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[ema-ii] Trabalhos - Polias

Diversos trabalhos de EMA-II sobre: Correias, Cabos e Polias; Embreagens e Freios; Engrenagens Helicoidais; Mancais de Deslizamento.

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POLIAS 2.1. DEFINIÇÃO Polias são elementos mecânicos circulares, com ou sem canais periféricos, acoplados a eixos motores e movidos por máquinas e equipamentos. As polias, para funcionar, necessitam da presença de vínculos chamados correias. Quando em funcionamento, as polias e correias podem transferir e/ou transformar movimentos de um ponto para outro da máquina. Sempre haverá transferência de força. Uma polia é constituída de uma coroa ou face, na qual se enrola a correia. A face é ligada a um cubo de roda mediante disco ou braços. 2.2 TIPOS DE POLIAS Os tipos de polia são determinados pela forma da superfície na qual a correia se assenta. Elas podem ser lisas ou ranhuradas. 2.2.1 POLIAS LISAS As polias lisas podem apresentar dois formatos na sua superfície de contato. Essa superfície pode ser plana ou abaulada. A figura a seguir mostra o perfil externo dessas polias. A polia plana conserva melhor as correias, e a polia com superfície abaulada guia melhor as correias. A ABNT – PB 30 padroniza as polias para as correias chatas, sendo aplicável os valores da tabela a seguir. O diâmetro de uma polia de transmissão para correia chata, é o maior diâmetro externo do aro, no plano de simetria perpendicular ao eixo. A pista de uma polia de transmissão para correia chata é a superfície externa do aro da polia, na qual se apóia a correia. O perfil da pista deve ser um arco de circunferência com centro no plano de simetria perpendicular ao eixo da polia. Tabela 1. Abaulamento padronizado para polias lisas 2.2.2 POLIAS RANHURADAS OU TRAPEZOIDAIS A polia trapezoidal recebe esse nome porque a superfície na qual a correia se assenta apresenta a forma de trapézio. As polias trapezoidais devem ser providas de canaletas (ou canais) e são dimensionadas de acordo com o perfil padrão da correia a ser utilizada. O diâmetro nominal ou efetivo de uma polia trapezoidal é o diâmetro correspondente à velocidade da correia. A figura a seguir mostra as dimensões principais deste tipo de polia que variam de acordo com o perfil da correia e ser utilizada. Essas dimensões são obtidas a partir de consultas em tabelas. Como por exemplo, a tabela a seguir: PERFIL "ÂNGULO "T "S "W "Y "Z "H "K mín "U=R "X "L " ""V" "Diâmetro "graus " " " " " " " " " " " "A "externo (mm) " " " " " " " " " " " " " "de 75 a 120 "34° "9,5 "15,0 "13,0 "3,0 "2,0 "13,0 "5,0 "1,0 "5,0 "largura = 2T + S(N-1) "N= n° de canais " " "de 125 a 190 "36° " " " " " " " " " " " " " "acima de 200 "38° " " " " " " " " " " " " "B "de 125 a 170 "34° "11,5 "19,0 "17,0 "3,0 "2,0 "17,0 "6,5 "1,0 "6,3 " " " " "de 180 a 270 "36° " " " " " " " " " " " " " "acima de 280 "38° " " " " " " " " " " " " "C "de 200 a 350 "36° "15,3 "25,5 "22,5 "4,0 "3,0 "22,0 "9,5 "1,5 "8,3 " " " " "acima de 350 "38° " " " " " " " " " " " " "D "de 300 a 450 "36° "22,0 "36,5 "32,0 "6,0 "4,5 "28,0 "12,5 "1,5 "1,0 " " " " "acima de 450 "38° " " " " " " " " " " " " "E "de 485 a 630 "36° "27,3 "44,5 "38,5 "8,0 "6,0 "33,0 "16,0 "1,5 "13,0 " " " " "acima de 630 "38° " " " " " " " " " " " " "Tabela 2.dimensões padronizadas para polias trapezoidais E de uma forma mais detalhada: Com os dados conhecidos, consultamos a tabela 2 e basta encontrar essas dimensões. 2.2.3 OUTROS TIPOS DE POLIAS Além das polias para correias planas e trapezoidais, existem as polias para cabos de aço, para correntes, polias (ou rodas) de atrito, polias para correias redondas e para correias dentadas. Algumas vezes, as palavras roda e polia são utilizadas como sinônimos. 2.3 POLIAS TENSORAS Para garantir tensão suficiente e aumento do ângulo de abraçamento pode-se recorrer, nas transmissões com correias chatas, a uma polia tensora oscilante. A instalação dessa polia deve seguir as seguintes condições práticas: - O diâmetro da polia tensora deve ser maior que o da polia menor; - a instalação deve ser feita a uma distância maior que a largura das pistas das polias; Para determinação da força a ser desenvolvida pela polia tensora, recorre-se ao processo gráfico seguinte: - Desenha-se em uma escala conveniente, a posição relativa das polias, arbitrando-se um diâmetro para a polia tensora, maior que o da polia menor.(conforme a figura a seguir). O isolamento da polia tensora conduz as duas forças tangenciais de mesmo módulo que a atuante no ramo frouxo da instalação. O vetor AD é a resultante que representa a reação ao esforço que a polia deve exercer. Esse esforço é geralmente propiciado por pesos, cuja direção é vertical. A semi-reta DC determina, sobre a vertical traçada de A, o vetor GA, que tem por componentes DA e GD. GD tende a desaplicar a polia tensora, e GA anula o efeito do ramo frouxo e produz um ângulo de abraçamento maior. De um modo geral. O módulo de GA é excessivo para ser obtido apenas pelo peso da polia. Recorre-se a um peso auxiliar atuante através de uma alavanca conforme a figura a seguir. 2.4 REPRESENTAÇÃO EM DESENHO TÉCNICO Nas figuras a seguir, podemos observar alguns exemplos de polias e, a forma como são representadas em desenho técnico. 2.5 LIGAÇÃO ENTRE CUBO E DIÂMETRO EXTERNO As polias apresentam braços a partir de 200 mm de diâmetro. Abaixo desse valor, a coroa é ligada ao cubo por meio de discos. 2.6 MATERIAS DE FABRICAÇÃO Os materiais que se empregam para a construção das polias são ferro fundido (o mais utilizado), aços, ligas leves e materiais sintéticos. A superfície da polia não deve apresentar porosidade, pois, do contrário, a correia irá se desgastar rapidamente. 2.7 VERIFICAÇÃO PERIÓDICA As polias podem se inspecionadas visualmente de forma periódica pelo técnico responsável pela manutenção e certos fatores devem ser observados para o seu funcionamento adequado, são eles: - não apresentar desgastes nos canais; - não apresentar as bordas trincadas, amassadas, oxidadas ou com porosidade; - apresentar os canais livres de graxa, óleo ou tinta e corretamente dimensionados para receber as correias. 2.7.1 ALINHAMENTO DE POLIAS Além dos cuidados citados anteriormente, as polias em "V" exigem alinhamento. Polias desalinhadas danificam rapidamente as correias e forçam os eixos aumentando o desgaste dos mancais e os próprios eixos. É recomendável, para fazer um bom alinhamento, usar uma régua paralela fazendo-a tocar toda a superfície lateral das polias. 2.8 RELAÇÃO DE TRANSMISSÃO A relação de transmissão entre polias se dá através da equação abaixo: Onde: φ relação de transmissão; D1 diâmetro da polia motora; D2 diâmetro da polia movida; n 1 rotação da polia motora; n 2 rotação da polia movida. Com isso temos a relação entre os diâmetros e as rotações: 2.9 EXEMPLO Para operar adequadamente nas condições desejadas a hélice de um exaustor industrial deve girar a uma rotação de 760 rpm. A árvore do exaustor receberá o movimento provindo de um motor elétrico através de um sistema de correia e polia. O único motor elétrico disponível na empresa naquele momento, possuía uma rotação nominal de 1750 rpm. A polia que a ser colocada no eixo do motor deve possuir um diâmetro externo mínimo de 75 mm. Sabendo-se que a transmissão se dará com três correias "V" de perfil "A", pede-se dimensionar a polia a ser montada na árvore do exaustor. Solução: As polias devem seguir as padronizações apresentadas na tabela 2 juntamente com a figura a seguir; Polia motora: Como o diâmetro externo já está definido, basta determinar as dimensões dos canais e largura da polia. Pela tabela 2, temos: Ângulo = 34° S = 15,0 mm T = 9,50 mm W = 13,0 mm R=U= 1,0 mm H = 13,0 mm Z = 2,0 mm X = 5,0 mm N = 3 correias L = 2T + S(N-1) = 2.9,50 + 15,0(3-1) L = 49,0 mm Diâmetro nominal D1 = diâmetro externo – 2.X D1 = 75 – (2.5) D1 = 65 mm. A polia motora está definida. Polia movida Pela relação D2 = (65/720).1750 D2 = 157,99 mm Diâmetro externo = D2 + 2.X = 157,99 + (2.5) = 167,99 mm Os demais parâmetros são idênticos aos da polia motora com exceção do ângulo que agora segundo a tabela 2 deverá ser de 36°. Podemos notar que como o diâmetro externo não excedeu 200 mm a ligação entre o diâmetro externo e o cubo poderá ser feita através de disco, não necessitando braços como descrito na seção 2.5. 2-POLIAS 2.1 DEFINIÇÃO 2.2 TIPOS DE POLIAS 2.2.1 POLIAS LISAS 2.2.2 POLIAS RANHURADAS OU TRAPEZOIDAIS 2.2.3 OUTROS TIPOS DE POLIAS 2.3 POLIAS TENSORAS 2.4 REPRESENTAÇÃO EM DESENHO TÉCNICO 2.5 LIGAÇÃO ENTRE CUBO E DIÃMETRO EXTERNO 2.6 MATERIAIS DE FABRICAÇÃO 2.7 VERIFICAÇÃO PERIÓDICA 2.7.1 ALINHAMENTO DE POLIAS 2.8 RELAÇÃO DE TRANSMISSÃO 2.9 EXERCÍCIO -REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS REFERÊNCIAS SHIGLEY, J.E. Elementos de Máquinas – Vol. 2. Livros Técnicos e Científicos Editora. Rio de Janeiro – RJ, 1984. ALBUQUERQUE,O. A. L. P. Elementos de máquinas. Rio de Janeiro: Editora Guanabara,1980. DRAPINSKI, Janusz . Manual de manutenção mecânica básica. – Ed. McGRAW- HILL, São Paulo, 1973. Construções e Tipos de cabos. Disponível em: < http://www.maxicabos.com.br/>. Acesso em 21/10/06. CABOS DE AÇO POLIAS