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Dia Da Consciência Negra

trabalho da consciência negra

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    December 2018
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1 DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA _ Escravidão Escravidão no Brasil No Brasil, a escravidão teve início com a produção de açúcar na primeira metade do século XVI. Os portugueses traziam os negros africanos de suas colônias na África para utilizar como mão-de-obra escrava nos engenhos de açúcar do Nordeste. Os comerciantes de escravos portugueses vendiam os africanos como se fossem mercadorias aqui no Brasil. Os mais saudáveis chegavam a valer o dobro daqueles mais fracos ou velhos. Mesmo com todas as imposições e restrições, não deixaram a cultura africana se apagar. Escondidos, realizavam seus rituais, praticavam suas festas, mantiveram suas representações artísticas e até desenvolveram uma forma de luta: a capoeira. No Século do Ouro (XVIII) alguns escravos conseguiam comprar sua liberdade após adquirirem a carta de alforria. Juntando alguns "trocados" durante toda a vida, conseguiam tornar-se livres. Porém, as poucas oportunidades e o preconceito da sociedades acabavam fechando as portas para estas pessoas. O negro também reagiu à escravidão, buscando uma vida digna. Foram comuns as revoltas nas fazendas em que grupos de escravos fugiam, formando nas florestas os famosos quilombos. Estes, eram comunidades bem organizadas, onde os integrantes viviam em liberdade, através de uma organização comunitária aos moldes do que existia na África. Nos quilombos, podiam praticar sua cultura, falar sua língua e exercer seus rituais religiosos. O mais famoso foi o Quilombo de Palmares, comandado por Zumbi. Somente no final do século XIX é que a escravidão foi mundialmente proibida. Aqui no Brasil, sua abolição se deu em 13 de maio de 1888 com a promulgação da Lei Áurea, feita pela Princesa Isabel. A vida dos negros após a abolição da escravidão Se a lei deu a liberdade jurídica aos escravos, a realidade foi cruel com muitos deles. Sem moradia, condições econômicas e assistência do Estado, muitos negros passaram por dificuldades após a liberdade. Muitos não conseguiam empregos e sofriam preconceito e discriminação racial. A grande maioria passou a viver em habitações de péssimas condições e a sobreviver de trabalhos informais e temporários. Você sabia? - 25 de marco é o Dia Internacional em memória da vítimas da escravidão e do tráfico transatlântico de escravos. http://www.suapesquisa.com/historiadobrasil/escravidao.htm - Quilombo dos Palmares À época das invasões holandesas do Brasil (1624-1625 e 1630-1654), com a perturbação causada nas rotinas dos engenhos de açúcar, registrou-se um crescimento da população em Palmares, que passou a formar diversos núcleos de povoamento (mocambos). Os principais foram: Macaco - o maior, centro político do quilombo, contando com cerca de 1.500 habitações; Subupira - centralizava as atividades militares, contando com cerca de 800 habitações; Zumbi Tabocas Embora não se possa precisar o número de habitantes nos Palmares, de vez que a população flutuava ao sabor das conjunturas, historiadores estimam que, em 1670, alcançou cerca de vinte mil pessoas. Essa população sobrevivia graças à negros, à pesca, à coleta de frutas (manga, jaca, abacate e outras) e à agricultura (feijão, milho, ceborréia, banana, laranja e cana-de-açúcar). Complementarmente, praticava o artesanato: (cestas, tecidos, cerâmica, empresa). Os excedentes eram comercializados com as populações vizinhas, de tal forma que colonos chegavam a alugar terras para plantio e a trocar alimentos por munição com os quilombolas. Com a expulsão dos holandeses do Nordeste do Brasil, acentuou-se a carência de mão-de-obra para a retomada de produção dos engenhos de açúcar da região. Dado o elevado preço dos escravos africanos, os ataques a Palmares aumentaram, visando a recaptura de seus integrantes. Foram necessárias, entretanto, cerca de dezoito expedições, organizadas desde o período de dominação holandesa, para erradicar definitivamente o Quilombo dos Palmares. http://pt.wikipedia.org/wiki/Quilombo_dos_Palmares - Zumbi dos Palmares Zumbi nasceu em Palmares, Alagoas, livre, no ano de 1655, mas foi capturado e entregue a um missionário português quando tinha aproximadamente seis anos. Batizado 'Francisco', Zumbi recebeu os sacramentos, aprendeu português e latim, e ajudava diariamente na celebração da missa. Apesar destas tentativas de aculturá-lo, Zumbi escapou em 1670 e, com quinze anos, retornou ao seu local de origem. Zumbi se tornou conhecido pela sua destreza e astúcia na luta e já era um estrategista militar respeitável quando chegou aos vinte anos. Por volta de 1678, o governador da Capitania de Pernambuco cansado do longo conflito com o Quilombo de Palmares, se aproximou do líder de Palmares, Ganga Zumba, com uma oferta de paz. Foi oferecida a liberdade para todos os escravos fugidos se o quilombo se submetesse à autoridade da Coroa Portuguesa; a proposta foi aceita, mas Zumbi rejeitou a proposta do governador e desafiou a liderança de Ganga Zumba. Prometendo continuar a resistência contra a opressão portuguesa, Zumbi tornou-se o novo líder do quilombo de Palmares. Quinze anos após Zumbi ter assumido a liderança, o bandeirante paulista Domingos Jorge Velho foi chamado para organizar a invasão do quilombo. Em 6 de fevereiro de 1694 a capital de Palmares foi destruída e Zumbi ferido. Apesar de ter sobrevivido, foi traído por Antonio Soares, e surpreendido pelo capitão Furtado de Mendonça em seu reduto (talvez a Serra Dois Irmãos). Apunhalado, resiste, mas é morto com 20 guerreiros quase dois anos após a batalha, em 20 de novembro de 1695. Teve a cabeça cortada, salgada e levada ao governador Melo e Castro. Em Recife, a cabeça foi exposta em praça pública, visando desmentir a crença da população sobre a lenda da imortalidade de Zumbi. http://pt.wikipedia.org/wiki/Zumbi_dos_Palmares - Chica da Silva Chica da Silva (1732-1796) foi uma escrava que viveu no Brasil na segunda metade do século 18, e manteve uma relação durante quinze anos com o rico contratador de diamantes João Fernandes de Oliveira. Atingiu uma posição de destaque na sociedade, época em que a questão da escravatura era muito evidente. Francisca da Silva nasceu no arraial do Tijuco, atual cidade de Diamantina.Foi escrava de um proprietário de lavras, o sargento-mor Manoel Pires Sardinha, com quem teve um filho chamado Simão Pires Sardinha. Este foi alforriado pelo pai, que o deixou bens em testamento. Chica da Silva foi dada como escrava ao Padre Rolim, mas foi libertada depois que o Padre foi preso acusado de fazer parte da inconfidência mineira. Em 1753, chega ao arraial do Tijuco o contratador de diamantes, João Fernandes de Oliveira, que alforriou Chica da Silva e passou a viver com a ex-escrava sem matrimônio oficial. Chica da Silva passou a ser chamada oficialmente Francisca da Silva Oliveira.O casal teve 13 filhos e mantiveram uma relação que durou 15 anos. João Fernandes registrou os filhos com o seu sobrenome, raro na época quando se tratavam de bastardos. João Fernandes retornou a Portugal depois da morte de seu pai, a fim de resolver questões de herança familiar. Levou os quatro filhos que teve com Chica da Silva. Lá, adquiriram educação superior e alcançaram postos de nobreza na corte portuguesa. As filhas ficaram com a mãe no Brasil, onde estudaram prendas domésticas e música. Mesmo sem viver com João Fernandes pelo resto de sua vida, Chica da Silva tinha grande prestígio social, pois aproveitou dos bens de João Fernandes, embora tenha vivido no regime de concubinato. Passou a viver com a elite branca local, inclusive, obtendo escravos negros, e doou seus bens às irmandades religiosas do Carmo e de São Francisco, que eram exclusivas de brancos, e às das Mercês e do Rosário, que eram reservadas aos negros. Chica da Silva faleceu em 1796, e foi sepultada na irmandade religiosa mais importante- São Francisco de Assis, exclusiva dos brancos. Esse acontecimento é uma grande prova da importância social que a ex-escrava alcançou na época. http://www.e-biografias.net/chica_da_silva/ - Joaquim Barbosa –STF (hoje) Joaquim Barbosa nasceu em Paracatu, noroeste de Minas Gerais. É o primogênito de oito filhos. Pai pedreiro e mãe dona de casa, passou a ser arrimo de família quando estes se separaram. Aos 16 anos foi sozinho para Brasília, arranjou emprego na gráfica do Correio Braziliense e terminou o segundo grau, sempre estudando em colégio público. Obteve seu bacharelado em Direito na Universidade de Brasília, onde, em seguida, obteve seu mestrado em Direito do Estado. Foi Oficial de Chancelaria do Ministério das Relações Exteriores (1976-1979), tendo servido na Embaixada do Brasil em Helsinki, Finlândia e, após, foi advogado do Serpro (1979-84).[4] Prestou concurso público para procurador da República, e foi aprovado. Licenciou-se do cargo e foi estudar na França, por quatro anos, tendo obtido seu mestrado e doutorado ambos em Direito Público, pela Universidade de Paris-II (Panthéon-Assas) em 1990 e 1993. Retornou ao cargo de procurador no Rio de Janeiro e professor concursado da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Foi visiting scholar no Human Rights Institute da faculdade de direito da Universidade Columbia em Nova York (1999 a 2000) e na Universidade da Califórnia Los Angeles School of Law (2002 a 2003). Fez estudos complementares de idiomas estrangeiros no Brasil, na Inglaterra, nos Estados Unidos, na Áustria e na Alemanha. É fluente em francês, inglês, alemão e espanhol. Toca piano e violino desde os 16 anos de idade. Foi indicado Ministro do do STF por Lula em 2003.[5] Joaquim Barbosa é o primeiro ministro reconhecidamente negro do STF, uma vez que anteriormente já compuseram a Corte um mulato escuro, Hermenegildo de Barros, e um mulato claro, Pedro Lessa.[6] Presidente do STF O ministro foi eleito presidente do STF no dia 10 de outubro de 2012, sendo o primeiro presidente negro da Corte Suprema. A eleição ocorreu por voto secreto, antes do julgamento do mensalão. O vice-presidente é Ricardo Lewandowski[10]. Mensalão Joaquim Barbosa e Gilmar Mendes (ao fundo) durante o julgamento do mensalão em 2012 Assumiu em 2006 a relatoria da denúncia contra os acusados do mensalão feita pelo Procurador-Geral da República, Antonio Fernando de Souza. Durante o julgamento defendeu a aceitação das denúncias contra os quarenta réus do Mensalão, o que foi aceito pelo tribunal. O julgamento prossegue no Supremo, pelo menos até 2012, podendo até reverter o fato histórico de o STF, desde sua criação em 1824, nunca ter condenado nenhum político. Em artigo comentando o julgamento, a Revista Veja escreveu: "O Brasil nunca teve um ministro como ele (…) No julgamento histórico em que o STF pôs os mensaleiros (e o governo e o PT) no banco dos réus, Joaquim Barbosa foi a estrela – ele, o negro que fala alemão, o mineiro que dança forró, o juiz que adora história e ternos de Los Angeles e Paris". Segundo a Veja: "O ministro Joaquim Barbosa, mineiro de 52 anos, votou em Lula, mas foi implacável na denúncia do mensalão (…)" Em março de 2011 Barbosa ordenou a quebra do sigilo fiscal dos 38 réus do mensalão.[11] Nas 112 votações que o tribunal realizou durante o julgamento, o voto de Barbosa, como relator do processo, foi seguido pelo de seus pares em todas as ocasiões – e, em 96 delas, por unanimidade. http://pt.wikipedia.org/wiki/Joaquim_Barbosa - Dia 20 de novembro Feiado e ponto facultativo. No dia 20 de novembro, a cidade de São Paulo e outros 779 municípios brasileiros — de acordo com dados da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), comemoram o Dia da Consciência Negra. A escolha da data é uma homenagem a Zumbi dos Palmares, morto em 20 de novembro de 1695. Zumbi foi um dos líderes do Quilombo dos Palmares, localizado na Serra da Barriga, na divisa entre Alagoas e Pernambuco. Atualmente, a discussão sobre a população negra no Brasil ganha cada vez mais o olhar da sociedade como um todo, pois hoje, segundo o Instituo Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os negros são a maioria da população brasileira. Os dados são do último Censo Demográfico (2010): de uma população estimada em 191 milhões de habitantes, 15 milhões se classificaram como pretos (7,6%), e 82 milhões, como pardos (43,1%). Ou seja, a população declarada negra (pretos e pardos) é de 50,7% do total. Se, por um lado, algumas conquistas —como a Lei 10.639, de 09 de janeiro de 2003, que torna obrigatório o ensino de história e cultura afro-brasileira e a sanção da Lei de Cotas— aparecem como resposta à luta dos diversos movimentos ligados à causa negra, por outro lado, o Relatório Anual das Desigualdades Raciais 2009-2010 apresenta dados em que os negros e pardos estão mais vulneráveis em relação à segurança alimentar, possuem maior defasagem escolar e recebem menor número de aposentadorias e pensões da Previdência Social, para citar alguns dos itens que compõem o documento. Até em relação ao acesso à Justiça, os negros aparecem em desvantagem em relação aos brancos, segundo o relatório. No documento, a maioria dos processos por crime de racismo julgados nos Tribunais Regionais de Trabalho (TRTs) é vencida pelo réu da ação, não pela vítima. Diante desse cenário , o Shopping News procurou algumas personalidades ligadas à questão do negro do Brasil para comentarem as conquistas e as lutas nesses quase 10 anos de implantação da Lei e para falarem sobre a importância e o impacto do Dia da Consciência Negra na sociedade brasileira. http://www.panoramabrasil.com.br/acontece/feriado--da-consciencia-negra,-e-dai-id98008.html