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Eletronica I - Relatório 04 - Curva E Polarização De Transistores Bipolares

Eletronica I - Relatório 04 - Curva e polarização de Transistores bipolares

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1. Resultados Experimentais. A primeira etapa do experimento consistiu na coleta de dados para o levantamento da curva característica do transistor bipolar de junção. Utilizamos o transistor BC547 e montamos o circuito a seguir: Fig.1.1 – Circuito para determinação da curva característica de saída do transistor. Inserimos na entrada do circuito uma forma de onda senoidal de 10V de pico e frequência de 100Hz a qual foi retificada pelo diodo D1 para utilizarmos somente o semi-ciclo positivo dessa onda. A fonte de tensão VB foi regulada de modo a obtermos correntes de base Ib entre 20μA e 100μA. Para cada uma dessas correntes de base determinamos a corrente no coletor sabendo que a tensão no coletor estava aplicada sobre uma resistência de 100Ω. Assim, esta obedece a seguinte relação: (1-1) As medidas obtidas pelo osciloscópio são das tensões para determinadas correntes de base Ib feitas no modo XY e com o canal 2 invertido. Essas medidas são mostradas a seguir: Fig.1.2 – Tensão para Ib=19,9μA. Fig.1.3 – Tensão para Ib=49,9μA. Fig.1.4 – Tensão para Ib=74,9μA. Fig.1.5 – Tensão para Ib=100,6μA. Em cada uma das quatro curvas acima pudemos observar a região de saturação do transistor, o que é pedido no item 3 do roteiro do experimento. Voltando ao item 2, aplicamos então a relação (1-1) em cada uma das tensões obtidas e obtemos a curva característica desse transistor mostrada na figura 1.6. Para cada valor da corrente de coletor em função de um valor da corrente de base podemos obter o parâmetro β do transistor: (1-2) Desta forma temos a seguinte curva: Fig.1.6 – Curva característica do transistor utilizado. Iniciamos então o item seguinte do experimento cuja finalidade era obter dados para compararmos três diferentes circuitos de polarização mostrados abaixo: Fig.1.7 – (a) Polarização simples; (b) Polarização com realimentação de emissor; (c) Polarização com realimentação de coletor. Para cada um dos circuitos da figura 1.7 medimos a corrente de base Ib, tensão base emissor Vbe e a corrente de coletor Ic, os resultados obtidos são mostrados abaixo: Tabela 1.1 – Medidas nos circuitos da figura 1.7 "Medidas "Circuito (a) "Circuito (b) "Circuito (c) " "Corrente de "25,0 "23,9 "18,1 " "base Ib (μA) " " " " "Corrente de "8,81 "6,42 "7,22 " "coletor Ic (mA)" " " " "Tensão Base "0,68 "0,64 "0,72 " "Emissor Vbe (V)" " " " No item seguinte fizemos as mesmas medidas da tabela 1.1 para os circuitos mostrados abaixo: Fig.1.8 – (a) Polarização simples; (b) Polarização com realimentação de emissor; (c) Polarização com realimentação de coletor. Os resultados das medições são mostrados abaixo: Tabela 1.2 – Medidas nos circuitos da figura 1.8 "Medidas "Circuito (a) "Circuito (b) "Circuito (c) " "Corrente de "26,2 "24,0 "23,7 " "base Ib (μA) " " " " "Corrente de "8,75 "8,32 "6,74 " "coletor Ic (mA)" " " " "Tensão Base "0,30 "0,52 "0,60 " "Emissor Vbe (V)" " " " Para montarmos os circuitos do item seguinte, calculamos os resistores no trabalho preparatório, mas no laboratório corrigimos algumas falhas e aplicamos valores de resistores comerciais. O projeto destes circuitos exigiu uma tensão de coletor de 6V e uma corrente de coletor de 1mA. Os circuitos montados foram os seguintes: Fig.1.9 – Circuitos de polarização por divisor resistivo. Para verificarmos se os circuitos acima correspondem às especificações do projeto fizemos suas montagens e medimos as correntes e tensões no coletor. Obtivemos os seguintes valores: Circuito (a): Vc = 6,4 V; Ic = 1,08mA Circuito (b): Vc = 8,8 V; Ic = 2,05mA O circuito (a) corresponde ás especificações do projeto com excessão a um determinado erro experimental ocasionado pelo fato de que para encontrarmos os valores das resistências aproximamos a corrente de base para zero. Já o circuito (b) teve uma diferença bem maior nos valores obtidos. Isto porque ao colocarmos um transistor PNP não bastou apenas inverter as resistências como o proposto pois fazendo isto deixamos menores os valores das resistências que limitavam a tensão e a corrente no coletor resultando em valores maiores para estas medidas. Passamos então a analisar o transistor polarizado nas regiões de corte e saturação. Para esta análise utilizamos o circuito abaixo cujas resistências foram calculadas de acordo com a corrente sobre o LED que foi dada e deveria ser de 5mA. A entrada era uma onda quadrada com valores variando entre 0V e 10V de forma que o LED acendesse quando esse valor fosse 10V e apagasse em 0V. Fig.1.10 – Polarização do transistor no corte e na saturação. Montamos este circuito e verificamos seu funcionamento quanto às tensões de base quando o LED estava aceso e quando apagado e este atendeu as especificações do projeto. Medimos então a corrente de coletor e obtivemos Ic = 2,228mA, valor que se mostra bem abaixo do valor atribuído no trabalho preparatório que foi os 5mA sobre o LED. Este fato ocorreu, pois no trabalho preparatório trabalhamos com β=300 e como este valor tem grande variação em função de diversos aspectos, o resistor R2 acabou limitando bem mais a corrente no coletor. Montamos em seguida o outro circuito para estudo do transistor no corte e na saturação. Este segundo circuito deveria funcionar de forma semelhante ao primeiro, porém deveria acender o LED quando a tensão quadrada apresentasse 0V e apagar quando esta apresentasse 10V. O circuito projetado no trabalho preparatório e montado foi o seguinte: Fig.1.11 – Polarização do transistor no corte e na saturação Verificamos o funcionamento deste circuito quanto às tensões do gerador de sinais quando LED estava aceso e quando apagado e verificamos que este circuito também atendeu às especificações do projeto. Em seguida montamos um circuito com transistor para atuar como fonte de corrente diferente do projetado no trabalho preparatório. O circuito dado foi o seguinte: Fig.1.12 – Transistor como fonte de corrente. Entre os terminais A-B colocamos diferentes cargas e para cada uma delas medimos a corrente no coletor. As medidas são mostradas abaixo: - Com o diodo 1N4148: Ic = 4,50mA. - Com o LED: Ic = 4,46mA. - Com a resistência de 470Ω: Ic = 4,45mA. - Com a resistência de 330Ω: Ic = 4,45mA. Notamos que, desconsiderando um pequeno erro experimental a corrente não variou para nenhuma das cargas o que caracteriza uma fonte de corrente. Isto ocorre pois o valor da corrente que chega às cargas é forçada pelo circuito a ser sempre a mesma devido ao fato de se tratar justamente de uma fonte de corrente. Por fim, montamos o circuito com o transistor atuando como chave de controle de um processo. O circuito montado foi o mesmo do trabalho preparatório, porém inserimos uma fonte contínua para a tensão de base com um valor de tensão adequado para que a resistência do LDR quando iluminado fosse suficiente para o transistor atuar na região de corte e na saturação quando o LDR estivesse sem iluminação. Verificamos por fim seu funcionamento. 2. Conclusões. Realizando experimentalmente o estudo de um transistor para levantarmos sua curva característica obtivemos formas no osciloscópio que nos permitiu uma analogia à curva característica mostrada na teoria e assim utilizamos os dados medidos e modelamos uma curva característica além de podermos visualizar o comportamento do transistor nas regiões ativa e de saturação. Pudemos também determinar o valor de β através dos dados deste experimento. Observamos que o valor de β apresentou uma determinada variação ocasionada pelo fato de que essa constante depende de algumas características bastante particulares do próprio transistor assim como a temperatura do ambiente. Em conseqüência de estes fatores serem difíceis de manter constantes os valores de β baseados nas medidas realizadas apresentaram a variação. Estudamos também alguns circuitos de polarização para transistores NPN e PNP e verificamos na prática o funcionamento de cada um deles além de obtermos medidas que nos permitiram uma comparação entre estes circuitos. O circuito de polarização simples apresenta correntes de base e coletor maiores que o de polarização com realimentação de emissor e o de realimentação de coletor, mas a tensão base-coletor deste é maior que o de polarização com realimentação de emissor e menor que no de realimentação de coletor para os circuitos com NPN e maior em ambos com PNP. Com essas análises verificamos que os circuitos podem ser aplicados em diversas finalidades de acordo com as particularidades e necessidades de cada um. Aplicamos os conceitos teóricos necessários para projetar um circuito de polarização por divisor resistivo e verificamos na prática que o circuito atendeu as especificações do projeto com um transistor NPN e apresentou falhas na montagem com um PNP devido ao fato de que invertendo os resistores limitamos menos a corrente e tensão especificada resultando em resultados maiores do que os esperados. Verificamos também um circuito utilizando transistor que para qualquer carga aplicada, a corrente no mesmo era sempre constante. Este circuito então é uma fonte de corrente utilizando transistor que devido a configuração, "força" que a corrente de coletor seja constante. Com a teoria aplicada possibilitamos resultados coerentes tanto nos casos citados acima quanto nos projetos de transistor atuando no corte e na saturação assim como chave de processo o que nos garante a validade da teoria aplicada e dos projetos realizados.