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Diabetes E Exercício

O que é o diabetes, quais as suas restrições durante a realização de atividades físicas...

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Diabetes e Exercício O Diabetes Mellitus ou simplesmente Diabetes, é uma doença provocada pela falta de insulina (hormônio secretado pelas células-beta do pâncreas), ou pela resistência a ela, com conseqüente aumento dos níveis de glicose (açúcar) no sangue e urina. Ele surge devido a alterações na produção de insulina pelo pâncreas ou pela utilização incorreta de insulina pelas células. O diabetes é assim dividido: a) Tipo 1 ou insulino-dependente: afeta pessoas jovens (durante a infância ou no início da vida adulta), levando a dependência de injeções diárias de insulina pela deficiência da sua produção no organismo, conseqüência da destruição parcial das células-beta do pâncreas. A destruição dessas células geralmente está relacionada com alterações do sistema imune pelo contato com microorganismos como os vírus ou, pela sua degeneração. Os insulinos-dependentes podem melhorar o controle da glicemia com atividade física, porém, para àqueles que tendem a apresentar quadros de hipoglicemia*, os exercícios podem levar a concentrações excessivas de glicose no plasma, inaceitáveis para o controle da doença. É recomendado a esses pacientes que antes da realização de exercícios e treinamento físico os níveis de glicose estejam devidamente controlados e que sejam realizados sempre na presença de alguém, caso aja complicações imediatamente após o exercício. A utilização de insulina, juntamente com a dieta para controle da glicemia, e exercício físico como complemento é a chave para tratamento desse tipo de diabetes. O diabetes tipo 1 diz respeito a 10% da população diabética. Tabela 1 Orientações Para Evitar a Hipoglicemia Durante e Após o Exercício em Pessoas Com Diabetes Tipo I Consumir carboidratos (15-30 g) a cada 30 minutos de exercício de intensidade moderada. Consumir um lanche de carboidratos lentamente absorvidos após sessões de exercícios prolongados. Diminuir a dose de insulina: Insulina de ação intermediária – diminuir 30 a 35% da dose de insulina no dia do exercício. Insulina de ação intermediária e curta – não utilizar a dose de insulina que precede o exercício. Doses múltiplas de insulina de ação curta – reduzir a dose de insulina que precede que precede o exercício em 30 a 35% e fazer uma suplementação de carboidratos. Infusão subcutânea contínua – eliminar o bolo do momento da refeição ou aumentar o bolo que precede ou sucede imediatamente o exercício. Evitar exercitar o músculo subjacente ao local da injeção de insulina de ação curta por uma hora. Evitar o exercício tarde da noite. b) Tipo 2 ou insulino não-dependente: afeta a população a partir dos 40 anos de idade, estando geralmente associada à obesidade, hipertensão, colesterol alto etc. Neste tipo de diabetes, há uma resistência à insulina pelo organismo devido à perda da eficiência das células-beta e ausência de resposta à insulina das células-alvo, resultando em uma diminuição significativa do número de receptores insulínicos e de sua ativação. Assim sendo, a insulina torna-se ineficaz no transporte de glicose para o meio extracelular. O diabetes tipo 2 é caracterizando de acordo com três anormalidades metabólicas: produção excessiva de glicose pelo fígado; resistência à insulina e; dificuldade com a secreção de insulina. Nesses casos, nem sempre é necessária a utilização injetável de insulina. O tratamento se baseia em dieta e atividade física para redução do peso e controle da glicemia. Exercícios de baixa intensidade e longa duração realizada diariamente potencializam a sensibilidade à insulina e à perda de peso. Uma dieta rica em carboidratos e pobre em gordura propicia a boa saúde mantendo os níveis lipídicos e controle da diabetes. Os insulino não-dependentes representam 90% da população diabética. Tabela 2 Resumo das Diferenças entre os Diabetes Tipos 1 e 2 Características Tipo I Insulino-dependente Tipo 2 Não Insulino-dependente Outro nome Juvenil Adulto Proporção de todos os diabéticos ~ 10% ~90% Idade de início menos de 20 mais de 40 Desenvolvimento da doença Rápido Lento Histórico familiar Incomum Comum Necessidade de insulina Sempre Comum mais nem sempre Insulina pancreática Nenhuma ou muito pouca Normal ou elevada Cetoacidose Comum Rara Gordura corporal Normal/magro Geralmente obeso Referencias: Wilmore, Jack H; Costill, David L. Fisioterapia do Esporte e do Exercício. 2ed. Manole. Powers, Scott; Howley, Edward. T. Fisiologia do Exercício: Teoria e Aplicação ao Condicionamento e ao Desempenho. 5ed. Manole.