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Curso Básico De Bovinocultura

ALIMENTAÇÃO DO REBANHO NA ÉPOCA SECA, MANEJO E ALIMENTAÇÃO EM UM REBANHO LEITEIRO NAS DIFERENTES FASES DE CRIAÇÃO, Desmama ou desaleitamento precoce, Concentrado para bezerros, Instalações para bezerros, NOVILHAS EM CRESCIMENTO, Época de cobrição, VACAS, Sistema extensivo, Sistema semi-intensivo, Sistema intensivo, Sistemas de alimentação, MANEJO REPRODUTIVO, OBJETIVOS DO MANEJO REPRODUTIVO, MANEJO DAS VACAS, CONTROLE REPRODUTIVO DO REBANHO, Detecção de cio, Como solucionar o problema de detecção de cio, Efeito do...

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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS CAMPUS DE JABOTICABAL CURSO BÁSICO DE BOVINOCULTURA LEITEIRA ENGº AGRº DANILO GUSMÃO DE QUADROS CONSULTOR TÉCNICO [email protected] BARRETOS, SP DEZEMBRO DE 2000 ALIMENTAÇÃO DO REBANHO NA ÉPOCA SECA – Numa exploração leiteira deve-se planejar o fornecimento de volumoso para a época de escassez de forragem, onde a pastagem é deficiente em quantidade e qualidade de forragem. - Pasto reservado – 90 dias antes do uso – Deve ser utilizado junto ao banco de proteína com leguminosas ou sal proteinado. Cana corrigida (uréia + sulfato de amônio) – cuidados na utilização da uréia que pode causar intoxicação. Resíduos agrícolas. Silagem – Forragem verde e úmida conservada pela fermentação de microrganismos anaeróbios. Feno – Forragem conservada no ponto ótimo de valor nutritivo, através da desidratação. Culturas de inverno para pastejo – Aveia, Azevém, Milheto. Capineira – Difícil manejo. Em comparação dos custos de silagem de milho com a cana-de-açúcar, tem-se: Silagem Cana Produção da vaca (L leite/ 10 15 20 10 15 vaca/dia) Silagem de milho (R$0,022/kg) 30 30 30 Cana (R$ 0,01/kg) 30 30 Concentrado (R$ 0,22/kg) 3 5 Farelo de soja (R$ 0,24/kg) 1 1 Caroço de algodão (R$ 0,17/kg) 1 2 2 2 2 Uréia + Sulf. de amônio (R$ 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 0,25/kg) Sal mineral (R$ 0,35/kg) 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 Custo da dieta (R$) 1,20 1,78 2,22 1,01 1,64 Custo/L de leite (R$) 0,12 0,119 0,111 0,101 0,109 MELLO (1998) 20 30 6 2 0,2 0,2 2,08 0,104 O custo de produção é a etapa que deve ser realizada em um balancete anual. Primeiro essa etapa começa no PLANEJAMENTO, depois a anotação do fluxo de caixa (entrada e saída de capital), ao final, realiza-se os cálculos de custos fixos e variáveis, margem de lucro em uma análise financeira. Exemplos de custos de produção e preço recebido por litro de leite de diversos sistemas de produção nas principais regiões produtoras do Brasil Sistema Alimentação Custo Preço (centavos/L) recebido(centavos/L) Pastejo extensivo Gramíneas tropicais 10-15 15-20 Pastejo intensivo Gramíneas tropicais adubadas 18-22 23-28 + cana com níveis moderados de concentrados na seca Confinamento Silagem + Feno + nível alto de 35-38 38-40 concentrados ASSIS (1997) 1 O produtor pode melhorar esse quadro com a utilização de leguminosas e gramíneas adaptadas à região. Deve-se ter no mínimo 3 espécies de gramíneas e 3 de leguminosas na propriedade. Exemplo prático – Capim elefante e leucena – para seca Capim braquiária protelado e estilosantes – para seca Capim colonião, Tanzânia, mombaça – pastejo rotacionado intensivo Consórcio braquiária estilosantes, ou soja perene, ou calopogônio E existem muitas outras possibilidades – As leguminosas promovem a redução de custos de produção e melhoria da produtividade, além de condições de perenidade da capacidade produtiva das pastagens, evitando a degradação. O uso de leguminosas na pastagem proporciona uma melhoria da dieta dos animais (rica em proteína) e produção da pastagem, com conseqüente aumento da taxa de lotação e produtividade, diminuindo os custos fixos. MANEJO E ALIMENTAÇÃO EM UM REBANHO LEITEIRO NAS DIFERENTES FASES DE CRIAÇÃO 1. BEZERRO - Nascimento até desmama  A criação de bezerros é o primeiro passo na exploração leiteira.  Práticas adequadas de manejo, alimentação e higiene:   mortalidade   custo da alimentação  Criação de fêmeas de reposição - Melhoria genética  Os cuidados com os bezerros começam com a vaca gestante.  Deficiências pré-parto  crescimento  susceptibilidade a doenças (Diarréias e pneumonias)  60 dias pré-parto  pasto maternidade: limpo, seco e “próximo estábulo”, mas com tranqüilidade  Nascimento  observar o bezerro; se necessário remover membranas fetais e muco do nariz  o bezerro deve mamar o colostro o mais rápido possível (antes de 6 horas)  ou fornecer mamadeira (2 litros)  cortar o cordão umbilical  outros cuidados: descorna, corte de tetas extras, etc.  água fresca e limpa 2 Eficiência de Absorção de Anticorpos 100 90 80 Eficiência (%) 70 60 50 40 30 20 10 0 0 1,5 3 6 9 12 15 18 21 24 Horas pós-parto PROTEÍNA (%) C O N C E N T R A Ç Ã O D E P R O T E ÍN A N O C O L O S T R O P R O D U Z ID O N A S P R IM E IR A S O IT O O R D E N H A S 1 1 1 1 6 4 2 0 8 6 4 2 0 1 2 3 4 5 6 7 8 O R D E N H A P Ó S -P A R T O 3 Tabela 1 - Concentração sérica (48 Obtenção do colostro Balde (isoladamente) horas) das imunoglobulinas absorvidas (unidades T.S.Z.). Número de bezerros Imunoglobulinas absorvidas Balde (na presença da mãe) 10 10,3 10 17,7 Fonte: Selman et al. (1971). Tabela 2 - Efeito do tempo de permanência do bezerro com a vaca, logo após o nascimento, sobre seu desempenho. Ganho de peso Tratamento Número de vacas 0 - 75 dias (g/dia) Apartado ao nascer colostro no balde Com a vaca por dez horas após o nascimento Com a vaca por 48 horas após o nascimento 30 497 30 635 26 713 Fonte: Rusev & Tomova (1981). Aleitamento natural Vantagens menor incidência de diarréias ? Desvantagens  custos de alimentação  desempenho reprodutivo das vacas ?  incidência de mastite  mão-de-obra para alimentação  Alternativa  aleitamento natural controlado “$” Aleitamento artificial Vantagens bom desenvolvimento controle da quantidade de leite fornecido facilita manejo Desvantagens maior cuidado com limpeza e desinfecção maiores investimentos em equipamentos pessoal mais treinado (nível de higiene elevado) vacas especializadas ou mestiças selecionadas  Fornecer 3 - 4 litros divididos em duas vezes ao dia.  Após 1 semana até desmame  fornecimento de leite 1 vez/dia. Desmama ou desaleitamento precoce Aleitamento natural - consomem quantidades excessivas de leite Custo de alimentação à base de concentrado é inferior à alimentação com leite - desmama precoce O sucesso do programa depende  fornecimento de concentrado adequado 4  manejo e cuidados adequados  mão-de-obra qualificada - mulher Tabela 3 - Idade em que os pesos dos bezerros recebendo diferentes quantidades de leite se igualaram. Idade à desmama (dias) Idade1 Referências 28 ou 56 12 meses 56 6 meses Butterworth & Murillo (1970) Bona Filho et al. (1981) 21 ou 42 6 meses 3,0 ou 4,0 kg 47 3,0 ou 4,0 kg 49 12 meses desde o nascimento Quantidade de leite fornecida 3,0 kg 4,0 kg ou 10% pv 3,2 kg 1 Owen & Larson (1982) Carvalho et al. (1983) Bona et al. (1984) Idade em que os pesos dos bezerros, entre os grupos testados, se igualaram. Critérios para desmame idade: 45 - 90 dias peso vivo ganho de peso consumo de concentrado  ganho de 600 - 800 g/dia Tabela 4 - Consumo médio de concentrado e ganhos médios de peso de bezerros sendo estimulados a consumir concentrado1 ou não (controle) - 12 animais por tratamento. Semana2 1 2 3 4 5 Consumo de concentrado (kg) Çontrole 0,7 1,4 2,3 2,9 4,9 Estimulados 0,7 1,6 2,9 3,7 6,8 Ganho de peso (kg) Controle Estimulados 1,5 2,7 1,2 1,8 2,6 3,6 3,6 4,2 0,7 1,6 Fonte: Morril et al. (1981). 1 O estímulo consistia no fornecimento de uma porção de concentrado no fundo do balde, ao final da refeição líquida. 2 Desaleitamento aos 28 dias de idade. Concentrado para bezerros textura grosseira sabor adocicado ingredientes variados baixo nível de fibra sais minerais e vitaminas 5 Volumosos para bezerros - precocemente ou após 90 dias - (desenvolvimento do rúmen) bons fenos > bons verdes picados > boas silagens Instalações para bezerros  Nos primeiros dois meses de vida os bezerros devem ser mantidos isolados uns dos outros para evitar proliferação de doenças.  Instalações inadequadas   taxas de mortalidade  Instalações adequadas  Bezerreiro local limpo separação por idade baixa umidade livre de ventos fortes camas secas boa ventilação sombra  custo elevado  menores taxas de crescimento   risco de diarréias e problemas respiratórios ,  estresse  higiene difícil  Um sistema que tem apresentado bons resultados é o de casinhas. 2. NOVILHAS EM CRESCIMENTO A definição de um sistema de manejo e alimentação de bezerros depende de uma gama de fatores:  produto final  condições de mercado  custo de alimentação e mão-de-obra  taxa desejada de reciclagem do capital Não existe modelo padrão de crescimento:  Parição precoce (24 meses) - Raças especializadas  Parição intermediária (<30 meses) - Mestiças  Parição tardia (> 34 meses) Insumos disponíveis e baratos Política estável de produção de leite Utilização mais intensiva da terra  Parição precoce vantajosa 6  A glândula mamária tem grande desenvolvimento até 12 meses de idade e este desenvolvimento pode ser negativamente influenciado por altos níveis nutricionais. Ganhos > 800 g/dia  problemas reprodutivos e produtivos (gordura na glândula mamária) Alternativas:      Piquetes limpos, secos, com sombra e água Separação das bezerras por lotes de idade ou peso vivo Concentrado  1,0 a 2,0 kg/dia após desmama Bom volumoso Suplementação Peso à cobrição Holandês e Pardo Suíço Guernsey Jersey Mestiços kg 330-370 275 250 320-330 O peso à parição é mais importante que o peso à cobrição.  Parições abaixo deste peso, ou antes, de 24 meses podem ocasionar dificuldades de parto e comprometer o crescimento posterior. Tabela 6 - Peso vivo médio desejado para novilhas de raças leiteiras serem cobertas aos 15 meses e parirem aos 24 meses de idade. Raças Holandesa e Suiça Idade (meses) Peso vivo (kg) GP no período (g/dia) Jersey Mestiça 15 24 15 24 19 28 340 540 240 380 320 490 700 740 520 520 560 630 Época de cobrição:  Não alterar o regime alimentar  Touro fértil não muito pesado  Observação de cio e anotações de ocorrências reprodutivas Primeiro parto  cuidados com as novilhas Antes do parto, suprir as demandas para:  crescimento do corpo 7    do útero do feto e suas membranas acumular reservas para a primeira lactação Após o parto, suprir as demandas para:  manutenção  lactação  crescimento  retorno ao ciclo estral O ponto de estrangulamento da produção leiteira nos trópicos está no adequado crescimento das novilhas, que se apresentam com avançada idade de cobertura e de primeira cria. 3. VACAS Independente do tipo do animal, o sistema de produção baseado em pastagens é o mais barato, para adota-lo de maneira eficiente o produtor deve ter treinamento pelo técnico que fornece assistência técnica. Tabela 7 - Proporção volumoso:concentrado e alterações na produção e composição do leite e consumo de matéria seca. Leite (kg/dia) Gordura (%) Leite corrigido (kg/dia) Consumo MS (kg/dia) Fibra (%) 90:10 14,2 3,6 Volumoso:Concentrado 60:40 30:70 17,5 17,0 3,6 3,5 0:100 17,5 2,4 13,6 16,0 15,0 13,5 19,6 28,7 18,8 21,8 17,1 14,9 14,5 7,3 Não se pretende ditar normas ou fornecer receitas de como manejar e alimentar vacas em produção. O melhor sistema de manejo e alimentação deve ser aquele que atenda:  ao nível de produção do rebanho  ao número de animais  às instalações existentes  à automatização desejada na alimentação  ao custo do sistema  à disponibilidade de capital Condições  extensiva  semi-intensiva  intensiva Sistema extensivo Predominante no Brasil A máxima produção de leite em um sistema exclusivamente a pasto está nos limites de 5-10 L/dia 8 A digestibilidade da MS da pastagem ≤ 55-59% Tabela 8 - Consumo máximo e digestibilidade mínima da matéria seca para animais com diferentes pesos e produções. Produção Peso vivo(kg) Consumo de MS (kg/dia) Diges.mínima da MS (%) 5 l/dia 10 l/dia 15 l/dia 450 550 450 550 450 550 11,6 13,6 12,4 14,3 13,1 15,1 59 56 60 58 63 60 Tabela 9 - Exigências de PB e NDT para diferentes níveis de produção e PB e NDT fornecidos por volumoso123. Item Exigência PB NDT 1,0 6,5 5 l/dia Pasto (kg/dia) 1,0 7,5 Déficit Exigência +1,5 1,4 8,0 10 l/dia Pasto (kg/dia) 1,1 8,0 Déficit -0,3 - 1 Animais pesando 500 kg Exigências de energia para mantença, acrescida de 30% 3 Admitidos PB = 8% e NDT = 60% 2 Com o manejo correto das pastagens, consegue-se níveis de proteína mais adequados, suportando uma produção de até 10 litros de leite/vaca/dia, sem qualquer utilização de concentrados. Para manter nível constante de produção o ano todo  Sistema semi-intensivo Verão  pastagem (pastejo rotacionado - boa opção) Período seco  suplementacão (forragem conservada - silagem e feno) Capim picado  difícil manejo  rápida no valor nutritivo  consumo Cana-de-açúcar  utilizar NNP para baixas e médias produções  valor nutritivo Sistema intensivo Suplementação o ano todo - justificável para animais com elevado nível de produção Sistemas de alimentação Finalidades  Tornar possível a alimentação das vacas de maneira eficiente e econômica, cada um com implicações nutricionais e produtivas particulares.  Sistema convencional  Formas intermediárias 9  Parte do concentrado na sala de ordenha e parte fora  Todo o concentrado junto ao volumoso, distribuído manualmente  Alimentadores automáticos  Dieta completa  Única  Duas ou mais Métodos de agrupamento de vacas em lactação O número de grupos está relacionado com o tamanho e heterogeneidade do rebanho e com a condição física das instalações.        Grupo de primíparas Produção de leite no dia do controle Produção de leite corrigido para 4% de gordura Mérito leiteiro Estádio de lactação Condição corporal Condição reprodutiva MANEJO REPRODUTIVO Para que haja produção de leite é necessário que as novilhas entrem logo em reprodução e que as vacas recém-paridas voltem a ciclar logo após o parto e concebam, visando um intervalo entre partos de 12 a 13 meses. Para que o manejo como um todo ande bem sincronizado é necessário que haja um relacionamento muito bom entre o proprietário, o encarregado, os vaqueiros e os técnicos (veterinário, agrônomo e/ou zootecnista). OBJETIVOS DO MANEJO REPRODUTIVO 1. Estabelecer ou reestabelecer a lactação e maximizar a eficiência da conversão alimentar. 2. Produção de bezerros geneticamente superiores para reposição ou Produção de bezerros (as) para venda a rebanhos leiteiros ou para abate. 3. Minimizar os custos associados com manutenção de vacas não lactantes, desmamar alta porcentagem de bezerros e reduzir os descartes reprodutivos. 4. Programar parições para melhor época dos preços do leite ou da disponibilidade de alimentos. 5. Direcionar cruzamentos para reduzir distocias em novilhas. 6. Minimizar a transmissão de doenças sexualmente transmissíveis  uso da I.A. 10 Termos comumente usados para caracterizar várias fases da vida ou de um ciclo estral de um animal:        Pré-púbere Púbere Anestro Período de serviço Intervalo de partos Ciclo estral Intervalo parto-1o cio Primeiro parto  cuidados com as novilhas Antes do parto, suprir as demandas para:  crescimento do corpo  do útero  do feto e suas membranas  acumular reservas para a primeira lactação Após o parto, suprir as demandas para:  manutenção  lactação  crescimento  retorno ao ciclo estral Idade ao 1o parto  Ideal: 24 meses Boa: 30 meses Mestiços: entre 30 e 36 meses Quanto mais cedo se chega à puberdade e quanto mais cedo o 1o parto, maiores deverão ser os cuidados com o animal pós-parto, porque ocorre uma diminuição da capacidade reprodutiva. Deseja-se que a parição seja o mais cedo possível, com o animal tendo boas condições corporais para suportar a gestação e a lactação. Peso à cobrição Holandês e Pardo Suiço Guernsey Jersey Mestiços kg 330-370 275 250 320-330 O peso à parição é mais importante que o peso à cobrição. Vantagens da idade ao 1o parto precoce  maior produção leiteira  maior pressão de seleção no rebanho  menor intervalo entre gerações A facilidade do parto está relacionada com o tamanho do bezerro, a abertura da cavidade pélvica e o vigor e a força da novilha ao parto. Problemas de parto ocorrem: 11  novilhas pequenas e/ou subalimentadas  novilhas muito jovens e de grande porte, mas com muita gordura  novilhas cruzadas com touros que produzem bezerro muito grande  Falta de exercício ou confinamento restrito aumentam os problemas de parto. MANEJO DAS VACAS As vacas devem:  ter um período seco de, aproximadamente, 60 dias  parir com uma boa condição corporal  após o parto, receber alimentação de boa qualidade Os animais devem apresentar cio até 60 dias após o parto normal. As inseminações ou cobrições poderão ser realizadas a partir do 45o dia pós-parto Inseminações antes do 45o dia:  menor chance de sucesso  eleva-se o número de doses de sêmen por cria nascida  poderá afetar a produção de leite  Diagnóstico de prenhez o mais precoce possível:  35 dias palpação  21 dias teste progesterona no leite  21 dias ultrassom CONTROLE REPRODUTIVO DO REBANHO Os baixos índices reprodutivos podem ser melhorados por maior atenção:  à alimentação  à detecção de cio  ao diagnóstico precoce das vacas problema e eliminação das mesmas  a um maior envolvimento do pessoal responsável Existem várias formas de se ter o controle reprodutivo do rebanho: 1a. Identificação mais visível possível de cada animal  Tatuagem + brinco  Ferro a quente ou a frio  Corrente no pescoço, etc 2a. Fichamento, seja em fichas próprias ou em computadores  Processo seguro e de fácil acesso  Qual método dependerá da estrutura de cada fazenda Quadros de parede são muito simples e práticos  desde que as instruções sejam dadas e estes estejam fixados em lugar de fácil visualização. 1. Partos ocorridos 2. Cio ou inseminação 3. Parto provável 12 Sempre anotar datas:  de parto  cio  coberturas e inseminações  secreções  medicamentos aplicados  comportamentos anormais  abortos  partos distócicos  retenção de placenta  febre vitular  outros  As anotações zootécnicas são importantes para técnicos e produtores, pois retratam a eficiência reprodutiva e produtiva do rebanho. Detecção de cio É o principal problema em gado de leite, é o grande responsável pela baixa eficiência reprodutiva nos rebanhos leiteiros. O observador deve conhecer bem os sinais de cio:  a vaca deixa-se ser montada  tenta montar outras vacas ou rufião  fica inquieta  diminui produção de leite  tem corrimento de muco pela vulva  vulva edemaciada  vagina hiperêmica Fatores que influem na intensidade e/ou expressão do cio:  número de animais em cio  tamanho do grupo  tipo de instalação  tipo de piso  temperatura ambiente  período de observação Cio não observado é dinheiro perdido.  21 dias de alimentação com baixa produção de leite ou sem produção de leite.  US$ 5,00 por dia excedente a 12 meses, calculados por:  perdas com produção de leite  custos de reposição  custos adicionais com reprodução  serviços veterinários  medicamentos  redução do melhoramento genético 13 Como solucionar o problema de detecção de cio: 1. A observação de cios deve ter prioridade máxima dentro do manejo. 2. Não sobrepor nenhuma atividade à observação do cio, como: alimentação, limpeza de curral; estas atividades afetam o comportamento dos animais e distraem o observador. 3. Utilizar fichas e quadros de rebanho, que possibilitem ter idéia de quando o cio vai ocorrer. 4. A observação dos cios deve começar logo após o parto. 5. As observações de cio devem ser realizadas por um período não inferior a 30 min e, pelo menos, duas vezes ao dia:  manhã e à tarde  meio-dia e à noite   eficiência 6. Vacas, estabuladas ou não, devem ser observadas em grupo, em área onde os animais se sintam seguros. 7. As pessoas envolvidas no serviço de inseminação devem conhecer os sinais de cio. 8. Usar a ajuda de rufião para detecção de cios  marcador bursal Tabela 10 - Efeito do rufião na detecção de cio de novilhas e vacas. Grupo Novilhas com rufião sem rufião Ciclo estral Número de Intervalo médio* animais Retorno ao cio Número de Intervalo médio* animais 88 184 34 44 97 146 29 36 74 138 28 35 91 180 26 33 Vacas com rufião sem rufião * Dias (Kiddy, 1979). Dar atenção ao manuseio, local de deposição de sêmen e hora em que se deve inseminar o animal em cio. 14 Quando o número de vacas é >150 são aconselháveis agrupamentos por estádio reprodutivo. Grupos reprodutivos Grupos de alimentação 1. Vacas pré-inseminação 45-50 dias pós-parto 1. Pré-pico (até 45 dias pósparto) 2. Período de inseminação >45-50 dias pós-parto. Não repetiu cio com 24 dias pós-inseminação  Grupo 3 2. Pico de lactação (45 a 90 dias pós-parto 3. Diagnóstico de gestação 45-60 dias *observação de cio 3. Faixa de menor produção 4. Lactantes e gestantes 4. Final de lactação 5. Secas e gestantes 5. Período seco 6. Vacas com problemas reprodutivos Rebanhos não homogêneos  identificação com cordas de cores diferentes Tratar, o mais breve possível, anormalidades clínicas pós-parto (principalmente retenção de placenta e infecções uterinas)  Quanto mais cedo o animal ciclar antes de iniciar o período de cobertura pósparto, melhor. Efeito do calor Temperatura ambiente elevada tem efeito negativo na fertilidade  taxa de concepção  taxa de mortalidade embrionária Estresse térmico   incidência de ovulações silenciosas  tempo que o animal permanece em cio. De 18 h  vai para 10 h Segundo Thatcher et al. (1978): Vacas que tiveram acesso à sombra Vacas que não tiveram acesso à sombra Produção de leite Taxa de concepção + 10,6% 44,4% 25,3% 15 MANEJO SANITÁRIO DOS REBANHOS DE LEITE O manejo sanitário é fundamental para o êxito da produção de leite. Estabelecimento de medidas preventivas - reduzir incidência de doenças. Manejo da vaca gestante Separação em dois lotes  3 semanas pré-parto   consumo  adaptação ao ritmo de manejo   estresse  BCA Os animais devem ser bem alimentados  crescimento fetal  formação de um colostro rico Novilhas  frequentar as instalações Vacinação contra agentes da pneumoenterite - um mês antes da parição Vermifugação uma semana pré-parto Observação constante, pelo menos duas vezes ao dia - socorrer alguma anormalidade vulva  retenções de placenta  partos distócicos Lavagem e desinfecção das mãos auxílio ao parto do operador e dos  lesões de instrumentos utilizados para o Manejo dos bezerros Nascimento, preferencialmente, nos piquetes - menos normalmente usadas pelo rebanho contaminados que as instalações Importantíssimo - Ingestão de colostro em quantidades suficientes. Após 24 horas, a mucosa intestinal torna-se impermeável às Ig. Umbigo dos recém-nascidos - porta de entrada para germes algumas vezes fatais. que podem ocasionar infecções,  A desidratação do umbigo deve ser feita o mais rápido possível  Higiene das mãos e dos instrumentos  Massagem do coto umbilical (de cima para baixo)  Corte do coto (dois dedos) 16  Imersão em tintura de iodo a 10% por 30”  Repetir o tratamento por dois dias  Repelentes devem ser usados nas épocas de maior incidência de moscas Bezerreiros x Abrigos individuais Excesso de umidade Controle do consumo Concentração excessiva Limpeza facilitada de patógenos e amônia Raios solares secagem Investimentos elevados desinfecção  estresse   resposta Evita promiscuidade imunológica Competição por alimentos Pré-imunização  estresse  Corte de tetas suplementares duas primeiras semanas  Mochação Manejo geral do rebanho Desde o nascimento, algumas medidas preventivas de controle de doenças devem ser empregadas. É possível diminuir os custos de produção, principalmente com medicamentos, quando se realizam medidas profiláticas como esquema de limpeza, desinfecção, vacinações, desvermifugações, etc. Prevenção de doenças Controle por meio de vacinações Brucelose Carbúnculo sintomático Febre aftosa Leptospirose Pneumoenterite Raiva Brucelose  Vacinar todas as bezerras entre 3 e 8 meses de idade  marcar “V” com ferro quente na face esquerda  Nas fêmeas pode causar: aborto ( 7o mês de gestação) retenção de placenta 17 repetições de cio sub-fertilidade até esterilidade  Nos machos  orquites, sub-fertilidade e até esterilidade  Risco de contaminação para o homem  leite, material abortado e restos de placenta  O teste de soroaglutinação rápida deve ser realizado, pelo menos, Animais considerados positivos  descartados para abate uma vez ao ano.  Comprar animais somente com a realização do teste Leptospirose  Vacinar somente se houver casos na propriedade ou região  Usa-se a sorologia para detecção do sorotipo prevalente  1a dose a partir do 4o mês de idade - repetir de 6/6 meses, durante dois anos  Após dois anos  anual Tuberculose  Doença contagiosa, podendo afetar os animais em  Pode ser transmitida ao homem  leite, contato direto qualquer idade com animal doente  Exame semestral - Tuberculinização comparada (aviária, mamífera)  isolar os animais positivos e retestá-los após 60 dias. Os positivos confirmados deverão ser descartados para abate ou tratados especificamente ($)  Animais suspeitos  separá-los, resultados negativos consecutivos repetindo a tuberculinização de 60/60 dias, até obter três  Antes da compra dos animais, fazer tuberculinização Febre Aftosa A vacina contra febre aftosa deve seguir a campanha de vacinação local, de acordo com o calendário nacional – Ministério da Agricultura e Pecuária. Raiva  Em casos de surtos na região  vacinar todos os animais a partir de quatro meses de idade. Revacinar 40 dias após.  Reforço anual com vacina morta. Carbúnculo Sintomático  Vacinação a partir dos quatro meses de idade.  Repetição a cada seis meses, até 24 meses de idade. 18 Controle de endoparasitas As vermifugações são de grande importância entre os animais de cria e recria.  Animais com até um ano de idade  vermifugar a partir de dois meses de idade. Repetir a cada dois meses, até um ano. Época da seca menor população de vermes na pastagem alimentação de pior qualidade Época das águas maior população de vermes alimentação de melhor qualidade  Animais de um a dois anos de idade  esquema estratégico: três vermifugações nos meses mais secos, com intervalo de dois meses. Ex: meses mais secos  J J A vermifugações  M J S  Animais adultos  vermifugar 5-10 dias pré-parto Controle de ectoparasitas Berne  Combate ao berne durante a primavera (set/out)   população de mosca no verão  Limpeza dos pastos  Banhos, “pour on”, injetável, etc. Carrapatos  O controle dos carrapatos é de fundamental importância   transmitem os agentes da tristeza parasitária  danos diretos  Importante  os animais devem entrar em contato com os carrapatos desde cedo, mantendo uma carga moderada e constante de carrapatos durante todo o ano.  Devemos minimizar gastos com carrapaticida e evitar, ao máximo, o aparecimento de resistência.  Águas   velocidade do ciclo  > número de carrapatos  Seca (frio e seco)  população reduzida Período primavera/verão  temperaturas < 400 m altitude Período outono/inverno  temperaturas  Antes de adotar qualquer produto  fazer teste de resistência a carrapaticidas 19  Controle estratégico Banhos de 21-21 dias ou 28-28 dias 4 a 5 litros de calda por animal (banhar todo o corpo) Banhar todos os animais Obs: Pode-se optar por um produto “pour on”  “$”  Manejo adequado da população de carrapatos  método preventivo mais seguro contra tristeza parasitária Cascos Problemas de cascos são freqüentes em confinamento e terrenos muito acidentados com muitas pedras.  piso muito abrasivo  umidade alta  acúmulo de MO (fezes e urina) e patógenos Prevenção  Pedilúvio (sulfato de cobre e formol, ambos a 5%)  Vistoria anual dos cascos Controle de mamite - Manter as instalações e equipamentos limpos para obtenção de uma ordenha higiênica - Realizar diariamente o teste da caneca telada, utilizando os primeiros jatos de leite - O teste de CMT deverá ser realizado uma vez por mês - Fazer “pré-dipping” e “pós-dipping” - Fazer linha de ordenha “Medidas profiláticas favorecem muito a manutenção das condições de saúde dos animais, contribuindo, assim, para um melhor aproveitamento da produtividade dos rebanhos.” GLÂNDULA MAMÁRIA - seleção para produções muito altas - ordenha mecânica - grande importância do entendimento da anatomia e fisiologia da glândula mamaria - 4 quartos completamente individualizados: direito e esquerdo - separados por ligamentos anterior e posterior - separados por septo de tecido conectivo - drenagem por respectivos tetos - produção > nos posteriores  60% Pontos importantes da anatomia do úbere com relação a eficiência de ordenha 20 - posição dos tetos - muito distantes dificulta - angulo dos tetos * falta de equilíbrio do conjunto de ordenha - úbere pênduloso - dificuldade de ordenha - vascularização rica no teto * congestão e edema no mecanismo de ordenha - sustentação * ligamento central * ligamento lateral composição da glândula mamária - o parênquima é composto por: * alvéolos (milhões) * ductos * tecido conectivo alvéolos *são as unidades produtoras *esféricos *com volume variável com quantidade de leite *capilares de onde as células retiram nutrientes e convertem em proteína do leite, lactose e gordura *60% leite estocado nos alvéolos e pequenos ductos *40% nas cisternas e grandes ductos *os alvéolos são circundados por células mioepiteliais (ejeção do leite) *os ductos drenam o leite dos alvéolos, convergem em ductos maiores e daí a cisterna do úbere e então à cisterna do teto que termina no canal do teto (orifício de saída do leite) *o canal do teto é circundado por fibras musculares (esfincter) *esfincter fraco   velocidade de ordenha  incidência de mastite 21 O REFLEXO DE EJEÇÃO DO LEITE - o leite dos alvéolos só pode ser retirado pelo mecanismo de ejeção (descida do leite) causado pela contração das células miopiteliais que circundam os alvéolos - estímulo do toque nos tetos ou lavagem dos tetos ativa as terminações nervosas receptoras na pele do teto  impulso eferente até o hipotálamo  liberação da ocitocina estocada na glândula pituitária posterior - os sinais e sons relacionados com a rotina de ordenha podem iniciar o reflexo de ejeção do leite - quando o reflexo é desencadeado o animal deve ser ordenhado - a ocitocina liberada nos capilares sangüíneos chega a glândula mamaria em 19 a 22 segundos. em 6 segundos induz a contração das células mioepiteliais e ejeção do leite e em mais 20 a 30 segundos se tem o enchimento dos grandes ductos e cisternas. daí o tempo de 30 a 60 segundos para se colocar as teteiras após a estimulação - meia vida da ocitocina 3,5 minutos - adrenalina - vaso constrição  efeito da ocitocina na glândula mamária Desenvolvimento de mastite Bactéria passa pelo ducto do teto  vence as defesas da glândula multiplica-se no úbere Entre ordenhas  passagem de microorganismos por multiplicação dentro do ducto ou por pressão mecânica na extremidade do teto Durante as ordenhas  introdução por refluxo de leite causado por entrada de ar no sistema Bactérias podem colonizar o ducto do teto, aumentando grandemente o potencial de invasão  pósdipping reduz a colonização Barreiras anatômicas ducto do teto  barreira mecânica * 2 h após ordenha para voltar ao normal * alimentação após a ordenha queratina do ducto do teto  ajuda a fechar o ducto * manutenção depende da ordenhadeira em boas condições * vácuo adequado * taxa de pulsação * tempo de ordenha (sobreordenha) * remoção adequada da teteira CÉLULAS SOMÁTICAS * são um importante mecanismo de defesa * neutrófilos, macrofágos, linfócitos * neutrófilos fagocitam bactérias  no leite tem pouca eficiência A MÁQUINA DE ORDENHA 22 VÁCUO: é o estabelecimento de uma pressão absoluta menor que a pressão atmosférica. no caso da ordenhadeira ele é estabelecido pela bomba de vácuo, que faz um vácuo parcial. BOMBA DE VÁCUO: retira ar do sistema - diferenciam-se por sua capacidade, indicada em litros de ar descolocados por minuto gerando uma pressão equivalente a 50k pa ou 38 cm de hg - deve-se dimensionar a bomba ao equipamento para que se tenha o volume adequado de vácuo RESERVATÓRIO DE VÁCUO: é um tanque ligado ao sistema de vácuo. Deve ser de fácil remoção para limpeza. FUNÇÕES: - evitar quedas bruscas na pressão de vácuo - interceptar entrada de leite ou solução de limpeza na bomba de vácuo REGULADORES DE VÁCUO: válvula responsável por manter constante o nível do vácuo quando esse é atingido. permite entrada de ar em quantidade igual a que é retirada pela bomba. é acionada quando se atinge a pressão desejada. VACUÔMETRO: indica a pressão efetiva na linha de vácuo. Deve-se ter um próximo ao regulador de vácuo e outro no final da linha. Com todos os conjuntos em funcionamento a diferença entre os dois não deve ser superior a 2,5 k pa. TUBULAÇÃO DE VÁCUO: - tubo galvanizado - o tubo varia com o comprimento da linha - o atrito do ar com a parede do tubo prejudica o movimento ao longo do tubo, assim: * tubulações com diâmetro pequeno não são desejáveis * paredes internas rugosas aumentam o atrito * excesso de curvas, cotovelos, etc, prejudicam a passagem do ar * tubulação muito longa não é desejável TUBULAÇÃO DE LEITE E LIMPEZA - DIÂMETROS MAIORES  transporte mais suave  espaço para passagem do ar  menor risco de saturação com impossibilidade de descarga do coletor - não deve ter pontos de acúmulo de resíduo - deve ter inclinação (gravidade) EQUIPAMENTO TRANSPORTADOR DE LEITE - tubulações de leite  unidade final de linha (vidro coletor) - acumula no coletor e depois é bombeado PULSADORES 23 O pulsador é responsável pela abertura e fechamento das borrachas da teteira  conecta alternadamente as câmaras de pulsação ao vácuo e a atmosfera. CÂMARA DE PULSAÇÃO : é o espaço entre a parede interna da teteira (inox) e a parede externa da borracha da teteira. MECANISMO DA ORDENHA :  da ordenha manual = ao bezerro VÁCUO NA CAMARA : ordenha ATMOSFERA NA CAMARA : massagem FASE DE ORDENHA : 60% FASE DE REPOUSO: 40% *pode variar de 50/50 a 70/30 * freqüência de pulsação : número de ciclos por minuto de 40 a 60 ciclos por minuto  freqüência : atividades do ciclo ficam incompletas * o pulsador não deve ser molhado nem lubrificado * a manutenção é muito importante COLETOR DE LEITE - coleta o leite das teteiras conduzindo a mangueira longa do leite - distribui o comando vácuo/ar para os corpos de teteiras - tem pequeno furo que permite a entrada de ar que funciona como massa de arraste, transportando o leite do coletor para a tubulação - possuem volume variável  deve ter volume suficiente para impedir obstrução do orifício de entrada de ar - tem válvula que fecha o vácuo  deve ser usada sempre antes de retirar as teteiras - desmontar 1 x por semana TETEIRAS - corpo da teteira - borracha da teteira - em algumas tem visor de leite - as borrachas devem ser trocadas periodicamente: (250 horas de uso ou 2.500 ordenhas ou 6/6 meses) - desmontar 1 x por semana LIMPEZA DO EQUIPAMENTO - deve ser imediata - pré-limpeza : * água pura - 35 a 45ºc * escova nas teteiras e borrachas - limpeza: detergente alcalino , h2o à 50 a 70ºc  10 a 30 minutos 24 - sanitização : cloro-mínimo 200ppm, h2o aquecida(recomendação do fabricante) mínimo de 5 minutos - enxague : H2 O pura - 1 x por semana passar detergente ácido antes do detergente alcalino - h2o no mínimo 35ºc e no máximo 60ºc - a cada 30 dias passar detergente ácido e depois alcalino na tubulação de vácuo - deixar o material seco em local limpo entre as ordenhas - existe equipamento automático de limpeza MAMITE - SUB-CLÍNICA : CMT - CLÍNICA: CANECA FUNDO PRETO OU TELADA - CONTAGIOSA: MAIS COMUM – MÃO DO ORDENHADDOR OU TETEIRAS SUJAS – CORTE DAS UNHAS E LAVAGEM DAS MÃOS E EQUIPAMENTOS - AMBIENTAL MANEJO DA ORDENHA - RETIRADA DOS PRIMEIROS JATOS EM CANECA TELADA OU DE FUNDO PRETO * IMPORTÂNCIA DO TREINAMENTO * DIFICULDADES DE MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DO TRABALHO * IMPORTÂNCIA PARA DETECÇÃO DE MAMITE CLÍNICA E NA QUALIDADE DO LEITE LAVAGEM DOS TETOS COM MASSAGEM ESTIMULANTE “PRESENÇA DO BEZERRO COMO ESTIMULADOR DE DESCIDA DE LEITE?” – Vacas não especializadas. - PRÉ-DIPPING * IODO OU CLORO  0,1% A 0,5% * TEMPO DE AÇÃO - 30’ (DIFÍCIL EM DETERMINADOS SISTEMAS) * OBJETIVO  MAMITE AMBIENTAL * ENXUGAR COM PAPEL TOALHA - COLOCAÇÃO DAS TETEIRAS EM NO MÁXIMO 1 MINUTO - AJUSTE DAS TETEIRAS SEMPRE QUE NECESSÁRIO - ATENÇÃO PARA EVITAR SOBRE ORDENHA * PONTO CRÍTICO * EXTRATORES AUTOMÁTICO (LIMITE AJUSTÁVEL DE RETIRADA) - RETIRADA DAS TETEIRAS APÓS FECHAR O VÁCUO - REPASSE DESNECESSÁRIO NA MAIORIA DOS CASOS - PÓS DIPPING * IODO GLICERINADO * PELO MENOS 2/3 DO TETO * OBJETIVO - MAMITE CONTAGIOSA - CMT OU WMT * PRINCÍPIO DO MÉTODO * FREQÜÊNCIA * OBJETIVO: *MONITORAR A SITUAÇÃO *AVALIAR O MANEJO DE ORDENHA *DETECTAR PROBLEMAS MAIS PRECOCEMENTE 25 ALGUNS PROBLEMAS PRÁTICOS VÁCUO ALTO: * LESÕES NOS TETOS: BARREIRA PRIMÁRIA, COLONIZAÇÃO * CONGESTÃO DOS TETOS : VELOCIDADE DE ORDENHA * ELEVAÇÃO DAS TETEIRAS:  LEITE RESIDUAL  NECESSIDADE DE COMPRESSÃO DAS TETEIRAS PARA BAIXO VÁCUO BAIXO: * QUEDA DAS TETEIRAS * ORDENHA LENTA GRADIENTE DE PRESSÃO REVERSA: - FLUTUAÇÃO SIGNIFICATIVA DO NÍVEL DE VÁCUO DENTRO DA TETEIRA - QUEDA OU DESAJUSTE DE TETEIRA - REFLUXO DE LEITE CONTAMINADO - EVITAR: * QUEDA DE TETEIRAS (TETOS MOLHADOS) * DESLIZAMENTO DE TETEIRAS * RETIRADA ABRUPTA (PRESSÃO PARA BAIXO) - VACAS DE ALTA PRODUÇÃO: - MENOR REQUERIMENTO DE ESTÍMULO PARA DESCIDA DO LEITE - MAIOR TEMPO DE ORDENHA 10-12 LITROS  5 MIN + 1 MIN PARA 5 LITROS -RELAÇÃO DE PULSAÇÃO PROXÍMA DE 70:30 - VÁCUO MAIS ALTO 45 k pa - LINHA BAIXA 50 k pa - LINHA ALTA 26