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Custos Hospitalares

Custos Hospitalares: A visão dos orçamentos como ferramenta de planejamento e controle dos hospitais particulares de Feira de Santana ? Bahia.

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Custos Hospitalares: A visão dos orçamentos como ferramenta de planejamento e controle dos hospitais particulares de Feira de Santana – Bahia. Girleide de Oliveira Souza¹ Juliana Araújo Silva² Mylene Cândida Magalhães Ferreira³ Vannia Freitas Lima* RESUMO Sendo um importante instrumento de planejamento e controle das empresas, o orçamento viabiliza o hábito da investigação disciplinada antes que se tomem as decisões. Em função disso, o presente artigo tem como objetivo demonstrar, no contexto dos hospitais particulares da cidade de Feira de Santana-Bahia, como estas empresas vêem o orçamento como forma de planejar e controlar suas operações, além de apresentar os principais pontos positivos e negativos que podem e devem ser melhorados ou modificados a partir de uma previsão das receitas e dos custos hospitalares. Para realizar este trabalho foi utilizado o método de entrevista estruturada com aplicação de três questionários. O estudo revela que a gestão de custos em uma organização hospitalar é apresentada como um instrumento gerencial fundamental para o controle dos recursos da mesma, sejam eles financeiros, materiais ou patrimoniais. Palavras – chave: Contabilidade. Contabilidade de Custos. Custo Hospitalar. Orçamento. Planejamento e controle. 1.0 – Introdução 1.1 – Considerações iniciais Em um mundo cada vez mais competitivo, a necessidade de tomada de decisões eficientes é de fundamental importância para qualquer organização. A partir disso, observa-se que o mercado da saúde não foge desse cenário. Partindo-se da premissa, os hospitais como instituições que prestam serviços se utilizam do orçamento como ferramenta de planejamento e controle para, assim, obter informações adequadas que auxiliem nas análises econômico-financeira sobre a viabilidade de investimentos, estudos de vantagens em terceirização de serviços, e outros. Diante de todas as peculiaridades que envolvem os hospitais, este artigo propõe o estudo direcionado aos hospitais particulares de Feira de Santana–Bahia, com o objetivo de analisar a forma como estes vêem, através dos custos hospitalares, o orçamento como forma de planejar e controlar o desenvolvimento das operações dos hospitais. 1.2 – Formulação do problema A partir da busca por uma gestão mais eficaz de custos na saúde, surge a necessidade de os hospitais (particulares) implementarem, em sua gestão, meios para fazer frente aos inúmeros problemas gerados pela deficiência na política de planejamento e controle. Em vista disso, o perfil da moderna administração hospitalar vem dando uma demasiada atenção à preparação de orçamento, visando uma investigação cuidadosa antes de se tomarem as decisões. Dentro dessa análise, levando em conta as características de um ambiente hospitalar, pretende-se obter respostas viáveis para as seguintes questões: Que tipos de informações um orçamento pode proporcionar à administração? Como a análise dos custos hospitalares demonstrados no orçamento influencia na tomada de decisões? O orçamento viabiliza a estratégia de planejamento e controle? 1.3 – Metodologia Para elaboração desta pesquisa descritiva, a priori, fez-se um levantamento de todas as informações necessárias que foram embasadas em livros didáticos, pesquisas em sites específicos, artigos, periódicos, monografias e revistas para obter uma melhor definição no processo de custo hospitalar. A amostra foi constituída de três do total de seis hospitais particulares existentes na cidade de Feira de Santana–Bahia, correspondendo a 50% do universo, a qual foi aplicada um questionário contendo 16 questões (objetivas e subjetivas) através de uma entrevista estruturada. O estudo foi realizado no período de 27 de dezembro a 03 de janeiro de 2007. 2.0 – Referencial teórico 2.1 – A Contabilidade 2.1.1 – Definição e objetivos Muitas são as formas utilizadas pelos autores, doutrinadores e professores para explicar e conceituar a importância da contabilidade, enfocando o seu objeto, objetivo, finalidade e a importância como ferramenta de controle à disposição de seus usuários. De acordo com Marion (1998, p. 24): A contabilidade é o instrumento que fornece o máximo de informações úteis para a tomada de decisões dentro e fora da empresa. Ela é muito antiga e sempre existiu para auxiliar as pessoas a tomarem decisões. Com o passar do tempo o governo começa a utilizar-se dela para arrecadarem impostos e a torna obrigatória para a maioria das empresas. Moura (2005) afirma que a contabilidade é uma ciência social que tem por objeto o patrimônio das entidades econômico-administrativas e tem como objetivo principal controlar o patrimônio das entidades em decorrência de suas variações. Segundo o FIPECAFI (2000, p. 42): A contabilidade é objetivamente um sistema de informação e avaliação destinado a prover seus usuários com demonstrações e análises de natureza econômica, financeira, física e de produtividade, com relação á entidade objeto de contabilização. Nesse sentido Gonçalves e Baptista (1998, p. 24) fazem a seguinte reflexão: "a Contabilidade tem por fim registrar os fatos e produzir informações que possibilitem ao titular do patrimônio o planejamento e o controle de sua ação". 2.1.2 – Usuários da informação contábil A contabilidade é de interesse de todos ligados à empresa que gera as contas e, também, aos de fora, como concorrentes e autoridades fiscais. De acordo com Iudícibus e Marion (1999): Conceitua-se como usuário toda pessoa física ou jurídica que tenha interesse na avaliação da situação e do progresso de determinada entidade, seja tal entidade empresa, ente de finalidades não lucrativas, ou mesmo patrimônio familiar. Segundo Neves (2000) os usuários da Contabilidade são pessoas físicas ou jurídicas que tenham interesse na avaliação da situação patrimonial da entidade, por exemplo: os acionistas, as instituições financeiras, os administradores da entidade e o fisco. Gomes (2000) afirma que: Relativamente aos tipos de usuários da informação contábil, temos que considerar os usuários internos (diretores, gerentes, trabalhadores nos diversos níveis) e os usuários externos (acionistas, clientes, fornecedores, credores, governo, sindicatos, etc.). Vale ressaltar a diferença entre o acesso a informação dos usuários, os usuários internos têm acesso as informações contábeis através dos relatórios publicados externamente. Por outro lado, Neves (2000) classifica os usuários como: usuário preferencial externo (acionistas e credores em geral) e usuários secundários (administradores da entidade e fisco). Os usuários das informações contábeis têm interesses diversificados em relação à empresa, com isso as informações geradas pela contabilidade devem ser abrangentes e de confiança. 2.2 – A Contabilidade de Custos 2.2.1 – Definição e objetivo Viceconti e Neves (2000, p. 6-7) afirmam que: A Contabilidade de Custos, nos seus primórdios, teve como principal função a avaliação de estoques em empresas industriais, que é um procedimento muito mais complexo do que nas comerciais, uma vez que envolve muito mais que a simples compra e revenda de mercadorias, são feitos pagamentos a fatores de produção (...), estes gastos devem ser incorporados ao valor dos estoques das empresas no processo produtivo, por ocasião do encerramento do balanço haverá dois tipos de estoque: produtos em elaboração e produtos acabados. Segundo Martins (1996, p. 21) a preocupação primeira dos contadores foi a de fazer da Contabilidade de Custos uma forma de resolver seus problemas de mensuração monetária dos estoques e do resultado, não a de fazer dela um instrumento de administração. Já Leone (2000, p. 21) considera "a Contabilidade de Custos como um centro processador de informações". VanDerbeck e Nagy (2001, p. 13) acrescentam que "a contabilidade de custos fornece os dados detalhados sobre custos que a gestão precisa para controlar as operações atuais e planejar para o futuro". Conforme Finkler (1994, p. 4), uma boa definição da Contabilidade de Custos desenvolvida nos hospitais seria: (...) um elemento da gerência financeira que gera informação sobre os custos de uma organização e seus componentes. Como tal, a Contabilidade de Custos é um subconjunto da Contabilidade geral; contabilidade gera informação financeira para a tomada de decisões. Para Horngren et. all. (2000, p. 2) "a contabilidade de custo mensura e relata informações financeiras e não financeiras relacionadas à aquisição e ao consumo de recursos pela organização". O gerenciamento de custo é usado para descrever as ações que os gerentes tomam com o intuito de satisfazer os clientes enquanto continuamente reduzem e controlam custos. Um importante componente do gerenciamento de custo é o reconhecimento de que decisões tomadas hoje, muitas das vezes, comprometerão a organização na incorrência de custos subseqüentes. 2.3 – Custos Hospitalares 2.3.1 – Definição A princípio, custos hospitalares é um instrumento fundamental para o controle e o desenvolvimento das operações do hospital. Diante disso, a definição mais objetiva e adequada é segundo Martins (2000, p. 23), que "entende custos hospitalares como os gastos relativos a materiais e serviços utilizados na produção médica do hospital". Diante das características hospitalares, percebe-se que os sistemas de custos nessas empresas devem objetivar não somente à determinação dos preços dos serviços, mas também a uma análise interna que permita um melhor conhecimento dos resultados da gestão e uma melhoria no funcionamento da organização. 2.4 – Orçamento 2.4.1 – Orçamento Geral Segundo Horngren et. all. (2000, p. 125): O orçamento geral reúne todas as projeções financeiras dos orçamentos individuais de cada unidade da organização num único conjunto de orçamentos para um determinado período, abrangendo o impacto tanto das decisões operacionais quanto das financeiras. As decisões operacionais visam à aquisição e uso de recursos escassos, enquanto as decisões financeiras concentram-se em como obter os meios para adquiri-los. De acordo com Crepaldi (1999, p. 193-194): O orçamento é um plano administrativo que cobre todas as operações da empresa, para um período de tempo definido, expresso em termos quantitativos e é também um planejamento do lucro por meio da previsão de todas as atividades da empresa. Nesse sentido Martins (2000) afirma que o orçamento concretiza o hábito de investigação cuidadosa, antes que se tomem as decisões, e constitui-se em uma declaração de compromisso. Sob certas condições antecipadas de operação, o orçamento nada mais é do que a exposição da receita e despesas esperadas, é uma estimativa de transações futuras que como todas as estimativas está sujeita a erros, considerando a hipótese de revisão quando exigirem novas circunstâncias. O orçamento destina-se a orientar a administração no esforço para controlar e dirigir o negócio. 2.4.2 – Orçamento Hospitalar Conforme VanDerbeck e Nagy (2001, p. 365) "um orçamento é um dispositivo de planejamento que ajuda uma empresa a estabelecer metas e que serve como um indicador contra o qual resultados reais podem ser medidos". Nesse contexto, vê-se que a elaboração de um orçamento, inclusive o hospitalar, é uma forma de se obter um controle através de direcionamentos de objetivos de curto e longo prazo. Diante do que foi exposto percebe-se que elaborar o orçamento é um passo na implementação de estratégia da empresa, que faz parte do processo de planejamento e estabelece parâmetros para controle, compondo assim o papel duplo do orçamento. 2.4.3 – Requisitos para a elaboração Todo orçamento requer antes de tudo a organização tanto do pessoal a se envolverem quanto do tempo estimado para vigência do orçamento. A partir disso, Martins (2000) subdivide esses requisitos em comissão do orçamento hospitalar e período do orçamento. Por outro lado, alguns autores classificam os requisitos em vários estágios, dentre eles: de identificação, pesquisa, seleção e implementação; e controle. Ao todo, Aubert et. all. (1995, p. 174-175) apresentam o processo orçamentário constituindo-se em quatro etapas: a) elaboração; b) aprovação; c) execução e d) acompanhamento, controle e avaliação. 2.5 – Planejamento e Controle 2.5.1 – Definição Existem muitas definições de planejamento e controle, algumas até semelhantes. Assim, uma breve análise literária desses conceitos é fundamental. De início, em seu sentido literal, o Dicionário Aurélio (1993) define cada um como: Planejar: 1. Fazer o plano ou a planta de; projetar, traçar. 2. Tencionar, projetar. § planejamento. Controle: 1. Ato ou poder de controlar. 2. Fiscalização exercida sobre as atividades de pessoas, órgãos, etc., para que não se desviem das normas preestabelecidas. 3. Domínio físico e psíquico de si mesmo. * controle remoto. Dispositivo que permite o controle à distância de aparelhos ou equipamentos eletrônicos, particularmente eletrodomésticos. Outra definição a ser enfatizada compete a Gonçalves e Baptista (1998, p. 24): Planejar significa decidir entre diversas alternativas que se apresentam, qual curso tomar para atingir com mais eficiência e eficácia o objetivo almejado. Controlar, do ponto de vista das ciências administrativas, significa certificar-se de que a organização está atuando de acordo com os planos e políticas traçados pela administração. A visão de Berman e Weeks (____, p. 41) para planejamento é, portanto "um requisito para se obter atividades eficazes". Também, eles dissertam de que cabe ao chefe e ao administrador do departamento específico a responsabilidade de planejar. Contabilidade Vista & Revista (2004, p. 58) aborda de forma específica a existência do controle quantitativo, analisando assim, se os custos se mantêm constantes devido a uma busca de otimização dos custos, ou se estão sofrendo mudanças que podem ter como fundamento o desperdício e o decréscimo por ter de se manter a qualidade do atendimento. Observa-se que as definições apresentadas tendem a considerar que o planejamento e o controle são de grande utilidade dentro de qualquer organização. 2.5.2 – Relação entre custos e orçamentos hospitalares A gestão de custos hospitalares tem a premissa de proporcionar informações capazes de estabelecer um orçamento para o planejamento e controle de hospitais. Em vista disso, observa-se que alguns autores buscam dissertar acerca dessa relação a qual se deve ser enfatizada. Iudícibus (1993) mostra que a interação entre custos e orçamentos é muito grande. Custos nada mais são do que, em grande parte, reflexos de decisões, hoje, de investimentos tomados anteriormente. Assim, também, Martins (2000, p. 28) afirma que "a estimativa dos custos do hospital é o início para um programa de orçamento, (...), o orçamento torna-se a expressão escrita do programa de trabalho para o hospital". 3.0 – Resultado de Pesquisa A tabela 1 da pesquisa indica que 100% dos hospitais investigados classificam o orçamento como excelente instrumento de planejamento e controle. Tabela 1 – Classificação do orçamento enquanto instrumento de planejamento e controle. "Classificação do "Nº de "Participaçã" "orçamento "hospitais "o " "Ruim "0 "0% " "Regular "0 "0% " "Bom "0 "0% " "Excelente "3 "100% " "Total "3 "100% " Fonte: Pesquisa de Campo, 2006/2007. Dentre o método aplicado na distribuição dos custos hospitalares, a tabela 2 demonstra que o método de departamentalização é o modo melhor a ser aplicado. Tabela 2 – Método aplicado na distribuição dos custos hospitalares. "Método aplicado "Nº de "Participaçã" " "hospitais "o " "Departamentalização "3 "100% " "Geral ou o método "0 "0% " "simples " " " "Total "3 "100% " Fonte: Pesquisa de Campo, 2006/2007. De acordo com a política interna adotada pelo hospital determina-se o período de orçamento que pode variar como mostra a pesquisa. Tabela 3 – Predominância do período de planejamento na elaboração do orçamento. "Período "Nº de "Participaçã" " "hospitais "o " "Curto Prazo (360 dias) "2 "66.67% " "Longo Prazo (acima de 360 "0 "0% " "dias) " " " "Mensalmente "1 "33.33% " "Outros "0 "0% " "Total "3 "100% " Fonte: Pesquisa de Campo, 2006/2007. Na tabela 4, percebe-se que a aplicabilidade efetiva do plano orçamentário pode ser impedida por fatores externos e/ou internos, o qual varia de hospital. Podendo ser apenas um desses fatores como os dois ao mesmo tempo. Tabela 4 – Fatores que impedem a efetiva realização do plano orçamentário em sua aplicabilidade. "Fatores "Nº de "Participaçã" " "hospitais "o " "Externos "1 "33.33% " "Internos "1 "33.33% " "Externos e "1 "33.33% " "internos " " " "Total "3 "100% " Fonte: Pesquisa de Campo, 2006/2007. Em termo de variações de um orçamento anterior com o vigente pode ser feita de vários modos, dentre eles análise no aumento de materiais e medicamentos e até mesmo confrontando com relatórios de alguns consultores. Tabela 5 – Análises de variações dos orçamentos. "Análise de "Nº de "Participaçã" "variações "hospitais "o " "Sim "3 "100% " "Não "0 "0% " "Raramente "0 "0% " "Total "3 "100% " Fonte: Pesquisa de Campo, 2006/2007. De acordo com a tabela 6, verifica-se que os itens que mais oscilam são os materiais diretos visto que em alguns a distinção encontra-se na proporção em que eles oscilam. E o segundo item, no caso, são as despesas operacionais. Tabela 6 – Itens integrantes do orçamento que mais oscilam de um período a outro com sua proporção. "Itens "Nº de "Participaçã" " "hospitais "o " "Materiais diretos " " " "5% a 20% "1 "33.33% " "21% a 35% "1 "33.33% " "35% a 50% "0 "0% " "Despesas "1 "33.33% " "Operacionais " " " "Outros "0 "0% " "Total "3 "100% " Fonte: Pesquisa de Campo, 2006/2007. Na tabela 7, percebe-se que 66.67% dos hospitais afirmam que existe a influência da elaboração do orçamento hospitalar, na opção de fornecimento dos materiais utilizado pelo hospital, haja vista que essa influência encontra-se na busca de materiais que substituam outros dentro da mesma qualidade e função. Tabela 7 – Existência da influência da elaboração do orçamento hospitalar na opção de fornecimento de materiais hospitalares. "Influênci"Nº de "Participaçã" "a "hospitais "o " "Sim "2 "66.67% " "Não "1 "33.33% " "Raramente"0 "0% " "Total "3 "100% " Fonte: Pesquisa de Campo, 2006/2007. Como mostra a tabela 8, os hospitais buscam controlar e, até mesmo banir, o desperdício de vários modos como forma de evitar entrar em possíveis dificuldades financeiras. Tabela 8 – Métodos utilizados no controle do desperdício, a partir da elaboração do orçamento. "Métodos "Nº de "Participaçã" " "hospitais "o " "Provisão para "1 "33.33% " "perdas " " " "Reservas "0 "0% " "Outros "2 "66.67% " "Total "3 "100% " Fonte: Pesquisa de Campo, 2006/2007. De acordo com a tabela 9, existe uma discordância sobre se o orçamento reduz ou não os gastos operacionais, ou se equilibra os custos. Tabela 9 – Auxílio do orçamento na redução dos tradicionais gastos operacionais. "Auxílio "Nº de "Participaçã" " "hospitais "o " "Redução de gastos operacionais "1 "33.33% " "Equilíbrio de alocação de "1 "33.33% " "custos " " " "Apenas auxilia, mas não reduz "1 "33.33% " "os gastos " " " "Outros "0 "0% " "Total "3 "100% " Fonte: Pesquisa de Campo, 2006/2007. A tabela 10 mostra que os hospitais baseiam-se, primeiramente, em reuniões setoriais para a elaboração de um orçamento por departamento, somente após é feito um orçamento geral. Tabela 10 – Passos e demonstrativos necessários aos hospitais para viabilizar o orçamento hospitalar. "Passos e demonstrativos "Nº de "Participaçã" " "hospitais "o " "Somente relatório por "0 "0% " "departamento " " " "Somente relatório geral "0 "0% " "Relatório por departamento "3 "100% " "Geral " " " "Total "3 "100% " Fonte: Pesquisa de Campo, 2006/2007. Fica claro na tabela 11 que varia entre os hospitais a área responsável pela elaboração do orçamento, podendo este ser feito pelo setor administrativo, financeiro ou outros. Tabela 11 – Área responsável pra elaborar o orçamento. "Área "Nº de "Participaçã" " "hospitais "o " "Administrati"1 "33.33% " "va " " " "Financeira "1 "33.33% " "Outros "1 "33.33% " "Total "3 "100% " Fonte: Pesquisa de Campo, 2006/2007. Na tabela 12, observa-se que a maioria dos hospitais utilizam a comunicação direta através de reuniões e indireta por meio de relatórios. Tabela 12 – Comunicação entre os setores do hospital para a elaboração. "Comunicação "Nº de "Participaçã" " "hospitais "o " "Direta "1 "33.33% " "Indireta "0 "0% " "Direta e "2 "66.67% " "indireta " " " "Não há "0 "0% " "comunicação " " " "Total "3 "100% " Fonte: Pesquisa de Campo, 2206/2007. Conforme a tabela 13 pode-se perceber que 100% dos hospitais investigados possuem nível de escolaridade superior em outras áreas que não sejam de Contabilidade. Tabela 13 – Nível de escolaridade dos gestores administrativos. "Nível de escolaridade"Nº de "Participaçã" " "hospitais "o " "Nível Médio "0 "0% " "Técnico em "0 "0% " "Contabilidade " " " "Superior em "0 "0% " "Contabilidade " " " "Outros "3 "100% " "Total "3 "100% " Fonte: Pesquisa de Campo, 2006/2007. De acordo com a tabela 14 percebe-se que alguns hospitais estudados possuem princípios orientadores diferentes, na determinação dos custos hospitalares na elaboração do orçamento e outros não seguem um determinado princípio, baseiam-se em experiências, pareceres de consultores. Tabela 14 – Princípio orientador para a determinação dos custos hospitalares na elaboração do orçamento. "Princípios "Nº de "Participaçã" " "hospitais "o " "Custos "1 "33.33% " "setoriais " " " "Não há "1 "33.33% " "Outros "1 "33.33% " "Total "3 "100% " Fonte: Pesquisa de Campo, 2006/2007. A tabela 15 revela que o orçamento influencia no programa de trabalho através de tomadas de decisões. Tabela 15 – Influência do orçamento no programa de trabalho para o hospital. "Influência no programa de "Nº de "Participaçã" "trabalho "hospitais "o " "Positiva "3 "100% " "Negativa "0 "0% " "Não há "0 "0% " "Total "3 "100% " Fonte: Pesquisa de Campo, 2006/2007. Segundo a tabela 16 o orçamento hospitalar é um instrumento de planejamento e controle utilizado, principalmente, nas tomadas de decisões conforme pesquisa feita. Tabela 16 – Situações em que o orçamento hospitalar é um eficiente instrumento de planejamento e controle. "Situações "Nº de "Participaçõ" " "hospitais "es " "Tomadas de decisões "2 "66.67% " "Acompanhamento e controle de "1 "33.33% " "metas " " " "Outros "0 "0% " "Total "3 "100% " Fonte: Pesquisa de Campo, 2006/2007. 4.0 – Considerações Finais Através da Pesquisa de Campo feita na área dos hospitais particulares da cidade de Feira de Santana-Bahia, pode-se perceber nos hospitais investigados o amplo conhecimento da teoria que envolve a questão dos custos hospitalares, os quais devem proporcionar informações para o estabelecimento de um orçamento. E a partir deste, planejar, controlar e coordenar todas as operações de hospital. Porém, vale ressaltar que existem, ainda, controvérsias relacionadas ao potencial dos orçamentos no que se referem à maximização das receitas e minimização dos custos. Em face desse conhecimento teórico embasado em estudos, leituras e, principalmente, em seminários, toda essa teoria encontra-se aplicada na prática realçando a existência necessária que deve haver na relação entre teoria e prática. Assim sendo, a investigação nesses hospitais refletiu a análise de que o orçamento elaborado de forma inteligente e adequado é capaz de mostrar, através da síntese de variações ocorridas nele, os pontos que mais devem ser debatidos de modo a corrigir gastos excessivos ou mesmo o desperdício como ocorre, geralmente, na área direcionada a curativos, por exemplo. Também, questões relacionadas com novos investimentos, com programas de trabalho, entre outros, mostram que em muito o orçamento pode contribuir e a primeira estância esses hospitais têm chegado a essa conclusão. Observou-se com este trabalho que o orçamento hospitalar é uma ferramenta de controle eficaz e de redução de custo, e que juntamente com a área de custos monetariza as informações, estas que servirão de alicerce para as tomadas de decisão dos hospitais. 5.0 – Referências AUBERT, Gerard et. all. Gestão Hospitalar. Um desafio para o hospital brasileiro. Cooperação Brasil – França: Editions ENSP, 1995. BERMAN, Howard J., WEEKS, Lewis E. Administração Financeira de Hospitais. Tradução de Katherine Marie – José Okretic. São Paulo: Livraria Pioneira Editora. Contabilidade Vista & Revista. v.15; n.3, dez. 2004. Publicação do departamento de Ciências Contábeis da FACE/UFMG. CREPALDI, Silvio Aparecido. Curso Básico de Contabilidade de Custos. São Paulo: Atlas, 1999. FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Dicionário da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1993. FINKLER, Steven A. Essentials of cost accounting for health care organizations. Gaithersburg, Maryland: Aspen, 1994. 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