidenciado por dispnéia; Risco para alteração da temperatura corporal relacionado aos dispositivos invasivos; Risco para déficit no volume de líquidos relacionado ao sangramento dos ferimentos; Integridade da pele prejudicada relacionado aos ferimentos evidenciado por rompimento da pele; Medo relacionado ao desentendimento evidenciado por relato do paciente; Déficit no auto-cuidado: banho e/ou higiene, relacionado aos ferimentos, evidenciado por repouso no leito. Prescrições de enfermagem Mensurar a dor do paciente; Verificar sinais vitais no intervalo de 1 em 1 hora; Ofertar oxigenioterapia conforme prescrição; Elevar a cabeceira da cama 30° para facilitar a respiração; Realizar balanço hídrico rigoroso; Realizar curativo, utilizando soro fisiológico 0,9° morno e ocluir com gaze; Realizar higiene corporal e oral no leito; Realizar mudança de decúbito; Oferecer dieta quando liberada; Manter repouso no leito; Manter vias aéreas permeáveis; Realizar ausculta pulmonar e cardíaca; Relatar a aceitação de alimentos; Referências BIBLIOGRÁFICAS AME, Dicionário de Medicamentos na Enfermagem. Editora de Publicações Biomédicas Ltda. 4ª edição. Rio de Janeiro, 2006. Bellomo R., Ronco C., Kellum J.A., Mehta R.L., Palevsky P.; Acute Dialysis Quality Initiative workgroup. Acute renal failure - definition, outcome measures, animal models, fluid therapy and information technology needs: the Second International Consensus Conference of the Acute Dialysis Quality Initiative (ADQI) Group. Crit Care. 2004 Aug;8(4):R204-12. Epub 2004 May 24 benedet, s. a. & bub, m. b. c.; Manual de Diagnóstico de Enfermagem: Uma abordagem baseada na Teoria das Necessidades Humanas Básicas e na Classificação Diagnóstica da NANDA. Editora Bernúncia. 2ª edição. Florianópolis, 2001. Diagnósticos de enfermagem da NANDA: definições e classificações 2007/2008 North American Nursing Diagnósticos association: Artmed, 2008 SMELTZER, S. C. & BARE, B. Brunner & Suddarth – Tratado de Enfermagem Médico-cirúrgica. Editora Elsevier. 10ª edição. Rio de Janeiro, 2005. Estudo de caso 2 Identificação: Nome: M.O. Idade: 49 anos Naturalidade: Monte Alegre - MG Estado Civil: Divorciado Diagnóstico: Ferimento por Arma de Fogo Histórico pessoal e Médica O paciente relatou discussão com ex-esposa por motivos pessoais, durante essa briga o acompanhante dessa mulher começou a agredir o paciente M.O, então, posteriormente sacou um revolver e atirou 6 vezes no mesmo. Os tiros acertaram as regiões: torácica, ombro direito, coxa esquerda, zigomática direita e também atingiu a cabeça de raspão. Histórico familiar De acordo com paciente há um histórico familiar de Diabetes Melittus e Hipertensão Arterial. Exame físico Sinais vitais: Pressão Arterial: 124/72 mmhg; Pulso: 85 bpm; Temperatura: 36,5° C; Freqüência respiratória: 18 rpm; Avaliação dos sistemas do corpo Cabeça e pescoço: -Consciente, orientado no tempo e espaço, abertura ocular espontânea, pupilas isocóricas, couro cabeludo com presença de ferimento por projétil de arma de fogo, conjuntivas coradas, acuidade auditiva normal D e E sem anormalidade, nariz sem coriza e sem desvio de septo, fala normal, boca com lesões em lábio inferior e dentição própria. Pescoço sem gânglios palpáveis. Tórax e Pulmões: -Tórax simétrico expansibilidade torácica bilateral, ausculta pulmonar com murmúrios vesiculares fonéticos. Presença de ferimentos por projétil de arma de fogo. Aparelho Cardiovascular: -Ausculta cardíaca com bulhas rítmicas hipofonéticas em dois tempos. Tempo de enchimento capilar inferior a dois segundos, pulsos periféricos rítmicos cheios e normocárdicos. Abdômen: - Abdômen globoso, sem dor à palpação, ruídos hidroaéreos presentes. Aparelho geniturinário: - Característico do sexo masculino, pele íntegra, micção espontânea presente. Aparelho locomotor: - Acamado, acesso venoso em membro superior direito. Medicações em uso ENALAPRIL Enalapril, administrado na forma de maleato de enalapril, é um fármaco utilizado no tratamento da hipertensão, e também em casos de insuficiência cardíaca crônica, sendo que seu mecanismo de ação envolve a inibição da enzima conversora da angiostensina (ECA). É derivado dos aminoácidos L-alanina e L-prolina. o Mecanismo de ação Depois de administrado, maleato de enalapril é absorvido e, sofre uma hidrólise, formando enalaprilato, que é um inibidor da enzima conversora de angiotensina (IECA) de especifidade alta, de longa ação e não sulfidrílico. Pode ser usado isoladamente como terapia inicial ou associado à outros anti-hipertensivos, particularmente os diuréticos. O maleato de enalapril inibe a formação de Angiotensina II, um potente vasoconstritor (substância que diminui o calibre dos vasos sangüíneos e aumenta a pressão arterial), que também estimula a secreção de aldosterona (substância responsável pela retenção de água e sódio no organismo). Portanto, a inibição da ECA resulta em um nível plasmático diminuído de angiotensina II, e como conseqüência, leva à uma diminuição da atividade vasopressora e diminuição da secreção da aldosterona (o que pode resultar em discreto aumento nos níveis séricos do potássio). Através desta ação, o maleato de enalapril pode também facilitar o trabalho do coração, tornando-o mais eficiente, o que é importante em casos de insuficiência cardíaca. O início da ação do maleato de enalapril é suave e gradativo; inicia-se dentro de uma hora e seus efeitos geralmente continuam por 24 horas. O controle da pressão arterial é, em geral, obtido após alguns dias de tratamento. INSULINA HUMANA – NPH A NPH (Neutral Protamine de Hagedorn) é a insulina exógena mais utilizada e prescrita para diabéticos insulino-requerentes. A NPH é o composto insulínico mais barato que se tem disponível no mercado. A insulina exógena NPH é bastante irregular em sua atividade. Observa- se que sua ação se inicia cerca de 1 às 4h após sua aplicação, que ela tem um pico de ação entre 5 às 12h após sua aplicação e que tem uma duração também variável entre 12 às 24h. Sua cinética varia de acordo com vários fatores, tanto inter quanto intra-indivíduos. Por exemplo, depende da temperatura, do local da aplicação, da profundidade que alcançou no tecido onde foi injetada (tamanho da agulha), da resistência periférica do tecido e capilaridade local (camada de gordura local e circulação sanguínea), da dose, do grau de purificação, da procedência/laboratório e talvez de outros fatores ainda. Ferimento por Arma de Fogo BALÍSTICA DAS FERIDAS A balística é a ciência do movimento dos projécteis. A balística pode dividir-se em 3 categorias: 1. Balística Interna (estudo dos projécteis no interior do cano da arma. 2. Balística Externa (aborda o estudo dos projécteis durante o seu voo) 3. Balística Terminal (estuda a penetração/embate dos projécteis em sólidos). 4. Balística das Feridas (estuda a penetração dos projécteis em tecidos moles). MECÂNICA DOS FERIMENTOS POR BALA - O tipo de ferimento provocado por um projéctil depende em muito da tendência de um determinado projéctil para entrar em cambalhota (perder o seu ponto de equilíbrio). Um projéctil curto e de alta velocidade é mais propicio a dar rapidamente uma cambalhota ao entrar em contacto com tecidos vivos. Tal situação provoca uma maior destruição de tecido e aumento da transferência de energia cinética (EC) do projéctil ao alvo. A longa distância uma bala mais longa e mais pesada dispõe de mais EC ao embater no alvo, mas pode penetrar de tão facilmente que abandona o alvo ainda com muita da sua restante energia cinética. Uma bala com baixo valor de EC e dispondo de um desenho tal que consiga transmitir toda a sua EC ao alvo, pode provocar uma destruição de tecido bastante significativa (o alvo tem de estar próximo). Os danos produzidos por balas em tecidos vivos podem ser dos seguintes tipos: 1. Laceração e Esmagamento – Balas de baixa velocidade, pistolas e revólveres, que viagem a menos de 330 m/Seg. provocam virtualmente os seus danos por esmagamento. 2. Cavidades – A cavidade permanente é significativa com projécteis que viajam a mais de 330 m/Seg. A cavidade permanente é provocada pela trajectória da própria bala. O diâmetro resultante da cavidade permanente varia mas é normalmente maior que o diâmetro da bala. Em ferimentos por balas de alta velocidade, dá-se um efeito adicional denominado por formação da cavidade temporária. A cavidade temporária é produzida pela elevada transferência de energia cinética ao tecido; esta cavidade pode ser 30 vezes superior ao diâmetro da bala e ocorre num tempo aproximado de 5 a 10 milissegundos, alcançando pressões na ordem das 100 a 200 atmosferas (10 a 20 kg/cm2). Esta cavidade entra em colapso de modo pulsante. Se a pressão da cavidade temporária exceder o limite elástico do tecido, o órgão atingido pode rebentar e surgirá uma enorme cavidade permanente. Órgãos com pouca elasticidade são mais susceptíveis a este efeito de rebentamento, P.e., o fígado. Órgãos pouco densos e com alta elasticidade estão relativamente protegidos, P.e., pulmões. Órgãos tais como músculos e pele, os quais dispõem duma densidade similar ao fígado mas com alta elasticidade, estão relativamente protegidos. Ferimentos na cabeça por balas a alta velocidade produzem ferimentos do tipo rebentamento devido à formação da cavidade temporária. Diagnósticos enfermagem Dor relacionada aos ferimentos evidenciada por queixa do paciente; Padrão respiratório ineficaz relacionado ao trauma e evidenciado por dispnéia; Risco para alteração da temperatura corporal relacionado aos dispositivos invasivos; Risco para déficit no volume de líquidos relacionado ao sangramento dos ferimentos; Integridade da pele prejudicada relacionado aos ferimentos evidenciado por rompimento da pele; Medo relacionado ao desentendimento evidenciado por relato do paciente; Déficit no auto-cuidado: banho e/ou higiene, relacionado aos ferimentos, evidenciado por repouso no leito. Prescrições de enfermagem Mensurar a dor do paciente; Verificar sinais vitais no intervalo de 1 em 1 hora; Ofertar oxigenioterapia conforme prescrição; Elevar a cabeceira da cama 30° para facilitar a respiração; Realizar balanço hídrico rigoroso; Realizar curativo, utilizando soro fisiológico 0,9° morno e ocluir com gaze; Realizar higiene corporal e oral no leito; Realizar mudança de decúbito; Oferecer dieta quando liberada; Manter repouso no leito; Manter vias aéreas permeáveis; Realizar ausculta pulmonar e cardíaca; Relatar a aceitação de alimentos; Referências BIBLIOGRÁFICAS SMELTZER, S. C. & BARE, B. Brunner & Suddarth – Tratado de Enfermagem Médico-cirúrgica. Editora Elsevier. 10ª edição. Rio de Janeiro, 2005. Diagnósticos de enfermagem da NANDA: definições e classificações 2007/2008 North American Nursing Diagnósticos association: Artmed, 2008 AME Dicionário de Medicamentos na Enfermagem. Editora de Publicações Biomédicas Ltda. 4ª edição. Rio de Janeiro, 2006. benedet, s. a. & bub, m. b. c.; Manual de Diagnóstico de Enfermagem: Uma abordagem baseada na Teoria das Necessidades Humanas Básicas e na Classificação Diagnóstica da NANDA. Editora Bernúncia. 2ª edição. Florianópolis, 2001.