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Descrição Morfológica , Classificação Do Solo E Determinação Da Aptidão Agrícola...

Aptidão agrícola: Fazenda Nelore blilhante

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS – CAMPUS GURUPI Manejo e Conservação do Solo e da Água CURSO DE AGRONOMIA Gurupi – TO 23 de março de 2014 UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS – CAMPUS GURUPI Manejo e Conservação do Solo e da Água CURSO DE AGRONOMIA DESCRIÇÃO MORFOLÓGICA, CLASSIFICAÇÃO DO SOLO E DETERMINAÇÃO DA APTIDÃO AGRÍCOLA Acadêmicos: Dayane Barros da Silva Jefferson Santana da Silva Carneiro João Victor Gonçalves Carline Ricardo Fabrício Zanatta Robson da Costa Leite Professor: Saulo de Oliveira Gurupi – TO 23 de março de 2014 2 ÍNDICE 1. INTRODUÇÃO.............................................................................................................4 2. MATERIAL E MÉTODOS..........................................................................................5 3. RESULTADOS E DISCUSSÕES................................................................................7 3.1.CLASSIFICAÇÃO E DESCRIÇÃO DOS SOLOS...................................................7 3.1.1. SOLO 1- PLINTOSSOLO ARGILÚVICO Distrófico petroplíntico.................7 3.1.2. SOLO 2- CAMBISSOLO HÁPLICO Tb Eutrófico............................................8 3.1.3. SOLO 3- LATOSSOLO VERMELHO-AMARELO Distrófico típico............10 3.1.4. SOLO 4- GLEISSOLO MELÂNICO Ta Eutrófico...........................................11 4. USO ATUAL...............................................................................................................13 5. DETERMINAÇÃO DA APTIDÃO AGRÍCOLA DOS SOLOS............................14 5.1.SOLO 1- PLINTOSSOLO ARGILÚVICO Distrófico petroplíntico.....................14 5.2.SOLO 2- CAMBISSOLO HÁPLICO Tb Eutrófico................................................15 5.3.SOLO 3- LATOSSOLO VERMELHO-AMARELO Distrófico típico..................16 5.4.SOLO 4- GLEISSOLO MELÂNICO Ta Eutrófico.................................................17 6. CONCLUSÕES...........................................................................................................19 7. REFERÊNCIAS BILIOGRAFICAS.........................................................................20 3 1-INTRODUÇÃO Notadamente a partir da última década do século XX, a questão ambiental vem assumindo grande importância no contexto nacional e internacional, com o envolvimento direto das instituições de pesquisa e da sociedade em geral. Por outro lado, é percebido que alguns pontos tornam-se cada vez mais explícitos e necessários. Dentre eles, com grande relevância, surge a necessidade de metodologias que forneçam subsídios para o planejamento e tomada de decisões mais precisas, adequadas e ágeis, porém, com visão mais efetiva quanto à incorporação do componente ambiental, no processo. Essas percepções sobre os avanços esperados nos conhecimentos endossam ainda mais a importância desse estudo, visto que o novo modelo da “equação da produção agrícola” exige uma análise prévia dos custos ambientais, para só então pensar na lucratividade e ganhos econômico-financeiros (PEREIRA & NETO, 2004). A avaliação da aptidão agrícola tem como finalidade a indicação do potencial agrícola das terras para diferentes tipos de uso. Procura atender a uma relação custo/benefício favorável, sob os pontos de vista econômico e ambiental (FILHO et al., 2000). A classificação da aptidão agrícola, como tem sido empregada, não é precisamente um guia para obtenção do máximo benefício das terras, e sim, uma orientação de como devem ser utilizados seus recursos, a nível de planejamento regional e nacional. O termo “Terra” inclui entre suas características não apenas o solo, mas também outros atributos físicos como relevo, vegetação, erosão, disponibilidade de água; impedimento a mecanização. O uso agrícola depende também de condições de infraestrutura (meios de transporte, instalações, máquinas, equipamentos) e ainda condições socioeconômicas (RAMALHO & BEEK, 1995). Para Filho et al.,(2000) a aptidão agrícola deve ser entendida não como uma recomendação para uso direto pelos produtores rurais, mas como uma base para o planejamento agrícola, uma vez que ela fornece um leque de opções de uso dentro do qual a escolha deve considerar ainda outros fatores, como o socioeconômico, a legislação ambiental, o interesse do produtor etc. Portanto, de acordo com Ramalho & Beek, (1995) cada parcela de terra deve ser trabalhada de acordo com a sua capacidade de sustentação e produtividade econômica de forma que os recursos naturais sejam colocados à disposição do homem para seu melhor uso e benefício, procurando ao mesmo tempo preservar tais recursos para gerações futuras. 4 Diante disso o presente trabalho teve como objetivo estudar o manejo do solo realizado na fazenda Nelore Brilhante, classificando o solo da área quanto ao tipo, uso e aptidão agrícola, apresentando potenciais usos e imitações dos solos estudados. 2- MATERIAL E MÉTODOS O presente trabalho foi realizado no município de Gurupi na região sul do estado do Tocantins. Região cujo clima é do tipo B1wA’a’ úmido com moderada deficiência hídrica (Köppen, 1948). O estudo foi realizado na Fazenda Nelore Brilhante, uma das propriedades do grupo Stival localizada às margens da BR 153 a 10 km de Gurupi saída para Palmas –TO, nas coordenadas de 11°37’29,53” de latitude S e 49°02’45,20” de longitude W em uma altitude de 296 m. O trabalho consistiu em realizar um levantamento do solo da propriedade dividindo-o segundo as manchas de solo existentes para realizar a classificação do mesmo segundo o Sistema Brasileiro de Classificação de Solos (SBCS) e seus possíveis usos. Além do estudo do solo realizou-se o mapeamento da área estudada, sendo os mapas produzidos segundo o uso atual da área, os tipos de solos encontrados na área e ainda o mapeamento quanto à aptidão agrícola do solo da área estudada. O primeiro procedimento realizado foi o mapeamento, delimitando a área de estudo e as manchas de solo existentes. Para isso realizou-se uma visita a propriedade para conhecer o aérea a ser estudada visando um melhor e eficiente mapeamento da área a ser estudada. Para o trabalho de mapeamento foi utilizado o aparelho de GPS Garmin Etrex 20, realizando um caminhamento na área marcando pontos e registrando as coordenadas, delimitando assim os limites a área de estudo e das manchas de solo para posterior elaboração dos mapas (tipos de solos, uso atual e aptidão agrícola. Para elaboração dos mapas foi utilizado o programa AutoCad 2010, utilizando como auxilio também o Google Earth® para conferir o mapeamento da área estudada na propriedade. Para estudo foi selecionado apenas umas das áreas da propriedade, devido a sua grande extensão e variação nas manchas de solos sendo uma propriedade bem heterogênea quanto à distribuição e aos tipos de solos. A área da propriedade estudada foi de 60 hectares, apresentando quatro tipos de solos. Para classificação destes solos realizou-se um estudo das características físicas, químicas e morfológicas do perfil do solo. 5 Para o estudo das características físicas e morfológicas do perfil foram abertas trincheiras nos solos com o auxilio de ferramentas de uso manual (enxada, cavadeira, pá, enxadão, cavador, etc.). Com as trincheiras escavadas e perfil do solo a mostra realizou-se a identificação dos horizontes, delimitando-os com uso de trena milimétrica e determinando as espessuras de cada horizonte e profundidade do perfil do solo. Foram realizados também estudos quanto à presença de impedimentos as raízes, textura (% de areia, silte e argila), estrutura, drenagem, cor, consistência, declividade e demais atributos que serviram de auxilio para as classificações propostas no trabalho. Para determinação das características químicas do solo realizou-se a análise no LABSOLO (Laboratório de Solos da Universidade Federal do Tocantins – Campus Gurupi), sendo caracterizado o solo coletado dos horizontes delimitados de cada perfil estudado, segundo a metodologia proposta pela Embrapa (1997), para verificar o estado de fertilidade do solo. Na análise química foram determinados o pH, teores de Ca2+, Mg2+, P e K disponível, %MO (matéria orgânica), T(CTC total), t (CTC efetiva), V% (saturação por bases), m% (saturação por alumínio), SB (soma de bases), Al3+ (acidez trocável), H+Al (acidez potencial). Para a classificação dos solos utilizou-se o manual de classificação de solos do Sistema Brasileiro de Classificação de Solos (SBCS) (EMBRAPA, 2006; EMBRAPA, 2013). Realizou-se o estudo descritivo de todos os horizontes dos perfis estudados, objetivando a correta classificação. Neste trabalho procurou-se classificar o solo até o 4º nível categórico, com uso das informações obtidas com o estudo destes solos diante das análises realizadas. Para a classificação do solo quanto à aptidão agrícola foram coletadas além das informações do solo, informações sobre o manejo realizado os últimos anos na área de estudo, presença de área com erosão, declividade, pedregosidade, cobertura presente no solo, práticas de manejo adotadas na propriedade, mecanização, etc. Para esta classificação foi adotada a metodologia proposta e utilizada por Ramalho Filho et al. (1983; 1995). Durante a elaboração do trabalho foram tiradas fotografias dos perfis do solo e da área estudada, identificando a presença de possíveis erosões, vegetação, etc. com o objetivo de colher informações para a elaboração do estudo proposto. 6 3- RESULTADOS E DISCUSSÕES A área de estudo apresentou 4 solos distintos, os quais foram estudados e classificados segundo o Sistema Brasileiro de Classificação de Solos (SBCS) (EMBRAPA, 2006; 2013) como: PLINTOSSOLO ARGILÚVICO Distrófico petroplíntico, CAMBISSOLO HÁPLICO Tb Eutrófico, LATOSSOLO e GLEISSOLO MELÂNICO Ta Eutrófico. As classificações dos solos, caracterização física e química e a descrição morfológica baseada nos perfis estudados estão apresentadas a seguir. 3.1- CLASSIFICAÇÃO E DESCRIÇÃO DOS SOLOS 3.1.1- SOLO 1- PLINTOSSOLO ARGILÚVICO Distrófico petroplíntico Descrição morfológica: Relevo regional- Plano a suave ondulado; Declividade: 1,15% Drenagem- moderada; Erosão – em sulcos; Uso atual - Pastagem A - 0 – 30 cm; Amarelado (10YR 5/6 seco); franco argilo – arenosa; fraca a moderada; blocos subangulares; duro, plástico e pegajoso. E - 30 – 45 cm; Amarelo Alaranjado (10YR 6/8 seco); argilo arenosa; moderada a média em bloco subangular; ligeiramente duro, plástico e pegajoso. B – 45 cm +; Bruno amarelado (7,5YR 6/8 seco); argilosa, moderada em blocos subangulares; extremamente duro, plástico e pegajoso. Mosqueado abundante com presença de petroplintita de cor bruno avermelhadas (5YR 5/8). (Obs: Raízes abundante até 60 cm, com presença abundante de petroplintita (>15%) a partir dos 42 cm). 7 Tabela 1- Caracterização Química e Física PLINTOSSOLO ARGILÚVICO Distrófico petroplíntico, Gurupi-TO (2014) Plint.(A) Plint.(E) Plint. (B) Prof.(cm) 0 – 30 30 – 45 45 + ..................................................cmolc dm-3............................................... Ca+Mg Ca Mg Al H+Al K CTC (T) SB CTC (t) 1,10 0,82 0,28 0,00 1,21 0,05 3,36 1,15 1,15 1,24 0,70 0,54 0,00 1,75 0,01 3,00 1,25 1,25 0,61 0,49 0,12 0,00 0,86 0,01 1,48 0,62 0,62 ......mg dm-3..... K P 20,87 3,98 5,08 4,35 4,09 3,60 ........%....... V m 34,28 0,00 41,74 0,00 41,97 0,00 Tabela 2- Caracterização Física e Química do PLINTOSSOLO ARGILÚVICO Distrófico petroplíntico, Gurupi-TO (2014) Plint. (A) Plint. (E) Plint. (B) Prof. (cm) 0 – 30 30 – 45 45 + ........Mat. Org........ (%) g dm-3 1,45 14,48 1,6 16 0,95 9,46 pH H2O 6,09 6,2 6,15 ...............Textura (%)............. Areia Silte Argila 54,73 9,77 35,49 49,74 4,77 45,49 31,4 9,77 58,82 ..............Textura (g/kg)............. Areia Silte Argila 547,35 97,73 354,92 497,35 47,73 454,92 314,03 97,73 588,24 Figura 1a e 1b- PLINTOSSOLO ARGILÚVICO Distrófico petroplíntico, Gurupi – TO (2014) a b 3.1.2- SOLO 2- CAMBISSOLO HÁPLICO Tb Eutrófico Descrição morfológica: Relevo: ondulado; Drenagem: moderado a imperfeitamente drenado; Declividade: 2,81% Erosão: Nula Uso atual: pastagem. A- 0 -38 cm; coloração marrom (10YR 4/4, seco); textura franco argilo-arenoso; estrutura fortemente desenvolvida; granular; duro pegajoso muito pegajoso. 8 B - 38 – 74 cm; coloração marrom (10YR 6/8, seco) textura franco argilo-arenoso; estrutura moderadamente desenvolvida; blocos subangulares; duro pegajoso muito pegajoso. C- 74 cm+; camada rochosa (contato lítico). (Obs: Raiz abundante ate 70 cm; presença de pedregosidade superficial e no horizonte A). Tabela 3- Caracterização Química e Física do CAMBISSOLO HÁPLICO Tb Eutrófico, Gurupi-TO (2014) Prof.(cm) Camb.(A) 0 – 38 Camb.(B) 38 – 74 Camb.(C) 74+ ...................................................cmolc dm-3................................................. Ca+Mg Ca Mg Al H+Al K CTC (T) SB CTC (t) 3,92 2,34 1,58 0,00 3,65 0,03 7,60 3,95 3,95 2,57 1,10 1,47 0,00 2,38 0,02 4,96 2,59 2,59 - ......mg dm-3...... K P 12,98 5,48 6,06 4,35 - ......%...... V M 52,02 0,00 52,11 0,00 - Tabela 4- Caracterização Física e Química do CAMBISSOLO HÁPLICO Tb Eutrófico, Gurupi-TO (2014) Camb. (A) Camb. (B) Camb.(C) Prof. (cm) 0 – 38 38 – 74 74+ .......Mat. Org...... (%) g dm-3 3,75 37,49 1,51 15,06 - pH H2O 6,2 6,12 - ..............Textura (%)............. Areia Silte Argila 64,73 11,44 23,83 63,07 4,77 32,16 - ................Textura (g/kg)............. Areia Silte Argila 647,35 114,4 238,26 630,68 47,73 321,59 - Figura 2a e 2b- CAMBISSOLO HÁPLICO Tb Eutrófico, Gurupi-TO (2014) a b 9 3.1.3- SOLO 3- LATOSSOLO VERMELHO-AMARELO Distrófico típico Descrição morfológica: Relevo – Plano a suave ondulado; Declividade: 3,03% Drenagem- Bem drenado Erosão - Nula Uso atual - Pastagem A - 0 – 10cm; bruno avermelhado (5YR 6/8, seco); franco argilo-arenoso, fraca pequena granular; friável; plástico e pegajoso; transição plana e gradual. B - 10 – 120 cm+; vermelho-amarelado (5YR 6/8, seco), argilosa, moderada granular; friável; plástico e pegajoso. (Obs: apresenta raiz até a profundidade de 1,20 m) Tabela 5 - Caracterização Química e Física do LATOSSOLO VERMELHO-AMARELO Distrófico típico, Gurupi-TO (2014) Lat. (A) Lat. (B) Prof.(cm) 0 – 10 10 - 120+ .....................................................cmolc dm-3................................................... Ca+Mg Ca Mg Al H+Al K CTC (T) SB CTC (t) 2,14 0,95 1,19 0,00 2,19 0,18 4,51 2,32 2,32 0,54 0,35 0,19 0,00 1,86 0,01 2,42 0,55 0,55 ....mg dm-3.... K P 68,26 4,73 5,08 3,60 .......%....... V m 51,34 0,00 22,88 0,00 Tabela 6 - Caracterização Física e Química do LATOSSOLO VERMELHO-AMARELO Distrófico típico, Gurupi-TO (2014) Lat. (A) Lat. (B) Prof. (cm) 0 – 10 10 - 120+ ........Mat. Org........ (%) g dm-3 1,58 15,77 0,57 5,72 pH H2O 6 6,1 .............Textura (%)............. Areia Silte Argila 56,4 4,77 38,83 46,4 8,11 45,49 .............Textura (g/kg)............ Areia Silte Argila 564,02 47,73 388,25 464,02 81,06 454,92 10 Figura 3a e 3b- LATOSSOLO VERMELHO-AMARELO Distrófico típico, Gurupi – TO (2014) a b 3.1.4- SOLO 4- GLEISSOLO MELÂNICO Ta Eutrófico Descrição morfológica: Relevo - ondulado; Declividade: 2,78% Drenagem- Imperfeitamente drenado Erosão - Nula Uso atual – Pastagem. A - 0 – 40 cm; Escuro (5YR 3/2, seco), franco-argilo-arenosa, moderada forte granular; duro, plástico e pegajoso. B - 40 – 75 cm; Cinza claro (5Y 8/2, seco), argiloso, forte blocos subangulares; duro, muito plástico e muito pegajoso. (Obs: Apresenta raiz até 45 cm; solo encharcado) 11 Tabela 7 - Caracterização Química de um GLEISSOLO MELÂNICO Ta Eutrófico, GurupiTO (2014) Prof. (cm) Glei. (A) 0 – 40 Glei. (B) 40 – 75 .....................................................cmolc dm-3............................................... Ca+Mg Ca Mg Al H+Al K CTC (T) SB CTC (t) 5,98 4,17 1,81 0,00 2,71 0,02 8,71 6,00 6,00 2,55 1,15 1,40 0,00 1,54 0,01 5,10 2,56 2,56 ......mg dm-3..... K P 8,04 8,86 409,00 5,10 .....%.... V M 68,92 0,00 50,19 0,00 Tabela 8- Caracterização Física e Química do GLEISSOLO MELÂNICO Ta Eutrófico, Gurupi-TO (2014) Glei. (A) Glei. (B) Prof. (cm) 0 – 40 40 – 75 .......Mat. Org...... (%) g dm-3 3,08 30,83 1,19 11,91 pH H2O 5,93 6,18 ............Textura (%)............ Areia Silte Argila 64,73 14,77 20,49 38,07 9,77 52,16 ...............Textura (g/kg)............ Areia Silte Argila 647,35 147,73 204,9 380,69 97,73 521,58 Figura 4a e 4b- GLEISSOLO MELÂNICO Ta Eutrófico, Gurupi-TO (2014) a b 12 Figura 5- Mapa de solos da área estudada na fazenda Nelore brilhante, Gurupi –TO (2014) FTd - PLINTOSSOLO ARGILÚVICO Distrófico petroplíntico; CXbe - CAMBISSOLO HÁPLICO Tb Eutrófico; LVAd - LATOSSOLO VERMELHO-AMARELO Distrófico típico; GMve - GLEISSOLO MELÂNICO Ta Eutrófico. 4- USO ATUAL A área estudada atualmente está sendo utilizada para criação bovina de cria e recria em sistema rotacionado, sendo cultivada com capim Brachiaria brizantha cv. Marandú, portanto todos os solos estão com mesma utilização. Além da área cultivada com pastagem, há uma porção utilizada como reserva permanente e APP (Área de Preservação Permanente) como mostra a figura 6. Á área apresentava no momento da avaliação pouca cobertura do solo, devido ao pastejo do gado. No entanto a pastagem encontra-se em bom estado de preservação, ainda não apresentando estágio de degradação. O manejo da pastagem é realizado anualmente, com distribuição de esterco bovino curtido e resíduo de frigorífico. 13 Figura 6- Mapa de uso atual dos solos da área estudada na fazenda Nelore brilhante, Gurupi – TO (2014) P- Pastagem de Brachiaria brizantha cv. Marandú; Ap- área de preservação; Re- Represa. 5- DETERMINAÇÃO DA APTIDÃO AGRÍCOLA DOS SOLOS 5.1- SOLO 1- PLINTOSSOLO ARGILÚVICO Distrófico petroplíntico NÍVEL DE MANEJO: B - Baseado em práticas agrícolas que refletem um nível tecnológico médio; caracteriza-se pela modesta aplicação de capital e de resultados de pesquisas para manejo, melhoramento e conservação das condições das terras e das lavouras; 14 GRUPO DE APTIDÃO AGRICOLA: 2 - Aptidão regular para lavouras. CLASSE DE APTIDÃO AGRÍCOLA: REGULAR – Apresenta algumas limitações para o desenvolvimento de culturas. SUB-GRUPO: 2(a)bC GRAU DE LIMITAÇÃO (DEFICIÊNCIA DE FERTILIDADE) (f): M - Um ou mais nutrientes com reservas limitadas. GRAU DE LIMITAÇÃO (DEFICIÊNCIA DE ÁGUA) (w): M - Considerável deficiência de água disponível durante um período de três a seis meses. GRAU DE LIMITAÇÃO (DEFICIÊNCIA DE OXIGÊNIO) (o): L - Pequena deficiência de aeração para plantas mais sensíveis na estação chuvosa. Terras moderadamente drenadas GRAU DE LIMITAÇÃO (SUSCEPTIBILIDADE À EROSÃO) (e): N- Relevo plano ou quase plano (declive < 3%). IMPEDIMENTOS A MECANIZAÇÃO (m): M - Principal impedimento relacionado a restrição de drenagem. VIABILIDADE DE MELHORAMENTO (vm): 2 - Necessária aumento da fertilidade do solo, sendo que o principal desafio e a permeabilidade de água. TIPO DE UTILIZAÇÃO INDICADO: Lavouras Classificação quanto às limitações apresentadas segundo o estudo do solo: fMwMoLeNmMvm2 5.2- SOLO 2- CAMBISSOLO HÁPLICO Tb Eutrófico NÍVEL DE MANEJO: B - Baseado em práticas agrícolas que refletem um alto nível tecnológico; caracteriza-se pela aplicação intensiva de capital e de resultados de pesquisas para manejo, melhoramento e conservação das condições das terras e das lavouras; a motomecanização está presente nas diversas fases da operação agrícola. GRUPO DE APTIDÃO AGRICOLA: 4 - Terras indicadas para pastagem plantada, silvicultura ou pastagem natural, preservação flora e fauna. CLASSE DE APTIDÃO AGRÍCOLA: BOA - Solo sem limitações significativas para a produção de pastagens, observando-se as condições do manejo considerado. Há um mínimo de restrições que não reduz, expressivamente, a produtividade ou os benefícios e não aumenta os insumos acima de um nível aceitável. SUB-GRUPO: 4P 15 GRAU DE LIMITAÇÃO (DEFICIÊNCIA DE FERTILIDADE) (f): L - Boas reservas de nutrientes e ausência de elementos tóxicos. Boa produção por mais de 10 anos, com pequena exigência para a manutenção do estado nutricional. V>50%, S>3 cmolc/kg e Sat. Na<6%. GRAU DE LIMITAÇÃO (DEFICIÊNCIA DE ÁGUA) (w): M - Considerável deficiência de água disponível durante um período de três a seis meses ou um pouco menos em solos com baixa capacidade de retenção de água disponível. Inapta para grande parte das culturas de ciclo longo e com possibilidades muito reduzidas de dois cultivos anuais. Vegetação de cerrado. GRAU DE LIMITAÇÃO (DEFICIÊNCIA DE OXIGÊNIO) (o): L - Pequena deficiência de aeração para plantas mais sensíveis na estação chuvosa. Terras moderadamente drenadas. GRAU DE LIMITAÇÃO (SUSCEPTIBILIDADE À EROSÃO) (e): L - Relevo suave ondulado (declives entre 3 e 8%) e boas propriedades físicas. Após 10 a 20 anos de cultivo, pode ocorrer perda de 25% do horizonte superficial, que pode ser prevenida com práticas conservacionistas ainda simples. IMPEDIMENTOS A MECANIZAÇÃO (m): L - Relevo em geral suave ondulado, sem outros, impedimentos, ou mais suave com limitações como pedregosidade ou rochosidade, sulcos de erosão, textura arenosa ou muito argilosa etc. É possível o emprego da maioria das máquinas agrícolas durante quase todo o ano. VIABILIDADE DE MELHORAMENTO (vm): 2 - Melhoramento viável com práticas intensivas e mais sofisticadas e considerável aplicação de capital (essa classe ainda é considerada economicamente compensadora). TIPO DE UTILIZAÇÃO INDICADO: pastagem plantada. Classificação quanto às limitações apresentadas segundo o estudo do solo: fLwMoLeLMLvm2 5.3- SOLO 3- LATOSSOLO VERMELHO-AMARELO Distrófico típico NÍVEL DE MANEJO: B - Baseado em práticas agrícolas que refletem um nível tecnológico médio; caracteriza-se pela modesta aplicação de capital e de resultados de pesquisas para manejo, melhoramento e conservação das condições das terras e das lavouras; GRUPO DE APTIDÃO AGRICOLA : 1 -Terras indicadas para lavouras. CLASSE DE APTIDÃO AGRÍCOLA: BOA - Terras sem limitações significativas para a produção sustentada de um determinado tipo de utilização, observando-se as condições do 16 manejo considerado. Há um mínimo de restrições que não reduz, expressivamente, a produtividade ou os benefícios e não aumenta os insumos acima de um nível aceitável. SUB-GRUPO: 1aBC GRAU DE LIMITAÇÃO (DEFICIÊNCIA DE FERTILIDADE)(f): M - Um ou mais nutrientes com reservas limitadas, podendo conter sais tóxicos. Bons rendimentos só nos anos iniciais, com rápido declínio após cinco anos. CE entre 4 e 8mS/cm ou Sat. Na entre 6 e 15%. GRAU DE LIMITAÇÃO (DEFICIÊNCIA DE ÁGUA)(w): M - Considerável deficiência de água disponível durante um período de três a seis meses ou um pouco menos em solos com baixa capacidade de retenção de água disponível. Inapta para grande parte das culturas de ciclo longo e com possibilidades muito reduzidas de dois cultivos anuais. Vegetação de cerrado. GRAU DE LIMITAÇÃO (DEFICIÊNCIA DE OXIGÊNIO)(o): N - Boa aeração durante todo o ano. Terras bem a excessivamente drenadas. GRAU DE LIMITAÇÃO (SUSCEPTIBILIDADE Á EROSÃO)(e): L - Relevo suave ondulado (declives entre 3 e 8%) e boas propriedades físicas. Após 10 a 20 anos de cultivo, pode ocorrer perda de 25% do horizonte superficial, que pode ser prevenida com práticas conservacionistas ainda simples. IMPEDIMENTOS A MECANIZAÇÃO(m): N - Topografia plana ou quase plana, sem impedimento relevante à utilização de qualquer máquina ou implemento agrícola durante todo o ano. Rendimento do trator (RT) >90%. CLASSE DE VIABILIDADE DE MELHORAMENTO(vm): 2 - Melhoramento viável com práticas intensivas e mais sofisticadas e considerável aplicação de capital (essa classe ainda é considerada economicamente compensadora). TIPO DE UTILIZAÇÃO INDICADO: Lavouras. Classificação quanto às limitações apresentadas segundo o estudo do solo: fMwMoNeLmNvm2 5.4- SOLO 4- GLEISSOLO MELÂNICO Ta Eutrófico NÍVEL DE MANEJO – B - Práticas de manejo de médio nível tecnológico, sendo que a única prática agrícola realizada no local é de uso de esterco a lanço. 17 GRUPO DE APTIDÃO AGRÍCOLA – 3 - A área apresenta restrições para culturas não tolerantes à má drenagem do solo, no entanto, não há limitação para pastagens plantadas, naturais, preservação da fauna e flora e/ou silvicultura. CLASSE DE APTIDÃO AGRÍCOLA: RESTRITA – Terras indicadas para lavouras (com restrições para várias culturas). SUB- GRUPO – 3 (bc) GRAU DE LIMITAÇÃO (DEFICIÊNCIA DE FERTILIDADE) (f): – M - Solo com dois nutrientes com reserva limitada (P e K), à presença de média acidez potencial podendo limitar a produção após alguns anos. GRAU DE LIMITAÇÃO (DEFICIÊNCIA DE ÁGUA)(w): – N- Não existe deficiência de água, pois o lençol freático está elevado e varia muito pouco durante o ano todo, há locais que ficam alagados durante um período. GRAU DE LIMITAÇÃO (DEFICIÊNCIA DE OXIGÊNIO)(o): – F- Durante a estação chuvosa boa parte da área fica alagada, limitando a implantação de culturas susceptíveis a deficiência de oxigênio, no entanto, na época seca somente a área mais baixa é delimitada por essa deficiência. GRAU DE LIMITAÇÃO (SUSCEPTIBILIDADE Á EROSÃO)(e): – N- O declive da área do GLEISSOLO foi de 2,78%, considerando relevo plano, sendo que a pouca erosão existente pode ser controlada por práticas conservacionista simples. IMPEDIMENTOS À MECANIZAÇÃO (m) – M- Relevo plano, assim condicionando para área sem impedimentos para utilização de qualquer máquina e implemento agrícola, no entanto, na época das chuvas há impedimentos em relação a presença de água em boa parte da área. VIABILIDADE DE MELHORAMENTO (vm) – 2 - Práticas de manejo mais intensa e sofisticada aplicação de capital, observação e estudo das práticas mais compensadoras para o local. TIPO DE UTILIZAÇÃO INDICADO: Lavouras Classificação quanto às limitações apresentadas segundo o estudo do solo: fMwNoFeNmMvm2 18 Figura 7- Mapa de aptidão agrícola dos solos da área estudada na fazenda Nelore brilhante, Gurupi –TO (2014) I-Lavouras - 2(a)bC; II- Pastagem plantada - 4P; III- Lavouras-1aBC; IV- Lavouras-3 (bc). 6- CONCLUSÕES O terreno estudado possui área subutilizada, sendo utilizada para cultivo de pastagem. Para o uso atual não há restrições das áreas, podendo as mesmas ser utilizadas para tal finalidade. Há necessidade de adotar medidas e praticas conservacionistas na área estudada, devido a presença de pontos com início de erosão laminar e em sulcos no Plintossolo e no Cambissolo apresentado neste trabalho. 19 7- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CARVALHO FILHO, A.; LUMBRERAS, J.F.; AMARAL, F.C.S.; NAIME, U.J. APTIDÃO AGRÍCOLA DAS TERRAS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO. Estudo Geoambiental do estado do Rio de Janeiro. MAPA- Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento. Empresa brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA) – Centro nacional de Pesquisa em Solos, 2000. EMBRAPA - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Análises Químicas. In: EMBRAPA - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Manual de métodos de análises de solo. Centro Nacional de Pesquisa de Solos. 2. ed. Rio de Janeiro: Embrapa Solos, p. 81 - 181, 1997. EMBRAPA - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Sistema brasileiro de classificação de solos. Centro Nacional de Pesquisa de Solos, 3. ed. Brasília: Embrapa Solos 2013. 353 p. EMBRAPA - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Sistema brasileiro de classificação de solos. Centro Nacional de Pesquisa de Solos, 2. ed. Rio de Janeiro: Embrapa Solos, 306 p., 2006. FILHO A. C.; LUBRERAS J. F.; AMARAL F. C. S.; NAIME U. J. APTIDÃO AGRÍCOLA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO. Estudo Geoambiental do Estado do Rio de Janeiro: EMBRAPA SOLOS, 2000. 48p. KÖPPEN, W. Climatologia: con un estudio de los climas de la tierra. Fondo de Cultura Econômica. México. p. 479, 1948. PEREIRA L. C.; NETO F. L. Avaliação da Aptidão Agrícola das Terras: proposta metodológica. EMBRAPA MEIO AMBIENTE, 2004. 36p. PEREIRA, L.C.; LOMBARDI NETO, F. Avaliação da aptidão agrícola das terras: proposta metodológica.-- Jaguariúna: Embrapa Meio Ambiente, 36 p.-- (Embrapa Meio Ambiente. Documentos, 43), 2004. RAMALHO F. A.; BEEK, K.J. Sistema de avaliação da aptidão agrícola das terras. 3.ed. rev. Rio de Janeiro: EMBRAPA – CNPS, 1995. 65p. RAMALHO FILHO, A.; BEEK, K.J. Sistema de avaliação da aptidão agrícola das terras. 3.ed. rev. Rio de Janeiro: EMBRAPA-CNPS, 1995. 65p. RAMALHO FILHO, A.; PEREIRA, E.G.; BEEK, K.J. Sistema de avaliação da aptidão agrícola das terras. 2.ed. rev. Rio de Janeiro: SUPLAN/EMBRAPA-SNLCS, 1983. 57p. 20 EQUIPE DE EXECUÇÃO Estudantes de Agronomia da universidade Federal do Tocantins – Campus Universitário de Gurupi. Trabalho apresentado como parte da avaliação na disciplina de Manejo e Conservação do Solo e da Água. Professor Dr. Saulo de Oliveira. Equipe: Dayane Barros da Silva, E-mail: [email protected]; Jefferson Santana da Silva Carneiro, E-mail: [email protected]; João Victor Gonçalves Carline, Email: [email protected]; Ricardo Fabíricio Zanatta, E-mail: [email protected]; Robson da Costa Leite, E-mail: [email protected]. Figura 8- Equipe de execução do trabalho de Aptidão Agrícola dos Solos, Gurupi- TO (2014). 21