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DETERMINAÇÃO DE CLORETO POR GRAVIMETRIA
Bárbara C. Brinca;, Denise Hoepers; Douglas Gonçalves; Ivan Neumann..
Sociedade Educacional de Santa Catarina – SOCIESC; Instituto Superior Tupy
– IST
Engenharia Química – Turma EGQ 350 – Química Analítica Quantitativa
INTRODUÇÃO
A análise gravimétrica ou gravimetria é um método analítico
quantitativo que determina a quantidade de um determinado elemento, radical
ou composto presentes em uma solução. Segundo Vogel "A base da análise
gravimétrica é a pesagem de uma substância obtida pela precipitação de uma
solução, ou volatilização e subseqüentemente absorvida".
A análise gravimétrica é um procedimento macroscópico que engloba,
geralmente, amostras relativamente grandes se for comparado com outros
métodos analíticos quantitativos. "É possível obter alto grau de acurácia
e, mesmo nas condições normais de laboratório, alcançar resultados
reprodutíveis com margem de 0,3 a 0,5%"(Vogel, A, p. 257).
Existem inúmeras vantagens da análise gravimétrica uma delas é as
operações unitárias utilizadas no procedimento gravimétrico que são de
fácil manuseio e de boa reprodutilidade, além de usar equipamentos simples
e de baixo custo como béquer, balança analítica, entre outros. "Em muitos
casos, é ainda através do procedimento gravimétrico que se obtém maior
precisão na dosagem de certas substâncias, como por exemplo, a determinação
de sílica (SiO2) em amostras de material argilo-silicoso."(BACCAN, N.;
ANDRADE, J. C.; GODINHO, O. E. S.; BARONE, J. S.,p. 150).
As desvantagens da análise gravimétrica nada mais é o tempo que
precisa para fazer a sua execução. Além de possuir várias operações
necessárias para a execução da análise, este tipo de análise está sujeita a
erros acumulativos como falhas na execução, e até mesmo elementos
interferentes na amostra original.
Existem dois métodos gravimétricos que são utilizadas nas principais
áreas de aplicação, a análise de padrões que é utilizado em teste de
calibração de técnicas instrumentais, e análise de alta precisão.
MATERIAIS E MÉTODOS
MATERIAIS
1L de solução de cloreto de bário
100 mL de solução de AgNO3 (0,8 g de AgNO3em 20 mL de água)
Pipeta de 1 mL
Pipeta de 25 mL
Balão volumétrico de 100 mL
2 Béqueres de 500 mL
Vidro de relógio
Chapa de aquecimento
Agitador magnético (peixe)
Papel filtro – baixa porosidade
Proveta de 100 mL
MÉTODOS
Primeiramente pipetou-se uma solução de 10mL de cloreto de Bário e a
transferiu-se para o balão volumétrico, após completou-se com água
deionizada até o menisco do mesmo. Agitou-se a solução cerca de 20 vezes
para a total homogenização da solução, em seguida mediu-se 25mL da solução
na proveta e transferiu-se para o béquer. Repetiu-se o procedimento com o
outro béquer.
Completou-se os dois béqueres com 175mL de água deionizada, adicionou-
se 1mL de nitrato de prata, e em seguida aqueceu-se durante 2 minutos até
entrar em ebulição. Deixou-se um dia em repouso no escuro.
No dia seguinte acrescentou-se mais 1mL de nitrato de prata em cada
béquer. Pesaram-se dois papéis filtro e filtraram-se a solução contida em
cada béquer, após retirou-se o papel filtro de cada solução e deixou-se
secar, com o papel filtro seco pesou-se para determinar a massa do
precipitado de cloreto de bário.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Primeiramente obtivemos o peso de cada papel filtro: 1,0571g e
1,0633g, e depois com o peso do precipitado de cloreto que foram
respectivamente 1,0569g e 1,0745g. A diferença entre o final e o inicial do
peso do papel filtro nos mostrará a quantidade de massa presente na
amostra, foi obtido -0,0002g e 0,0112g. Desta forma, o primeiro experimento
por possuir um resultado negativo estaremos desconsiderando-o, e analisando
apenas a segunda amostra.
Segue abaixo a reação:
BaCl2 + 2AgNO3 2AgCl + (NO3)2
1ª amostra:
CCl (g/L)= (-0,00002 x 1000 x 35,45) = -0,00198 g/L
(25 x 143,32)
(Será desconsiderada esta amostra por possuir um resultado negativo)
2º amostra:
CCl (g/L)= (0,0112 x 1000 x 35,45) = 0,1108 g/L
(25 x 143,32)
X(g) - 0,0112g
208,3g (BaCl2) 286,64g (AgCl)
X= 0,0081g.
Formou-se um precipitado com a adição 0,1108g/L de Cl- oriundos do
composto sal (BaCl2) com uma massa de 0,0081g.
Não se pode calcular a molalidade da solução de cloreto de bário (BaCl2)
baseando-se no seu peso(g), pois não se pode garantir que todo íon (Cl-)
foi utilizado para formação do cloreto de prata (AgCl).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A partir da massa do composto formado (AgCl) que precipitou podemos
encontrar a concentração do íon (Cl-) presente na amostra, a massa
encontrada foi 0,011g e pela relação estequiométrica encontramos 0,0081g de
cloreto de bário (BaCl2), e como em solução se dissocia em Ba²+ + 2 Cl-
também por relação estequiométrica se obtêm o valor mássico de Cl-.
Um fato interessante é que não é possível medir com exatidão a
molalidade de cloreto de bário (BaCl2), pois as quantidades adicionadas não
foram estequiometricamente exatas, ou seja, pode ter ocorrido um excesso de
Cl- ou Ag+.
REFERÊNCIAS
BACCAN, N.; ANDRADE, J. C.; GODINHO, O. E. S.; BARONE, J. S. Química
Analítica Quantitativa Elementar. São Paulo: Blucher, 2007.
VOGEL, ARTHUR ISRAEL. Análise Química Quantitativa. Rio de
Janeiro:LTC,2008.