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PORTUGUÊS2011Alessandra Mendes Cavalcante04/05/2011
PORTUGUÊS
2011
Alessandra Mendes Cavalcante
04/05/2011
PORTUGUÊS PARA CONCURSO
Faixa 2 (regras específicas de acentuação – parte 1)
Análise do acento gráfico nos monossílabos:
Os vocábulos monossílabos recebem o acento gráfico se terminarem por:
Cuidado: os monossílabos terminados por i ou u, não recebem o acento gráfico.
a ou as : pá, pás;
e ou es : pé, pés, fé;
o ou os : pó, pós, ele pôs;
Análise do acento gráfico nas oxítonas:
Cuidado: as oxítonas terminadas por i ou u não recebem o acento gráfico. Exemplos:
Caqui, bambu, urubu, puni-la, cumpri-la.
Os vocábulos oxítonos recebem o acento gráfico se terminarem por:
a ou as : Pará, vatapá;
e ou es : café, você;
o ou os : cipó, vovô;
em ou ens : desdém, armazém, vinténs, parabéns;
Análise do acento gráfico nas paroxítonas:
Os vocábulos paroxítonos recebem o acento gráfico se terminarem por:
r : caráter, revolver, mártir;
x : tórax, fênix, xérox;
l : fácil, inexorável, projétil;
i ou is : táxi, júri, biquíni, safári, ravióli, tênis, lápis, Clóvis, táxis;
Cuidado: as paroxítonas terminadas por ns: hifens, polens, edens, itens. E aquelas terminadas por m: item. Não recebem o acento gráfico.
us : vírus, bônus, ônus;
um ou uns : álbum, quórum, fóruns;
ão ou ãos : órfão, órgãos;
ã ou ãs : órfã, ímãs;
ps : bíceps, fórceps;
n : hífen, pólen, éden;
Análise do acento gráfico nas proparoxítonas:
Todos os vocábulos proparoxítonos recebem o acento gráfico, em caráter obrigatório.
Exemplos: pêssego, árvore, álcool, relâmpago.
Faixa 3 (regras específicas de acentuação – parte 2)
O caso dos hiatos:
As vogais i ou u seguidas ou não de s, recebem acento gráfico quando formam hiato com a vogal anterior.
No plano conceitual ocorre o hiato quando as vogais mencionadas ficam isoladas na sílaba após a separação.
Exemplos: saída (sa – í – da); baú (ba – ú); balaústre (ba – La - ús – tre); juízes (ju – í – zes); prejuízo (pre – ju - í – zo); faísca (fa – ís – ca); Luís (lu – ís); país (pa – ís); Piauí (Pi – au – í).
Cuidado: após a reforma ortográfica o acento agudo desapareceu apenas nas situações em que as mencionadas vogais formam hiato com um ditongo anterior.
Exemplos: fei – u – ra (ditongo ei na sílaba fei), bo – cai – u – va (ditongo ai na sílaba cai), bai – u – ca (ditongo ai na sílaba bai).
Antes do acordo, grafavam-se: feiura, bocaiuva e baiuca, todas com acento agudo na letra u. Agora o acento desapareceu.
Portanto a acentuação dos hiatos, não sofreu total modificação com o acordo, exceto no caso dos ditongos ocorridos na sílaba anterior, conforme se explicou acima.
O caso dos ditongos:
As paroxítonas terminadas por ditongo sendo este seguido ou não de s recebem o acento gráfico.
No plano conceitual ocorre o ditongo quando há o encontro de uma vogal e uma semivogal na mesma sílaba.
Exemplos: cárie (cá – rie) => ditongo ie
Tênue (tê – nue) => ditongo ue
Estágio (es – tá – gio) => ditongo io
Ainda no campo dos ditongos é importante mencionar uma alteração após a reforma ortográfica:
Sempre foram acentuados os ditongos abertos orais e tônicos éo, éi e ói , nas oxítonas, nas paroxítonas e nos monossílabos.
Exemplos: céu, chapéu, idéia, assembléia, paranóia, coréia, odisséia, heróico, herói, destrói, azóis, pasteis, réis, réus.
Após o acordo o acento gráfico permaneceu nos monossílabos formados por esses ditongos abertos: céu, réis, réus, dói, mói, rói. E nas oxítonas: herói, chapéu, destrói azóis, pastéis.
Porém, desapareceu nas paroxítonas terminadas por esses ditongos. Assim, deverão ser grafadas sem o acento gráfico: ideia, assembleia, heroico, paranoia, coreia, odisseia.
Faixa 4 (regras específicas de acentuação – parte 3)
O caso do trema
Com o acordo ortográfico, o trema desapareceu. Sua utilização se dava nos grupos: gue, gui, que, qui, quando o u se mostrava átono.
Dessa forma, palavras como: frequência, consequência, quinquênios, bilíngue, argui, que antes recebiam o trema, agora não mais serão com ele grafada. Entretanto, não se deu qualquer alteração na pronuncia dos grupos descritos, devemos continuar falando como se tivessem o antigo trema.
O caso da supressão do acento agudo no u tônico de formas verbais de argui, averiguar, entre outros verbos similares.
Antes do acordo, quando o u se mostrava tônico nos grupos gue, gui, que, qui, vindos seguidos de e ou i abria-se espaço para o acento agudo em certos verbos.
Exemplos: ele argúi/tu argúis/eles argúem/que ele averigúe/que eles averigúem.
Após o acordo, o acento caiu. Portanto, deve-se escrever sem o acento agudo:
Ele argui/ tu arguis/ eles arguem
Quanto ao verbo averiguar a regra é a mesma, porém, a reforma ortográfica trouxe dupla possibilidade de pronunciação: / que ele averigue/ que eles averiguem.
O caso do acento diferencial em para (com acento e sem acento)
No campo do acento diferencial, não mais se distingue a forma verbal para, antes com acento agudo, da preposição para, desde sempre sem o acento agudo. Agora, ambas as formas são grafadas do mesmo modo: sem o acento gráfico que as diferenciava. Escrevendo-se:
Ele para na faixa de pedestre. => aqui, o verbo.
Ele luta para vencer. => aqui, a preposição.
Cabe ao usuário, é claro, perceber por conta própria a função sintática dos termos, e distingui-los.
Importante: a mesma supressão do acento diferencial se notou nos seguintes casos:
Pelo, com acento, na acepção de penugem e pelo, sem acento, como uma preposição.
Após o acordo, deve-se grafar em quaisquer contextos a forma sem acento circunflexo, apenas: p e l o.
Polo, com acento circunflexo, na acepção de ave e polo, com acento agudo, indicando tanto a extremidade de algo quanto da prática esportiva.
Após o acordo, deve-se grafar em quaisquer contextos a forma sem o acento gráfico, apenas:
P o l o.
Faixa 5 (regras específicas de acentuação – parte 4)
O caso da permanência do acento diferencial em pôr, com acento circunflexo, e por, sem acento:
O acento diferencial permaneceu em pôr (verbo) e por (preposição), daí continuarmos escrevendo com correção:
Vou pôr as mãos nesse canalha.
Luto por você.
Importante: entende-se que a permanência do acento diferencial, se notou em dois casos:
Nas formas verbais: pôde, com acento circunflexo, e pode, sem acento.
A forma acentuada indica o pretérito imperfeito do indicativo. Enquanto a forma não acentuada, indica o presente do indicativo, ambas na terceira pessoa do singular do verbo poder.
Exemplos: ele pôde ontem.=>forma verbal grafada com acento circunflexo;
Ele pode hoje.=>forma verbal grafada sem acento gráfico.
Este é mais um caso que não sofreu alteração com o acordo.
Nas formas verbais: têm, com acento, e tem, sem acento.
As duas formas referem-se ao presente do indicativo do verbo ter, porém, a forma acentuada, indica a conjugação na terceira pessoa do plural. Enquanto, a forma não acentuada, demarca a terceira pessoa do singular.
Exemplos: eles têm poder. => forma verbal grafada com acento circunflexo;
Ele tem poder. => forma verbal grafada sem o acento gráfico.
Este é mais um caso que não sofreu alteração com o acordo.
Curiosamente, a partir desse dado, constata-se que a palavra pôr do sol, escrita com hífen, permaneceu com acento circunflexo no primeiro elemento, pôr, uma vez que ele designa uma substantivação do verbo.
Mas, é bom enfatizar, que a reforma ortográfica suprimiu os hifens que separavam os elementos. Portanto, após o acordo, vamos grafar: pôr do sol ou pôr de sol, ambas continuando com o acento circunflexo, mas, sem os hifens.
O caso da supressão do acento circunflexo em certas formas dos verbos: crer, dar, ler e ver:
O acordo ortográfico determinou a supressão do acento circunflexo nas formas verbais dissílabas terminadas por eem.
Antes da medida unificadora convivíamos com as formas acentuadas: crêem, dêem, lêem, e vêem. Essas palavras ditas paroxítonas circulavam por aí com acento circunflexo.
Após o acordo, tudo mudou. Passamos a escrever as formas verbais sem o acento gráfico: creem, deem, leem e veem.
Curiosamente, deve-se notar que essa regra após o acordo ortográfico será estendida aos verbos derivados dos destacados, quais sejam: descreem, releem e reveem, igualmente grafados sem o acento circunflexo.
Aliás, em analogia com o verbo ver, destaca-se o verbo prover na acepção de suprir, abastecer. Seguindo a mesma regra.
Exemplo: eles proveem a casa de alimentos. =>sem acento circunflexo.
Cuidado: recomenda-se muita cautela com o verbo similar a ver, mas que com ele não se confunde, o verbo vir, trata-se de verbo que ao lado dos seus derivados convir, provir, entrem outros, permaneceu com o chamado acento diferencial. Assim vamos continuar usando: ele vem. (sem acento); eles vêem. (com acento circunflexo).
Da mesma forma, o acento diferencial permanece inalterado nas oxítonas: ele intervém. (com acento agudo); eles intervêm. (com acento circunflexo). E ainda em: ele convém. (com acento agudo); eles convêm. (com acento circunflexo).
O caso da supressão do acento circunflexo das paroxítonas terminadas em oo (o duplo):
O acordo ortográfico determinou a supressão do acento circunflexo nas paroxítonas formadas pelo hiato oo. Antes do acordo escreviam-se com acento no penúltimo o do hiato oo, no singular ou no plural:
Vôo, enjôo, abençôo, ressôo e corôo.
Após o acordo esse acento também caiu. Passamos a escrever os vocábulos sem o acento gráfico:
Voo, enjoo, abençoo, ressoo e coroo.
Faixa 6 (crase)
A crase é a fusão de duas vogais da mesma natureza, sua representação se dá por meio do chamado acento grave sobre a letra a tornando acentual essa vogal.
Na verdade o acento grave é o sinal que indica a fusão de duas letras a, e essa fusão recebe o nome de crase.
Observe:
Entregue o documento à advogada.
Entregue o documento a a advogada.
Analisando-se a frase no plano sintático, temos:
# Verbo entregar => verbo transitivo direto indireto.
# Objeto direto => o documento
# Objeto indireto => a advogada
# Preposição que antecede o objeto indireto => a
Portanto, nessa frase existe crase, pois ocorre a soma da preposição a, pedida pelo verbo entregar, com o artigo definido feminino singular a que acompanha o substantivo advogada. Essa fusão exige o fenômeno indicador da crase.
Faixa7 (casos obrigatório de crase - parte1)
Vamos conhecer os casos obrigatórios de crase:
A crase será obrigatória com nomes geográficos de cidades ou países que exigem o artigo definido feminino a.
Exemplo:
Dizemos: vou à frança. (com o acento grave da crase). Porque França é um nome que sempre vem acompanhado do artigo definido feminino singular a, que somado a preposição própria do verbo ir, provocará a fusão da crase.
Em outras palavras é fácil perceber que falamos: a França é um país lindo e não simplesmente: França é um país lindo. Daí a fusão da crase, como resultado da soma da preposição com o artigo.
Observe outros exemplos de ocorrência de crase:
Vou à Colômbia.
Vou à Argentina.
Vou à Bahia.
Vou à Gávea.
Vou à Jordânia.
Vou à Síria.
Vou à Holanda
Memorize que: quando o ponto geográfico ou topônimo vier acompanhado de qualificativo a crase será obrigatória.
Exemplos:
Vou à Roma dos Césares.
Vou à Florianópolis das 42 praias.
Vou à Brasília das mordomias.
A crase será obrigatória antes de horas determinadas:
Exemplo:
O filme começou às três horas.
Chegamos à uma hora da manhã.
O eclipse se deu à zero hora.
Cuidado: não ocorrerá a crase quando já houver na frase as preposições desde e entre.
Por essa razão, não se utiliza crase nas frases:
Desde as duas horas.
Entre as quatro e as seis horas.
Por fim, memorize que, tratando-se de hora indeterminada, não se usa crase.
Exemplo: ele chegou a uma hora qualquer.
A crase será obrigatória antes de numerais ordinais femininos.
Exemplos:
Entregaram as medalhas à primeira colocada.
Eu me referi à segunda e à terceira medalhistas.
Com expressões: moda de e maneira de quando se apresentarem ocultas.
Exemplos:
Foram dois gols à Pelé. Ou seja, foram dois gols a moda de Pelé.
Escrevia à Machado de Assis. Ou seja, escrevia a maneira de Machado de Assis.
Importante: quando subtender palavra feminina que determine nome de empresa ou coisa, haverá a crase.
Exemplos:
Referiu-se à Apolo. (referiu-se à nave Apolo)
Irei à Saraiva. (irei à livraria saraiva)
A crase será obrigatória antes de palavras femininas, nas locuções adjetivas, adverbiais, prepositivas ou conjuntivas.
Exemplos:
Aquele será um belo baile à fantasia.
Tudo foi feito às escondidas.
Seguiu à risca as dicas, embora tenha feito tudo às pressas.
Estava à procura de um profissional.
A crase será obrigatória com os pronomes demonstrativos: aquele(s), aquela(s) ou aquilo.
A fusão da crase ocorrerá também entre a preposição a e certos pronomes demonstrativos, são eles: aquele, aquela e aquilo, no singular e no plural. Observe os exemplos:
Resisti àquele doce.
Não di importância àquilo.
Prefiro isto àquilo.
Faixa8 (casos obrigatório de crase - parte2)
A crase será obrigatória antes de pronomes relativos: que (com elipse) e a qual e as quais.
A fusão da crase também ocorrerá entre a preposição a certos pronomes demonstrativos. Os casos podem ser explicados um a um:
Pronome que:
No geral esse pronome repudia a crase, todavia, quando se tratar de elipse, isto é, a omissão propositada de um termo da oração será possível a ocorrência da crase.
Exemplo: Esta fala é anterior à que você fez. Complementando a frase, teríamos: esta fala é anterior à fala que você fez.
Por tanto, note que a crase se justifica na medida em que se evidencia a contração da preposição a, própria do adjetivo anterior, com o artigo definido feminino a, que acompanha o substantivo fala.
Formas pronominais: a qual, as quais.
Como essas formações pronominais vêm acompanhadas do artigo definido feminino a, fica fácil perceber que, havendo a ocorrência de preposição a no termo regente ocorrerá o fenômeno indicador da crase.
Exemplo: esta é a viagem à qual me referi.
Observe que o verbo pronominal referir-se é regido pela preposição a (quem se refere, refere-se a...). A preposição será fundida com o artigo definido feminino próprio da formação pronominal a qual, gerando a crase.
Como recurso mnemônico, procure substituir o substantivo feminino da frase por um nome masculino. Se da troca resultar a formação pronominal ao qual a crase será confirmada.
Troque a palavra viagem por campeonato. Observe a troca:
Este é o campeonato ao qual me referi.
Diante disso é fácil perceber que não ocorrerá crase na frase:
Esta é a jovem a qual ele ama.
Observe que o verbo amar não é regido pela preposição a (quem ama, ama alguém). Se não há preposição, restará apenas a formação pronominal a qual sem a ocorrência da crase.
Aliás, pelo recurso mnemônico sugerido, substituindo-se a expressão a jovem por outra, o rapaz, por exemplo, será fácil perceber que não surgirá a forma ao qual. Confira:
Este é o rapaz o qual ela ama.
Por fim os pronomes relativos quem e cujo repudiarão a crase sem ressalvas. Observe as frases sem a ocorrência da crase:
Este é o veículo a cuja marca ele se referiu.
Ali está a moça a quem todos se referiram
Faixa9 (casos proibitivos de crase)
Não ocorre a crase antes de palavra masculina.
Andar a pé.
Vestir-se a caráter.
Compras a prazo.
Observado a olho nu.
Não ocorre a crase antes de verbos.
Comecei a fazer.
Ficou a ver navios.
Estava decidido a fugir.
Não ocorre a crase entre palavras repetidas.
Cara a cara.
Face a face.
Gota a gota.
Frente a frente.
Ponta a ponta.
Não ocorre a crase entre expressões genéricas formadas por palavras femininas.
Não dê ouvidos a discussões.
Referi-me a mulheres.
Não se prenda a necessidades materiais.
Importante: a mesma regra se estende a locuções genéricas de modo, formadas por palavras femininas:
Reunião a porta fechadas.
Agrediram-se a bofetadas.
Não se submeta a humilhações.
Não ocorre a crase, em geral, antes de pronomes:
Pessoais:
Leve o livro a ela.
Pedi a ela que saísse.
Demonstrativos:
Leve o livro a esta mulher.
Pedi a esta senhora que saísse.
Indefinido:
Leve o livro a qualquer mulher.
Pedi a toda pessoa que saísse.
Tratamento:
Leve o livro a sua excelência.
Importante: com os pronomes: mesma, outra, própria e tal, haverá crase:
Referiu-se à mesma jovem.
Fez menção à própria mulher.
Não fale a verdade às outras.
Cuidado: não perca de vista que haverá crase com os pronomes demonstrativos aquele, aquela, aquilo e aquilo outro se vierem acompanhados da preposição a.
Exemplos:
Não me refiro àquele livro, nem àquela obra, mas, àquilo tudo que conversamos;
Fez menção àquilo outro trabalho.
Não ocorre a crase antes das palavras: casa, terra e distância se não vierem especificadas:
Exemplos:
Voltei a casa.
O marinheiro voltou a terra.
O homem ficou a distancia.
Importante: havendo especificação a crase existirá.
Exemplos:
Voltai à casa dos pais.
O jovem voltou à terra de seus antepassados.
O homem ficou à distância de dois metros.
Faixa10 (casos facultativos de crase)
Vamos, por fim, conhecer os casos facultativos de crase:
A crase será facultativa antes de pronome possessivo feminino.
Leve o livro à sua tia./ leve a livro a sua tia.
A crase será facultativa antes de nomes femininos de pessoa.
Levei flores à Jamile./ levei flores a Jamile.
Dei o presente à Yasmine./ Dei o presente a Yasmine.
A crase será facultativa depois da preposição até.
Fui até à cachoeira./ fui até a cachoeira.
Andou a cavalo até à porteira do sítio./ Andou a cavalo até a porteira do sítio.
Faixa11 (regência verbal)
A regência refere-se ao estudo da relação de dependência ou subordinação que se estabelece entre os termos das orações.
Quando essa relação ocorre entre o verbo (termo regente) e seu complemento (termo regido), tem-se a regência verbal.
Por outro lado se a relação se estabelece entre um nome (termo regente): um substantivo, um adjetivo ou um advérbio e seu complemento (termo regido), tem-se a regência nominal.
A regência nominal é solicitada em provas de concursos com menor ênfase que a regência verbal. Com efeito, não existem regras específicas de regência nominal, pois, cada palavra pede seu complemento e rege sua preposição.
Exemplos:
Quem tem aversão, tem aversão a algo.
Quem tem ojeriza, tem ojeriza a ou por alguma coisa.
Quem é fanático, é fanático por algo.
Quem está ávido, está ávido de algo.
Quem está hesitante, está hesitante de ou em alguma coisa.
E assim sucessivamente.
Neste momento convém nos concentrarmos na regência verbal que apresenta inúmeras regras importantes.
De inicio é importante fazermos a revisão dos tipos de verbos, afim de bem compreendermos a matéria:
Verbo transitivo direto
No plano sintático, o complemento ao qual se liga o intitulado verbo transitivo direto, é o objeto direto.
A ligação entre o verbo transitivo direto e o objeto direto, se dá sem preposição.
Eu estudo português.
Neste exemplo, o verbo estudar é transitivo direto, e o que se estuda, português, é sintaticamente o seu objeto direto.
Observe ainda, a frase:
Eu como bolacha.
Note que o verbo comer é o termo regente. Bolacha é o termo regido.
Percebe-se que o verbo se une ao seu complemento, sem a necessidade de preposição. Com efeito, o verbo comer, é considerado V.T.D., ou seja, verbo transitivo direto. Enquanto bolacha é seu objeto direto.
Observe mais uma frase:
Isso implica derrota.
O verbo implicar é o termo regente, e derrota é o termo regido.
Percebe-se que o verbo, nessa acepção, une-se ao seu complemento, sem a necessidade de preposição. Com efeito, o verbo implicar, é considerado V.T.D., e derrota, é seu objeto direto.
Não obstante, é bastante comum, a construção imprópria em que aparece a preposição em antes deste verbo, dando-lhe uma forma equivocada de verbo transitivo indireto.
Exemplo do vício de regência:
Isso implica em derrota. => deve-se evitar essa construção.
Na mesma linha, podemos citar outros exemplos em que aparece o verbo transitivo direto:
Eu como o lanche.
Eu agrado o cão.
Eu vejo a mulher.
Verbo transitivo indireto.
No plano sintático, o complemento no qual se liga o intitulado verbo transitivo indireto, é o objeto indireto.
A ligação entre o verbo transitivo indireto e o objeto indireto se dá com preposição.
Exemplo:
Eu necessito de ajuda.
Neste exemplo, o verbo necessitar, é transitivo indireto. E o de que se necessita: ajuda, é sintaticamente, o seu objeto indireto.
Observe ainda a frase:
Eu chego à casa de meus pais.
Nota-se que o verbo chegar, é o termo regente. E à casa de meus pais, é o conjunto de termos regidos. Percebe-se que o verbo chegar se une ao seu complemento pela preposição a. Da aglutinação da preposição a com o artigo definido feminino a, que consta do conjunto regido, surgirá o fenômeno indicador da crase.
Com efeito, o verbo chegar é considerado transitivo indireto, ou seja, verbo transitivo indireto. Enquanto, à casa de meus pais, é seu objeto indireto.
Vale ressaltar, que o verbo chegar é regido pela preposição a e não pela preposição em. Daí serem impróprias as construções:
Eu chego em casa. Ou,
Eu chego no curso.
Quanto a essa última construção, lembre-se que no é igual à preposição em + o (artigo definido masculino).
Na mesma linha, podemos citar outros exemplos em que aparece o verbo transitivo indireto:
O fato prescinde de provas.
A pessoa aspira à aprovação.
Ele assiste à TV.
Os exemplos apresentados indicam a existência de verbos com transitividade direta e transitividade indireta. Entretanto, existem aqueles em que a transitividade é acumulada. O verbo passa a ser transitivo direto e indireto. Vamos a eles:
Verbo transitivo direto e indireto.
No plano sintático a dois complementos os quais esses verbos se ligam. Os chamados: objeto direto e objeto indireto.
Exemplo:
Eu levarei o presente à namorada.
Neste exemplo o verbo levar, é transitivo direto e indireto. Por quanto, sintaticamente, o que se levará: o presente mostra-se como objeto direto. Enquanto a quem se levará, à namorada, apresenta-se como objeto indireto do referido verbo.
Observe ainda a frase:
Eu prefiro macarronada a feijoada.
Nota-se que o verbo preferir é o termo regente, unindo-se a dois termos regidos: macarronada e feijoada. Percebe-se que o verbo preferir, se une diretamente ao termo macarronada, e ao termo feijoada, com ajuda da preposição a. Com efeito, o verbo preferir é considerado: transitivo direto e indireto, ou seja, verbo transitivo direto e indireto.
No presente caso, não se deu a aglutinação da preposição a, com o artigo definido feminino a. Por quanto, este não consta do termo regido feijoada, o que impede o fenômeno indicador da crase.
Curiosamente, caso se pretenda especificar os termos regidos, com artigos definidos, a crase surgirá em um contexto gramaticalmente denominado: simetria de formas. Observe a frase:
Eu prefira a macarronada à feijoada. Ou ainda,
Eu prefiro a cerveja ao chope.
Eu prefiro o chope à cerveja.
Verbo intransitivo
No plano sintático, o complemento ao qual se pode ligar o intitulado verbo intransitivo é um elemento circunstancial de tempo, de modo, de lugar, entre outros, chamados: adjunto adverbial.
Vale dizer que o verbo intransitivo apresenta-se com suficiência de sentido, pedindo apenas um dado circunstancial que lhe incrementará.
Exemplo:
O soldado morreu em combate.
No presente exemplo, o verbo morrer é intransitivo, e o elemento circunstancial que a ele sucede, em combate, designa apenas o lugar do falecimento do combatente. Não se trata de objeto indireto.
Na mesma linha, podemos cita outros exemplos em que aparece o verbo intransitivo:
O homem sorriu.
As flores nasceram.
Todos choraram.
Faixa12 (regras de regência verbal – parte1)
Feita a recapitulação dos tipos de verbos, passemos as regras de regência verbal.
Verbo assistir
Há várias acepções para este verbo.
Assistir, com significado de presenciar: trata-se de verbo transitivo indireto que requer a preposição a.
Exemplos:
O aluno assiste à aula.
Naquele fim de semana o casal assistiu ao filme.
Assistir, com significado de prestar assistência: trata-se de verbo transitivo direto, sem o emprego da preposição.
Exemplos:
O médico assiste o paciente.
O advogado assiste o cliente.
Este é o bebê que o pediatra assiste.
Assistir, com significado de caber, utilizado com frequência no ambiente jurídico: trata-se de verbo transitivo indireto, que requer a preposição a.
Exemplos:
Esse direito assiste ao reclamante.
Este direito assiste à mulher que ora defende.
O direito suscitado não lhe assiste.
Assistir, com significado de morar, residir: trata-se de verbo intransitivo, acompanhando-se da preposição em:
Exemplos:
Ele assiste em Macapá, Amapá.
O estrangeiro já assiste no Brasil faz anos.
Verbo aspirar
Verbo aspirar
Há duas acepções para este verbo.
Aspirar com significado de sorver, cheirar.
Trata-se de verbo transitivo direto sem o emprego da preposição.
Exemplos:
A criança aspirou o perfume da flor.
Aquela é a droga que o viciado aspira.
Aspirar, com significado de almejar, objetivar.
Trata-se de verbo transitivo indireto, que requer a preposição a.
Exemplos:
O concursando aspira à aprovação.
Esta é a medalha a que o competidor aspira.
Esta é a medalha ao qual o competidor aspira.
Verbos obedecer e desobedecer
São verbos transitivos indiretos requerendo a preposição a.
Exemplos:
Nós obedecemos ao regulamento.
Obedeça à sinalização.
Os homens devem obedecer à lei de Deus.
Os filhos desobedeceram aos pais.
Verbo querer
Há duas acepções para este verbo.
Querer, com significado de desejar, cobiçar.
Trata-se de verbo transitivo direto, sem o emprego da preposição.
Exemplos:
Eu quero o bilhete agora.
Eu o quero agora.
Eu quero os funcionários neste horário.
Querer, com significado de estimar, admirar.
Trata-se de verbo transitivo indireto, com o emprego da preposição a.
Exemplos:
Eu quero a ela muito bem e sempre lhe quis.
O homem quer à mulher muito bem.
Se fizermos a substituição pelo pronome daremos lugar a partícula lhe.
Eu lhe quero muito bem.
O homem lhe quer muito bem.
Verbo implicar
Há conhecidas acepções para este verbo.
Pode ser intransitivo, no sentido de incomodar outrem:
O chefe implica demais.
Transitivo indireto, utilizando a preposição com:
O pai implica com a filha.
Entretanto a acepção que mais tem aparecido em provas, é a do verbo implicar como:
Transitivo direto, no sentido de acarretar, provocar. Neste caso, a preposição é desnecessária:
A atitude do político implicou a perda do cargo. Correto.
Implicou na perda do cargo. Erro.
Seu gesto implica desunião entre todos. Correto.
Implica em desunião. Erro.
Evite, portanto, as formas: implicar em, ou implicar no para essa acepção.
Verbo proceder
Existem importantes acepções para estes verbos.
Pode ser intransitivo, no sentido de agir, comporta-se:
O chefe procedeu mal.
Ainda, como verbo intransitivo, pode aparecer com a acepção de ser válido, ter validade:
Seu argumento não procede.
Ou com sentido de vir:
O avião procedia de Beirute.
Entretanto, deve-se prestar atenção ao sentido do verbo que indica:
O ato de executar, realizar. Aqui, ele é transitivo indireto avocando a preposição a:
Ele procedeu à verificação das provas.
O juiz procedeu à auditiva das testemunhas.
Esta é a perícia a qual ele procedeu.
Faixa13 (regras de regência verbal – parte2)
Verbo visar
Há três acepções para este verbo, note as:
Visar, com significado de pôr visto, trata-se de verbo transitivo direto, sem o emprego da preposição:
O funcionário público visou o passaporte.
O cliente do banco visou o cheque.
Este é o passaporte que viso.
Visar, com significado de mirar, pôr na mira de uma arma, trata-se de verbo transitivo direto sem o emprego da preposição:
O caçador mirou o pássaro na árvore.
O infante visou o inimigo na trincheira.
Aquele é o soldado que ele visa com o fuzil.
Visar, com significado de almejar, objetivar. Trata-se de verbo transitivo indireto, como o emprego da preposição a:
O concursando visa o êxito no concurso público.
Vaga a que ele visa no certame.
Vaga a qual visa no certame.
Verbo agradar
Há duas acepções para este verbo, note-as:
Agradar, com significado de fazer agrado, mimo. Trata-se de verbo transitivo direto, sem o emprego da preposição:
O homem agrada o cão.
O homem agrada-o.
Este é o cão que agrado.
Agradar, com significado de ser agradável a. trata-se de verbo transitivo indireto, com o emprego da preposição a:
O aumento de salário agradou a todos os funcionários.
Estes são os funcionários a quem o aumento de salário agradou.
Isso lhes agradou muito.
Verbo ir e chegar
Trata-se de verbos transitivos indiretos, requerendo a preposição a:
Eles vão ao cinema.
Eles foram à praia.
Esta é a praia a que os banhistas foram.
Cinema a que eles vão.
Cinema ao qual eles vão.
Eu chego ao curso.
Evite, portanto, as formas:
Ir em...
Ir no...
Chegar em...
Chegar no...
Faixa14 (concordância verbo-nominal)
A concordância dos termos da oração visa harmonizá-los em gênero, número e pessoa.
O estudo da concordância permitirá verificar a adequada sintonia entre as palavras dependentes e as palavras de que dependem das orações.
A concordância será nominal, quando se buscar a harmonia:
Entre o substantivo ou o pronome e o adjetivo:
Casa bonita. (E não: casa bonito)
Esta casa. (E não: este casa)
Entre o pronome ou o artigo e o numeral:
Aquele primeiro lugar. (E não: aquela segundo lugar)
A segunda colocada. (E não: o segunda colocada.)
A concordância será verbal, quando se buscar a harmonia:
Entre o sujeito e o verbo da oração:
João vai ao cinema.
João e Maria vão ao cinema.
Faixa15 (regras de concordância nominal)
A concordância nominal da palavra meio.
O vocábulo meio pode apresentar-se como numeral fracionário ou como advérbio. Neste último caso ficará invariável.
Exemplos como numeral fracionário na acepção de metade:
É meio dia e meia. (A concordância nominal de meia se faz com hora).
Ele veio com meias palavras. (A concordância nominal de meias se faz com palavras).
Deixe de meios termos. (A concordância nominal de meios se faz com termos).
Exemplo como advérbios, permanecendo invariável:
Elas estão meio tristonhas.
A concordância nominal da palavra bastante.
O vocábulo bastante pode apresentar-se como pronome indefinido, como adjetivo e como advérbio. Neste último caso ficará invariável.
Exemplos:
Como pronome indefinido, na acepção de incontáveis, muito:
Havia bastantes candidatos no concurso.
Fui à padaria e comprei bastantes pães.
Como adjetivo, na acepção de suficiente:
O advogado apresentou razões bastantes para defender o réu.
Como advérbio, ficando invariável:
Elas estão bastante tristonhas.
A concordância nominal das palavras: caro e barato.
Os vocábulos caro e barato, podem apresentar-se como adjetivos ou como advérbios. Neste último caso ficarão invariáveis.
Exemplos:
Como adjetivos:
Comprei roupas baratas.
Trata-se de jóias caras.
Como advérbios, ficando invariáveis:
As jóias custam caro.
Custaram barato nossas compras.
A concordância nominal das palavras: extra, quite e anexo.
A concordância nominal será feita com os termos a que tais palavras se referem.
Exemplos:
Uma hora extra.
Duas horas extras.
Eu estou quite.
Nós estamos quites.
O documento segue anexo.
Os documentos seguem anexos.
Importante: a expressão em anexo é aceitável devendo-se permanece invariável
Exemplos:
Seguem em anexo os documentos.
A concordância nominal das palavras: mesmo e próprio.
A concordância nominal será feita com os termos a que tais palavras se referem.
Exemplos:
Eu mesmo.
Ela mesma.
Elas mesmas.
Eu próprio.
Ela própria.
Elas próprias.
A concordância nominal das palavras: obrigado e servido.
A concordância nominal será feita com os termos a que tais palavras se referem.
Exemplos:
Muito obrigado, disse o homem.
Muito obrigada, disse a mulher.
O jovem está servido.
As senhoras estão servidas?
A concordância nominal da expressão: haja vista.
A acepção de tendo em vista deve-se usar a forma estereotipada: haja vista e não haja visto.
Exemplo:
Haja vista o ocorrido, tomamos as cautelas de praxe.
A concordância nominal das expressões: um e outro, um ou outro, nenhum nem outro.
A concordância nominal aqui será simples: o substantivo ficará no singular, enquanto o adjetivo irá para o plural.
Exemplo:
Um e outro problema resolvidos.
Uma ou outra decisões aceitáveis.
A concordância nominal das expressões: o mais possível e os mais possíveis.
A concordância nominal é simples: se houver a utilização de o mais, a concordância será feita como termo possível; Por outro lado, se houve a utilização de os mais, a concordância será feita com o termo possíveis. O adjetivo irá necessariamente para o plural.
Exemplos:
Estudantes o mais esforçados possível. (significando estudantes esforçados o mais possível)
Estudantes os mais esforçados possíveis. (significando: estudantes esforçados os mais possíveis)
A concordância nominal das expressões: é bom, é proibido, é necessário.
Quando o sujeito da oração vier desacompanhado de artigo ou pronome, essas expressões permanecerão inalterada. Caso haja a presença de artigo ou pronome, deverá haver a harmônica concordância nominal.
Exemplos:
Férias é bom.
As férias são boas.
Entrada é proibido.
A entrada é proibida.
Cerveja é bom.
Esta cerveja é boa.
A concordância nominal quando o adjetivo for posposto a dois ou mais substantivos.
A concordância nominal será com o termo mais próximo ou com o plural do grupo. Note que a resposta é dupla.
Exemplos:
Prédio e ou casa velha. (concorda com casa)
Casa e ou prédio velho. (concorda com prédio)
Casa e ou prédio velhos. (concorda com o plural do grupo)
A concordância nominal quando o adjetivo for anteposto a dois ou mais substantivos.
A concordância nominal será com o termo mais próximo.
Exemplos:
Velho prédio e casa. (concorda com prédio)
Velha casa e prédio. (concorda com casa)
A concordância nominal quando dois ou mais adjetivos se referirem a um substantivo.
Duas construções serão aceitáveis, note as:
Estudo as línguas Árabe e Francesa.
Estudo a língua Árabe e a Francesa.
Faixa16 (regras de concordância verbal)
Concordância verbal quando o sujeito se referir a um substantivo coletivo
O sujeito está descrito pelo substantivo coletivo acompanhado de um adjunto adnominal. O verbo fica no singular ou no plural:
O cardume chegou.
O cardume de peixes chegou.
O cardume de peixes chegaram.
Concordância verbal quando o sujeito é introduzido pela expressão mais de um.
A concordância verbal impõe o singular:
Mais de um jogador foi suspenso.
Importante: caso se trate de verbos indicativos de ações recíprocas, o verbo irá para o plural.
Mais de um jogador se abraçaram.
Concordância verbal quando o sujeito é introduzido pelas expressões partitivas: a maioria de, a maior parte de..., uma porção de..., metade de...
A concordância verbal impõe o singular ou o plural:
A maioria dos homens chegou cedo.
A maioria dos homens chegaram cedo.
A metade dos participantes retirou-se da sala.
A metade dos participantes retiraram-se da sala.
Concordância verbal quando o sujeito è introduzido pelas expressões aproximativas: cerca de..., perto de..., menos de..., mais de...
O verbo deverá concordar com o termo a que se refere a expressão:
Cerca de uma tonelada chegou.
Cerca de duas toneladas chegaram.
Perto de vinte carros bateram.
Concordância verbal quando o sujeito è introduzido pela expressão um dos que...
A concordância verbal impõe o singular ou plural, embora a foram pluralizada do verbo seja a mais recomendável:
Ele é um dos que mais trabalham.
Concordância verbal quando o sujeito è introduzido pelos nomes pluralícios.
Havendo a presença do artigo, o plural será de rigor ao verbo. Na falta da especificação, recomenda-se o singular:
Os Estados Unidos tem política expansionista.
Os Estados Unidos apoiam a medida.
Estados Unidos tem política expansionista.
Estados Unidos apoia a medida.
Concordância verbal quando o sujeito è introduzido pelos números indicadores de percentagem.
O verbo concordará com o numeral ou com o substantivo a que ele se refere:
10% da população colabora. (o verbo concordou com população)
10% da população colaboram. (o verbo concordou com 10%)
1% dos grevistas colabora. (o verbo concordou com 1%)
1% dos grevistas colaboram. (o verbo concordou com grevistas)
1% da população colabora. (o verbo, aqui, ficará sempre no singular)
Concordância verbal quando o sujeito è introduzido pela expressões: um e outro..., nenhum nem outro...
A concordância verbal apresenta dupla possibilidade, embora a foram pluralizada do verbo seja a mais comum:
Um e outro competidor joga bem.
Um e outro competidor jogam bem.
Importante: caso se trate de verbos indicativos de ações recíprocas, o verbo irá para o plural.
Um e outro se agrediram.
Concordância verbal quando o sujeito è introduzido pela expressões: cada..., cada um..., cada qual..., nenhum...
A concordância verbal impõe que o verbo fique no singular:
Cada um fará o dever.
Cada candidato virá com promessas diferentes.
Concordância verbal quando o sujeito vier acompanhado de verbos impessoais.
Como os verbos fazer e haver, por exemplo, a concordância impõe que tais verbos fiquem no singular:
Faz dois dias que chegou.
Houve dois acontecimentos.
Há de haver renuncia.
Deve haver dois resultados favoráveis.
Concordância verbal quando houver o sujeito composto e este for posposto.
A concordância será dupla, harmonizando-se o verbo com o elemento mais próximo ou com o plural do grupo:
Chegou o pai e a mãe.
Chegaram o pai e a mãe.
Faixa18 (verbos – parte1)
O verbo é uma palavra que exprime ação, estado ou fato.
O estudo do verbo demanda o domínio dos tempos verbais, bem como dos modos atrelados a estes.
Classificação dos tempos verbais.
Presente;
Pretérito: perfeito, imperfeito, mais que perfeito;
Futuro: do presente, do pretérito.
Observe uma conjugação completa com o verbo ler na primeira pessoa do singular:
Eu leio presente
Eu li pretérito perfeito
Eu lia pretérito imperfeito
Eu lera pretérito mais que perfeito
Eu lerei futuro do presente
Eu leria futuro do pretérito
Modos verbais. As maneira de um fato expresso se realizar pelo um verbo.
Modo indicativo: exprime fato certo;
Eu li ontem um livro. Pretérito perfeito do modo indicativo
Eu leio hoje o livro. Presente do modo indicativo
Modo subjuntivo exprime fato possível, duvidoso.
Quando eu ler o livro, tomarei a decisão. Futuro do modo subjuntivo
Modo imperativo exprime ordem, conselho ou proibição.
Vá agora! Imperativo afirmativo
Sê corajoso! Imperativo afirmativo
Não faça isso! Imperativo negativo
Formas nominais do verbo
Infinitivo: Ler.
Gerúndio: lendo.
Particípio: lido.
E importante neste momento conjugarmos o verbo ler, em todos os tempos e modos verbais anteriormente apresentados:
PESSOA
PRESENTE DO INDICATIVO
PRET. PERFEITO DO INDICATIVO
PRET. IMPERFEITO DO INDICATIVO
EU
LEIO
LI
LIA
TU
LÊS
LESTE
LIAS
ELE/ELA
LÊ
LEU
LIA
NÓ
LEMOS
LEMOS
LÍAMOS
VÓS
LEDES
LESTES
LÍEIS
ELES/ELAS
LEEM
LERAM
LIAM
PESSOA
PRET. MAIS Q. PERF. DO INDICATIVO
FUT. DO PRES. DO INDICATIVO
FUT. DO PRET. DO INDICATIVO
EU
LERA
LEREI
LERIA
TU
LERAS
LERÁS
LERIAS
ELE/ELA
LERA
LERÁ
LERIA
NÓ
LÊRAMOS
LEREMOS
LERÍAMOS
VÓS
LÊREIS
LEREIS
LERÍES
ELES/ELAS
LERAM
LERÃO
LERIAM
PRESENTE DO SUBJUNTIVO
PRET. MPERFEITO DO SUBJUNTIVO
FUTURO DO
SUBJUNTIVO
QUE EU LEIA
SE EU LESSE
QUANDO EU LER
QUE TU LEIAS
SE TU LESSES
QUANDO TU LERES
QUE ELE LEIA
SE ELE LESSE
QUANDO ELE LER
QUE NÓS LEIAMOS
SE NÓS LÊSSEMOS
QUANDO NÓS LERMOS
QUE VÓS LEIAIS
SE VÓS LÊSSEIS
QUANDO VÓS LERDES
QUE ELES LEIAM
SE ELES LESSEM
QUANDO ELES LEREM
IMPERATIVO AFIRMATIVO
IMPERATIVO NEGATIVO
LÊ TU
NÃO LEIAS TU
LEIA ELE/VOCÊ
NÃO LEIA ELE/VOCÊ
LEIAMOS NÓS
NÃO LEIAMOS NÓS
LEDE VÓS
NÃO LEIAS VÓS
LEIAM ELES/VOCÊS
NÃO LEIAM ELES/VOCÊS
Faixa19 (verbos – parte2)
Quanto a conjugação dos verbos, destacam-se três grupos:
Verbos de 1° conjugação terminados por ar.
Representam a maioria dos verbos em nosso idioma:
Cantar, brincar, pular, dançar, entre outros.
Em nosso léxico existem aproximadamente 11.000 verbos, dos quais, mais de 10.000 são de primeira conjugação.
Verbos de 2° conjugação terminados por er.
Bater, crer, enaltecer, ler, entre outros.
Verbos de 3° conjugação terminados por ir.
Partir, sorrir, abrir, entre outros.
Quando a conjugação do verbo seque um modelo, permanecendo o seu radical invariável, diz-se que o verbo é regular. Note o exemplo na conjugação do presente do indicativo:
Eu canto
Nós cantamos
Tu cantas
Vós cantais
Ele canta
Eles cantam
Da mesma forma, caso ocorra alterações no radical, o verbo passará a ser irregular. Note os exemplos, na conjugação do presente do indicativo:
Eu trago
Nós trazemos
Tu trazes
Vós trazeis
Ele traz
Eles trazem
Eu vou
Nós vamos
Tu vais
Vós ides
Ele vai
Eles vão
Curiosamente, quando o verbo irregular tem acentuada sua falta de paradigma despontam os chamados anômalos, no caso, temos apenas três: pôr, ser e ir.
Note os exemplos na conjugação no presente do indicativo:
Eu ponho
Nós pomos
Tu pões
Vós pondes
Ele põe
Eles poem
Eu sou
Nós somos
Tu és
Vós sois
Ele é
Eles são
Eu vou
Nós vamos
Tu vais
Vós ides
Ele vai
Eles vão
Existem, ainda, os verbos cuja conjugação não é completa, trata-se dos chamados verbos defectivos.
Exemplos:
Abolir, precaver, reaver, e outros.
Por fim, despontam os verbos abundantes, que apresentam duas formas nominais de particípio.
Exemplos:
Aceitar: aceitado ou aceito;
Anexar: anexado ou anexo;
Ganhar: ganhado ou ganho;
Gastar: gastado ou gasto;
Pagar: pagado ou pago;
Pegar: pegado ou pego.
Importante: o verbo chegar não é abundante, apresentando apenas uma forma participal, qual seja: chegado. A forma "chego", configura um erro crasso.
Faixa20 – Dicas importantes sobre verbos
Importantes formas verbais em 1° pessoa do presente do indicativo (eu).
VERBO
CONJUGAÇÃO
VERBO
CONJUGAÇÃO
Maquiar
Eu maquio
Plagiar
Eu plagio
Diagnosticar
Eu diagnostico
Rir
Eu rio
Submergir
-----------------
Prover
Eu provejo
Provir
Eu provenho
Requerer
Eu requeiro
Infligir
Eu inflijo
Infringir
Eu infrinjo
Caber
Eu caibo
Aguar
Eu águo/ aguo
Moer
Eu moo
Aderir
Eu adiro
Verbos terminados em ear.
Esses verbos deverão conter a vogal i nas chamadas forma rizotônicas, ou seja, aquelas em que a sílaba tônica encontra-se no radical do verbo. Exemplos:
VERBO
CONJUGAÇÃO
VERBO
CONJUGAÇÃO
VERBO
CONJUGAÇÃO
Nomear
Eu nomeio
Frear
Eu freio
Cear
Eu ceio
Tu nomeias
Tu freias
Tu ceias
Ele nomeia
Ele freia
Ele ceia
Nós nomeamos
Nós freamos
Nós ceamos
Vós nomeais
Vós freais
Vós ceais
Eles nomeiam
Eles freiam
Eles ceiam
Verbos terminados em iar.
Tais verbos seguirão como regra a conjugação regular. Exemplos:
VERBO
CONJUGAÇÃO
VERBO
CONJUGAÇÃO
Copiar
Eu copio
Abreviar
Eu abrevio
Tu copias
Tu abrevias
Ele copia
Ele abrevia
Nós copiamos
Nós abreviamos
Vós copiais
Vós abreviais
Eles copiam
Eles abreviam
Importante: há cinco verbos terminados em iar em que a vogal i transforma-se em ei nas formas rizotônicas. São eles: mediar e intermediar, ansiar, remediar, incendiar, odiar. Portanto
VERBO
CONJUGAÇÃO
Intermediar
Eu intermedeio
Tu intermedeias
Ele intermedeia
Nós intermediamos
Vós intermediais
Eles intermedeiam
Nos outro verbos, teremos a mesma situação.
Comumente em sala de aula recomendamos um recurso mnemônico, por meio do qual é possível decorar os cincos verbos.
Trata-se da palavra Mario em que:
M mediar;
A ansiar;
R remediar;
I incendiar;
O odiar.
Memorize a pronuncia de alguns verbos:
VERBO
CORRETO
ERRADO
Roubar
Eu roubo
Eu robo
Estourar
Eu estouro
Eu estoro
Inteira
Eu inteiro
Eu intero
Optar
Eu opto
opito
Impugnar
Eu impugno
Eu impuguino
Designar
Eu designo
Eu desiguino
Estagnar
Eu estagno
Eu estaguino
Memorize o confronto entre as conjugações dos verbos ver e vir.
Verbo ver
PESSOA
PRESENTE DO INDICATIVO
PRET. PERFEITO DO INDICATIVO
EU
VEJO
VI
TU
VÊS
VISTE
ELE/ELA
VÊ
VIU
NÓ
VEMOS
VIMOS
VÓS
VEDES
VISTES
ELES/ELAS
VEEM
VIRAM
VERBO VIR
PESSOA
PRESENTE DO INDICATIVO
PRET. PERFEITO DO INDICATIVO
EU
VENHO
VIM
TU
VENS
VIESTE
ELE/ELA
VEM
VEIO
NÓ
VIMOS
VIEMOS
VÓS
VINDES
VIESTES
ELES/ELAS
VEM
VIERAM
Faixa20 – Ortografia – parte1
A palavra ortografia é formada por dois elementos de origem grega:
Orto na acepção de direito, reto, exato.
Grafia significando ação de escrever.
Desse modo a palavra ortografia pode ser traduzida como: a ação de escrever corretamente.
Palavras de pronuncias complexas.
CORRETO
ERRADO
CORRETO
ERRADO
Empecilho
Impecilho
Disenteria
Desinteria
Desplante
Displante
Aficionado
Afixionado
Cadeado
Cadiado
Cicrano
Ciclano/ sicrano
Receoso
Receioso
Encapuzado
Encapuçado
Prazeroso
Prazeiroso
Digladiar-se
Degladiar-se
Caranguejo
Carangueijo
Cabeleireiro
Cabelereiro
Iogurte
Iorgute
Cadarço
Cardaço
Lagartixa
Largatixa
Faixa21 – Ortografia – parte2
Palavras de grafia complexa.
CORRETO
DICA
Ansioso
Grafa-se com s e não com c;
Pretensioso
Grafa-se com s e não com c;
Prequestionamento
Sem hífen;
Predeterminado
Sem hífen; e junto
Preexistente
Sem hífen; e junto.
Fora da lei
Sem hífen;
Contrafé
Sem hífen; e junto.
Contramandado
Sem hífen; e junto.
Contraoferta
Sem hífen; e junto.
Autoestima
Sem hífen; e junto.
Autoescola
Sem hífen; e junto.
Autoajuda
Sem hífen; e junto.
Semiaberto
Sem hífen; e junto.
Semi- interno
Com hífen;
Anti-inflamatório
Com hífen;
Ante-higiênico
Com hífen;
Ante-horário
Com hífen;
Contra-almirante
Com hífen;
Não fumante
Sem hífen;
Quase delito
Sem hífen;
Socioeconômico
Sem hífen; sem acento agudo em socio; junto
Sociopolítico
Sem hífen; e sem acento agudo em socio; junto.
Faixa22 – Ortografia – parte3
Palavras parecidas na grafia, mas com acepções distintas.
CORRETO
EXEMPLOS/ DICAS
Vultoso: volumoso
Prêmio vultoso.
Vultuoso: ruborizado, vermelho
Bochechas vultuosas.
Incipiente: principiante, iniciante.
Desidratação incipiente.
Insipiente: ignorante.
Pessoa insipiente.
Eminente: nobre, elevado.
Professor eminente.
Iminente: prestes a acontecer.
Data iminente.
Seção: repartição.
Seção do tribunal.
Sessão: apresentação.
Sessão do júri.
Cessão: ato de ceder.
Cessão de direitos.
Discriminar: separar.
Discriminar os itens as pessoas.
Descriminar: descriminalizar.
Descriminar o aborto.
Retifica: concertar.
Vou retificar a data.
Ratificar: confirmar.
Ele ratificou a participação no evento.
Dispensa: desobrigação.
Dispensa do serviço militar.
Despensa: compartimento da casa.
A despensa está repleta.
Palavra de dupla prosódia, aceitas pelo vocabulário ortográfico da língua portuguesa em uma ou outra forma.
ESTA PALAVRA
OU ESTA
Protocolar
Protocolizar
Projétil
Projetil
Xérox
Xerox
Autópsia
Autopsia
Necrópsia
Necropsia
Veredicto
Veredito
Mussarela
Mozarela
Aterrissar
Pôr do sol
Pôr de sol
Enfarte
Enfarto
Duas importantes modificações do acordo ortográfico:
À toa e à toinha: passou a ser ao mesmo tempo, locução adverbial e locução adjetiva de dois gêneros e dois números. Ambas grafadas agora sem o hífen.
Dia a dia: passou a ser ao mesmo tempo, locução adverbial e locução adjetiva de dois gêneros e dois números. Agora grafada sem o hífen.