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Eletronica I - Relatório 02 - Curva E Circuitos Com Diodo

Relatório 02 de eletronica I - Levantamento da curva do diodo e circuitos retificadores e limitadores

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1. Resultados Experimentais. Iniciamos o experimento fazendo uma coleta de dados para o levantamento das curvas do diodo 1N4148 e do 1N4007. Para isto, montamos o circuito abaixo: Fig.1.1 – Circuito para levantamento da curva do diodo. Montado o circuito acima, variamos a tensão na fonte até que o amperímetro indicasse as correntes Id dadas e para essas correntes, medimos a tensão sobre o diodo Vd. Para cada um dos diodos dados, repetimos esse procedimento. Os valores para Vd obtidos foram organizados na tabela abaixo: Tabela 1.1 – Tensões no diodo em função de correntes dadas. "Diodo 1N4007 "Diodo 1N4148 " "Id (mA) "Vd (V) "Id (mA) "Vd (V) " "0,2 "0,498 "0,2 "0,530 " "0,3 "0,520 "0,3 "0,552 " "0,5 "0,545 "0,5 "0,576 " "1,0 "0,580 "1,0 "0,608 " "1,5 "0,600 "1,5 "0,627 " "2,0 "0,614 "2,0 "0,641 " "5,0 "0,658 "5,0 "0,686 " "10,0 "0,690 "10,0 "0,723 " Utilizando os dados da tabela acima, construímos os gráficos das correntes Id em função das tensões Vd de cada diodo em papel monolog. Os gráficos confeccionados seguem em anexo. Dos gráficos obtidos retiramos dois pontos de cada: Para 1N4007: P1=(0,63 ; ln(0,003)) e P2=(0,65 ; ln(0,0045)) Para 1N4148: P1=(0,65 ; ln(0,0023)) e P2=(0,70 ; ln(0,006)) Dos pontos tomados para cada gráfico, calculamos o coeficiente angular de cada reta dados por: (1-1) Com os coeficientes angulares obtidos, utilizando a equação geral da reta em um gráfico monolog dada abaixo: (1-2) Tomando um dos pontos adotados para cada reta e aplicando na equação (1- 2) obtivemos um resultado que, quando se aplica na potência de e, elimina- se os logaritmos e obtém-se então uma equação exponencial. As equações obtidas pelo procedimento acima são: (1-3) (1-4) Verificamos uma proximidade muito grande entre os coeficientes das equações obtidas, o que não deveria ocorrer já que tratamos de dois diodos diferentes, que possuem diferentes correntes de saturação e um coeficiente diferente no expoente. Pode ser verificado pelo trabalho preparatório que as equações obtidas acima não correspondem, mas a equação obtida para o diodo IN4148 apresentou um comportamento mais próximo ao resultado que se esperava. Possivelmente, algum erro de medição ocorreu ou foram feitas as medições para dois diodos iguais. Passamos então para a montagem do segundo circuito proposto, que está esquematizado abaixo: Fig.1.2 – Circuito com diodo 1N4148. Neste circuito, colocamos uma tensão de entrada de 7V e utilizamos três resistências, de 4,7kΩ, de 1kΩ e de 470Ω, uma de cada vez e para cada circuito, medimos a tensão Vd e a corrente Id indicada na figura 1.2. Foram obtidos os seguintes resultados: Tabela 1.2 – Tensões e correntes no diodo. "Resistência Utilizada "Corrente Id (mA) "Tensão Vd (V) " "(Ω) " " " "4,7kΩ "1,36 "0,618 " "1kΩ "6,26 "0,696 " "470Ω "13,06 "0,734 " Comparando as medições acima com os resultados obtidos no trabalho preparatório, notamos que exceto por uma pequena discrepância, as correntes apresentam valores aproximadamente iguais. Já as tensões apresentam uma diferença maior, que provavelmente poderiam ser reduzidas ao mínimo se fossem feitas várias repetições no cálculo pelo método iterativo. Pode ainda haver um erro nos cálculos do trabalho preparatório, já que os valores obtidos para as correntes se mostram coerentes com os valores medidos. Podemos criar modelos para o diodo da figura 1.2 e calcular a tensão Vd e a corrente Id novamente e comparar os novos valores obtidos com os resultados experimentais da tabela 1.2. Utilizando o modelo onde o diodo é representado por uma queda de tensão de 0,7V em série com uma resistência interna de 20Ω temos então o seguinte circuito: Fig.1.2.2 – Circuito utilizando o modelo aproximado de diodo. Para este circuito, temos que a a tensão Vd e a corrente Id são dados por: (1.5) (1.6) A tensão de entrada Vin no circuito foi de 7V, mas para o ultimo caso, como obtivemos aproximadamente um aumento de uma década na corrente, a queda de tensão no diodo caiu 0,1 passando a valer então 0,55. Aplicando então essas equações para os valores de resistência R utilizados no experimento temos: Tabela 1.3 – Tensões e correntes no diodo calculados. "Resistência Utilizada "Corrente Id (mA) "Tensão Vd (V) " "(Ω) " " " "4,7kΩ "1,34 "0,6768 " "1kΩ "6,22 "0,7744 " "470Ω "12,96 "0,8090 " Esses resultados se mostram próximos dos resultados experimentais obtidos, comprovando então a aproximação que se pode ser feita para um diodo. Passamos então para a análise de alguns circuitos utilizando diodos. O primeiro destes circuitos analisados foi um retificador de onda completa em ponte, esquematizado na figura abaixo: Fig.1.3 – Retificador de onda completa. Montamos inicialmente esse retificador com uma carga de apenas 1kΩ e sem o capacitor. Verificamos a forma de onda na saída utilizando o osciloscópio. A forma de onda obtida foi: Fig.1.4 – Forma de onda para retificador de onda completa. Comparando com a forma de onda obtida para este mesmo circuito em questão analisado no trabalho preparatório, verificamos a correspondência entre eles e observamos a retificação feita pelo circuito. Posteriormente, retiramos o diodo D3 assim como feito no trabalho preparatório e medimos novamente a forma de onda na saída. O resultado novamente foi o esperado pelo trabalho preparatório, um comportamento de retificador de meia onda: Fig.1.5 – Comportamento de retificador de meia onda. Inserindo o capacitor no circuito, inserimos um filtro e a forma de onda passa a ser mais próxima de uma forma de onda linear por causa da descarga do capacitor no período em que a tensão da rede assume valores menores que a tensão no capacitor. Inicialmente com uma carga de 1kΩ, a forma de onda obtida foi a seguinte: Fig.1.6 – Forma de onda obtida com o filtro capacitivo. A pequena ondulação resultante é denominada tensão de ripple e ocorre devido à descarga do capacitor. Se o produto entre o capacitor e a carga for muito maior que o período na qual a tensão no capacitor é maior que a da rede, essa descarga ocorrerá muito lentamente e então se obtém uma forma de onda bem mais linear. Analogamente, se este produto for significativamente menor que o período em questão, a descarga ocorrerá mais rapidamente ocasionando uma ondulação maior. Para verificarmos esse fenômeno, introduzimos o potenciometro no ponto indicado e variamos sua resistência, variando assim, o produto entre a resistência e a capacitância (RC). No primeiro caso mostrado abaixo, deixamos uma resistência baixa no potênciometro e verificamos então que o produto RC era bem menor que o período de descarga do capacitor ocasionando um nível de ondulação grande. Ajustamos também a escala do osciloscópio para verificarmos melhor essa ondulação: Fig.1.7 – Ondulação para produto RC pequeno. Aumentamos então a resistência do potenciometro e obtemos assim um produto RC um pouco maior que o anterior. Verificamos então que houve uma diminuição da ondulação: Fig.1.8 – Ondulação para produto RC médio. Aumentamos ainda mais a resistência do potenciometro para verificarmos enfim que para um grande valor de RC, a ondulação torna-se quase desprezível. Consegue-se assim filtrar uma forma de onda pulsante numa forma de onda contínua: Fig.1.9 – Ondulação para produto RC grande. Utilizamos em seguida a derivação central do transformador para montarmos o próximo circuito, esquematizado abaixo: Fig.1.10 – Retificador de onda completa com derivação central. Utilizando uma carga R de 1kΩ e diodos 1N4007, medimos a forma de onda na saída com auxílio do osciloscópio e obtivemos o seguinte resultado: Fig.1.11 – Forma de onda para retificador com derivação central. Novamente obtivemos um resultado esperado pela análise feita neste circuito no trabalho preparatório, uma onda completa retificada. Partimos então para a análise de outros tipos de circuitos utilizando diodos, os circuitos limitadores e grampeadores. Os circuitos limitadores ou ceifadores, limitam uma determinada tensão na forma de onda de saída gerando formas de ondas de acordo com a disposição do circuito. Analisamos dois circuitos limitadores, ambos mostrados abaixo. A forma de onda de entrada também é mostrada abaixo: Fig.1.12 – Circuitos limitadores. Assim como no trabalho preparatório, utilizamos uma carga de 1kΩ e uma fonte de tensão V=3V. Verificamos as formas de onda na saída para cada um dos circuitos e comparamos com o resultado obtido no trabalho preparatório. Fig.1.13 – Forma de onda para o limitador (a) Verificamos então para este limitador a equivalência das formas de onda obtidas experimentalmente e no trabalho preparatório. A onda que está abaixo é a onda de entrada e a de cima é a forma de onda na saída. Pode- se verificar inclusive um aumento no pico da onda de saída, ocasionada pela queda de tensão do diodo, que pôde ter sido interpretada erroneamente para este caso no trabalho preparatório. Para o limitador (b), obtivemos a seguinte forma de onda: Fig.1.14 – Forma de onda para o limitador (b) Para este limitador pudemos verificar a equivalência entre o a forma de onda obtida experimentalmente com a forma de onda obtida no trabalho preparatório. Passamos então a analisar o circuito grampeador, um circuito que utiliza diodos cuja função é deslocar o offset da forma de onda de entrada. O nível desse deslocamento tal como o sentido na qual este ocorre é projetado de acordo com a especificação do problema. No trabalho preparatório foi proposto o seguinte problema: Fig.1.15 – Circuito deslocador de nível. Através da análise do problema, propomos no trabalho preparatório o seguinte circuito: Fig.1.16 – Circuito deslocador proposto. Montamos então o circuito proposto e medimos a forma de onda na saída, verificando se este circuito cumpre com as especificações dadas no problema. Fig.1.17 – Formas de onda deslocadas. Utilizando o cursor do osciloscópio, medimos o nível de deslocamento da onda de entrada obtendo valores aproximados aos especificados no projeto. Como a pequena diferença pode ser atribuída à algumas imperfeições de medição e perdas, podemos considerar o circuito da figura 1.16 como o limitador esperado para a obtenção da forma de onda proposta no trabalho preparatório. Conclusões. No trabalho preparatório sobre o levantamento da curva do diodo e análise de alguns circuitos com diodo, fizemos algumas constatações e obtivemos resultados com base na teoria estudada e na análise teórica dos circuitos dados, além de projetarmos um circuito deslocador de nível baseando em algumas especificações dadas. A verificação teórica feita neste trabalho permitiu-nos tirar algumas conclusões que no entanto puderam ser constatadas e visualizadas através deste experimento. Encontramos no entanto, algumas irregularidades na obtenção da curva do diodo neste experimento que puderam ser notadas através da comparação com os resultados teóricos. Erros experimentais ou na própria aplicação da teoria podem ter ocasionado essas irregularidades que, de alguma forma, também nos ajudaram a compreender a teoria aplicada. Analisando os circuitos com diodo teóricamente, pudemos esboçar as formas de onda na saída de acordo com a teoria de funcionamento do diodo. Estas formas de onda puderam então ser visualizadas na prática, com a montagem e medição do próprio circuito no laboratório. A prática também nos permitiu estudar o efeito da variação de alguns parâmetros do circuito, como no caso do filtro capacitivo instalado no retificador de onda completa em ponte. Quanto maior definimos o produto RC em relação ao período de descarga do capacitor, menor era a ondulação na saída de acordo com a visualização feita no osciloscópio. No caso dos circuitos limitadores, verificamos as formas de onda esboçadas no trabalho preparatório direto no osciloscópio, onde pudemos fazer algumas conclusões a respeito da validade das formas de onda esboçadas. Verificamos que uma delas apresentava um nível diferente, possívelmente ocasionado por uma análise incorreta do circuito na teoria. Pudemos também verificar a validade do projeto elaborado para o circuito deslocador de nível solicitado. Depois de analisado teóricamente, a visualização e medição da onda deslocada feita no osciloscópio permitiu-nos concluir que o circuito projetado estava de acordo com as especificações dadas. Uma vez em que se pôde utilizar os conceitos teóricos na obtenção de resultados, que por sua vez puderam ser verificados experimentalmente, concluímos serem válidos os conceitos teóricos sobre o diodo na situações estudadas.