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Equações Diferenciais Finitas

Trabalho sobre a disciplina de transferencia de calor, a fim de explicar o funcionamento das equações diferenciais finitas em uma malha.

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FACULDADE DO CENTRO LESTE BRUNO BOM ALVES NUNES TRANSFERÊNCIA DE CALOR SERRA MAIO DE 2010 BRUNO BOM ALVES NUNES EQUAÇÕES DE DIFERENÇAS FINITAS Trabalho apresentado à disciplina Transferência de Calor, do curso Engenharia de Produção Química, da Faculdade do Centro Leste, como requisito parcial para avaliação na referida disciplina. Orientador: Prof. Dr. Bruno Venturini Loureiro UCL – Jardim Limoeiro Serra – 11 de maio de 2010 1. INTRODUÇÃO Condução refere-se ao transporte de energia em um meio devido a um gradiente de temperatura e o mecanismo físico é a atividade atômica ou molecular aleatória. Ao restringimos nossa atenção para problemas da condução, nos quais o gradiente de temperatura é significativo em uma direção coordenada. Passamos a ter muitos casos, em que esses problemas são simplificados de forma grosseira se o tratamento unidimensional for utilizado, sendo necessário levar em conta os efeitos multidimensionais. Então, usamos em certos casos os métodos analíticos para a obtenção de soluções matemáticas exatas para problemas de condução bidimensional, em regime estacionário. Estas soluções foram obtidas para um conjunto de geometrias e condições de contorno simples. Contudo, são muito freqüentes os problemas bidimensionais que envolvem geometrias e/ou condições de contorno que impedem tais soluções. Nesses casos, a melhor alternativa é normalmente a utilização de uma técnica numérica como a de diferenças finitas, a dos elementos finitos ou método dos elementos de contorno. Devido a sua facilidade de aplicação, o método de diferenças finitas é bem apropriado para um tratamento introdutório das técnicas numéricas. 1. INTRODUCTION Conduction refers to the transport of energy in a way because of a temperature gradient and the physical mechanism is the random molecular or atomic activity. To restrict our attention to problems of driving in which the temperature gradient is significant in a coordinated way. Began many cases, these problems are simplified if the roughly one-dimensional treatment is used, being necessary to take into account the multidimensional effects. So, in some cases we use analytical methods to obtain exact mathematical solutions to problems driving two-dimensional, steady state. These solutions were obtained for a set of geometries and simple boundary conditions. However, very frequent problems involving two-dimensional geometries and / or boundary conditions that prevent such solutions. In such cases, the best alternative is usually to use a numerical technique like finite difference, the finite element method or finite element. Due to its ease of application, the finite difference method is well suited for an introductory treatment of numerical techniques. 2. PROBLEMA PROPOSTO 1. OBJETIVO Determinar o campo de temperatura em uma placa de 1m x 0,5m com três lados com temperatura definida, sendo que dois lados terão uma temperatura de 50°C e outro com temperatura de 200°C e haverá convecção de um fluido a 20°C. Implantar na placa 11 nós em X e 6 nós em Y, em um total de 66 nós, e determinar as temperatura nesses nós. Y X 1. 1. 2. HIPÓTESES 1. Regime permanente; 2. Condução Bidimensional; 3. Propriedades Constantes; 4. Não há geração interna de energia. 3. EQUACIONAMENTO MATEMÁTICO 1. Equação de Difusão de Calor 1. Simplificações Possíveis I. Condutividade Térmica Constante II. Regime Permanente III. Sem Geração de Calor IV. Condução Bidimensional 1. 2. 1. 2. 3. 4. MÉTODO DE SOLUÇÃO Para determinação da distribuição de temperatura dita numericamente que uma equação apropriada da conservação de calor seja escrita para cada um dos pontos nodais de temperatura de cada nó. Para qualquer nó interno de um sistema bidimensional sem geração e condutividade térmica uniforme, a forma exata da exigência da conservação de energia é dada pela equação de calor com suas hipóteses aplicadas. Contudo se o sistema for caracterizado em termos da rede nodal, é necessário trabalhar com uma forma aproximada dessa equação ou diferenças finitas. Uma equação de diferenças finitas que é conveniente para os nós internos de um sistema bidimensional pode ser deduzida diretamente da equação de calor. A partir da equação já com as hipóteses aplicada, seu valor no ponto nodal m, n pode ser aproximado como: Os gradientes de temperatura podem por sua vez ser expressos como uma função das temperaturas nodais. Ou seja, Substituindo as equações, obtemos: Procedendo de maneira similar, mostramos rapidamente que, Utilizando a rede para a qual x = y e substituindo todas as equações teremos: Essa forma de diferenças finitas da equação do calor, aproximada, pode ser aplicada ao nó interno que seja eqüidistante dos quatro nós de sua vizinhança, exigindo simplesmente que a soma das temperaturas associadas com os nós vizinhos seja quatro vezes a temperatura do nó de interesse. A equação de diferenças finitas para um nó também pode ser obtida aplicando-se a conservação de energia a um volume de controle em torno da região nodal. Uma vez que a direção real do fluxo de calor é freqüentemente desconhecida, torna-se conveniente formular o balanço de energia considerando-se que todo o fluxo de calor esteja no interior do nó. Tal consideração é, obviamente, impossível, mas, se as equações das taxas forem expressas de uma maneira consistente com essa consideração, a forma correta da equação das diferenças finitas é obtida. Para condições de regime estacionário com geração, temos: Considerando a aplicação em um volume de controle em torno do nó interno m, n. Para condições bidimensionais, a troca de energia é influenciada pela condução entre m, n e seus quatro nós adjacentes, bem como pela geração. Assim temos: Onde i se refere aos nós adjacentes, é a taxa de condução entre os nós, considerando a profundidade unitária. Para avaliar os termos da taxa de condução, consideramos que a transferência por condução ocorre exclusivamente através das faixas que são orientadas na direção x ou y. Formas simplificadas da lei de Fourier podem, portanto, ser utilizadas. Por exemplo, a taxa na qual a energia é transferida por condução de um nó m-1, n para m, n pode ser expressa como: A grandeza ) é a área da transferência de calor, e o termo () / é aproximação por diferenças finitas do gradiente de temperatura no limite entre nós. As taxas de condução restantes podem então ser representadas como: Essa convenção é necessária devido à consideração do fluxo de calor para o interior de m, n. substituindo as equações no balanço de energia e lembrando que x = y, segue a equação de diferenças finitas para o interior de um nó com geração: É importante observar que a equação das diferenças finitas é necessária para cada ponto nodal em que a temperatura é desconhecida. Agora para um nó que apresenta três quartos da seção sombreada e troca energia por convecção com um fluido de contato a T. A condução para a região nodal (m, n) ocorre ao longo das quatro diferentes faixas vizinhas aos nós no sólido. As taxas de calor de condução podem ser expressas como: As condições na região nodal m, n também são influenciadas pela troca convectiva com o fluido, e essa troca pode ser vista como ocorrendo ao longo das faixas nas direções x e y. A taxa de convecção total pode ser expressa como: Implicitamente nessa expressão está a consideração de que as superfícies expostas do vértice encontram-se a uma temperatura uniforme correspondente à temperatura nodal . Essa consideração é coerente com o conceito de que toda a região nodal é caracterizada por uma única temperatura, que representa uma media da distribuição de temperatura real na região. Na ausência de efeitos transiente tridimensional e de geração, a conservação de energia exige que a soma das equações seja zero. Somando essas equações e rearrumando-as, obtemos: Em que novamente a rede é tal que x = y. Portanto para as equações de balanço nodais pertinentes a diversas geometrias comuns podem ser formuladas a partir do desenvolvimento das equações apresentadas. 1. 2. 1. 2. 3. 4. 5. RESULTADOS 200 "200 "200 "200 "200 "200 "200 "200 "200 "200 "200 " "50 "123,37 "151,3 "163,3 "168,53 "170,03 "168,53 "163,3 "151,3 "123,37 "50 " "50 "92,18 "118,53 "133,35 "140,8 "143,06 "140,8 "133,35 "118,53 "92,18 "50 " "50 "76,82 "97,3 "110,78 "118,25 "120,63 "118,25 "110,78 "97,3 "76,82 "50 " "50 "67,79 "83,08 "94,2 "100,79 "102,96 "100,79 "94,2 "83,08 "67,79 "50 " "50 "61,25 "73,02 "82,17 "87,75 "89,61 "87,75 "82,17 "73,02 "61,25 "50 " " Os resultados obtidos no exercício para determinar as temperaturas em determinados pontos na placa, considerando as laterais da placa com temperatura fixa ate sua extremidade obtemos os seguintes resultados: Considerando convecção na sua extremidade obtemos: 200 "200 "200 "200 "200 "200 "200 "200 "200 "200 "200 " "50 "123,35 "151,27 "163,26 "168,5 "170 "168,5 "163,26 "151,27 "123,35 "50 " "50 "92,19 "118,46 "133,28 "140,73 "143 "140,73 "133,28 "118,46 "92,19 "50 " "50 "76,7 "97,17 "110,66 "118,15 "120,53 "118,15 "110,66 "97,17 "76,7 "50 " "50 "67,51 "82,86 "94,04 "100,67 "102,84 "100,67 "94,04 "82,86 "67,51 "50 " "47,56 "60,48 "72,7 "81,99 "87,63 "89,51 "87,63 "81,99 "72,7 "60,48 "47,56 " " 3. CONCLUSÃO Concluímos que ao deparar com um problema bidimensional, é necessário primeiramente verificar se uma solução exata é conhecida. Isso pode ser feito examinando-se algumas das referências nas quais soluções exatas para a equação de calor são obtidas. Pode-se, também, querer verificar se o fator de forma ou a taxa de condução de calor adimensional é conhecido para o sistema de interesse. Contudo, freqüentemente, as condições são tais que o uso de um fator forma, da taxa de condução de calor adimensional ou de uma solução exata não é possível, sendo assim, necessária a utilização de uma solução por diferenças finitas ou elementos finitos. Deve-se valorizar a natureza inerente do processo de discretização e saber como formular e resolver as equações de diferenças finitas para os pontos discretos de uma rede nodal, em que uma vez estabelecida esta rede e escrita uma equação de diferenças finitas apropriada para cada ponto nodal, a distribuição de temperaturas pode ser determinada. Onde o problema se reduz ao da solução de um sistema de equações algébricas lineares. Numerosos métodos estão disponíveis para este propósito e podem ser classificados em função de serem diretos ou indiretos. Entretanto, algumas vezes é mais eficiente a utilização de uma técnica iterativa, por exemplo, a de Gauss-Seidel. Não podemos deixar de mencionar que em certos problemas, ocorre o uma falha na incapacidade de satisfazer precisamente o balanço de energia, falha esta que pode ser atribuído a erros de medida das temperaturas, as aproximações empregadas no desenvolvimento das equações de diferenças finitas e ao uso de uma malha relativamente grossa. Sendo assim, após estudos e as analises feitas no exercício em especial, concluímos que a temperatura na placa será mais baixa à medida que se aproxima da convecção, porém, a mesma não abaixa a ponto de ficar com o valor de T . Concluímos também, que a menor temperatura é próxima de 50°C. E se as temperaturas fossem todas de 50°C encontraríamos pontos na placa com a temperatura próximo ou igual a T . 4. BIBLIOGRAFIA Livros: INCROPERA, Frank / DEWITT, David / BERGMAN, Theodore / LAVINE, Adrienne. Fundamentos de Transferência de Calor e de Massa. 6. ed. RJ: LTC, 2008. POULIKAKOS, D. Conduction Heat Transfer. Prentice-Hall, Englewood Cliffs, NJ, 1994. HOFFMAN, J. D., Numerical Methods for Engineers and Scientists. McGraw- Hill, NY, 1992. 6. ASSINATURAS ____________________________ ____________________________ Bruno Bom Alves Nunes Amanda Babilone Fonseca ----------------------- T2=200°C T2=200°C T3=50°C T1=50°C Ar h = 100 w/m²°C T-" = 20°C Propriedades do material: Aço Carbono Á = 7854 Kg/m³ Cp = 434J/KgK K = 60,5 W/m°C C Ar h = 100 w/m²°C T = 20°C Propriedades do material: Aço Carbono ρ = 7854 Kg/m³ Cp = 434J/KgK K = 60,5 W/m°C