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DOPING e DOPAGEM
Célia M.C.Corrigliano
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DOPING OFENSA AOS BENS JURÍDICOS PROTEGIDOS DO DESPORTO Ética, jogo justo e honestidade Saúde Excelência no desempenho Caráter e educação Diversão e alegria Trabalho de equipe Dedicação e compromisso Respeito às regras e leis Coragem Comunidade e solidariedade
Desde quando a Dopagem é praticada?
Histórico 2.737 AC - China Antiga – Mahuang – Alcalóides da Efedrina; No ano 800 AC – atletas olímpicos da Grécia antiga: cogumelos alucinógenos, sementes de gergelim e chás de diversas ervas; Egípcios usavam beberagem preparada com cascos de cavalos cozidos em óleo e aromatizado com pétalas de rosas; Gladiadores romanos usavam estimulantes misturados com álcool para suportar a fadiga e a dor.
Histórico Final do Século XIX: Recém - descoberta das propriedades estimulantes da Cocaína; 1865 – Amsterdan – Holanda – Primeiro Registro; 1896 - Primeiros Jogos Olimpícos da Modernidade e primeiro caso de morte por doping: ciclista galês Linton durante competição Bourdeau-Paris. Vin Mariani – combinação de vinho com extratos de folhas de Coca;
Histórico “Vin Mariani dá poder ao cérebro, força e elasticidade para os músculos e riqueza para o sangue. É uma promotor de boa saúde e longevidade.Faz do velho jovem e mantém o jovem forte”.
Histórico Após a segunda guerra ANFETAMINAS – diversos casos fatais 1960: morte de ciclista dinamarques – abertura dos jogos olímpicos em Roma; 1967: morte de ciclista britanico Tommy Simpson – anfetaminas, metanfetaminas e álcool – Tour da França.
Histórico
Primeira legislação de combate ao “doping” no esporte foi introduzida na França em 1963 e na Bélgica em 1965; FIFA estabelece controle em 1966 Copa do Mundo na Inglaterra; A Comissão Médica do Esporte OlÍmpico Internacional (COI), estabelece o controle antidoping no esporte e torna pública lista de substancias proibidas em 1967; Conselho Nacional de Desporto instituiu o Controle da Dopagem, através da Deliberação 5/72 no Brasil;
Histórico - Casos de Repercução na Mídia Bem Jonhson 1988- Olimpíadas de Seul Coréia corrida dos 100m rasos em 9.79s; Doping para esteróides anabolizante (estanozolol); 1993 Montreal – positivo para testosterona -banido do esporte
Histórico - Casos de Repercução na Mídia Diego Maradona - 1991 jogador do Nápoli (Itália) - doping: Cocaina; 1994 Copa dos EUA – doping: Efedrina; 1997 Boca Juniors (Argentina) substancia não revelada: encerra a carreira; 2000 - crise cardíaca por overdose no Uruguai 2004 - crise cardíaca
CONCEITO ATUAL
Doping: Substancia, método ou agente capaz de alterar o desempenho do atleta, a sua saúde ou o espírito do jogo, por ocasião de competição ou fora dela.
Dopagem: a ministração ao atleta, ou o uso por parte deste, de substancia, agente ou método capazes de alterarem o desempenho deste,prejudicar a sua saúde ou comprometer o espírito do jogo, por ocasião de competição ou fora dela.
1. Uso de substancias capazes de melhorar o desempenho físico ergogênicos farmacológicos
2. Uso de substancias potencialmente perigosas a saúde do atleta: -canabinóides - agentes com atividade antiestrogênica
3.Substancia capaz de comprometer o espírito do jogo: agentes mascarantes - diuréticos - probenecid
LUTA INTERNACIONAL ANTIDOPAGEM
2003 ––PROGRAMA E CÓDIGO MUNDIAL ANTIDOPAGEM - Conferência de Copenhague Proteger o direito fundamental dos atletas de participar de atividades desportivas isentas de doping e promover assim a saúde, eqüidade e igualdade entre os atletas do mundo inteiro; Velar pela harmonização, coordenação e eficácia dos programas nacionais e internacionais antidopagem no âmbito da detecção, punição e prevenção da dopagem.
Legislações no Brasil Resolução no2 de 05/05/2004 (CNE) Institui normas básicas de Controle da Dopagem nas partidas, provas ou equivalentes do desporto de rendimento, de prática profissional e não profissional.
SUBSTÂNCIAS PROIBIDAS 2007 – em competição
1. Estimulantes 2. Narcóticos e analgésicos 3.Canabinóides 4.Agentes Anabólicos 5. Hormônios e substancias relacionadas 6. Beta -2 Agonistas 7.Agentes com atividade Anti-estrogênica 8.Agentes Mascarantes 9. Glicocorticóides
CLASSE 1 – ESTIMULANTES Morte de atletas: ciclistas decorrentes de distúrbios nos centros de regulamentação da temperatura corpórea Dificuldade do atleta em perceber sinais de fadiga do organismo quando sob ação de anfetaminas; Futebol americano “wide receivers”: mais concentração – doses de 5 a 15 mg “line-backers”: doses de 10 a 60 mg “defensive linemen”: agressividade e força- doses de 30 a 150 mg;
Estimulantes AnfetaminasEfeito Ergogênico?
Controvérsia nos resultados: melhora do resultado não ultrapassa 1%; Observou-se que as anfetaminas não tem efeito sobre a capacidade de melhorar o trabalho aeróbico, mas aumentam significativamente a capacidade dos atletas em tolerar altos níveis de metabolismos anaeróbicosmascaram os sintomas de fadiga e dor Efeitos adversos:agitação,ansiedade, taquicardia, hipertensão.colapso cardiovascular,confusão mental e paranóia; apresenta efeito de tolerancia e leva a dependencia.
Estimulantes Cocaína
Em 1995 COI- 6% dos casos positivos para estimulantes; Efeito Ergogênico? Em baixas doses pode produzir efeitos semelhantes a das anfetaminas;mas os efeitos das anfetaminas são mais duradouros; Efeitos Tóxicos Grande potencial de abuso –causa dependência; Uso abusivo: paranóia, agressividade e depressão; altamente debilitante para o bom desempenho do atleta Infarto do miocárdio e hipertensão.
Esteróides Anabólicos
São compostos químicos sintéticos, que possuem os efeitos anabólicos da TESTOSTERONA, enquanto tentam minimizar os efeitos androgênicos do hormônio;
Esteróides Anabólicos Histórico
Em 1776 o médico francês Theophile de Bordeu descreve pela primeira vez a função dos testículos,como geradores das características masculinas. Em 1889 o fisiologista francês Charles Brown Sequard foi o primeiro a relatar sobre o hormônio dos testículos. Em 1935 o farmacologista alemão Gunter Wormun isolou os primeiros cristais de testosterona.
Esteróides Anabólicos Histórico Em 1956 o médico John Ziegler descobriu que atletas dos paises orientais estavam utilizando uma testosterona sintética chamada METIL-TESTOSTERONA. Junto com farmacologistas da Ciba-Geisy criaram o mais antigo esteróide anabólico DIANABOL
Esteróides Anabólicos 17C α esteróides alquilados (orais e de curta duração) Stanozolol – winstrol Oxandrolona – lipidex 17C β esteres de esteróides (parenterais e de longa duração) undecilenato de boldelona – equipoise stanozolol – winstrol
Efeito dos Esteróides Anabólicos Aumento do apetite; Aumento da imunidade; Aumento da agressividade; Aumento da massa muscular; Aumento da força e velocidade; Aumento da resistência; Aumento da capacidade de treinamento; Diminuição da fadiga.
Efeito dos Esteróides Anabólicos Aumento da retenção de Nitrogênio; Aumento da atividade do RNA; Aumento das enzimas glicolíticas; Aumento do número de mitocôndrias; Aumento da respiração celular; Aumento da síntese proteica.
Efeito dos Esteróides Anabólicos
Edemas; Aumento de cortisona; Diminuição do metabolismo do colesterol e triglicerídeos; Fechamento prematuro das cartilagens; Enrijecimento das articulações; Espasmos musculares; Tumores hepáticos; Hipertensão e coronáriopatias.
Esteróides Anabólicos
Esteróides Anabólicos
São compostos químicos sintéticos, que possuem os efeitos anabólicos da TESTOSTERONA, enquanto tentam minimizar os efeitos androgênicos do hormônio;
Agressividade: é a causadora deste estado por ser uma droga muito andrógena.
Hipertensão: Isso ocorre, pois os esteróides provocam grande retenção de água, inclusive no sangue, fazendo que este aumente de volume, em conseqüência de pressão.
Acne: o DHL, faz com que as glândulas sebáceas produzam mais óleo, isto é combinado com as bactérias do ar e pele seca formam a acne.
Calvície: o DHL, faz com que o folículo capilar pare de crescer cabelo.
Hipertrofia Prostática: o DHL, tem um papel importante no mecanismo de aumento prostático, podendo levar o consumidor a impotência;
Ginecomastia: Excessivo desenvolvimento dos mamilos em indivíduos do sexo masculino, que é conhecido popularmente como “TETA DE VACA”.
Aumento do Colesterol: Os esteróides tem como efeito colateral o acúmulo de LDL e diminuição do DHL. (Os esteróides anabolizantes são um tipo de colesterol).
Limitação de Crescimento: Alguns tipos de esteróides usados em longa duração ou em quantidade abusivas, tem como efeito colateral o fechamento prematuro dos discos de crescimento localizado nas epífise ósseas.
Virilização em Mulheres: Pode ocorrer nas mulheres que utilizam esteróides o crescimento de pelos, engrossamento da voz, hipertrofia do clitóris e amenorréia.
Impotência e Esterilidade: No início do tratamento com esteróides, o homem passa por uma fase de excitação sexual com o aumento da freqüência das ereções, entretanto dura por apenas algumas semanas, isto se reverte gradualmente até a perda do interesse sexual. Esse desinteresse é o resultado da redução da produção de testosterona devido a elevação excessiva de testosterona no corpo.
Insônia: os anabolizantes tem um efeito de estimulante no sistema nervoso central, que provoca insônia.
Hepatoxidade: o fígado é prejudicado ou lesionado pelos esteróides mais tóxicos, porém estas lesões são reversíveis tão logo o uso seja interrompido.
Efeitos Colaterais Hirsutismo; Síndrome
Compartimental; Ginecomastia; Atrofia Testicular; Acne; Celulite.
Referencias
Moreau R.L.M. - Dopping nos esportes- USPFaculdade de Ciencias Farmaceuticas - Depto de Análises Clinicas e Toxicológicas. Vieira, C.B.- Esteróides AnabolizantesYonamine, M. – Doping no Esporte - USPFaculdade de Ciencias Farmaceuticas - Depto de Análises Clinicas e Toxicologicas Piçarro I. –Doping e Recursos Ergogênicos – Doping e Dopagem.
Superintendência de Polícia Técnico-Científica Instituto Médico Legal Núcleo de Toxicologia Forense fone: 38117185 ou 7186 e-mail:
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