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Ecologia

Recurso naturais

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    December 2018
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O termo ecologia apareceu pela primeira vez em 1870, em um trabalho do biólogo alemão Ernst Haeckel. Ecologia provém de duas palavras gregas: oikos (casa) e logos (estudo), ou seja, o estudo do meio que cerca o organismo. Segundo Haeckel: "Pela palavra ecologia, queremos designar o conjunto de conhecimentos relacionados com a economia da natureza – a investigação de todas as relações entre o ser vivo e seu ambiente orgânico e inorgânico; incluindo suas relações, favoráveis ou não, com as plantas e animais que tenham com ele contato direto ou indireto – numa palavra, ecologia é o estudo das complexas inter-relações chamadas por Darwin de condições de luta pela vida". A ecologia estuda a relação entre os seres vivos e o ambiente. Seu campo de estudo compreende: as populações (conjuntos de seres da mesma espécie, vivendo no mesmo lugar); a comunidade (conjunto de população de uma certa área); o ecossistema (conjunto formado pela comunidade mais o meio físico) e a biosfera (parte habitada da Terra). Podemos dar um exemplo fácil de ser entendido. Nas últimas décadas, em várias regiões do mundo, florestas foram devastadas e posteriormente reflorestadas. Quando o reflorestamento é feito com pinheiros ou eucaliptos, uma das conseqüências é a eliminação de aves nativas, não somente por falta de seu alimento, que consistia em sementes, frutos e insetos da floresta original, como também pelo desaparecimento dos materiais e locais adequados para a construção de seus ninhos. Ecossistema As relações entre comunidades de plantas e animais, mais as características de clima e de solo, formam os ecossistemas. A Terra é na verdade um grande ecossistema, que usa a energia do Sol para gerar transformações bioquímicas que permitem a vida. Outros exemplos de ecossistema são as florestas, as lagoas, os campos. Em cada um deles, os seres autotróficos produzem todo oxigênio e os alimentos aos membros da comunidade. É bom ressaltar que a comunidade de um ecossistema é auto-suficiente em alimento. Uma cidade não é auto-suficiente em alimento, uma vez que a maioria dos alimentos são provenientes de outras regiões. Não é, portanto, um ecossistema, embora seja um ambiente. Muitas vezes não há limite nítido entre ecossistemas vizinhos, como entre uma floresta e um campo. Entre eles há uma faixa de transição com características intermediárias, aimonidada écotono.É uma área de interseção que tem espécies de ambos os ecossistemas e espécies. Componentes de um ecossistema Seres autotróficos, ou seja, fabricam seu próprio alimento, são indispensáveis á vida de qualquer comunidade, pois são os únicos capazes de fabricar, através da fotossíntese, os compostos orgânicos que servirão de alimento a todos os outros seres vivos, chamados heterotróficos. Dizemos, então, que os autotróficos são os produtores do ecossistema. Para se alimentar, os animais herbívoros dependem diretamente dos vegetais e são, por esse motivo, chamados de consumidores primários. Os herbívoros, por sua vez, servem de alimento aos carnívoros, que são os consumidores secundários. Esses carnívoros também podem servir de alimento para outros carnívoros que são os consumidores terciários. Toda matéria orgânica morta do ecossistema, incluindo urina e fezes, são transformada em sais minerais pelos herbívoros (consumidores secundários). Os carnívoros (consumidores terciários) se alimentam de consumidores secundários. Esse processo chama-se de cadeia alimentar. - Já a teia alimentar é o cruzamento de várias cadeias alimentares. Ela se completa com a inclusão dos decompositores, que são indispensáveis para o equilíbrio do ecossistema. Habitat e nicho ecológico - Habitat é o lugar onde uma espécie é encontrada, isto é, o seu "endereço" dentro da comunidade. - Nicho ecológico é o conjunto de atividades ecológicas desempenhada pela espécie no ecossistema. Para descobrirmos o nicho ecológico de uma espécie, precisamos saber do que ela se alimenta, onde e em que hora do dia obtém esse alimento, onde e se reproduz e se abriga, entre outros. O leão e a zebra, por exemplo, vivem nas savanas africanas, mas o leão é carnívoro e a zebra, herbívora, ou seja, possuem o mesmo habitat, mas com nichos diferentes. População Uma população é formada pelo conjunto de indivíduos da mesma espécie, que vivem em determinada área durante certo tempo. Mas as populações não são estáticas: podem crescer ou regredir em função de vários fatores ambientais. Mesmo quando uma população se mantém estável ela se encontra em equilíbrio dinâmico, ou seja, a estabilidade é mantida por um conjunto de forças agindo sobre a população de modo que a mantenha estável. A ecologia procura estudar como as populações crescem, declinam ou se mantêm estáveis e quais os fatores que interferem nessas dinâmicas. Para sabermos o crescimento de uma população usamos a densidade que é o número de indivíduos por unidade de área de volume. Ela aumenta através da mortalidade e emigração. No laboratório e em condições favoráveis, o crescimento da população é exponencial, de acordo com o potencial biótico. Quando surgem fatores limitantes, como falta de espaço ou alimento ou ação de predadores e parasitas (resistência do meio), a velocidade de crescimento diminui. O equilíbrio dinâmico é atingido quando a resistência do meio é igual ao potencial biótico (á capacidade que as populações têm de crescer em condições ideais), formando uma curva sigmóide. Nas relações entre predador e presa podem surgir oscilações. Neste caso, pode haver um controle mútuo entre o predador e a presa ou então esta ser controlada por algum outro fator ambiental. A quedada taxa de mortalidade na espécie humana vem determinando seu crescimento exponencial, principalmente nos países em desenvolvimento. Embora muitos defendam a necessidade de medidas governamentais para controlar a natalidade nesses países, a superpopulação não é a única causa da fome, da miséria, da poluição e dos desequilíbrios ecológicos. Para resolver esses problemas, é fundamental diminuir o consumo excessivo dos países ricos, facilitar o acesso à tecnologia e educação aos países em desenvolvimento e elevar os padrões de saúde, de educação e de consumo básico da população mais pobre. Espécie É todo grupo de indivíduos de reprodução sexuada cruzada que se mantém isolado dos outros grupos semelhantes por meio de mecanismo de isolamento reprodutivo. Relação entre os seres vivos O funcionamento de uma comunidade depende das diversas relações ou interações entre os organismos que a compõem. Essas relações não se resumem apenas á cadeia alimentar.Uma abelha, por exemplo, depende do néctar das plantas para se alimentar, mas a própria planta passa a depender da abelha para o transporte do grão do pólen e conseqüentemente, para a sua reprodução. As interações entre as populações são principalmente de natureza alimentar, mas aparecem também na forma de relações que envolvem abrigo, proteção, reprodução, dispersão, etc. As interações podem ocorrer entre seres: Da mesma espécie – relações intra-específicas; De espécies diferentes – relações interespecíficas. Todas as relações são comumente classificadas em: Harmônicas – quando não há prejuízo para nenhuma das espécies ou nenhum dos indivíduos associados; Desarmônicas – quando pelos menos um dos indivíduos é prejudicado na associação, ou seja, quando pelo menos uma das espécies tem poucas chances de sobrevivência ou de sucesso reprodutivo (medido pelo número médio de filhotes); Neutralismo – quando as duas ou mais espécies vivem no mesmo habitat, sem que sejam afetadas por outra. * Esquematização das associações: Relações Harmônicas: Intra-específicas: 1) Sociedade. 2) Colônia. Interespecífica: 1)Mutualismo. 2)Protocooperação. 3)Comensalismo. Relações Desarmônicas: Intra-específicas: 1)Canibalismo. 2)Competição intra-específica. 3)Competição interespecífica. Interespecíficas: 1)Amensalismo. 2)Predatismo. 3)Parasitismo. Parasitismo, colônias e sociedades - Parasitismo: Muitos organismos instalam-se no corpo dos outros seres para deles extrair alimento. Esses organismos são chamados de parasitas, e os seres que lhe servem de alimento e moradia são conhecidos como hospedeiros. Apesar de não causar a morte, pelo menos imediata, de seu hospedeiro, o parasita o enfraquece e prejudica suas funções orgânicas, sendo responsável por várias doenças. Alguns representantes de parasitas nos mais variados grupos de organismos, como vírus, bactérias, protozoários, fungos, vermes, insetos e até mesmo vegetais. O cipó-chumbo, por exemplo, é uma planta sem clorofila, que obtém seu alimento retirando de outro vegetal a seiva elaborada, isto é, as substâncias orgânicas fabricadas na fotossíntese. Por outro lado, existe a erva-de-passarinho, planta clorofilada (capaz de realizar fotossíntese). Mas, para isso, absorve de outros vegetais a seiva bruta (água e sais minerais retirados do solo). Dizemos, então, que essa planta é uma hemiparasita (hemi = pela metade), enquanto o cipó-chumbo é chamado de holoparasita (holo = inteiro). O escravagismo é uma forma de parasitismo que ocorre em algumas espécies de formigas, como a chamada formiga-sanguinária. Essas atacam outras espécies de formigas, capturando suas larvas e pupas. Depois que crescem, as formigas capturadas passam a trabalhar como operárias, procurando comida para alimentar as formigas- sanguinárias. Adaptação dos parasitas A sobrevivência dos parasitas depende de órgãos de fixação (ventosas e espinhos) e grande capacidade de reprodução. Esta característica compensa a alta mortalidade que ocorre principalmente quando o parasita passa do corpo de um hospedeiro para o de outro. Além disso, muitos parasitas são hermafroditas ou se reproduzem assexuadamente, contornando situações em que é difícil o encontro de dois parceiros sexuais. As características que não conferem nenhuma vantagem ao parasita geralmente estão atrofiados: os órgãos dos sentidos, os sistemas de locomoção e o aparelho digestivo são rudimentares ou até mesmo ausente. O controle biológico É uma técnica utilizada para combater insetos e outras espécies que destroem as plantações, mas sem poluir, como fazem os agrotóxicos. Consiste em introduzir no ambiente um predador ou parasita da espécie que se quer combater. Contra os pulgões (insetos que atacam o milho e o trigo), por exemplo, soltam-se joaninhas para come-los. Para destruir lagartas que atacam as folhas, pode se usar alguns besouros predadores. O combate biológico através de parasitas é bastante eficiente, uma vez que muitos parasitas são altamente específicos.Assim, garante –se que apenas a espécie visada seja atendida, enquanto outras não serão prejudicadas, como acontece quando se usam agrotóxicos. Algumas espécies de vespas, por exemplo, põem ovos dentro das lagartas, besouros, cigarrinhas ou qualquer inseto destruidor de plantações. Cada tipo de parasita ataca apenas um tipo de inseto. O combate biológico também serve para matar mosquitos que causam doenças nos seres humanos, como a malária e a dengue. Portanto, o controle biológico tem duas vantagens sobre o combate mais tradicional, feito através de substâncias químicas: não polui o ambiente nem causa desequilíbrios ecológicos. - Colônias: Em protozoários, em algas e invertebrados inferiores o sistema nervoso é inexistente ou pouco desenvolvido. Nesses seres, portanto, também não há um comportamento tão desenvolvido a ponto de criar laços fortes de "amizade" entre os membros de uma espécie, como ocorre na sociedade. Mesmo assim, as vantagens da vida em grupo podem ser conseguidas através da união anatômica dos organismos: formam-se assim as colônias. As colônias podem ser divididas em: Homeomórficas - diferença morfológica entre seus membros, nem divisão de trabalho; Heteromórficas – há uma diferenciação e uma divisão de trabalho entre os indivíduos. Um exemplo de colônia homeomórficas ocorre em protozoários, algas e corais. Nesses casos, como todos os indivíduos são iguais, todos realizam o mesmo trabalho. Já com os cnidários, como a caravela. Sua colônia (heteromórfica) é formada por indivíduos com formas e funções diferentes. Há indivíduos especializados na reprodução (gonozóides), na nutrição (gastrozóides), na defesa e no ataque (dactilozóide). Todos estão interligados e suspensos na água por uma bolsa de gás. Entre outros cnidários, como a Obelia, também existe a formação de colônias com indivíduos especializados (gastrozóides e gonozóides). Sociedades: Há muitos casos de indivíduos da mesma espécie que se agrupam para obter alguma vantagem. Muitas aves se encontram no lugar de reprodução, facilitando assim o encontro de machos e fêmeas, assim como a proteção da prole. Esses agrupamentos são chamados de reuniões ou bando, são instáveis e podem se desfazer quando as condições que os levaram a se agruparem acaba. As vantagens da vida em grupo são maiores quando os animais se mantêm unido de modo permanente. Esses agrupamentos são denominados sociedade, que se caracterizam pela divisão do trabalho e por uma grande solidariedade entre seus membros. Podemos citar como exemplo a sociedade das formigas. Nela encontramos três tipos de indivíduos: operárias soldados e rainhas (pode haver mais de uma rainha por formigueiro). Em certas épocas as rainhas e os machos, ambos dotados de asas, saem para o vôo nupcial. Depois da fecundação, os machos morrem e as rainhas vão fundar outros formigueiros. Na fundação de um novo formigueiro, a formiga rainha leva uma pequena bola de mofo, que dará inicio a nova "horta". A comida, como acontece com várias outras espécies, é dividida rigorosamente entre seu membro. Ao se alimentar, as formigas guardam sempre um pouco de alimento no papo, pronta para ser dividida com outra em caso de necessidade. Para pedir essa reserva, uma formiga toca levemente suas antenas nas outra. Mutualismo Há muitos casos na natureza em que dois seres, mesmo sendo de espécies diferentes, estão intimamente associados, vivendo um no corpo do outro e realizando trocas de alimentos e de produtos do metabolismo que beneficiam ambos. A dependência entre eles é tão grande, que a vida em separado de um ou de ambos se torna muito difícil ou até impossível. Esse tipo de associação entre espécies diferentes, com benéficos mútuos e grande interdependência, é chamado de mutualismo. Um exemplo de mutualismo é os cupins e protozoários. O cupim apesar de se alimentarem de madeira, não é capaz de fabricar a enzima responsável pela digestão da celulose (principal componente da madeira). Em seu intestino, porém, vivem protozoários capazes de digerir a celulose, tornando esse alimento acessível aos dois. O protozoário quebra a celulose em glicose e, através da fermentação dessa molécula, obtém a energia necessária para a realização de suas funções. A fermentação realizada produz ácida acética, que por sua vez é oxidado pelo cupim e usado como fonte de energia. Certos mamíferos herbívoros realizam esse tipo de mutualismo com determinadas bactérias e protozoários existentes em seu tubo digestivo. Comensalismo Quando duas espécies se associam com o benefício apenas para uma delas e sem causar prejuízo para a outra, chamamos de comensalismo. Nos casos mais clássicos, uma espécie usa os restos de alimentos da outra. Podemos considerar comensalismo qualquer tipo de benefício recebido. Sendo assim, comensalismo pode ser: o transporte de uma espécie por outra (foresia); o uso de outra espécie como abrigo (inquilinismo); o uso de uma espécie como suporte para a fixação de uma planta (epitifismo) ou de um animal (epizoísmo). O exemplo clássico de comensalismo é o caso da rêmora ou peixe-piolho, que se prende ao corpo do tubarão por meio de uma nadadeira dorsal transformada em ventosa de fixação. Além de obter os restos de comida a rêmora consegue um excelente meio de locomoção. Amensalismo Nesse caso, uma espécie é prejudicada sem que a outra seja afetada. O caso mais comum é o da destruição de plantas, insetos e pequenos animais do solo esmagado pela passagem de animais grandes, como uma manada de elefantes ou búfalos. Outro caso de amensalismo ocorre durante a maré vermelha, que é a proliferação excessiva de certas espécies de algas unicelulares (do grupo dos dinoflagelados), tornando a água avermelhada. Essas algas produzem toxinas capazes de provocar a morte dos peixes que as ingerem ou que se alimentam de zooplâncton (a toxina se concentra ao longo da cadeia alimentar). Esse fenômeno costuma acontecer durante a primavera e o verão, quando a proliferação das algas é muito maior que seu consumo pelo zooplâncton, ou até quando o ecossistema aquático recebe um excesso de nutrientes. Vários autores consideram a produção de antibiótico pelos fungos como um exemplo de amensalismo. Os antibióticos inibem o crescimento das bactérias, fato que tem sido muito usado na medicina para o combate á infecções. Podemos denomina-lo antibiose. Mas outros autores acreditam que o fungo se beneficia com a produção de antibiótico, por inibir o crescimento de espécies que poderiam competir pelos mesmos recursos utilizado por ele. Nesse caso, a antibiose não poderia ser considerada amensalismo. Canibalismo É quando um animal mata e devora o outro da mesma espécie. Um exemplo ocorre entre os insetos, os animais mais fracos são devorados pelos sadios. Já entre as aranhas, a fêmea devora o macho após o ato sexual. Esse fenômeno ocorre na maioria das vezes por causa da superpopulação, que gera a falta de alimento. Sendo nesse caso, o canibalismo passa a ser um dos fatores que restabelecem o equilíbrio entre a população e o ambiente. O canibalismo pode ser encontrado em populações de anfíbios que se desenvolvem em poças de água de curta duração. Nesse caso, é importante completar logo essa metamorfose antes que a poça seque. Os animais que acabam amadurecendo mais rápido devoram os mais jovens, conseguindo comida para seu desenvolvimento acelerar. Ciclo da água A energia solar é muito importante no ciclo da água. Com ela a água em estado liquido sofre constante evaporação e penetra na atmosfera em forma de vapor. A volta ao estado liquido se dá por meio de precipitações, como a chuva, a neve e o granizo. Através de um escoamento superficial, a água pode formar rios e lagos, e voltar para o oceano. Pode também se infiltrar, formando lençóis subterrâneos. Existem dois tipos: Ciclo curto – ocorre pela evaporação das águas dos oceanos, mares e lagos e volta á superfície da Terra através de chuvas e neve; Ciclo longo – a água passa pelo corpo dos seres vivos antes de voltar para o ambiente. A água retirada do solo pelas raízes dos vegetais é utilizada na fotossíntese, podendo também ir através das cadeia alimentar, para o corpo dos animais. Essa água volta para a atmosfera através da transpiração, respiração, urina, fezes ou decomposição das folhas e cadáveres. Ciclo do carbono As cadeias de carbono são fabricadas pelos seres autotróficos através da fotossíntese. A fotossíntese faz com que o gás carbônico seja fixado, isto é, transformado em substâncias orgânicas pelos produtores. O carbono passa, então, a circular pela cadeia alimentar na forma de moléculas orgânicas. Sua volta ao ambiente se dá na forma de gás carbônico, através da respiração de animais e vegetais e da decomposição de seus corpos. O ciclo do carbono está ligado ao ciclo do oxigênio, pois a fotossíntese produz oxigênio, lançando-o na atmosfera; a respiração o consome, produzindo novamente gás carbônico. Além das oxidações biológicas (respiração e decomposição), o gás carbônico é recolocado na atmosfera pela oxidação não-biológica da matéria orgânica em contato com o ar, como ocorre na combustão. A maior parte do carbono da Terra encontra-se nos compostos minerais – como os carbonatos (inclusive depósitos de carapaças de organismos com conchas ou esqueletos de carbonato de cálcio) – e nos depósitos orgânicos fósseis – como o carvão e o petróleo. Esses depósitos originaram-se de fósseis de vegetais e de outros organismos, que durante centenas de milhões de anos, estiveram sujeitos a grandes pressões das camadas de terra. O carbono na forma mineral pode voltar a atmosfera pela erosão ou pela combustão. Como se vêem gás carbono pela respiração e decomposição é compensada pelo consumo deste gás pela fotossíntese. No entendo, o homem vem liberando gás carbônico na atmosfera através da queima de combustíveis fósseis e de madeira, numa velocidade muito mais rápida do que a assimilação deste gás pela fotossíntese. Reservas de carvão e petróleo, que se acumularam ao longo de milhares de anos, estão sendo consumidas em pouco mais de um século. O resultado é um desequilíbrio no ciclo do carbono, com um aumento progressivo desse gás na atmosfera. Ciclo do nitrogênio O nitrogênio é um elemento químico fundamental para o ser vivo, pois entra na constituição da proteína e dos ácidos nucléicos, entre outros. A maioria dos seres vivos não podem utilizar diretamente essa imensa reserva porque o nitrogênio do ar encontra-se na forma de N2, um gás muito estável, as moléculas são fortemente unidas e com tendência a reagir com outros elementos. Por causa disso, os vegetais só podem usa-lo sob a forma de amônia (NH3) ou de nitrato (NO3-). Já os animais aproveitam na forma de aminoácidos. O ciclo do nitrogênio divide-se em: Fixação do nitrogênio: É a transformação do gás em substância, podendo depois ser incorporadas pelos seres vivos. A fixação é feita por algumas bactérias (inclusive cianofíceas = cianobactérias) que conseguem utilizar o oxigênio atmosférico, fazendo-o reagir com o hidrogênio, e com isso produzir a amônia. Esta então é usada na síntese de aminoácidos.Para isso, utilizam uma enzima especial: a nitrogenase. 2N2 + 6H2O ( 4 NH3 + 3 O2 A amônia pode combinar-se com o gás carbônico para formar aminoácidos, como por exemplo, a glicina (2NH3 + H2O + 4CO2 ( 2CH2NH2COOH + 3 O2). Esse processo envolve um custo energético muito alto. Entre as cianobactérias fixadoras, temos a Nostoc e a Anabaena; entre outras: Azobacter e a Clostridium. Examinando as raízes dessas plantas, foram encontrados pequenos nódulos contendo milhões de bactérias fixadoras. Amonização: Uma parte da amônia do solo origina-se da fixação do nitrogênio. Outra parte é formada a partir da decomposição das proteínas, dos ácidos nucléicos e dos resíduos nitrogenados presentes em cadáveres. Esse processo é chamado de amonificação. Essa decomposição nada mais é do que o processo pelo qual as bactérias e os fungos conseguem energia. Nitrificação: Fenômeno de transformação de amoníaco em nitrato. Ela ocorre em duas etapas: - Nitrosação: A maior parte da amônia não é absorvida pelas plantas, sendo oxidada em nitrito pelas bactérias nitrosas. Essas bactérias usam a energia liberada na oxidação da amônia para produzir compostos. São, portanto, bactérias quimiossintética. - Nitratação: Os nitritos formados pelas bactérias nitrosas são liberados no solo e oxidados por outras bactérias quimiossintéticas, chamadas bactérias nítricas (do gênero Nitrobacter). Dessa oxidação formam-se os nitratos. Esses nitratos são absorvidos e utilizados pelas plantas na fabricação de suas proteínas e de seus ácidos nucléicos. Através da cadeia alimentar, passam para o corpo dos animais. Desnitrificação: As bactérias Pseudomonas desnitrificans na ausência de oxigênio atmosférico, usam o oxigênio contido no nitrato para oxidar compostos orgânicos e produzir energia. Uma parte dos nitratos do solo é transformada novamente em nitrogênio molecular e volta à atmosfera. A desnitrificação devolve para a atmosfera o nitrogênio que foi fixado, fechando o ciclo e estabilizando a taxa de nitrato do solo. Fertilizando o solo: Mesmo que o solo possua uma quantidade limitada de nitratos, sais de amônia, entre outros, nos ecossistemas naturais (uma floresta, por exemplo) a morte e a decomposição dos organismos promovem a rápida reciclagem desses elementos. Na agricultura, uma grande parte dos vegetais são consumidos nas áreas urbanas, saindo de seu ecossistema e impedindo a reciclagem dos sais. Para compensar essa retirada, é fornecido ao solo nitrogênio, fósforo, potássio entre outros elementos em forma de adubos ou de fertilizantes sintéticos. Eles podem ser produzidos através da fixação artificial, transformando o nitrogênio do ar em amônia sob temperatura alta e pressão. O uso dos fertilizantes sintéticos vem aumentando a quantidade de nitrogênio. O que mais preocupa é que o excesso de fertilizante pode ser levado pela chuva pra os ecossistemas aquáticos, gerando desequilíbrio ecológicos. Pode-se devolver ao solo os sais de nitrogênio através da rotação de culturas, ou seja, alterna-se o plantio de arroz, milho, trigo, entre outros com plantas leguminosas que repõem através da fixação. Após a colheita, folhas e ramos das leguminosas podem ser usados como adubo natural, o chamado adubo verde, enriquecendo assim, o solo com componentes nitrogenados. Ciclo do oxigênio Este ciclo está muito relacionado ao do carbono. Ele é produzido durante a construção de moléculas orgânicas pela fotossíntese e consumido quando as moléculas são oxidadas pela respiração ou combustão. Parte do oxigênio da atmosfera combina-se com metais (ferro) do solo, formando óxidos. Grande parte do oxigênio da estratosfera é transformada pelos raios ultravioletas em gás ozônio (O3). Esse raio dissocia a molécula de oxigênio, liberando átomos de oxigênio que se combinam com outras moléculas de oxigênio, formando o ozônio. O ozônio forma uma camada que serve como filtro protetor, retendo cerca de 80% de toda radiação ultravioleta. Mas com a destruição dessa camada, mais raios estão chegando a Terra. A camada de ozonio vem sendo destruída por gases liberados por aviões supersônicos, cinzas de vulcões e, principalmente, por um grupo de gases usados nas indústrias: os clorofluorcarbonos (CFCs). Sob a ação dos raios ultravioletas, os CFCs liberam átomos de cloro, que reagem com o ozonio transformando-o em oxigênio. No final da reação o átomo de cloro é regenerado, passando a destruir outras moléculas de 02. Conclusão: Concluímos a natureza é semelhante a uma máquina complicada, composta por partes que se ajustam entre si. Todo ser vivo tem um certo lugar nessa "máquina". A ecologia, um ramo da biologia, investiga as relações de cada "peça" com as demais. Além de estudar como as plantas e os animais dependem uns dos outros para sobreviver, a ecologia ajuda a descobrir meios de reduzir os danos que o ser humano causa ao ambiente. A função ecológica dos elementos da natureza divide-se em grupos diferentes. As plantas, que usam a energia do sol para transformar substâncias simples em outras mais complexas, são chamadas de produtoras. Os animais, que comem plantas e outros animais, são denominados consumidores. As plantas e os animais que vivem em certa área estabelecem relações de produção e consumo, formando uma comunidade ecológica. Essas relações constituem cadeias alimentares. É por meio delas que a Energia do sol se distribui pelos diversos componentes da comunidade ecológica. Dentro da ecologia encontra-se o ecossistema, a associação entre a comunidade de uma área, cadeia e teia alimentar, habitat e nicho ecológico, população, espécie, colônias, sociedades, parasitismo, mutualismo, comensalismo, amensalismo e canibalismo. Se esquecer do ciclo da água, do nitrogênio, do oxigênio e do carbono.