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E-book 7 - Gestão De Crise

E-BOOK 7 - GESTÃO DE CRISE

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    December 2018
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Sobre o autor www.marketingpolitico.art.br facebook.com/mapadovoto @gilbertomusto Conato: 17 9784 1461 E-book - 1 Gestão de Crise Muitos especialistas apontam para importantes pontos em diferentes organizações, que possam gerar uma crise. Vários escritores abordam o tema, todos com propriedade, mas no mais agudo momento de um governo ou de empresas, ao se depararem com o delicado intempérie, é que se faz necessário um conhecimento mais aprofundado de como deve-se trabalhar mediante o alto impacto negativo que causa uma crise, que via de regra, acontecerá em 98% dos casos de políticos e um grande maioria de empresas. Se você ainda não se deparou com uma, prepare-se para quando ela vier. 3 Gestão de crise Primeiro Case O Globo - Rio. Foi exonerado o empregado da Google responsável por divulgar a notícia do aumento de 10% dado a todos os funcionários da empresa. Conforme já noticiado aqui, a intenção do aumento salarial foi elevar o moral da empresa, que andava meio caído diante de alguns pedidos de demissão de funcionários graduados. No entanto, se tinha de fato havido algum reforço no moral, ele logo foi por água abaixo com a exoneração do trabalhador que divulgou o memorando até um tanto exageradamente positivo. Analistas comentaram que seria quase impossível manter secreto um memorando interno enviado a todos os 23.300 funcionários de uma empresa, especialmente se o texto do dito documento parecesse encorajar a divulgação indireta de uma impressão positiva para o público geral. A Google não foi além de uma simples carta. Não imaginou os desdobramentos, porque focou na solução imediata do descontentamento dos seus funcionários que gerava uma certa pressão. 4 E-book - 1 Segundo Case O diretor-geral da revista Caros Amigos, Wagner Nabuco, chamou hoje 11 de março de 2013 a equipe de redação e anunciou que a empresa está demitindo todos os trabalhadores que se encontravam em greve desde sexta-feira, dia 08/03, alegando “quebra de confiança”. Respostas dos funcionários A greve é um instrumento legal, previsto na Constituição brasileira e direito de todos os trabalhadores. Foi adotada como medida para tentar melhorar as condições de trabalho na revista e foi precedida por uma série de incansáveis diálogos por parte desta equipe 5 Gestão de crise ELEMENTOS DA CRISE São vários os motivos que acabam por gerar um momento de crise, em que toda empresa pode passar. Mas também, a figura pública atrelada as instituições ou organizações governamentais, estão mais expostas ainda a conviver com tal situação, porque vivem sob os olhares e avaliação da opinião pública em atos e respostas oferecido em grande escala pela mídia. São quatro os elementos cruciais que envolvem a instalação de uma crise de proporções consideráveis: 1 – Ameaça à organização 2 – Elemento surpresa 3 – Decisão de curto prazo 4 – Necessidade de mudança 6 E-book - 1 CRISE É PERSONALIZADA As crises que envolvem a figura política, são e sempre envolverão uma pessoa. No cenário político, não há uma crise punindo ou cobrando, se não houver um personagem principal diretamente responsável. Apenas par exemplificar, de forma muito rápida e neutralizante, as últimas manifestações saíram do preço dos transportes, do colo do prefeito, depois do governador e foram se alocar na Presidente da República. Que se viu obrigada a utilizar, depois da instalação de um comitê gestor de crise, um plano de comunicação na tentativa de minimizar os efeitos, mas nem de longe resolvê-los. Por que? Porque nenhuma crise tem solução. Se administra, tentando diminuir sua intensidade e impacto. 7 Gestão de crise O exemplo mais preciso deste momento desde a ocorrência da crise até os cuidados de minimizar seus efeitos, se assim podemos dizer, são os gráficos de cauda longa como exemplificado na figura. Em curto espaço de tempo o fato ganha alto impacto e, posteriormente, dilui-se em maior espaço de tempo com menor relevância. 8 E-book - 1 As crises em cenários políticos ameaçam três variáveis distintas: Poder Valor Futuro Qualquer fator que veementemente ameaçar um dos três pilares de sustentação do ambiente politico, colocando o personagem em risco, estará instalada a crise. Há também um setor específico de estratégias de comunicação, prevendo, e minimizando a chegada do fato gerador do conteúdo que se transformará no olho do furacão. 9 Gestão de crise NUCLEO DE COMUNICAÇÃO Minutos depois da instalação de uma crise, o que se aciona após o comitê gestor é o núcleo de comunicação que possui duas funções básicas iniciais: A primeira é a comunicação interna, o que na maioria das vezes, os rumores não direcionados e falas não homogêneas pelo pessoal interno, ou mais próximo do político, causa graves distorções quando ventilados pela imprensa em forma de especulação. Assim, após uma ampla abordagem com alto grau de esclarecimento para a equipe interna, trabalha-se a comunicação externa como exemplifico abaixo: PLANO DE COMUNICAÇÃO DE CRISE Instalar uma equipe de comunicação de crises Criar um plano de comunicação interna Montar estratégia de mídia voltada a comunicação externa Construir uma lista de potenciais fraquezas e de planos para lidar com elas Levantar todas as informações atualizadas e seus programas 10 E-book - 1 Plano de comunicação interna O trabalho dessa pessoa é cuidar da segurança de todos os funcionários e colaboradores, incluindo clientes, vendedores, vizinhos e líderes da comunidade. Se uma crise acontecer, como um incêndio ou um tiroteio em uma escola, o diretor de comunicações internas trabalha com a polícia e com oficiais de emergência para passar as informações essenciais a todos os envolvidos, como funcionários, equipes, professores, alunos e familiares. No caso de uma figura pública, assessores diretos, ministros ou secretaries de governo, devem municiar-se das mais importantes informações e passar aos colaboradores do gabinete, que transmitirão aos demais escalões e decidirão o que deve ser levado a mídia em primeiro instante. 11 Gestão de crise Plano de comunicação externa As relações com a mídia são uma das responsabilidades principais das relações públicas, então, esse trabalho ficaria com o membro da equipe que possui mais experiência nesse setor. É importante cultivar um relacionamento aberto e de confiança entre a empresa ou o político com os repórteres que fazem sua cobertura. Isso é feito por meio do envio de histórias, ideias e comentários de especialistas para os repórteres em todos os momentos, não apenas durante as crises, para que as pautas possam serem melhor avaliadas além de estreitar o relacionamento com a imprensa. Declaração oficial Primeiramente se posta no site ou blog, a versão oficial dos fatos que direciona o trabalho da mídia nas perguntas em uma entrevista coletiva. Se empresa o porta-voz, se político, o próprio. Eles devem estar preparados, com temas de discussões determinados, para responderem às perguntas difíceis que provavelmente aparecerão durante a entrevista. Palavras chaves e frases de impacto devem fazer parte do material passado antes da entrevista. 12 E-book - 1 MOBILIZAÇÃO SEM VEÍCULOS DE COMUNICAÇÃO No Brasil Junho de 2013, foi a primeira vez que se mobilizou uma gigantesca massa, indo as ruas sem a utilização dos veículos de comunicação tradicionais, ou seja, jornais, rádio e TVs, ficaram a parte da intensificação dos grupos que se reuniam indistintamente, em bairros, cidades grandes e pequenas, capitais e até em rodovias. Como? Pela internet. Nas redes sociais mais precisamente. Foram estas as fomentadoras do agrupamento de milhões de jovens pelo país e os tradicionais veículos apenas retratavam o que ninguém quase acreditava que poderia estar atingindo tais proporções. 13 Gestão de crise HIERARQUIA Ainda vale lembrar que a característica de muitos e muitos participarem por engajamento sem um organograma definido de funções, hierarquia e poder de decisão (veja o poder sendo necessário até na busca pelo poder) a horizontalização promovida pela redes sociais, não avançam no fator preponderante que são as soluções a serem aplicadas pós manifestações. Em seu artigo de 25 de junho de 2013, Martha Gabriel exemplifica a necessidade de chegar a algum lugar e não apenas mostrar números. “As características fundamentais das redes, resultaram em uma horizontalização inquestionável de poder. No entanto, se por um lado as estruturas de rede favorecem a distribuição de poder, por outro, as Redes horizontais apresentam um grau de complexidade maior para sua gestão, pois todos têm inicialmente, e teoricamente, o mesmo poder. Nesses sistemas, a única forma de se chegar a decisões que agreguem valor a todos é por meio da negociação. Assim, a nova configuração horizontal de poder é muito mais complexa do que as estruturas hierárquicas verticais”, diz a escritora. 14 E-book - 1 Deste ponto em diante, é mediar, negociar, propor caminhos alternativos e se postar de forma a todos entender que há uma vontade do político governante, encontrar a melhor e mais próxima solução frente ao que vem sendo aclamado nas ruas. Existe uma momento em que tudo deve ser mensurado, reavaliado e quiçá abolido. O momento mais claro é aquele em que o clamor popular intensificado por uma multidão nas ruas, chacoalha as estruturas do Poder. “De estabilidade econômica ao povo que ele lhe retribuirá com a estabilidade política”. 15 Fonte: NewsPlace.org Midia G. Comunicação O Globo Blog de Caros Amigos Martha Gabriel.com