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Direito Penal I

Direito Penal I

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Direito Penal – Alexandre Augusto Patara – 08/02/2010 Direito Penal - é o conjunto de normas, condensadas num único diploma legal, que visam tanto a definir os crimes, proibindo ou impondo condutas, sob a ameaça de sanção para os imputáveis e medida de segurança para os inimputáveis, como também a criar normas de aplicação geral, dirigidas não só aos tipos incriminadores nele previstos, como a toda legislação penal extravagante, desde que esta não disponha expressamente de modo contrário. Direito Penal Objetivo – é o conjunto de normas editadas pelo Estado, definindo crimes e contravenções, isto é, impondo ou proibindo determinadas condutas sob a ameaça de sanção ou medida de segurança, bem como todas as outras que cuidem de questões de natureza penal, estejam ou não codificadas. Direito Penal Subjetivo – é a possibilidade que tem o Estado de criar e fazer cumprir suas normas, executando as decisões condenatórias proferidas pelo Judiciário. É O PRÓPRIO JUS PUNIENDI. Mesmo nos crimes de ação penal privada, o Estado não transfere o seu ius puniendi ao particular. O que este detém são o jus persequendi ou o jus accusationis, ou seja, o direito de vir a juízo e pleitear a condenação de seu agressor, e não o direito de executar, por si só a sentença condenatória. O jus puniendi pode ser definido como direito que tem o Estado de aplicar a pena cominada no preceito secundário da norma penal incriminadora, contra quem praticou a ação ou omissão descrita no preceito primário, causando um dano ou lesão jurídica. POLITICA CRIMINAL - http://www.viajus.com.br/viajus.php?pagina=artigos&id=278 Escola Clássica 12-02-2010 Marques de Beccaria Qual seria o direito que os homens se reservam de trucidar seus semelhantes? Não é certamente o mesmo do qual resultam a soberania e as leis. Estas nada mais são do que a soma de porções mínimas da liberdade privada de cada um. Elas representam a vontade geral, que é o agregado das vontades particulares. Mas quem será o homem que queira deixar a outros o arbítrio de matá-lo? Como pode haver, no menor sacrifício da liberdade de cada, o do bem maior de todos que é a vida. Podemos perceber neste ponto o caráter abolicionista sobre a questão da pena de morte. As pessoas devem passar por um processo de julgamento claro e preciso, e a pena de morte é uma pena extremamente cruel onde a pena de morte talvez, não seja justo para a parte condenada. Muitas vezes temos condenados por publicação de livros, até mesmo Beccaria, não recebido muito bem na Itália, pregava-se em seu livro tudo que o vaticano exercia. Indagando a igreja sobre suas condenações injustas sem as devidas provas. Não é o espetáculo terrível, mas passageiro da morte de um celerado, e sim o longo e sofrido exemplo de um homem privado de liberdade e que convertido em besta de carga, recompensa com seu trabalho aquela sociedade que este ofendeu que constitui o freio mais forte contra os delitos. Beccaria defende que a pena perpetua é muito melhor que a pena privativa de liberdade, pois através da pena perpetua o condenado poderá compensar a sociedade através de seu esforço. Este seria um caráter humanista, colocando a vida da pessoa em primeiro lugar. Beccaria entendia que a pena de morte, sendo ela extremamente eficaz, o condenado seria de melhor uso para a sociedade, trabalhando em favor da mesma. A pena perpétua, neste caso, era a maneira mais eficaz para que o condenado pagasse sua divida com a sociedade. No entanto, caso o réu, mesmo preso, possa influir na subversão no Estado, deve se aplica a sanção máxima para este. O crime de lesa-majestade foi definido dentro das Ordenações Filipinas e abrangia variadas situações. Os condenados eram punidos com execução pública por meio de tortura, seus bens se tornariam propriedade da Coroa e sua família condenada a infâmia. Do texto original das Ordenações Filipinas: "Lesa-majestade quer dizer traição cometida contra a pessoa do Rei, ou seu Real Estado, que he tão grave e abominável crime, e que os antigos Sabedores tanto estranharão, que o comparávão á lepra; porque assi como esta enfermidade enche todo o corpo, sem nunca mais se poder curar, e empece ainda aos descendentes de quem a tem, e aos que com elle conversão, polo que he apartado da communicação da gente: assi o erro da traição condena o que a commette, e empece e infama os que de sua linha descendem, posto que não tenham culpa". Enquanto não estabelecermos uma noção completa sobre a guerra, e principalmente sobre guerra civil, guerra nacional, e guerra contra partisans. http://pt.wikipedia.org/wiki/Pena_de_morte A escola positiva indica que o Direito Penal é um produto social, uma obra humana. Uma responsabilidade social derivada do DETERMINISMO da vida em sociedade. O Delito é um fenômeno social da qual inclui fatores individuais, físicos e sociais. A pena é o meio de defesa social com função preventiva. O método aplicado é a investigação indutiva ou experimental. Os objetos de estudo do Direito Penal da escola positiva são o crime, o delinqüente, a pena e o processo. Dentro da escola positiva, existem três nomes que classificam o Direito Penal. - Cesare Lombroso (o Homem Deliquente) - http://pt.wikipedia.org/wiki/Cesare_Lombroso - Enrico Ferri – Sociologia Criminal, 1892 - http://pt.wikipedia.org/wiki/Enrico_Ferri - Rafael Garófalo – Criminologia, 1885 – Anexado Enrico Ferri, atuando no Estudo da Criminologia defendia o livre arbítrio como a responsabilidade social, também defendia a teoria dos Substitutos Penais e classificava, portanto, os delinqüentes da seguinte forma: Natos, Loucos, Ocasionais, Habituais, e Passionais. Rafael Garofalo – É com Garofalo que se opera a sistematização jurídica da escola positiva, estabelecendo portanto a periculosidade com base na responsabilidade. O mesmo, também analisa a prevenção especial como fim da pena estabelecendo a noção de delito de caráter preventivo e a definação do que vem a ser delito natural com a violação dos sentimentos altruísticos fundamentais de proibidade na medida média que se encontram na humanidade civilizada, por meio de ações nocivas a coletividade. AULA 22/02/2010 A diferença entre a escola clássica e a escola positiva do Direito Penal, vem a ser o fato de a primeira preocupar-se em excesso com o homem abstrato, sujeito de Direitos, elaborando suas idéias ou método dedutivo do Jus naturalismo, enquanto na escola positiva houve uma hipertrofia naturalista, ou seja, preocupavam-se demais com as leis da física regem o Universo, em detrimento da espiritualidade da pessoa humana. Escola Técnica Jurídica - Baseia-se na hipertrofia dogmática. Isto é não ampliavam os seus horizontes e não havia um grande conteúdo dogmático para isto. Desta forma, o Direito Penal, deve estudar o criminoso como espírito e matéria, como pessoa humana, em face dos princípios éticos aos quais está sujeito e das regras jurídicas que imperam na vida social, e também as leis do mundo natural que lhe afeta a parte contingente e material. Temos um movimento que se origina e que vem perdurando até hoje que se chama Nova Defesa Social, onde se iniciou após a Segunda-Guerra Mundial, onde teve o principal nome. Marc Ancel, seus pensamentos contribuíram para a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, em 1789. Também se pregava o respeito da dignidade da pessoa humana. Onde há também uma principio da liberdade, onde decorre a Declaração Universal dos Direito Humanos em 1948. Manuais de Direito Penal Guilherme de Souza Nuti Cesar Roberto Bittencourt Mirabete Um dos principiais destaques é a Abolição da Pena Capital, onde afetam especialmente três países da Europa, a França, a Itália, e a Alemanha. A Declaração dos Direito Humanos, é facultativa, porém aqueles que não a seguem, serão penalizados internacionalmente, sendo isolados por aqueles que assim o fazem. Nesta nova teoria, afasta-se o positivismo, e volta a afirmar o livre arbítrio, onde mostram que o crime é uma expressão de uma personalidade única, impossíveis várias interpretações. Foi através da nova defesa social que a prisão é considerada um mal, mas um mal necessário. Porém, abolindo a pena de morte. Ainda defende que os crimes de bagatela não devem ser levados em consideração, mas devem ser descriminalizados, para haver um afastamento do excessivo carcerário. Oswaldo Duek Marques - Ler TEORIA DA PREVENÇÃO GERAL POSITIVA Nasceu depois dos estudos de Marc Ancel, reafirma que a pena não serve para intimidar os criminosos, mas apenas para reafirmar a consciência social da norma através da demonstração da sua vigência por meio da aplicação da Sanção Penal. Esta teoria foi divida em duas logo após a Segunda-Guerra mundial. TEORIA FUNDAMENTADORA (Defensor desta corrente Gunther Jacobs) Fundamenta a intervenção Penal, ou seja, a pena não tem o caráter de reparar o dano causado pelo criminoso, sobretudo porque muitas infrações completam-se antes que se produza um dano externo. Os delitos ocorrem quando se dá uma contradição entre a conduta e a norma prevista abstratamente, sem a necessidade de produzir-se dano externo. Desta forma, a pena tem somente o poder de mostrar o agente com seu comportamento, não se organizou não se comportou corretamente mantendo- se integro baseado nas normas de conduta, sendo assim apenado, tem como função EDUCATIVA. TEORIA LIMITADORA (Principal Defensor desta teoria é Klauss Roxin) Objetiva limitar a intervenção estatal por parte do Estado, em consideração aos Direitos Individuais, sem afastar os efeitos já referidos pela prevenção fundamentadora. Deve haver um Direito Penal Mínimo. (Uma mínima intervenção do Estado na criação de crimes, e uma maior conciliação através tribunais especiais). O Nosso Código Penal na Teoria Limitador Pensamento de Klauss: O Ponto de partida para a medida da pena é a culpabilidade do transgressor, a pena deverá almejar fins socialmente construtivos, com a utilização de medidas que proporcione o desenvolvimento da personalidade do indivíduo. Procurar info Klaus Roxin – Somente podem ser punidos os crimes contra os bens jurídicos, aos quais ela feriu, se essa punição for necessária para uma vida balanceada da sociedade. Exemplo: A diminuição de crimes dentro do código, ou a tutela do Direito Civil dos crimes em sua área. Furto-Famélico – Furto para matar a fome. Crime abaixo um salário mínimo é considerado CRIMES DE BAGATELA - Se para a pessoa, o bem que foi furtado, tem um forte apelo emocional, neste momento averigua-se a Sanção Civil. Princípio da Legalidade – Ninguém é obrigado a fazer ou deixar fazer senão em virtude de lei. Exemplo- Criar uma lei que o Celular seria banido das salas de aula, e seria crime em usá-los. Função da Ação Penal – Jesus Maria Silva Sanchez – (Silva Sanchez) – Silva Sanchez entende que deverá haver uma conciliação entre os princípios preventivos da pena, e os princípios garantidos por exemplo: Principio da Proporcionalidade, Humanidade e Ressocialização. Para Silva Sanchez quer uma definição menos graduo-a para o delito, segue então, a doutrina do Direito Mínimo. Santiago Mir Puig – A proporcionalidade deve ser medida segundo a necessidade de proteger e defender os bens jurídicos fundamentais, nos limites da culpabilidade, em obediência aos princípios da legalidade, humanidade e ressocialização em um Estado de Direito. A socialização do autor configura-se imprescindível, pois a intervenção Jurídica Penal será necessária para proteger os bens jurídicos descritos na Constituição Federal, sendo assim, a socialização do autor é necessário. Art. 59 CP Capítulo III Da Aplicação da Pena - Fixação da pena Art. 59. O juiz, atendendo à culpabilidade, aos antecedentes, à conduta social, à personalidade do agente, aos motivos, às circunstâncias e conseqüências do crime, bem como ao comportamento da vítima, estabelecerá, conforme seja necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime: I – as penas aplicáveis dentre as cominadas; II – a quantidade de pena aplicável, dentro dos limites previstos; III – o regime inicial de cumprimento da pena privativa de liberdade; IV – a substituição da pena privativa da liberdade aplicada, por outra espécie de pena, se cabível. Ler Princípio da Dignidade da Pessoa Humana. Art. 5º CF. -Dois Tipos de Direito Constitucionais Explícitos O Princípio da Reserva Legal (Principio da Legalidade). Ao Estado no exercício e no poder função de suas atividades reservou-se exclusivamente o Direito de legislar em matéria Penal, Art. 22, Inciso I da CF. - Assim não se admite a punição, a penalização de qualquer cidadão por fato não configurador de TIPO PENAL. Há necessidade de existir uma lei penal incriminadora. Significados do Princípio da Legalidade: Reserva Legal: A única fonte produtora de Direito Penal é a União Irretroatividade da Lei Penal: Elaboração da Lei para vigência no presente e refletida para o futuro. Observação: Exceção: A lei poderá retroagir em benefício do acusado. Anterioridade da Lei Penal: Para o exercício a ação ou omissão deve estar tipificada como crime anteriormente ao fato Concretizado: Nulla Poena Sine Lege (Não há pena sem lei) Nulla Poena Sine Crimine (Não há pena sem um crime) Nulla Crimen Sine Poena Legal, (Não há crime sem uma pena legal) Princípio da Anterioridade. – Nullun crimen Nula Poena Sine Previa Lege (Não há crime, não há pena, sem definação anterior) - Art. 1-Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal. Princípio da Retroatividade da Lei Penal Benéfica ou Irretroatividade da Lei Penal. Art. 5. XL – a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu; Principio da Personalidade ou da Responsabilidade Pessoal. Significa que a punição penal não poderá ultrapassar a pessoa do condenado, isto é, somente aquele que infringir a lei deverá responder legalmente por tal fato, e não inocentes ou terceiros que não possuem ligação com o ato criminal. Art. 5º Inciso XLV da CF/88. Princípio da Individualização da Pena. A pena não deverá ser padronizada, cabendo a cada infrator a medida exata de punição para a conduta praticada. Art. 5º Inciso XLVI da CF/88. Principio da Humanidade Significa que o Direito Penal deverá se pautar pela benevolência, garantindo o bem estar da coletividade, incluindo-se os dos condenados. Estes não devem ser excluídos da sociedade, somente porque infringiram a norma penal. Devem ser sim, tratados como seres humanos e não como animais ou coisas. Não há penas de banimento, não há penas cruéis conforme o Art. 5º XLVII, assim como deverá ser assegurado a integridade física e moral do preso. Art. 5º XLIX. - Implícitos - Principio da Culpabilidade – Art. 18 CP - O principio da Culpabilidade serve para conferir a necessária proteção do indivíduo em face de eventual excesso repressivo do Estado, fazendo com que a pena por outro, circunscreva-se às condutas merecedoras de um juízo de desvalor ético-social. Casos Excepcionais Principio da Culpabilidade - Art. 28.CP Imperícia, Imprudência e a Negligência Principio da Taxatividade - Art. 121, Art. 155 do CP O principio significa que condutas típicas, merecedoras de punição deverão ser suficientemente claras, e bem elaboradas de modo a não deixar dúvidas por parte do destinatário da norma. Principio da Proporcionalidade – Art. 5º da CF §§ XLVI As penas deverão ser harmônicas com os fatos registrados proporcional ao delito cometido. Principio da Intervenção mínima – O Direito Penal não poderá ser usado como método único, mas sim, em última instância. Principio da Fragmentabilidade - Fontes de Direito Penal e Interpretação das Leis Fontes Materiais A fonte material é a via hábil à produção do Direito criando normas que neste caso a responsável por isso é a União. Art. 22, §§ I e Súmula 722 do STF (http://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/listarJurisprudencia.asp?s1=722 .NUME.%20NAO%20S.FLSV.&base=baseSumulas ) Fontes Formais São aquelas que permitem o conhecimento do Direito proporcionando a exteriorização das normas penais. Tais fontes são subdivididas de duas formas: Fontes Formais Imediatadas: São as leis que em sentido estrito criadoras e revogadoras de normas penais. Ex: Código Penal, Lei 12015 Fontes Formais Mediatas: As fontes formais mediatas, são os costumes e os princípios gerais de direito auxiliadoras do processo de interpretação e aplicação da lei penal. Somente a lei em sentido estrito poderá tipificar o crime. EXEGÊSE Definição de Lei – Lei, como a manifestação da vontade coletiva expressada através dos princípios Constitucionais, assim em regra, somente o poder legislativo federal poderá fazer nascer uma lei penal. Exceção: Emendas à Constituição, Art. 60 § 4º §§ IV Leis Complementares, - Podem legislar em matéria penal pois tem o processo legislativo mais complexo do que a lei ordinária. Ex: Lei 105 de 10 de Janeiro de 2001 Art. 10 Leis Delegadas – São normas elaboradas pelo Presidente da República por delegação do Congresso Nacional, portanto não podem utilizadas para criar Leis Penais. - Art. 68 da CF Art. 68. As leis delegadas serão elaboradas pelo Presidente da República, que deverá solicitar a delegação ao Congresso Nacional. § 1º Não serão objeto de delegação os atos de competência exclusiva do Congresso Nacional, os de competência privativa da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal, a matéria reservada à lei complementar, nem a legislação sobre: I – organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e a garantia de seus membros; II – nacionalidade, cidadania, direitos individuais, políticos e eleitorais; III – planos plurianuais, diretrizes orçamentárias e orçamentos. § 2º A delegação ao Presidente da República terá a forma de resolução do Congresso Nacional, que especificará seu conteúdo e os termos de seu exercício. § 3º Se a resolução determinar a apreciação do projeto pelo Congresso Nacional, este a fará em votação única, vedada qualquer emenda. Consta a vedação por matéria de Direitos Penal as leis delegadas– Cláusulas Pétreas – Art. 5º da Constituição Federal. O processo legislativo, no qual deverá haver intenso debate sobre as proposta de alteração da legislação penal praticamente enfraquecendo este procedimento não sendo, portanto, permitido o trâmite pelas duas casas do Congresso Nacional. Medidas Provisórias – É a norma jurídica, ou seja, Lei em sentido amplo, mas não em sentido estrito, de modo que, não poderá criar uma Lei Penal. Iniciativa de Leis Em Matéria Penal – CN – Presidente da República – Iniciativa Popular (Art. 65 §2º da CF) Quem não tem a iniciativa de Apresentação de Matéria Penal – Art. 96, §§II – STF – TS – Procurador Geral da República Costumes e as Fontes de Direito Penal Art. 5º XLVI Costumes: Os costumes não servem para criar ou revogar as Leis Penais. Plebiscito ou Referendo: Não se pode criar uma lei penal através de tais atos. Ex: 10826/03 Referendo – Serve para Consolidar Plebiscito – Para opinar Interpretação e integração do Direito Penal. Interpretação: É um processo de descoberta do conteúdo da Lei e não de criação de nomes, venha a ser, por este motivo, que é admitida esta forma em Direito Penal. – Extensiva: É o processo de extração do autêntico significado da norma, ampliando-se o alcance das palavras legais, afim de se atender à real finalidade do texto. Art. 172 CP – Analógica: Mario Sérgio – 22 de Abril de 2010 PRECEITO PRIMÁRIO – Norma Penal Incriminadora O Tipo Penal estará dividido em PRECEITO PRIMARIO, que seria conduta definida como crime. E PRECEITO SECUNDÁRIO, que seria a pena por tal conduta definida como crime. Crime: Uma ação ou omissão criminosa praticada pela pessoa. O que é uma norma penal em Branco? Tem alguns tipos penais que estão previstos na parte especial que está indefinido quem será punido Anterioridade da lei Art. 1º - Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal. Princípio da Legalidade O Principio da Legalidade também é conhecido doutrinariamente como princípio da Reserva Legal, ou da Anterioridade da Lei Penal, é a base da viga mestre que sustenta toda a origem e ordem jurídica penal. Seu significado é claro e límpido, só pode alguém receber uma resposta Penal, uma pena, se o fato que praticou estiver anteriormente definido no Código Penal como fato TÍPICO. O Princípio da Legalidade é também conhecido (Nulla Poena Sine Lege (Não há pena sem lei) Nulla Poena Sine Crimine (Não há pena sem um crime) Nulla Crimen Sine Poena Legal, (Não há crime sem uma pena legal). Obs.: Não será permitido a ANALOGIA para incriminar comportamentos ou cominar pena. Em resumo o Principio da Legalidade quer dizer que o legislador não pode definir como crime os simples pensar do homem tao pouco exclusivamente relacionado a valores morais. Vigência da Lei Penal do Tempo - Lei penal no tempo Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória. Parágrafo único - A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitada em julgado. Como qualquer lei, a lei penal tem o seu momento de criação, vigência e revogação. Regra Geral – Princípio Tempus Regit Actum – a lei penal somente retroagirá em benefício do Réu, sendo mais severa não retroagirá nunca. Conjur.com.br O artigo primeiro do código penal também estabelece a regra da irretroatividade da lei penal, em relação a lei anterior de forma mais benigna que a posterior ao acusado àquela terá eficácia mesmo depois de cessada a sua vigência. Quatro hipóteses para solucionar os conflitos de leis penais no tempo. 1º – Novatio Legis (Incriminadora): ocorre quando o texto da nova lei torna típico um fato que não era incriminada. Essa lei somente será aplicada aos fatos praticados depois de sua vigência. 2º - A lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu, ainda que contra ele venha sido proferida sentença condenatória transitada em julgada. A lei penal mais benéfica retroage para favorecer o agente. Abolitio Crimines Cuida da supressão da figura criminosa, o legislador considera que a ação antes prevista como delituosa, não é mais capaz de ferir o bem jurídico tutelado. ultratividade da lei Penal Se o agente pratica um fato criminoso na vigência de uma determinada lei mais benigna e no curso da ação surgir uma lei mais severa, o crime deverá ser apreciado sob a eficácia da lei antiga. Lei excepcional ou temporária Art. 3º - A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração ou cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua vigência. - É a lei que tem em seu próprio texto expressa determinação de seu tempo de vigência, vigorando apenas para atender situações transitórias. A lei temporária tem prazo para início e término, a lei excepcional, por tratar de situações anormais, como as calamidades públicas, epidemias, guerra, terremoto e etc, têm a sua duração enquanto perdurar essa situação. Elas são aplicadas, aos fatos praticados durante a sua vigência mesmo depois de sua auto-revogação. Tempo do crime Art. 4º - Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado. Princípio da Atividade – o código penal considera como crime praticado no momento da ação ou omissão. Assim os atos preparatórios não poderão ser punidos. É o momento em que o código penal considera como praticado o ato delituoso. Para a doutrina três teorias são estudadas: - Teoria da Atividade – o crime é cometido no momento da ação e omissão quando se aplicará a lei vigente ao tempo do crime. - Teoria do Resultado – O crime é considerado cometido no momento do seu resultado - Teoria Mista / Ubiqüidade – É considerado o momento do Crime tanto o da AÇÃO quanto do RESULTADO. O Código Penal Brasileiro adotou a TEORIA DA ATIVIDADE, Art. 4º do CP. Lugar do crime Art. 6º - Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado. O artigo 6º usa a Teoria da Ubiqüidade para julgar o LUGAR do crime, pois se considera o local da ação ou omissão ou o momento do Resultado para considerar praticado o crime. Verifica-se pelo arquivo sexto do código penal a adoção da Teoria da Ubiguidade, poderá ser tido como local do crime tanto o da ação ou omissão (conduta), quanto do resultado. Territorialidade Art. 5º - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito internacional, ao crime cometido no território nacional. § 1º - Para os efeitos penais, consideram-se como extensão do território nacional as embarcações e aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a serviço do governo brasileiro onde quer que se encontrem, bem como as aeronaves e as embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, que se achem, respectivamente, no espaço aéreo correspondente ou em alto-mar. § 2º - É também aplicável a lei brasileira aos crimes praticados a bordo de aeronaves ou embarcações estrangeiras de propriedade privada, achando-se aquelas em pouso no território nacional ou em vôo no espaço aéreo correspondente, e estas em porto ou mar territorial do Brasil. Independente da nacionalidade do agente será aplicada a lei penal brasileira quando o crime for cometido no território nacional. Observação: Exceção aos casos em que permite a lei estrangeira em razão de acordo praticado em algum tratado ou convenção internacional. O Artigo 5º do código penal adotou o princípio da territorialidade como regra. Extensão do Território Nacional – São consideradas extensões do território nacional as embarcações e aeronaves brasileiras públicas ou a serviço do governo, onde quer que se encontrem, também são consideradas extensão no território nacional as aeronaves e embarcações brasileiras mercantes privadas quando se encontrarem no espaço aéreo correspondente ao alto mar local onde nenhuma nação exerce a sua soberania. ----- Extraterritorialidade – poderá ser aplicada a lei penal brasileira em crimes ocorrido no exterior se o agente for brasileiro observado os princípios contidos no Art. 7º do CP. Extraterritorialidade Incondicionada – O Art. 7º Inciso I prevê a hipótese de ocorrência dos crimes previstos no artigo citado, a lei brasileira será aplicada independentemente de qualquer condição. Observação: A Lei Brasileira será aplicada até mesmo se o infrator da norma tiver sido absolvido no estrangeiro. Extraterritorialidade Condicionada – O Art. 7º Inciso II do código penal dispõe que para aplicação da lei brasileira a crimes ocorridos no estrangeiro, dependerá do preenchimento de alguns requisitos. Crime Cometido por brasileiro em outro país, caso ele consiga retornar ao Brasil não poderá ser extraditado, responderá apenas pelas leis brasileiras. Para a lei brasileira ser aplicada, se faz necessário o concurso das seguintes condições: a) Entrar o agente no território nacional. Seja espontaneamente ou por extradição. b) Ser o fato punível no país onde for praticado c) Estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a extradição. d) Não ter sido o agente absolvido no exterior ou não ter cumprido pena. e) Não ter o agente sido perdoado no estrangeiro ou não estar extinta a punibilidade. A lei penal brasileira ainda poderá ser aplicada ao crime praticado fora do território nacional por estrangeiro contra brasileiro, se além das condições previstas no Art. 7º do CP, não tiver sido pedida ou negada sua extradição e existir requisição do ministro da justiça. Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro: I - os crimes: a) contra a vida ou a liberdade do Presidente da República; b) contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Estado, de Território, de Município, de empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia ou fundação instituída pelo Poder Público; c) contra a administração pública, por quem está a seu serviço; d) de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil; II - os crimes: a) que, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a reprimir; b) praticados por brasileiro; c) praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, quando em território estrangeiro e aí não sejam julgados. § 1º - Nos casos do inciso I, o agente é punido segundo a lei brasileira, ainda que absolvido ou condenado no estrangeiro. § 2º - Nos casos do inciso II, a aplicação da lei brasileira depende do concurso das seguintes condições: a) entrar o agente no território nacional; b) ser o fato punível também no país em que foi praticado; c) estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a extradição; d) não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não ter aí cumprido a pena; e) não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por outro motivo, não estar extinta a punibilidade, segundo a lei mais favorável. § 3º - A lei brasileira aplica-se também ao crime cometido por estrangeiro contra brasileiro fora do Brasil, se, reunidas as condições previstas no parágrafo anterior: a) não foi pedida ou foi negada a extradição; b) houve requisição do Ministro da Justiça. Pena cumprida no estrangeiro Art. 8º - A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil pelo mesmo crime, quando diversas, ou nela é computada, quando idênticas. Eficácia de sentença estrangeira Art. 9º - A sentença estrangeira, quando a aplicação da lei brasileira produz na espécie as mesmas conseqüências, pode ser homologada no Brasil para: I - obrigar o condenado à reparação do dano, a restituições e a outros efeitos civis; II - sujeitá-lo a medida de segurança. Parágrafo único - A homologação depende: a) para os efeitos previstos no inciso I, de pedido da parte interessada; b) para os outros efeitos, da existência de tratado de extradição com o país de cuja autoridade judiciária emanou a sentença, ou, na falta de tratado, de requisição do Ministro da Justiça. Contagem de prazo Art. 10 - O dia do começo inclui-se no cômputo do prazo. Contam-se os dias, os meses e os anos pelo calendário comum. PROVA DIA 28/05 Frações não computáveis da pena Art. 11 - Desprezam-se, nas penas privativas de liberdade e nas restritivas de direitos, as frações de dia, e, na pena de multa, as frações de cruzeiro. Legislação especial Art. 12 - As regras gerais deste Código, aplicam-se aos fatos incriminados por lei especial, se esta não dispuser de modo diverso. TÍTULO II DO CRIME Relação de causalidade Art. 13 - O resultado, de que depende a existência do crime, somente é imputável a quem lhe deu causa. Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido. Objetividade Jurídica Tutelada – O que o legislador queria proteger Sujeito Ativo – A pessoa que causou o crime Sujeito Passivo – A pessoa que sofreu o crime Elemento Objetivo ou Tipo Objetivo - Elemento Subjetivo – A Vontade do Agente que terá DOLO ou CULPA CRIME = Fato Típico e Antijurídico Do Crime O código penal adotou a teoria finalista definindo como crime todo o fato típico e antijurídico. Típico – é o comportamento humano positivo ou negativo que provoca o resultado e é previsto como infração penal. Ex: No homicídio, o comportamento voluntário do agente que pratica o fato típico é matar e está descrito no Art. 121 do Código Penal. Antijurídico – é aquele que contraria o ordenamento jurídico. A antijuridicidade é a relação de contrariedade entre o fato típico praticado e ordenamento jurídico. TÍTULO II DO CRIME Elementos do Fato Típico. Conduta do Fato Típico – É a ação ou omissão que ocasiona um fato jurídico contra outra pessoa ou coisa. a) Conduta AÇÃO E OMISSÃO; b) Resultado; c) Relação de Causalidade ou nexo causal; d) Tipicidade; CONDUTA Ação e Omissão Conduta somente poderá partir de uma pessoa racional, que possui consciência do ato praticado. É exteriorização da vontade humana. Ato é a forma pela qual a vontade é exteriorizada, ou seja, a AÇÃO. Conforme o numero de atos a conduta poderá ser: Plurisubsistente ou Unisubsistente. a) Ação é um comportamento positivo, uma movimentação corpórea; b) Omissão é uma abstenção. RESULTADO Modificação no mundo exterior provocada pela conduta. NEXO CAUSAL É a ligação entre a conduta e o resultado, é a teoria da equivalência dos antecedentes, CAUSA é tudo que concorre para a produção do Resultado, ação ou omissão. Não existe diferença entre causa e condição, ou causa e concausa. Tudo que for retirado da cadeia de causa e efeito e provocar a exclusão do resultado consideram-se causa. A- Tomar Café – Não é Causa B- Tenis – Não é Causa C- Calça – Não é Causa D- Revolver – É NEXO CAUSAL E- Balas – É NEXO CAUSAL F- Esconder atrás da Árvore – Não é Causa R: MATAR A este sistema se dá o nome de Sistema Hipotético de Eliminação. TIPICIDADE – ESTÁ CONTIDA NA LEI A cogitação e os atos preparatórios não são punidos, só o PENSAR e o QUERER sem dar início a execução dessa vontade não é crime. DIVISÃO DOS CRIMES Os crimes quanto aos tipos penais poderão ser: Crime Simples – Somente haverá uma conduta criminosa e há um TIPO PENAL específico a ele. É aquele que contem uma única norma de proibição, exemplo: Art. 121 CP. Crime Complexo – Haverá duas ou mais condutas para caracterizar o crime. Ex. Art. 157 CP. É aquele composto por duas ou mais normas de proibição. Crimes Qualificados – Quando o réu comete um crime que sua intenção de fazer a vítima sofrer foi maior do que a desejada. O Legislador acrescentou algumas circunstâncias consideradas como agravante do crime ao típico básico. Crime Privilegiado – Quando o crime foi cometido em uma situação de grande emoção, haverá um atenuante da pena especificada. São as circunstâncias favoráveis ao agente do crime. Crime de Dano – Quando está obvio o prejuízo causado pelo crime. Só se consumam com a efetiva lesão ao bem jurídico tutelado. Ex: Homicídio (Art. 121) Crime de Perigo – Não é necessário causar dano a ninguém. Quando a Ação ou Omissão representa uma mera probabilidade de dano. EXEMPLOS: Homicídio simples Art. 121 - Matar alguém: Pena - reclusão, de 6 (seis) a 20 (vinte) anos. Caso de diminuição de pena § 1º - Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral, ou sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, o juiz pode reduzir a pena de um sexto a um terço. Homicídio qualificado § 2º - Se o homicídio é cometido: I - mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe; II - por motivo fútil; III - com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum; IV - à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido; V - para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime: Pena - reclusão, de 12 (doze) a 30 (trinta) anos. Homicídio culposo § 3º - Se o homicídio é culposo: Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos. Aumento de pena § 4º No homicídio culposo, a pena é aumentada de 1/3 (um terço), se o crime resulta de inobservância de regra técnica de profissão, arte ou ofício, ou se o agente deixa de prestar imediato socorro à vítima, não procura diminuir as conseqüências do seu ato, ou foge para evitar prisão em flagrante. Sendo doloso o homicídio, a pena é aumentada de 1/3 (um terço) se o crime é praticado contra pessoa menor de 14 (quatorze) ou maior de 60 (sessenta) anos.28 § 5º - Na hipótese de homicídio culposo, o juiz poderá deixar de aplicar a pena, se as conseqüências da infração atingirem o próprio agente de forma tão grave que a sanção penal se torne desnecessária. A DIVISÃO QUANTO AS PESSOAS QUE PODEM PRATICAR O CRIME (SUJEITO ATIVO) O crime poderá ser comum – Quando o tipo penal poderá ser exercido por qualquer pessoa. Podem ser praticados por qualquer pessoa; Crimes Próprios ou Especiais – Quando o código penal exige uma situação que apenas um tipo de pessoa poderá praticar este crime criando uma situação para o sujeito ativo. São aqueles que o tipo penal exige ser o agente portador de uma capacidade especial. Ex: Art. 123 (Infanticídio) Crimes de Mão Própria ou Atuação Pessoal – Quando somente a pessoa poderá praticar o crime, pois é a única que tem a capacidade de fazer Ninguém o pratica por intermédio de outrem, embora passíveis de serem praticados por qualquer pessoa. Exemplo: Falso Testemunho. QUANTO AO NÚMERO DE AGENTES Unisubjetivo – quando praticado por somente uma pessoa. Plurisubjetivos – quando praticado por diversas pessoas. Ex: Art. 288 CP - Quadrilha ou bando – Sempre que lei determinar mais de uma pessoa para configuração do TIPO PENAL. QUANTO AO MOMENTO CONSUMATIVO DO CRIME Instantâneo – Que se exaure no momento da ação ou omissão, ele se esgota ao se obter o resultado. EX: Homicídio, Roubo, Furto. – O homicídio é um crime instantâneo de efeito permanente, quando a pessoa está morta, não há como ressucitá-lo. Crimes Habituais – O tipo Penal exige a reinteração de atos, um delito apenas, embora um ato, não constitui crime, é necessário o conjunto de vários atos praticados com habitualidade. Ex: Casa de Prostituição. Crimes Permanentes – É aquele que o resultado de uma única ação ou omissão se prolonga no tempo. Ex: Sequestro. Crimes Continuado – ou Continuidade Delitiva – o crime será CONTINUADO quando o agente cometer dois ou mais crimes da mesma espécie mediante mais de uma conduta unidos pelas mesmas circunstâncias de tempo, lugar, e maneira de execução. O caput do Art. 71 do CP, trata do crime continuado comum, e o seu parágrafo único, cuida do específico. Art. 71 - Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes da mesma espécie e, pelas condições de tempo, lugar, maneira de execução e outras semelhantes, devem os subseqüentes ser havidos como continuação do primeiro, aplica-se-lhe a pena de um só dos crimes, se idênticas, ou a mais grave, se diversas, aumentada, em qualquer caso, de um sexto a dois terços. Parágrafo único - Nos crimes dolosos, contra vítimas diferentes, cometidos com violência ou grave ameaça à pessoa, poderá o juiz, considerando a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do agente, bem como os motivos e as circunstâncias, aumentar a pena de um só dos crimes, se idênticas, ou a mais grave, se diversas, até o triplo, observadas as regras do parágrafo único do art. 70 e do art. 75 deste Código.