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Dnpm Diamante

Diamantes.

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MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA SECRETARIA DE GEOLOGIA, MINERAÇÃO E TRANSFORMAÇÃO MINERAL SISTEMA DE CERTIFICAÇÃO DO PROCESSO DE KIMBERLEY Diamantes Brutos Samir Nahass – SGM – MME Brasília, junho de 2006 DIAMANTE é a mais dura substância mineral natural conhecida. Pode ser usado em jóias e na indústria (abrasivo ou em brocas de sondas). Quando lapidado é a mais brilhante das pedras preciosas, devido ao seu alto grau de índice de refração e poder dispersivo. É uma forma cristalina e alotrópica de carbono puro. O quilate é uma unidade de massa usada no comércio de gemas desde a Antigüidade e o seu valor variava conforme a região. Em 1907 foi adotado o valor de 200 mg ou 0,2g para o quilate DIAMANTES FAMOSOS O Cullinan foi encontrado na África do Sul, em 1908 e em seu estado bruto, pesava 3.106ct. Possuía uma superfície plana, possivelmente uma face de clivagem, dando a idéia de ser um fragmento de pedra cujo complemento ainda hoje é avidamente procurado na região. O Cullinam, além de ter sido um dos maiores diamantes já encontrados, possuia, ainda, uma qualidade excepcional. O Cullinan I é o diamante com o maior corte do mundo. Grande Estrela da África tem 530,20 quilates. Encontra-se no Museu da "Torre de Londres", na Inglaterra, nas jóias da Coroa Britânica. O Cullinan II é chamado também de pequena estrela da África e está na cora imperial da Inglaterra. DIAMANTE BRUTO é a gema não lapidada. ƒ7102.10 – são os diamantes não industriais, classificados de acordo com o seu peso, corte, forma, transparência, cor e qualidade dos cristais. Usados como e em jóias. ƒ7102.21 – são diamantes que devido as suas características não são usados em joalherias. São os diamantes industriais. ƒ7102.31 – são diamantes não industriais que não têm uma forma definitiva, e que efetivamente deverão ser trabalhados. Diamante de MG (144,17 ct – US$ 4,2 milhões) Vendido para a Bélgica Diamante de MG (25,17 ct – US$ 2 milhões) 1 ct = 0,2 g = US$ 79,460.00 COMPARAÇÃO 1tonelada de ferro = US$36.33 1 grama OURO = US$ 19.00 TIPOS DE DEPÓSITOS DE DIAMANTES SECUNDÁRIO (Depósitos Aluvionares) Os diamantes, com outras susbstâncias, ascendem à superfície da terra, por intermédio de magmas vulcânicos formados à grandes profundidades e emanados por fendas ou fissuras chamadas diques. Ele é ejetado violentamente por um tubo. Esse tipo de rocha que forma o diamante é chamado de Kimberlito, em homenagem à cidade de Kimberley, na África do Sul, onde foi descoberta em 1870. PRIMÁRIO KIMBERLITO DA CIDADE DE MIRNY – SIBÉRIA Em atividade desde a década de 50 ƒ1,5 km de diâmetro ƒ540 m de profundidade O diamante foi a primeira pedra preciosa explorada comercialmente no Brasil. De 1725 a 1866 o nosso país foi o maior produtor mundial desta gema. Os diamantes eram extraídos dos arredores da cidade de Diamantina, situada às margens do Rio Jequitinhonha, mas é na região de Estrela do Norte, no extremo oeste de Minas, que têm sido encontradas os maiores exemplares. Os diamantes brasileiros mais famosos, são: ƒ Presidente Vargas, de 726 quilates; ƒ Darcy Vargas, de 460 quilates; e ƒ Presidente Dutra, de 42 quilates ÁREAS BRASILEIRAS DIAMANTÍFERAS Principais Áreas Ocorrências Áreas promissoras PAÍSES PRODUTORES DE DIAMANTES BRUTOS Fonte Primária Fonte Secundária Federaç Federação Russa Canadá Canadá China Índia Malá Malásia Brasil, Guiana, Venezuela Áreas promissoras África do Sul, Botsuana, Botsuana, Namí Namíbia, Angola, RDC, Rep. Rep. Congo, Rep. Rep. CentroCentroAfricana, Gana, Costa do Marfim, Libé Libéria, Serra Leoa, Guiné Guiné Austrá Austrália ƒ AUTORIDADE INTERNACIONAL DOS FUNDOS MARINHOS (ISBA – International Seabed Authority) CORDILHEIRA DO RIO GRANDE Até 2005, 1.863.000 km2 Áreas promissoras já haviam sido requeridos por outros países, os quais estão, também, envolvendo as suas forças armadas nessa atividade. Cada país só pode requerer 75.000 km2/área, à uma taxa de US$ 250.000, tendo um prazo de 15 anos + 5 anos para apresentar a pesquisa. Diamantes de Conflitos Diamantes brutos provenientes de regiões controladas por movimentos africanos associados ao fomento de conflitos armados, financiando atividades que buscam a derrubada de governos, tráfico ilícito e à proliferação de armamento. As quantias alcançadas no comércio ilegal de diamantes custearam a atuação de conflitos éticos ocorridos na África, notadamente em Serra Leoa, República Democrática do Congo e Angola, cujos diamantes foram denominados “blood diamonds”. A Global Witness mostrou o papel do diamante na manutenção de conflitos em Angola, quando as Nações Unidas estimou que somente a UNITA teria obtido US$ 3 bilhões, em 7 anos, graças ao comércio ilegal de diamantes brutos. O Sistema de Certificação do Processo Kimberley - Formalização da Iniciativa O governo Sul Africano iniciou o Processo Kimberley em maio de 2000, após identificar a necessidade de proteger o comércio legal de diamantes brutos. O Conselho Mundial de Diamantes (WDC) foi criado em setembro de 2000 para coordenar as iniciativas das empresas com relação a diamantes de conflitos. As Nações Unidas expressa apoio à certificação de diamantes na Assembléia Geral de 13/03/2002. Sistema de Certificação do Processo Kimberley (Objetivo) Interromper o fluxo de diamantes brutos, usados por rebeldes para financiar conflitos armados com o objetivo de subverter os governos legítimos, contribuindo assim significativamente para a paz e a segurança internacional. Proteger a indústria legal de diamantes, da qual muitos países são dependentes, para implementar o seu desenvolvimento econômico e social. Sistema de Certificação do Processo Kimberley Brasileiro (Objetivo) Assegurar o acesso legal da produção brasileira de diamantes brutos ao mercado internacional. Impedir a entrada, no território nacional, de diamantes brutos originários de países não participantes do Processo de Kimberley, bem como dos países participantes, mas que estejam desacompanhados do Certificado de Kimberley. Impedir a saída, do território nacional, de diamantes brutos produzidos no País desacompanhado do Certificado do Processo de Kimberley. Instrumento para impedir a mineração informal dos diamantes brutos. Circulo Virtuoso para Certificação de Diamante no Brasil ƒ Portaria Conjunta DNPM - SRF ƒ Instrução Normativa SECEX ƒPortaria DNPM ƒ EXPOSIÇÃO AÇÃO ƒ Lei DE MOTIVOS ƒASSINATURA MINISTROS ƒCAMEX ƒ PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA (Casa Civil - Congresso) ƒ Medida Provisória ENQUADRAMENTO INSTITUCIONAL MINISTÉRIOS ÓRGÃOS ATRIBUIÇÕES SGM • • Coordenação Geral Ponto Focal DNPM • • • Emissão e Controle de Certificados Dados Estatísticos Banco de Dados Estatísticos (MME) MDIC DECEX • Dados Estatísticos e Registros de Exportação MJ SAL PF • Combate ao Contrabando e ao Comércio Ilegal • Emissão de Certificados* Controle Alfandegário MF MRE SRF DACESS • • • • Facilitador Recepção e Distribuição de Documentos Intercâmbio entre as Embaixadas e Ministérios ENQUADRAMENTO JURÍDICO 9Lei Nr. 7.805, Art. 21 - de 18 de julho de 1989 A atividade ilegal de mineração, como aquelas que não têm a permissão do DNPM, é crime e o responsável tem que ser punido . 9Lei Nr. 9.605, Art. 55 - de 12 de fevereiro 1998 A pesquisa mineral e as atividades de mineração sem a permissão ambiental são crimes e os responsáveis têm que ser punidos. 9Lei Nr. 10.743 - de 9 de outubro de 2003 Implementa o SCPK para a exportação e importação de diamantes brutos e determina outras providências. Portaria Conjunta Nr. 397 – de 13 de outubro de 2003 (DNPM e SRF) Refere-se à emissão de certificados de origem de diamantes brutos, bem como solicitação de autorização para remessas exportadas e importadas. 9Portaria Nr. 398 – de 14 de outubro de 2003 (DNPM) Refere-se à solicitação de certificados de origem para exportar diamantes brutos e apresenta o respectivo formulário de solicitação. 9Portaria Nr. 209 – de 5 de agosto de 2003 (DNPM) 9Regula a anuência e emissão do Certificado do PK, pelo DNPM (Reduz prazos e define diamante bruto). Exportação, Importação e Produção Brasileira 2000/2005 Fonte: SECEX e DNPM. ANO 2000 2001 2002 2003 2004 2005 EXPORTAÇÃO (US$ 1,000.00) 8,030 9,077 28,772 23,420 21,810 18,874 IMPORTAÇÃO (US$ 1,000.00) 285 255 229 94 633 287 PRODUÇÃO (Quilate) 1.000.000 700.000 900.000 400.000 300.000 300.000 US$ 1.00 38.092.000 26.422.800 26.076.000 * A partir de 2003 os números são baseados na CPK EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS DE DIAMANTES BRUTOS (em valor) EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS DE DIAMANTES EM BRUTO (em volume) ANO 2003 2004 2005 QUILATE 244.925 243.298 278.863 PRINCIPAIS PRODUTORES (em milhões de quilates) - 2004 Produção brasileira 0,19% da produção mundial. Brasil ocupa o 12o lugar ƒ Fonte: SCPK PRINCIPAIS EXPORTADORES - 2004 PAÍS Fonte: SCPK VOLUME (quilates) VALOR US$ – (US$/ct) 1) C.E. 202,8 milhões 13,0 bilhões – (63,90) 2) ÍNDIA 35,9 milhões 464,6 milhões – (12,93) 3) ISRAEL 35,3 milhões 3,7 bilhões – (105,84) 4) RÚSSIA 33,1 milhões 1,3 bilhões – (39,97) 5) R.D.C. 30,2milhões 720,9 milhões – (23,90) 6) BOTSUANA 28,9 milhões 2,6 bilhões – (88,53) 7) E.A.U. 28,7 milhões 1,7 bilhões – (58,25) 8) Austrália 21,7 milhões 287,8 milhões – (13,24) 243,3 mil 21,8 milhões – (89,60) 475,6 milhões 31,5 bilhões – (66,13) 22) Brasil TOTAL MUNDIAL CERTIFICADOS DE KIMBERLEY EMITIDOS PELO BRASIL EM 2005 ƒ BÉLGICA 36 ƒ USA 24 ƒ UEA 08 ƒ ISRAEL 04 ƒ INGLATERRA 01 ƒ ALEMANHA 01 ƒ CANADÁ 01 ƒ TOTAL 75 Problemas da Produção Aluvionar de Diamante no Brasil ƒ INFORMALIDADE, não só na extração do diamante, como também de outros bens minerais aluvionares AÇÃO DO MME: ƒ Implantação do PROGRAMA NACIONAL DE FORMALIZAÇÃO DA PRODUÇÃO MINERAL. Diversas ações desenvolvidas em Mato Grosso, Rondônia e Minas Gerais em áreas produtoras de diamantes brutos. ƒ Projeto Diamante: Diagnóstico de Regiões Produtoras para a sua Formalização – Em execução pela CPRM – Serviço Geológico do Brasil e pelo DNPM. ƒ Acordos entre detentores de direitos minerários de áreas propícias à exploração de diamantes, cooperativas e garimpeiros (Juína e Coromandel). ƒ MINERAÇÃO EM TERRAS INDÍGENAS: Ante-projeto para regulamentar a atividade mineração nessas terras. PRINCIPAIS AÇÕES JÁ DESENVOLVIDAS PELO DNPM ƒ Cursos para identificação de diamantes ƒ Audiências Públicas em Juína, Coromandel, Belo Horizonte ƒ Seminários na Polícia Federal, em dezembro de 2004, Belo Horizonte ƒSeminário Internacional de Diamantes, em 2005, Diamantina ƒ Operação Rondônia – a diretoria de fiscalização e os distritos do DNPM participaram com 13 técnicos, entre geólogos e engenheiros de minas, tanto na parte de inteligência, como na operação de fiscalização, controle e policiamento, a partir de abril de 2004. ƒ Operação Roosevelt – criada para paralisar o garimpo na terra indígena Parque Aripuanã e apurar os fatos que lastimavelmente vitimaram inúmeros garimpeiros em abril de 2004. ƒOperação Juína – realizada em julho de 2004 ƒ Paralização de Garimpos – desde 2000, foram várias as operações de desintrusão e apreensão de equipamentos de lavra clandestina em algumas áreas de extração de diamante aluvionar. ALIANÇA ƒ Organismos de Financiamento Internacionais ƒ Ministérios ƒ Polícia Federal ƒ Governo Estadual GOVERNO ƒ Prefeituras ƒ Universidades - UNISOL SOCIEDADE CIVIL ƒ Comunidade Envolvida ƒSindicatos ƒCooperativas ƒONG’s SETOR PRIVADO ƒ Empresas de Minerações Envolvidas ƒ Seminário na Polícia Federal de Minas Gerasi – Belo Horizonte, em dezembro de 2004 ƒ Reuniões com lideranças indígenas e representantes de órgãos governamentais Reuniões com garimpeiros de Coromandel - MG Garimpo na T. I. Parque Aripuan㠃 Retirada e apreensão de equipamentos de áreas indígenas Fiscalização em áreas indígenas