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Estudo Sobre O Papel Da Educação

As formas pelas quais a educação vem sendo abordada na sociedade brasileira têm variado historicamente, evidenciando a idéia de Durkheim de que a educação é um processo de socialização (que integra os indivíduos no contexto social) e, por essa razão, varia segundo o tempo e o meio. Embora supondo que a educação não apenas integra o indivíduo ao meio social, mas também lhe proporciona uma maior capacidade de autonomia e, por isso mesmo, de interferência no meio social, é relevante mostrar que a educação sempre tem uma...

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Faculdade de Tecnologia e Ciências – FTC Educação a Distância – EaD Curso: Pedagogia Disciplina: Pesquisa e Prática Pedagógica I, 1º Período Estudo sobre o Papel da Educação Graduandos: Eranildes Dourizan Valdinea Chapadinha – MA 05/2010 Estudo sobre o Papel da Educação Trabalho acadêmico com vista à obtenção de nota parcial da referida disciplina, lecionada no curso de Pedagogia. Chapadinha – MA 05/2010 Papel da Educação As formas pelas quais a educação vem sendo abordada na sociedade brasileira têm variado historicamente, evidenciando a idéia de Durkheim de que a educação é um processo de socialização (que integra os indivíduos no contexto social) e, por essa razão, varia segundo o tempo e o meio. Embora supondo que a educação não apenas integra o indivíduo ao meio social, mas também lhe proporciona uma maior capacidade de autonomia e, por isso mesmo, de interferência no meio social, é relevante mostrar que a educação sempre tem uma importância eminentemente social, ainda que essa questão assuma conotações diferentes através da história, podendo-se enfatizar a idéia inicial de que a concepção de educação muda através dos tempos e que a sociedade contemporânea, considerada sociedade do conhecimento, requer um repensar sobre a educação (Sobral, 2000). Na década de 90, ela está sendo pensada como educação para competitividade (mais no nível médio e superior) e como educação para a cidadania social (mais no nível fundamental). Porém, é importante destacar que uma única concepção de educação não pode dominar inteiramente, da mesma forma como se afirmou anteriormente que o novo modo de produção de conhecimento não pode excluir o antigo ou que se sugeriu um modelo misto de desenvolvimento científico e tecnológico. Educação tradicional A educação tradicional e a nova têm em comum a concepção da educação como processo de desenvolvimento individual. Todavia, o traço mais original da educação desse século é o deslocamento de enfoque do individual para o social, para o político e para o ideológico. A pedagogia institucional é um exemplo disso. A experiência de mais de meio século de educação nos países socialistas também o testemunha. A educação, no século XX, tornou-se permanente e social. É verdade, existem ainda muitos desníveis entre regiões e países, entre o Norte e o Sul, entre países periféricos e hegemônicos, entre países globalizadores e globalizados. Entretanto, há idéias universalmente difundidas, entre elas a de que não há idade para se educar, de que a educação se estende pela vida e que ela não é neutra (Gadotti, 2000). As conseqüências da evolução das novas tecnologias, centradas na comunicação de massa, na difusão do conhecimento, ainda não se fizeram sentir plenamente no ensino – como previram, pelo menos na maioria das nações, mas a aprendizagem a distância, sobretudo a baseada na Internet, parece ser a grande novidade educacional neste início de novo milênio. A educação opera com a linguagem escrita e a nossa cultura atual dominante vive impregnada por uma nova linguagem, a da televisão e a da informática, particularmente a linguagem da Internet. A cultura do papel representa talvez o maior obstáculo ao uso intensivo da Internet, em particular da educação a distância com base na Internet. Por isso, os jovens que ainda não internalizaram inteiramente essa cultura adaptam-se com mais facilidade do que os adultos ao uso do computador. Eles já estão nascendo com essa nova cultura, a cultura digital. A valorização profissional dos professores Como podemos, então, ajudar os professores a organizar as suas salas de aula, de forma a assegurarem uma aprendizagem de sucesso a todos os seus alunos? Existe uma ampla fonte de recursos relacionados com esta questão e que provém dos inúmeros trabalhos de investigação que têm sido realizados em relação à eficácia do trabalho dos professores (AINSCOW, 1995). Podemos também basear-nos no conhecimento que temos de professores excepcionais que têm sido capazes de criar ambientes educativos em que os diferentes alunos, com os mais diversificados percursos de escolarização, conseguem participar, para os quais conseguem contribuir e experimentar sentimentos de sucesso. "Ao encorajarmos os professores a explorarem formas de desenvolver a sua prática, de modo a facilitar a aprendizagem de todos os alunos, estamos, porventura, a convidá-los a experimentarem métodos que, no contexto da sua experiência anterior, lhes são estranhos. Consequentemente, é necessário empregar estratégias que lhes reforcem a auto-confiança e que os ajudem nas decisões arriscadas que tomaram. A nossa experiência diz-nos que uma estratégia eficaz consiste em implicar a participação dos professores em experiências que demonstrem e estimulem novas possibilidades de acção" (AINSCOW, 1995). No entanto, a minha preocupação nesta comunicação não diz respeito às características da eficácia, mas, antes, à procura de formas de fazer avançar a prática. Hoje muitos educadores, perplexos diante das rápidas mudanças na sociedade, na tecnologia e na economia, pergunta-se sobre o futuro de sua profissão, alguns com medo de perdê-la sem saber o que devem fazer. O aperfeiçoamento das escolas Até aqui tem se afirmado que a ênfase na aprendizagem através da experiência, a reflexão crítica e a colaboração pode ajudar os professores na sua tentativa de tornar as suas práticas de sala de aula mais inclusivas. Esta concepção leva a acreditar que esta abordagem precisa ter em consideração a influência dos fatores escolares. Em particular, a nossa procura de meios capazes de fomentar a educação para todos deve incluir considerações sobre a forma como as escolas devem ser organizadas para apoiar tais esforços. Abordando esta questão, quer sob o ponto de vista cultural, quer estrutural. Sem margem de dúvida, que as escolas que conseguem fazer avançar com sucesso a sua prática, tendem a influenciar a forma como os professores se percepcionam a si próprios e a forma como vêem o seu trabalho. Desta forma, a escola começa a adquirir algumas das características daquilo que Senge (l990) chama uma organização de aprendizagem, i. e. " uma organização que está permanentemente a expandir a sua capacidade de criar o seu futuro". Torna-se uma escola "em movimento" que está continuamente à procura de desenvolver e aperfeiçoar as suas respostas aos desafios que encontra. É possível que, à medida que as escolas se orientem nestas direcções, as mudanças culturais que ocorrem possam produzir um impacto sobre as formas através das quais os professores vêem os alunos como progressos. O que pode acontecer é que, à medida que o clima da escola progride, estas crianças passem a ser vistas a uma luz mais positiva. Mais do que apresentando problemas que têm de ser ultrapassados, ou, possivelmente, mais do que serem enviados para um apoio em separado, estes alunos podem passar a ser considerados como uma fonte de compreensão sobre a forma como o sistema pode ser melhorado, tendo em vista o benefício de todos os alunos no ensino-aprendizagem. Neste caso, pode afirmar-se que as crianças são vozes escondidas que poderão informar e guiar, no futuro, o Papel da Educação. Bibliografia AINSCOW, M. Educação para todos torná-la uma realidade. Apresentada no Congresso Internacional de Educação Especial, Birmingham, Inglaterra, Abril de 1995. Universidade de Cambridge Instituto de Educação. GADOTTI, M. Perspectivas atuais da educação. Porto Alegre, Ed. Artes Médicas, 2000. SOBRAL, F. A. F. Educação para a competitividade ou para a cidadania social?. São Paulo em Perspectiva, v. 14, n. 1, jan./mar. 2000. http://redeinclusao.web.ua.pt/files/fl_38.pdf