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Espelhos E Lentes

Experimento ESPELHOS E LENTES, da disciplina de Laboratório de Física IV no curso de Física da Universidade Federal de Goiás.

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ESPELHOS E LENTES ¹Guilherme Morais Spíndola ¹Universidade Federal de Goiás / Instituto de Física ¹[email protected] Resumo Esse experimento foi realizado na disciplina de Laboratório de física IV, no curso de física da UFG. O mesmo teve como objetivo encontrar o valor das distâncias focais. Para isso foi preciso medir variadas distâncias da imagem ao objeto, do objeto e da imagem, para acharmos distâncias focais diferentes e encontrar o valor médio. Palavras Chave Espelhos planos; espelhos côncavos e convexos; lente divergente e convergente. Introdução É um sistema óptico de espelhos constituído por superfícies planas e polidas, capazes de refletir regularmente a luz, como acontece com a superfície do mercúrio em equilíbrio numa cuba, a superfície de um lago, o vidro de uma janela, ou mesmo a reflexão de uma colher. Para que a superfície considerada seja um bom espelho é ainda necessária que a variação do poder refletor com o ângulo de incidência seja a menor possível. Por esta razão os espelhos devem ser superfícies metálicas. Nos espelhos comuns, o vidro é usado como uma proteção transparente para que a camada metálica não sofra ação do ar e da umidade, impedindo ainda, a remoção por agentes mecânicos. Uma camada de verniz superposta à camada metálica completa a proteção. Figura 1 – Exemplo de espelho plano Um espelho plano forma de um objeto real, uma imagem virtual, direita, de mesmo tamanho e simetria. A distância do objeto ao espelho é igual a distância da imagem ao espelho. Se o objeto for virtual, a imagem será real. Um exemplo de imagem real produzida por um espelho plano é a imagem projetada por um retroprojetor. Não podemos confundir, a nossa imagem produzida pelo espelho plano com a maneira que nos vemos nesse espelho. Quando nos vemos num espelho plano, estamos vendo a imagem real projetada em nossa retina pelo sistema de lentes do olho e o tamanho da imagem varia com a distância ao espelho plano. Quando nos afastamos do espelho plano vemos nossa imagem menor. Os raios que partem de um objeto, diante de um espelho plano, refletem-se no espelho e atingem nossos olhos. Assim, recebemos raios luminosos que descreveram uma trajetória angular e temos a impressão de que são provenientes de um objeto atrás do espelho, em linha reta. Figura 2 – Formação da imagem no espelho plano Um caleidoscópio funciona segundo o princípio de reflexão múltipla, em que vários espelhos estão juntos. Normalmente há três espelhos longitudinalmente retangulares. Configurando os espelhos com diferença angular de 60 graus entre eles, de modo que forme um triângulo. À medida que o tubo é rodado, as quedas dos objetos coloridos apresentam cores diferentes e padrões. Esses padrões arbitrários mostram-se como um belo desenho simétrico criado pelos anti reflexos. Um caleidoscópio de dois espelhos produz um padrão isolado contra um fundo preto sólido, enquanto o de três espelhos (triângulo fechado) produz um padrão que preenche o campo inteiro. Os caleidoscópios modernos são feitos de tubos de bronze, vitrais, madeira, aço, etc. A parte contendo objetos a serem vistos é chamado de "câmara de objeto" ou de "célula objeto '. Células objeto podem conter quase todo o material. Por vezes, a célula objeto é preenchida com um líquido de modo que os itens de flutuar e mover-se através da célula objeto em resposta a um ligeiro movimento do observador. Figura 3 - Imagem formada por um caleidoscópio Os espelhos esféricos são constituídos de uma superfície lisa e polidos com formato esférico. Se a parte refletora for interna à superfície, o espelho recebe o nome de espelho côncavo; se for externa, o espelho é denominado convexo. Figura 4 – Espelho convexo e côncavo A posição e o tamanho das imagens formadas pelos espelhos esféricos também podem ser determinados geometricamente (como no caso das lentes) pelo comportamento dos raios de luz que partem do objeto e são refletidos após incidirem sobre o espelho. Embora muitos sejam os raios que contribuem para a formação das imagens, podemos selecionar três raios notáveis que nos auxiliam a determinar mais simplificadamente suas características: 1) Os raios de luz incidem no espelho passando pelo seu centro de curvatura reflete-se sobre si mesmos, pois possuem incidência normal à superfície; 2) Quando os raios de luz incidem no vértice do espelho são refletidos simetricamente em relação ao eixo principal; 3) Nos espelhos côncavos, os raios de luz incidem paralelamente e próximos ao eixo principal são refletidos passando por uma região sobre o eixo denominada foco. Nos espelhos convexos, os raios são desviados, afastando-se do eixo principal, de modo que a posição de seu foco é obtida pelo prolongamento desses raios. A representação geométrica das características das imagens obtidas através de espelhos esféricos pode ser efetuada, tal como nas lentes, através de um diagrama, onde se traça o comportamento de pelo menos dois raios de luz que partem de um mesmo ponto do objeto. No caso dos espelhos convexos, a posição e o tamanho das imagens ficam determinados pelo cruzamento do prolongamento dos raios refletidos, já que esses raios não se cruzam efetivamente. Figura 5 – Reflexão em espelho convexo As leis da reflexão e da refração permitem determinar o caminho dos raios luminosos nos meios transparentes. Essas leis são a base do conhecimento para a construção dos instrumentos ópticos. Em tais instrumentos (lentes de óculos, microscópios, lunetas, máquinas fotográficas,…) a luz é levada a percorrer um caminho previsível e bem determinado. As partes essenciais dos instrumentos ópticos são constituídas por lentes esféricas, ou seja, corpos refringentes delimitados por superfícies esféricas. Elas têm a propriedade de produzir imagens ampliadas ou reduzidas de objetos externos, sem grandes deformações. As duas superfícies (ou faces) esféricas delimitam uma lente podem ter raios diferentes. Uma das faces também pode ter raio infinito, ou seja, ser plana. Existem, portanto, lentes de formas muito diversas, mas, do ponto de vista do efeito que produzem, elas podem ser classificadas em apenas dois grupos: 1) Lentes convergentes: São mais espessas no centro do que nas bordas. São assim chamadas porque fazem convergir para um ponto os raios luminosos paralelos que as atravessam. São convergentes as lupas e as lentes de óculos para presbiopia e hipermetropia. 2) Lentes divergentes: São mais espessas nas bordas do que no centro. Quando atingidas por raios paralelos, elas os fazem divergir, ou seja, abrir-se como um leque. As lentes de óculos para miopia, assim como os olhos-mágicos instalados nas portas, são lentes divergentes. Chama-se eixo óptico de uma lente a reta que liga os centros de suas superfícies esféricas. Um raio de luz que atinge a superfície de uma lente é refratado duas vezes; primeiramente, quando passa do ar para o vidro; depois, ao passar do vidro para o ar. Em geral, o raio emergente apresenta um desvio em relação à direção do raio incidente. Esse desvio é voltado para a parte mais espessa da lente, ou seja: o raio se desvia para o eixo se a lente é convergente, e se distancia do eixo se ela é divergente. Figura 6 – Lentes esféricas Metodologia Para o experimento deve-se colocar no trilho em seqüência a fonte luminosa, a lente colimadora, o suporte com a lâmina, e o espelho côncavo. Fora dele próximo a fonte luminosa coloca-se o anteparo de modo que receba a imagem nítida do objeto. Meça as distâncias p, I e O. Para segunda etapa do experimento retire o espelho côncavo e coloque o anteparo na outra extremidade de modo que a imagem fique nítida nele. Meça p e p' e na última medida aproxime o anteparo até que fique com uma imagem com tamanho igual ao objeto e faça as medidas. Os materiais utilizados no experimento foram uma fonte luminosa, um trilho ferro laminado com escala milimetrada, uma placa plástica branca, uma lente colimadora, quatro suportes metálicos, uma lâmina 5x5 cm com entalhe de "f", um espelho côncavo, e uma lente convergente. Resultados e Discussões Tabela 1 – Espelho Côncavo "p (cm) "I (cm) "O (cm) "p' (cm) "f (cm) " "15,00 "4,00 "1,70 "35,29 "10,52 " "17,50 "6,70 "1,70 "68,97 "13,96 " "23,00 "6,20 "1,70 "83,88 "18,05 " Tabela 2 – Lente Convergente "p (cm) "p' (cm) "M "f (cm) " "19,00 "41,00 "2,16 "12,98 " "19,00 "31,00 "1,63 "11,78 " "19,00 "26,00 "1,37 "10,98 " "19,00 "23,00 "1,21 "10,40 " "19,00 "19,00 "1,00 "9,50 " O valor médio da distância focal do espelho côncavo encontrado usando os dados da tabela 1 foi: fmédio = (14,18 ± 0,05) cm A medida que o objeto se afasta do espelho côncavo, aumenta o tamanho da imagem, enquanto que a distância da imagem ao espelho continua a mesma. O valor médio da distância focal da lente convergente encontrado usando os dados da Tabela 2 foi: fmédio = (11,13 ± 0,05) cm Calculando o erro percentual da medida anterior em relação ao valor nominal, de 12,5 cm, temos: Erro percentual = 11,2 % Que é um erro percentual considerado relativamente baixo se levado em comparação que os valores têm uma diferença muito pequena. Quando o tamanho da imagem é igual ao tamanho do objeto, ou seja, p'=p, temos que: (1/f)=(1/p)+(1/p) => (1/f)=(2/p) => f=(p/2) Se fizermos na tabela 2 a soma de p com p', teremos um valor aproximado e não inferior a 4f. Caso fosse inferior a 4f não seria possível obter imagem real com uma lente convergente. Conclusão Em fim, no experimento "Espelhos e Lentes" encontraram resultados satisfatórios. Determinamos a distância focal de um espelho côncavo pelo método de ampliação e também a distância focal para uma lente convergente. Comprovamos resultados esperados para este experimento. Bibliografia GREF (1991). Física 2 - Física Térmica e Óptica. São Paulo.