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[ema-ii] Trabalhos - Freios E Embreagens (4)

Diversos trabalhos de EMA-II sobre: Correias, Cabos e Polias; Embreagens e Freios; Engrenagens Helicoidais; Mancais de Deslizamento.

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"UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS – CCT " " " DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA - DEM DISCIPLINA: Elementos de Máquinas - II – EMA - II PROFESSOR: Nicodemus Neto da Costa Lima ALUNO: Ricardo Augusto de Lima Araujo CURSO: Engenharia Mecânica SEMESTRE/ANO: 02/2000 FREIOS E EMBREAGENS Índice "1. Generalidades "3 " "2. Estática "3 " "3. Freios e embreagens internas "5 " "4. Freios e embreagens tipo tambor "8 " "com " " "sapatas externas " " "5. Embreagens e freios de cinta "11 " "6. Embreagens de contato axial "12 " "6.1. Desgaste uniforme "12 " "6.2. Pressão uniforme " 12 " "7. Embreagens e freios cônicos "13 " "7.1. Desgaste uniforme "14 " "7.2. Pressão uniforme "14 " "8. Embreagens e acoplamentos de "15 " "tipos " " "9. Materiais para guarnições "15 " "10. Considerações sobre energia "16 " "11. Dissipação de calor "16 " "12. Exercício de aplicação "17 " "13. Referências Bibliográficas "18 " 1. GENERALIDADES A função primordial dos freios e embreagens é trazer à mesma velocidade duas massas inerciais com determinada rotação. Na figura 1 tem-se um esquema simplificado do funcionamento de um sistema de acoplamento : Fig. 1 : Representação esquemática de uma embreagem ou freio.[1] No caso dos freios, a velocidade é reduzida a zero. Há deslizamento pois os dois elementos estão à velocidades diferentes; assim, há dissipação de energia com conseqüente aumento de temperatura. Para uma análise completa deste dispositivo deve-se dispor : a) da força de acionamento; b) do torque transmitido; c) da perda de energia; d) do aumento de temperatura. O torque transmitido depende da força atuante, do coeficiente de atrito e da geometria da embreagem ou freio. Já o aumento de temperatura pode ser estudado individualmente, pois é função apenas das superfícies que dissipam calor. Alguns tipos de dispositivos estão relacionados abaixo : 1) De tambor com sapatas internas; 2) De tambor com sapatas externas; 3) De tambor com cinta externa; 4) De discos ou axial; 5) Cônicos; 6) Diversos. 2. ESTÁTICA Para a análise dos tipos de freios e embreagens seguem-se as três etapas seguintes : Etapa 1 : Determinação da distribuição de pressão sobre as superfícies de atrito. Etapa 2 : Determinação da relação entre a pressão máxima e a pressão em qualquer ponto. Etapa 3 : Aplicação das condições de equilíbrio estático para a determinação da força atuante, do torque e das reações de apoio. Para exemplificar este procedimento, será utilizada a figura 2. Fig. 2 : Forças atuantes numa sapata articulada.[1] Nela, é mostrada uma sapata articulada em A, com força atuante F, força normal N no contato entre as superfícies e força de atrito fN, sendo f o coeficiente de atrito. O corpo move-se para a direita e a sapata permanece estacionária. A pressão em qualquer ponto é p, a pressão máxima é pa e a área da sapata é A. Etapa 1 : Como a sapata é curta, admite-se a pressão uniformemente distribuída sobre a área de atrito. Etapa 2 : Da etapa 1 segue-se que : p = pa (2.1) Etapa 3 : Como a pressão está uniformemente distribuída, pode-se calcular uma força normal equivalente. Assim : N = pa . A (2.2) Aplicando as condições de equilíbrio estático, e fazendo a somatória dos momentos em relação ao pino de articulação, obtém-se : ( MA = Fb – Nb + fNa = 0 (2.3) Utilizando a equação 2.2 : F = (2 .4) Tomando o somatório das forças nas direções horizontal e vertical : ( Fx = 0 ( Rx = f.pa.A (2.5) ( Fy = 0 ( Ry =.pa.A – F (2.6) O objetivo principal no projeto de um freio ou embreagem é determinar as dimensões para se obter o melhor freio ou embreagem para o material da guarnição especificado. Na eq. 2.4, fazendo b = fa, tem-se a condição de autobloqueio, ou seja, neste caso nenhuma força atuante é requerida. Na prática, pode-se desejar o efeito de auto-acionamento. Este efeito é obtido selecionando um valor de f que nunca será excedido. Isto pode ser feito aumentando o coeficiente de atrito tabelado de 25 a 50 por cento. Assim, determinam-se os valores da razão b/a para que este valor nunca seja excedido. 3. FREIOS E EMBREAGENS TIPO TAMBOR COM SAPATAS INTERNAS Neste tipo de arranjo, há três elementos essenciais : as superfícies de atrito que se tocam, os meios de transmissão do torque e o mecanismo de acionamento. Para a análise desse dispositivo, toma-se como referência a figura 3. Pode-se notar que o ponto A é o pivô e a força atuante age na outra extremidade. Como a sapata não tem dimensões pequenas, não se pode considerar uma distribuição uniforme de pressão. Além disso, o arranjo não permite que pressão seja aplicada no ponto A. Não se coloca guarnição na sapata numa pequena parte a partir da extremidade mais próxima do pino de articulação. Isto não tem uma interferência mínima no desempenho. Fig. 3 : Sapata interna. [1] Seja p a pressão atuando sobre um elemento de área da guarnição localizado a um ângulo ( a partir do pino de articulação. Denomina-se pa a pressão máxima localizada a um ângulo (a a partir do pino de articulação. Seguindo-se as etapas estabelecidas na seção 2, supõe-se que a pressão em qualquer ponto é proporcional à distância vertical ao pino de articulação. Pela etapa 2, essa distância vertical é proporcional a sen ( e a relação entre as pressões é : (3.1) Da eq. 3.1 observa-se que p será máximo quando ( = 90º, ou se o ângulo da sapata for menor que 90º, p será máximo na extremidade mais afastada do pino de articulação. Também pela eq. 3.1, nota-se que quando ( = 0, a pressão é zero. Assim, o material da guarnição localizado próximo ao pino contribui muito pouco para a frenagem. Então, um bom projeto concentraria mais material na região onde a pressão é maior. Seguindo na etapa 3 e observando a figura 4, as reações no pino de articulação são Rx e Ry. A força atuante F tem componentes Fx e Fy e age a uma distância c do pino de articulação. A um ângulo ( do pino atua uma normal dN cujo módulo é : dN = p.b.r d( (3.1.a) onde b é a largura da guarnição. Substituindo-se o valor da pressão obtido em 3.1 obtém-se : dN = (3.1.b) A força normal dN tem componentes horizontal e vertical conforme indicado na figura 5, assim como a força de atrito fdN. Aplicando as condições de equilíbrio estático, determinam-se a força atuante F, o torque T e as reações Rx e Ry no pino. A força atuante F é determinada com a condição que o somatório dos momentos em torno do pino de articulação é zero. As forças de atrito têm um braço de alavanca em relação ao pino igual a r – a cos (. O momento Mf dessas forças de atrito é : Mf = (3.2) O braço de alavanca da força normal dN em torno do pino é a.. sen (. Designando o momento das forças normais por MN : MN = (3.3) A força atuante F deve equilibrar estes dois momentos. Assim : F = (3.4) Pela eq. 3.4, vê-se que há uma condição para que a força atuante seja nula, ou seja, se Mn = Mf, ocorre o autotravamento. Com isso, pode-se obter alguma ação de auto-acionamento. Aumentando o coeficiente de atrito conforme explanado no item 2, tira-se o valor de a da expressão : MN = Mf' (3.5) O torque T aplicado ao tambor pela sapata é a soma das forças de atrito fdN vezes o raio do tambor : T = (3.6) As reações no pino de articulação são determinadas pelo somatório das forças horizontais e verticais : Rx = (3.7) Ry = (3.8) Se o sentido das forças de atrito e a rotação forem invertidas, a força atuante torna-se : F = (3.9) Como ambos os momentos têm o mesmo sentido, não é possível a auto- ativação. Também, para rotação no sentido anti-horário trocam-se os sinais dos termos relativos ao atrito nas equações para as reações no pino e obtém- se : Rx = (3.10) Ry = (3.11) Algumas observações devem ser feitas a respeito da análise precedente : Supôs-se que a pressão em qualquer ponto da guarnição da sapata foi proporcional à distância do ponto de articulação, sendo nula na extremidade mais próxima do plano. É importante lembrar que pressões especificadas pelos fabricantes consideram valores médios e não valores máximos. efeito da força centrífuga foi desprezado. Isso é uma boa aproximação no caso dos freios, pois as sapatas não têm movimento de rotação. Para as embreagens, o efeito da força centrífuga deve ser levado em consideração. A sapata foi considerada rígida. Entretanto, pode haver alguma deflexão, alterando a distribuição de forças. Por fim, considerou-se que o coeficiente de atrito não varia com a pressão. Na realidade, este coeficiente pode variar sob algumas condições como temperatura, desgaste e meio. 4. FREIOS E EMBREAGENS TIPO TAMBOR COM SAPATAS EXTERNAS A notação para sapatas externas está na figura 5. Fig. 5 : Notação para sapata externa.[1] Os momentos das forças normal e de atrito em relação ao pino são os mesmos para o caso das sapatas internas e são dados pelas equações 3.2 e 3.3. As equações citadas fornecem valores positivos para momentos no sentido horário quando utilizados para sapatas externas. A força atuante deve equilibrar ambos os momentos : F = (3.9) Pode-se determinar as reações nos pinos com um procedimento análogo ao feito para sapatas internas : Rx = (4.1) Ry = (4.2) Se a rotação for anti-horária, inverte-se o sinal do termo devido à força de atrito em cada equação. Portanto, a força de acionamento torna-se : F = (3.4) e existe auto-acionamento para rotação anti-horária. As reações ficam : Rx = (4.3) Ry = (4.4) É necessário observar que quando o projeto é de embreagens, o efeito causado pela força centrífuga é o de diminuir a força normal. Assim, uma maior força de acionamento é requerida quando a velocidade aumenta. Quando o pivô está localizado simetricamente e colocado de tal forma que o momento das forças de atrito em relação ao pivô é nulo (fig. 6a), pode-se obter uma relação para a distribuição de pressões supondo que o revestimento se desgasta uniformemente, de tal modo que o formato cilíndrico seja mantido. Isso significa que o desgaste (x na figura 6b é constante, independentemente do ângulo (. Assim, o desgaste radial da guarnição é (r = (x.cos(. Se num elemento qualquer da guarnição a perda de energia devida ao atrito for proporcional à pressão radial e o desgaste estar diretamente relacionado às perdas devidas ao atrito, então : p = pa.cos( (4a) e p atinge um máximo em ( = 0. Fazendo a análise das forças segundo a figura 6a : dN = p.b.r d( (4b) ou dN = pa.b.r.cos( d( (4c) A distância a ao pivô será escolhida de tal forma que o momento das forças de atrito Mf seja nulo. A simetria determina que (1 = (2 e portanto : Fig. 6 : (a) Freio com sapata simétrica articulada. (b) Desgaste da guarnição do freio. Mf = 2 Substituindo a eq. 4c na expressão acima , chega-se a : 2.f.pa.b.r Finalmente : a = (4.5) Com a localização do pivô determinada, o momento em torno do pino é zero e as reações horizontal e vertical são : Rx = 2 (4.6) onde, pela simetria, . Também : Ry = 2 (4.7) onde . Observar que Rx = -N e Ry = -fN como seria de se esperar para a escolha em particular feita para a dimensão a. O torque é : T = a.f.N (4.8) 5. EMBREAGENS E FREIOS DE CINTA As embreagens flexíveis e freios de cinta são utilizadas principalmente em escavadoras e guindastes. Para a análise seguinte, utilizar-se-á a figura 7. Fig. 7 : Forças atuantes numa cinta de freio.[1] Devido ao atrito e à rotação do tambor, a força de acionamento P2 é menor que a reação P1 no pino. Qualquer elemento da correia de valor angular d( estará em equilíbrio sob a ação das forças indicadas na figura 7. Efetuando o somatório dessas forças nas direções horizontal e vertical tem-se : (5.1) O torque pode ser obtido pela equação : T = (P1 – P2)(D/2) (5.2) A pressão é dada por : p = (5.3) Assim, a pressão é proporcional à tensão da correia. A pressão máxima pa ocorrerá na ponta e tem o valor : pa = (5.4) 6. EMBREAGENS DE CONTATO AXIAL Uma embreagem é dita de contato axial quando as superfícies que se atritam se movem numa direção paralela ao eixo. Uma embreagem bastante utilizada é a embreagem a disco, pelo fato dos efeitos centrífugos estarem ausentes e também pela grande área de contato que pode ser obtida com um pequeno espaço. Além disso, uma distribuição de pressão mais favorável e superfícies dissipadoras de calor são pontos favoráveis a este tipo de embreagem. Para a análise, considere um disco de diâmetro externo D e diâmetro interno d. É preciso determinar a força axial F necessária para produzir um torque T e pressão p. Há dois métodos para isso : se os discos forem rígidos, o maior desgaste ocorrerá nas partes mais externas, devido ao maior atrito nessas superfícies. Depois de um certo desgaste, a distribuição de pressão irá se modificar, tornando o desgaste uniforme. Essa é a base para o primeiro método de resolução. Outro método emprega molas para se obter uma pressão uniforme sobre a área. 1. Desgaste uniforme Para que o desgaste seja uniforme, a maior pressão tem que ocorrer em r = d/2. Denotando a pressão máxima por pa pode-se escrever : p = pa. (6.1) Esta expressão é a condição para que a quantidade de trabalho seja a mesma tanto para um raio r quanto para um raio d/2. Pode-se determinar a força normal total pela equação : F = (6.2) O torque é determinado integrando-se o produto força de atrito vezes o raio : T = (6.3) Uma expressão mais conveniente para o torque é obtida substituindo-se a eq. 6.2 na 6.3 : T = (6.4) 2. Pressão uniforme Na hipótese da pressão ser uniforme sobre a superfície do disco a força atuante F é simplesmente o produto da pressão pela área : F = (6.5) O torque pode ser calculado integrando-se o produto da força de atrito pelo raio : T = (6.6) Como p = pa : T = (6.7) Para ambas as equações, o torque é relativo a apenas um par de superfícies. Assim, este valor deve ser multiplicado pelo número de pares de superfícies em contato. 7. EMBREAGENS E FREIOS CÔNICOS A figura 8 mostra o desenho de uma embreagem cônica, constituída por um copo enchavetado em uma das árvores, um cone que desliza axialmente sobre estrias ou chavetas e uma mola helicoidal para manter a embreagem acionada. Fig. 8 : Embreagem cônica. [1] Pode-se determinar a relação entre a força F e o torque transmitido adotando a figura 9. Analogamente ao caso de embreagens axiais, pode-se fazer a análise considerando o desgaste uniforme ou pressão uniforme. Fig. 9 : Elementos de uma embreagem cônica. [1] 1. Desgaste uniforme A relação de pressão é a mesma para embreagem do tipo axial, ou seja : p = pa. (6.1) Pela figura 9 : F = (7.1) O torque é dado pela expressão : T = (7.2) Combinando a eq. 7.1 com a 7.2 pode-se escrever : T = (7.3) 2. Pressão uniforme Considerando p = pa, a força de acionamento é determinada por : (7.4) O torque é : (7.5) Combinando as eqs. 7.4 e 7.5 : T = (7.6) 8. EMBREAGENS E ACOPLAMENTOS DE TIPOS DIVERSOS Uma embreagem tipo engrazador (denteada), mostrada na figura 10(a), é uma embreagem de contato positivo. As características destas embreagens são : a) não deslizam; b) não ocorre geração de calor; c) não podem ser acopladas a velocidades elevadas; d) às vezes, não podem ser acopladas quando as árvores estão em repouso; e) o acoplamento é acompanhado de choque, em qualquer velocidade. Fig. 10 : (a) Embreagem tipo engrazador; (b) Embreagem do tipo que desliga com sobrecarga.[1] Pode-se diferenciar as embreagens engrazadoras pelo formato de seus dentes. Têm aplicação importante em prensas de grande porte ou parafusos transportadores de laminadores, ou seja, onde há operação síncrona. Embreagens do tipo que desligam com sobrecarga são desejáveis quando dispositivos como acionamentos lineares ou aparafusadores mecânicos devem mover-se até um limite bem definido e depois parar. A fig. 10(b) ilustra uma embreagem deste tipo. Nela, pode-se ver as molas a serem desacopladas a um certo torque pré-determinado. Para um bom projeto destas embreagens, deve-se levar em consideração tanto as cargas dinâmicas quanto à fadiga, além, é claro, do desgaste. 9. MATERIAIS PARA GUARNIÇÕES As principais características de um material para guarnição devem ser : a) Coeficiente de atrito elevado e uniforme; b) Propriedades invariáveis nas condições ambientais; c) Boa condutividade térmica e capacidade de suportar altas temperaturas; d) Boa resiliência; e) Alta resistência ao desgaste, riscagem e raspagem. Alguns materiais podem trabalhar imersos em óleo, o que diminui o coeficiente de atrito mas aumenta a transferência de calor. 10. CONSIDERAÇÕES SOBRE ENERGIA Quando os elementos de uma máquina são levados a uma parada, há a necessidade de absorção de energia cinética de rotação pelo freio. Isso acontece fundamentalmente na forma de calor. Também, quando um dispositivo precisa ser levado do repouso até uma certa rotação, deve ocorrer deslizamento na embreagem até que os membros impulsionados atinjam a mesma velocidade de operação do impulsionador. Esse deslizamento também absorve energia cinética na forma de calor. Pelo visto, observa-se que um bom projeto de embreagens e freios depende das características do material e da dissipação de calor. Assumindo a velocidade constante, a energia cinética de um corpo em translação será : Ec = 0,5 m.v2 (10.1) onde : Ec = energia cinética m = massa v = velocidade A energia cinética de um corpo em rotação é : Ec = 0,5 I.(2 (10.2) onde : I = momento de inércia ( = velocidade angular Se a operação apenas alterar a velocidade, a energia cinética será baseada na diferença de velocidades. 11. DISSIPAÇÃO DE CALOR A expressão abaixo é utilizada na dissipação de calor num freio ou embreagem : (11.1) onde : (T = acréscimo de temperatura [ºC] Ec = energia cinética [J] C = calor específico [J/kg.ºC] M = massa das placas da embreagem ou tambor/disco do freio [kg] Pode ser que a freqüência de operação seja baixa o suficiente para que os elementos se resfriem após o término de cada ciclo. Há também o caso em que as condições sejam variadas, o que requer o uso de simulação para poder prever corretamente o acréscimo de temperatura. Uma outra maneira de analisar o problema é especificar valores limites do produto pressão-velocidade. São os denominados produtos pV e são proporcionais à energia absorvida por unidade de tempo. Para um projeto preliminar, adota-se : 1000 ( pV(3000 (11.2) com p em MPa e V em m/s. 12. EXERCÍCIO DE APLICAÇÃO Uma embreagem de disco tem um único par de superfícies de atrito que entram em contato, com diâmetro externo de 200 mm e diâmetro interno de 100 mm e coeficiente de atrito 0,30. Qual a pressão máxima correspondente a uma força de acionamento de 15 kN ? Utilizar o método do desgaste uniforme. Dados : D = 200 mm = 0,200 m d = 100 mm = 0,100 m f = 0,30 F = 15 kN pa = ? Solução Da seção 6.1, eq. 6.2 : F = pa = kPa 13. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS [1] SHIGLEY, J.E. Elementos de Máquinas – Vol. 2. Livros Técnicos e Científicos Editora. Rio de Janeiro – RJ, 1984.