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Cu...o - Curso De Controle De Infec??o Em Servi?os De Sa?de - M?dulo I

Apostila do curso de controle de infecção hospitalar e em serviços de saúde

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Programa de Educação Continuada a Distância Curso de Controle de Infecção Em Serviços de Saúde Aluno: Curso de Controle de Infecção Em Serviços de Saúde MÓDULO I Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este Programa de Educação Continuada, é proibida qualquer forma de comercialização do mesmo. Os créditos do conteúdo aqui contido são dados aos seus respectivos autores descritos na Bibliografia Consultada. 2 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores MÓDULO I Conteúdo: 1. História do Controle das Infecções Hospitalares 2. Legislação vigente 3. Programa de Controle de Infecção Hospitalar 4. Principais agentes das infecções hospitalares 5. Cadeia Epidemiológica de transmissão das Infecções hospitalares 6. Tipos de Isolamentos/Precauções Objetivo Geral Oferecer subsídios aos profissionais da área da saúde a fim de garantir o desenvolvimento de atividades teórico/práticas na Prevenção e no Controle das Infecções em Serviços de Saúde. Objetivos específicos Ao final deste módulo o aluno deverá ser capaz de: 9 Compreender em que contexto histórico se iniciou o controle das infecções hospitalares. 9 Conhecer aspectos relevantes da Portaria n° 2616/1998 9 Conhecer o conteúdo mínimo que deve ser contemplado num Programa de Controle de Infecção Hospitalar. 9 Descrever quais são os principais agentes das infecções hospitalares 9 Compreender o mecanismo de transmissão dos agentes infecciosos hospitalares 9 Identificar qual o tipo de isolamento a ser instituído segundo o microorganismo infectante. 1. História do Controle das Infecções Hospitalares Há tempos o homem se depara com problemas de infecção Hospitalar. James Simpson em 1830 sem saber a real origem das enfermidades que acometiam seus 3 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores pacientes ao resolver realizar as cirurgias no domicílio reduziu a mortalidade por amputação de 41% para 11%. Em 1844 Ignas Philipp Semmelweis médico húngaro iniciou seu trabalho nas enfermarias destinadas à assistência de parturientes. O setor de maternidade possuía duas Divisões, na primeira, a assistência era prestada por médicos e estudantes de medicina, na segunda por parteiras. Semmelweis observou que a mortalidade era cinco vezes maior na enfermaria da primeira divisão. Por acreditar que o parto deveria ser uma decorrência natural e fisiológica ele não admitia índices de mortalidade tão altos e passou a observar e comparar as duas divisões. Considerado hoje o patrono da ginecoobstetrícia e o pai do controle das infecções hospitalares Semmelweis, foi um homem à frente de seu tempo, após seus estudos constatou que havia algo na mão dos estudantes de medicina, o qual sem possuir o conhecimento de microbiologia atual chamou de “vírus cadavérico”, que era transmitido as pacientes na hora do parto. Estes estudantes participavam de aulas práticas de anatomia antes da realização dos partos. Neste contexto Semmelweis obrigou todos os estudantes a lavarem as mãos antes da realização do procedimento e com esta simples medida reduziu a mortalidade puerperal de 18,27% para 1,2%. Em 1820 Florence Nightengale, uma jovem dama Inglesa, selecionou um grupo de 38 voluntárias (enfermeiras) para ir à Guerra da Criméia. Seu trabalho baseou-se na humanização e organização do atendimento aos enfermos (providenciou: limpeza do ambiente cozinha, lavanderia, adequação do sistema de esgoto), e com isso obteve uma redução da mortalidade dos soldados de 42% para 2,2%. Em 1876 Joseph Lister, médico, instituiu medidas de anti-sepsia e assepsia em procedimentos cirúrgicos e reduziu a mortalidade de 35% para 15% no pós-operatório. No Brasil, a preocupação com o tema só começou no governo de Juscelino Kubischek com a ocorrência de surtos por estafilococos resistentes à penicilina. A partir de 1970 com um modelo altamente tecnológico de assistência à saúde surge as primeiras Comissões de Controle de Infecção Hospitalar – CCIHs. O Decreto do Ministério da Saúde N° 77.052 de 19 de janeiro de 1976, em seu Artigo 2°, Item IV, determinou que nenhuma instituição hospitalar pode funcionar no 4 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores plano administrativo se não dispuser de meios de proteção capazes de evitar efeitos nocivos à saúde dos agentes, pacientes e circunstantes. Em 24 de junho de 1983, o Ministério da Saúde instituiu a Portaria 196, que determina que "todos os hospitais do país deverão manter Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) independente da entidade mantenedora”. A Lei Federal 9431 de 1997 instituiu a obrigatoriedade da existência da CCIH e de um Programa de Controle de infecções Hospitalares – PCIH, definido por um conjunto de ações desenvolvidas deliberada e sistematicamente, tendo como objetivo a redução máxima possível da incidência e gravidade das infecções nosocomiais. E finalmente, em 1998 o Ministério da Saúde editou a portaria n° 2616 com diretrizes e normas para estas ações (Portaria esta que já se encontra em processo de atualização pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA). 2. Legislação Vigente A Portaria n° 2616 de 12 de maio de 1998 (encontra-se disponível no site www.anvisa.gov.br) através dos anexos I, II,III,IV e V define diretrizes e normas para prevenção e o controle das infecções hospitalares e dispõe em seus anexos: • Anexo I – Diz respeito a Organização da CCIH • Anexo II - Conceitos e Critérios Diagnósticos das Infecções Hospitalares, onde: Infecção Comunitária – É a infecção constatada ou em incubação no ato de admissão do paciente, desde que não seja relacionada com internação anterior no mesmo hospital. São também comunitárias: 1- As associadas a complicações ou extensão da infecção já presente na admissão do paciente, a menos que haja troca de microorganismos ou sinais e sintomas fortemente sugestivos de aquisição de nova infecção. 2- Infecção de Recém-nascido, cuja aquisição por via transplacentária é conhecida ou foi comprovada e que se tornou evidente logo após o nascimento (Ex: Herpes simples, Toxoplasmose, Rubéola...). 5 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores Adicionalmente também são consideradas comunitárias as infecções de recémnascidos relacionadas à bolsa rota superior a 24 h. Infecção Hospitalar – é qualquer infecção adquirida após a internação do paciente e que se manifesta durante a internação ou mesmo após a alta, quando puder ser relacionada com a internação ou procedimentos hospitalares. • Anexo III – Vigilância Epidemiológica e Indicadores das Infecções Hospitalares • Anexo IV – Lavagem das Mãos • Anexo V – Recomendações Gerais Quanto à composição a CCIH é formada por membros consultores (representantes dos seguintes serviços: médico, de enfermagem, de farmácia, de laboratório, de nutrição, da administração e outros) e por membros executores os quais preferencialmente deve ser um profissional enfermeiro, estes serão responsáveis pela execução do PCIH estabelecido pelos membros consultores. Compete a CCIH: 9 Elaborar o Regimento Interno da CCIH. 9 Manter e avaliar o PCIH. 9 Estabelecer o Sistema de Vigilância Epidemiológica. 9 Adequação, implementação e supervisão de normas e rotinas. 9 Educação em serviço / capacitação. 9 Uso racional de antimicrobianos, germicidas e materiais médicos hospitalares. 9 Cooperação com a ação do órgão de gestão do SUS. 9 Realizar a notificação compulsória / Serviço Saúde Coletiva. 9 Aplicar medidas que visem controlar as IHs Cabe a autoridade máxima da instituição: 9 Constituir e nomear formalmente a CCIH. 9 Propiciar infra-estrutura necessária para seu funcionamento. 9 Aprovar e fazer respeitar o seu Regimento Interno. 9 Garantir a participação do Presidente da CCIH nos órgãos colegiados deliberativos e formuladores de política da instituição. 9 Garantir o cumprimento das recomendações formuladas pela Coordenação Municipal, Estadual / Distrital de Controle de Infecção. 6 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores 9 Apoiar as ações da CCIH e do Serviço de Controle de Infecção – SCIH (membros executores) 3. Programa de Controle de Infecção Hospitalar O PCIH é definido como um conjunto de ações desenvolvidas, deliberada e sistematicamente, com vistas à redução máxima possível da incidência e da gravidade das infecções hospitalares. Cabe a CCIH elaborar o PCIH e este deve contemplar no mínimo as seguintes atividades: 9 Vigilância Epidemiológica da IHs 9 Normas para uso racional de antimicrobianos, germicidas e materiais médico hospitalares. 9 Processo para prevenção e transmissão de microorganismos 9 Normas e rotinas técnico-operacionais 9 Padronização de medidas de controle de infecção hospitalar 9 Treinamento dos profissionais 4. Principais agentes das infecções hospitalares Os microorganismos comumente encontrados nas infecções hospitalares são microorganismos da microbiota normal dos indivíduos, que por estarem com a imunidade deprimida são mais susceptíveis a infecção. Cerca de 75 % das infecções hospitalares são de origem autóloga. Os principais agentes responsáveis pelas infecções hospitalares são as bactérias, alguns vírus e pelo uso indiscriminado de antibióticos observa-se um aumento de infecções por fungos. É importante ressaltar que o homem só está livre de microorganismos no útero em condições normais de gestação. As bactérias são classificadas em: 9 Bactérias gram positivas (Staphylococcus aureus, Staphylococcus coagulase negativa e Enterococcus ssp...). 7 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores Obs: Estas são agentes colonizantes de trato respiratório superior, pele e trato gastro-intestinal. 9 Bactérias gram negativas: Fermentadoras de glicose – (Enterobacter spp, E. coli, Serratia spp, Kleibsiela spp, proteus spp e Citrobacter spp...) Não fermentadoras de glicose – (pseudomonas aeruginosa e Acinetobacter Baumanni...). E sobre os Fungos temos a Candida responsável pela maioria das infecções fúngicas nosocomiais (Candida albicans, Candida glabrata e Candida krusei). Vamos definir alguns conceitos: Contaminação – Presença transitória de microorganismos em superfície sem invasão tecidual ou relação de parasitismo. Ex: Microbiota transitória da mão. Colonização – presença de qualquer microorganismo dissociado de manifestações clínicas da doença. Ex: Microbiota humana normal. Patogenicidade – capacidade de o microorganismo produzir doenças. Virulência – capacidade de o microorganismo invadir tecidos e produzir doenças. 5. Cadeia Epidemiológica de transmissão das Infecções hospitalares Para que ocorra a transmissão dos agentes infecciosos é necessário à presença de três elementos: Fonte Hospedeiro ↑ Via De Transmissão 8 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores Fonte – é o local onde o agente infeccioso está presente ao ser transferido para o hospedeiro. Hospedeiro susceptível – é o indivíduo com potencial de ser colonizado e infectado ao entrar em contato com o agente infeccioso. Vias de transmissão – é o modo como o agente infeccioso é transferido da fonte para o hospedeiro susceptível. As vias de transmissão são divididas em: Por contato – é a via de transmissão mais implicada nas infecciosas nasocomiais. 9 Contato direto – contato físico entre a fonte e hospedeiro 9 Contato indireto – contato com objeto contaminado Por gotículas – tosse, espirro, fala... Por via aérea – disseminação de núcleos de gotículas, esses núcleos de gotículas ficam suspensos no ar. Por veículo comum – alimentos, água, medicamentos... Por vetor – insetos, ratos e outros animais. 6. Tipos de Isolamentos/Precauções As Precauções ou isolamentos estão baseados na forma de transmissão do agente infeccioso a fim de interromper a cadeia epidemiológica das infecções. Fonte Hospedeiro Precauções Interrupção da via de transmissão Existem duas categorias de precauções de isolamento: Precauções Básicas Precauções adicionais 9 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores Precauções Básicas São um conjunto de medidas antiinfecciosas de isolamento que devem ser observadas por todos os profissionais de saúde durante realização de procedimento ou no atendimento de qualquer paciente ou usuário do serviço de saúde. Fundamenta-se em: 9 Lavar as mãos 9 Usar EPIs 9 Evitar acidentes com pérfuro-cortantes Higienização das mãos É a medida mais importante para reduzir o risco de infecção. Principais Indicações: 9 Antes e depois de cuidados com pacientes 9 Entre os diversos procedimentos 9 Antes e depois de retirada de luvas Equipamentos de proteção individual São barreiras físicas que quando utilizadas adequadamente podem também proteger o paciente. Os EPIs devem ser selecionados de acordo com o procedimento a ser realizado e os seus potenciais riscos de provocar exposição à sangue e outras substâncias corporais. 1.1 Luvas Indicação: 9 Luvas de procedimentos não estéreis – protegem as mãos de profissional 9 Luvas estéreis – protegem as mãos do profissional e fazem parte da técnica asséptica 9 Luvas de borracha ou material resistente à perfuração – protegem as mãos do profissional durante o processamento de artigos e superfícies. 1.2 Máscara, óculos, protetor facial e bocais para reanimação. Indicação: 9 Proteger as mucosas (nasal, oral e ocular). 10 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores 1.3 Avental, propés e acessórios de proteção. Finalidade: 9 Protegem a pele e o uniforme / roupa do profissional durante procedimentos. Utilização de materiais pérfuro-cortantes Recomendações: 9 Realizar procedimentos que envolvam a manipulação de materiais pérfurocortantes com a máxima atenção. 9 Não utilizar os dedos como anteparo. 9 Agulhas não devem ser reencapadas, desentortadas, removidas... 9 As agulhas, tesouras, vidros...Devem ser acondicionadas e transportadas para a Central de Esterilização com segurança. 9 Os artigos e instrumentos pérfuro-cortantes devem ser desprezados em coletores especiais de paredes rígidas e impermeáveis. 9 Os coletores para descarte de pérfuro-cortante devem ser preenchidos até 2/3 de sua capacidade total, devendo estar instalados em altura adequada próximo ao local do procedimento. NUNCA DESPREZAR MATERIAIS PÉRFURO-CORTANTES EM LIXEIRAS COMUNS, POIS OUTRAS PESSOAS PODEM FERIR-SE. Precauções adicionais As precauções adicionais, ou isolamento são orientados de acordo com a via de transmissão do agente infeccioso específico. Fundamentos para precauções adicionais 9 Sempre manter as precauções básicas 9 Usar quartos individuais ou coletivos para pacientes acometidos pelo mesmo microorganismo 9 Aplicar precauções adicionais baseadas na via de transmissão do agente 9 Usar EPIs 11 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores 9 Manter precauções antiinfecciosas durante o transporte do paciente a outros setores 9 Visitas e acompanhantes somente com orientação 9 Suspender as precauções adicionais assim que terminar o período de transmissão do agente infeccioso Tipos de precauções adicionais: Precauções com gotículas São indicadas na assistência de pacientes com infecção, suspeita ou confirmada, causadas por microorganismos transmitidos por via inalatória através de gotículas que se disseminam a curta distância. Exemplo de doenças: Doenças meningocócicas, Caxumba e Rubéola... 9 Quarto individual, ou comum a pacientes acometidos pelo mesmo agente. 9 Lavar as mãos antes e após entrar no quarto 9 Uso de máscara 9 A máscara deve ser retirada pelas alças 9 Limitar o transporte do paciente a outros setores 9 A limpeza dos mobiliários do paciente deve ser realizada diariamente 9 Manter aviso na porta do quarto Precauções aéreas São indicadas na assistência de pacientes com infecção, suspeita ou confirmada, causadas por microorganismos transmitidos por via aérea através de partículas que se disseminam a longa distância. Exemplo de doenças: Tuberculose Pulmonar, Sarampo, Varicela. 9 Quarto privativo de preferência com antecâmara, manter o quarto com pressão negativa. 9 Lavar as mãos antes e após entrar no quarto 9 Uso de máscara com filtro especial N 95 9 A máscara deve ser retirada pelas alças 9 Limitar o transporte do paciente a outros setores 9 A limpeza dos mobiliários do paciente deve ser realizada diariamente 9 Manter aviso na porta do quarto 12 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores Precauções de contato São indicadas na assistência de paciente com infecção, suspeita ou confirmada, ou colonização causadas por microorganismos transmitido por contato direto e indireto. Exemplo de doenças: Infecção ou colonização por bactérias multiresistente, Hepatite A, Conjuntivite... 9 Quarto individual, ou comum os pacientes acometidos pelo mesmo agente. 9 Lavar as mãos antes e após entrar no quarto, realizar limpeza com solução antiséptica. 9 Calçar luvas 9 Usar avental e retirar após sais do quarto 9 Limitar o transporte do paciente a outros setores 9 A limpeza dos mobiliários do paciente deve ser realizada diariamente 9 Manter aviso na porta do quarto 9 Usar artigos exclusivos para este paciente Atenção: CUIDADO COM O ASPECTO PSICOLÓGICO DO PACIENTE. Segue abaixo uma tabela com o período de incubação das principais doenças transmissíveis. Microorganismo Principais doenças Período de incubação Acanthanoeba spp Encefalite, ceratite. Desconhecido Adenovírus Infecção das Vias aéreas 2 a 18 dias. Média 8 dias. superiores Ancilostoma Duodenale Ancilostomose 4 a 6 semanas. Ovos nas fezes. Necator americanus Ascaris lumbricóides Ascaridíase 4 a 8 semanas. Ovos nas fezes. Babesia microti Babesiose 1 semana a 12 meses Bacillus anthracis Carbúnculo Até 7 dias. Média 48 hs. Bacillus cereus Intoxicação alimentar 1 a 16 hs Bartonella baciliformes Doença de Carrion Até 4 meses. Média 16 a 22 dias. 13 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores Microorganismo Principais doenças Período de incubação Bartonella henselae Doença da arranhadura 3 a 50 dias. Média 2 B. quintana do gato semanas. B.quintana Febre das trincheiras 7 a 30 dias Bordetella pertussis Coqueluche 5 a 20 dias. Média 7 a 10 dias. Borrelia burgdorferi Doença de Lyme 3 a 32 dias B. recurrentis Febre recorrente 2 a 15 dias Brucelose Até 10 meses. Média 1 a B. duttonni Brucella spp 3 semanas. Bunyavírus Febre hemorrágica 3 a 15 dias Campylobacter spp Enterite bacteriana 1 a 10 dias. Média 5 dias Chlamydia pneumoniae Pneumonia 10 dias C. psittaci Psitacose 1 a 4 semanas C. trachomatis Linfogranuloma venéreo 3 a 30 dias. Média 5 a 12 dias. Citomegalovírus Citomegalovirose 3 a 12 semanas Coronavírus Infecção das vias aéreas 2 a 5 dias superiores Cornynebacterium Difteria 2 a 6 dias Coxiella burnetti Febre Q 9 a 28 dias Coxsakievírus Infecção das vias aéreas 2 a 10 dias. Média 3 a 5 diphtheriae superiores dias. Criptosporidium spp Criptosporidiose 1 a 12 dias. Média 7 dias Diphylobotrium latum Difilobotriose 3 a 6 semanas Echinococcus granulosos Equinococose 12 meses a vários anos Ehrlichia sennetsu Erlichiose 7 a 21 dias Entamoeba histolytica Amebíase 2 a 4 semanas 14 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores Microorganismo Principais doenças Enterobius vermicularis Enterobíase E. coli Diarréia Período de incubação 1 a 2 meses por cepas 3 a 8 dias hemorrágicas Diarréia por cepas 24 a 72 hs. Até 10 hs em êntero-toxigênicas Diarréia por casos de surtos. cepas 10 hs êntero-invasivas Diarréia por cepas 9 a 12 hs êntero-patogênicas Francisella tularensis Tularemia 1 a 14 dias Giárdia lamblia Giardíase 3 a 25 dias Haemophilus influenzae Meningite 2 a 4 dias H. influenzae biogrupo Febre púrpura brasileira 24 a 72 hs aegyptus Hantavirus Febre hemorrágica 2 meses Helicobacter pylori Gastrite, úlcera duodenal. 5 a 10 dias Influenzavírus Gripe 1 a 3 dias Isospora belli Isosporíase 1 semana Legionella pneumophila Doença dos legionários 2 a 10 dias Leishmania brasiliensis Leishmaniose cutânea 2 semanas a 3 anos L. donovani Calasar 10 dias a 6 meses Leptospira spp Leptospirose 2 a 20 dias Listeria monocytogenes Listeriose 3 a 70 dias. Média 3 semanas Mycobacterium leprae Hanseníase 9 meses a 40 anos M. tuberculosis Tuberculose 4 a 12 semanas Mycoplasma pneumoniae Pneumonia 6 a 36 dias Naegleria fowleri Meningoencefalite 3 a 7 dias amebiana primária 15 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores Microorganismo Principais doenças Período de incubação Nairovírus Febre hemorrágica 1 a 2 semanas Neisseria gonorrhoeae Gonorréia 1 a 10 dias Oftalmia neonatal N. meningitidis Meningite 2 a 10 dias Outras salmonelas gastroenterocolite 6 a 12 horas Papilomavírus verruga 1 a 20 meses Parvovirus B19 Eritema infeccioso 4 a 21 dias Phlebovirus Febre hemorrágica 1 a 2 semanas Plasmodium falciparum Malária 7 a 14 dias P. malarie Malária 7 a 30 dias P. vivax Malária 8 a 14 dias Poliovírus Poliomielite 3 a 35 dias Rhinovírus Infecção das VAS 12 hs a 5 dias Rickettisia akari Ricketiose vesicular 7 a 21 dias R. australis Tifo do carrapato 7 a 10 dias R. conorii Febre Botonosa 5 a 7 dias R. prowazekii Febre maculosa das 3 a 14 dias montanhas rochosas R. sibirica Febre do carrapato do 2 a 7 dias norte da Ásia R. tsutsugamushi Tifo tropical 6 a 21 dias R. typhi Tifo murino 6 a 18 dias Roseolovirus Exantema súbito 1 a 2 semanas rotavírus gastroenterocolite 24 a 72 hs Rubivírus Rubéola 14 a 23 dias Salmonela vars typhi Febre tifóide 3 dias a 3 meses Esquistossomose Aguda 15 a 45 dias Paratyphi Schistosoma mansoni Ovos nas fezes 2 meses 16 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores Microorganismo Principais doenças Período de incubação Shigella Desinteria bacilar 12 a 96 horas Simplexvírus Herpes 2 a 12 dias S. aureus Infecção hospitalar 3 a 10 dias Toxi-infecção alimentar 30 min a 8 horas Streptobacillus Febre da mordedura do Até 10 dias moniliformis rato Streptococcus agalactiae Sepse neonatal 7 dias (precoce) 1 ano (tardia) S. pneumoniae Pneumonia, otite. 1 a 3 dias meningite S. pyogenes Erisipela, escarlatina. 1 a 3 dias Febre puerperal Strongyloides stercoralis Estrongiloidíase 2 a 4 semanas Taenia saginata Teníase 10 a 14 semanas T. solium Teníase e cisticercose 8 a 12 semanas Toxocara canis Toxocaríase Desconhecido Toxoplasma gondii Toxoplasmose 5 a 23 dias em surtos Treponema carateum Pinta 1 a 3 semanas subesp Bejel Desconhecido subesp Framboesia 2 a 4 semanas subesp Sifílis 10 a 90 dias T. pallidum endemicum T. pallidum pertenue T. pallidum pallidum Trichinella spiralis Triquinelose 5 a 45 dias Trichomonas vaginalis Tricomoníase 4 a 20 dias Trichuris trichiura Tricuríase 4 a 5 semanas ovos nas fezes Trypanossoma cruzii Doença de chagas Inseto: 5 a 14 dias 17 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores Transfusão: 30 a 40 dias Microorganismo Principais doenças Período de incubação Varicellovírus Varicela, Herpes zoster. 2 a 3 semanas Vibrio cholerae Cólera Até 5 dias Vírus da caxumba Caxumba 12 a 25 dias Vírus da coriomeningite Coriomeningite linfocitária 1 a 3 semanas linfocitária Vírus da dengue Dengue 2 a 14 dias Vírus da febre amarela Febre amarela 3 a 6 dias Vírus da hepatite A Hepatite A 15 a 50 dias Vírus da hepatite B Hepatite B 45 a 180 dias Vírus da hepatite C Hepatite C 2 semanas a 6 meses Vírus da hepatite delta Hepatite delta 2 a 8 semanas Vírus da hepatite E Hepatite E 15 a 64 dias Vírus da imunodeficiência SIDA Menos de 1 ano até humana superior a 10 anos Vírus da parainfuenza Infecção das VAS 2 a 6 dias Vírus da raiva Raiva 9 dias até 7 anos Vírus do sarampo Sarampo 7 a 18 dias Vírus ebola Febre hemorrágica 2 a 21 dias Vírus Epstein-Barr Mononucleose infecciosa 4 a 6 semanas Vírus Lasso Febre hemorrágica 6 a 21 dias Vírus Malburg Febre hemorrágica 3 a 9 dias Vírus norwalk Gastroenterocolite 10 a 52 hs Vírus Sabiá Febre hemorrágica 3 a 9 dias brasileira Vírus sincicial respiratório Infecção das VAS 2 a 8 dias Wuchereria bancrofti Filariose 3 a 12 meses Yersinia enterocolica Enterocolite hemorrágica 6 a 14 dias Y. pestis Peste 1 a 8 dias 18 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 1) Legislação e criação de um Programa de Prevenção e Controle de Infecção Hospitalar, Curso infecção relacionada à assistência à Saúde – IRAS – versão 1 UNIFESP / ANVISA 2004. 2) Manual de Epidemiologia aplicada ao controle de Infecções em hospitais e serviços correlatos [Coordenador Crésio Romeu Pereira] São Paulo; Associação Paulista de Estudos e Controle de Infecção Hospitalar, 2000. 3) Manual de precauções para isolamento hospitalar – Secretaria de Estado de Saúde do DF. Brasília, 2002. 4) Portaria nº 2.616/MS/GM, de 12 de maio de 1998. 5) Prevenção de infecções em Unidades de terapia Intensiva, Curso infecção relacionada à assistência à Saúde – IRAS – versão 1 UNIFESP / ANVISA 2004. 6) AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA , acesso em 23/01/2006. SANITÁRIA. Disponível em ------------------- FIM DO MÓDULO I -------------------- 19 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores