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Programa de Educação Continuada a Distância
Curso de Controle de Infecção Em Serviços de Saúde
Aluno:
Curso de Controle de Infecção Em Serviços de Saúde
MÓDULO I
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este Programa de Educação Continuada, é proibida qualquer forma de comercialização do mesmo. Os créditos do conteúdo aqui contido são dados aos seus respectivos autores descritos na Bibliografia Consultada.
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MÓDULO I Conteúdo: 1. História do Controle das Infecções Hospitalares 2. Legislação vigente 3. Programa de Controle de Infecção Hospitalar 4. Principais agentes das infecções hospitalares 5. Cadeia Epidemiológica de transmissão das Infecções hospitalares 6. Tipos de Isolamentos/Precauções
Objetivo Geral Oferecer subsídios aos profissionais da área da saúde a fim de garantir o desenvolvimento de atividades teórico/práticas na Prevenção e no Controle das Infecções em Serviços de Saúde.
Objetivos específicos Ao final deste módulo o aluno deverá ser capaz de: 9 Compreender em que contexto histórico se iniciou o controle das infecções hospitalares. 9 Conhecer aspectos relevantes da Portaria n° 2616/1998 9 Conhecer o conteúdo mínimo que deve ser contemplado num Programa de Controle de Infecção Hospitalar. 9 Descrever quais são os principais agentes das infecções hospitalares 9 Compreender o mecanismo de transmissão dos agentes infecciosos hospitalares 9 Identificar qual o tipo de isolamento a ser instituído segundo o microorganismo infectante.
1. História do Controle das Infecções Hospitalares
Há tempos o homem se depara com problemas de infecção Hospitalar. James Simpson em 1830 sem saber a real origem das enfermidades que acometiam seus
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pacientes ao resolver realizar as cirurgias no domicílio reduziu a mortalidade por amputação de 41% para 11%. Em 1844 Ignas Philipp Semmelweis médico húngaro iniciou seu trabalho nas enfermarias destinadas à assistência de parturientes. O setor de maternidade possuía duas Divisões, na primeira, a assistência era prestada por médicos e estudantes de medicina, na segunda por parteiras. Semmelweis observou que a mortalidade era cinco vezes maior na enfermaria da primeira divisão. Por acreditar que o parto deveria ser uma decorrência natural e fisiológica ele não admitia índices de mortalidade tão altos e passou a observar e comparar as duas divisões. Considerado hoje o patrono da ginecoobstetrícia e o pai do controle das infecções hospitalares Semmelweis, foi um homem à frente de seu tempo, após seus estudos constatou que havia algo na mão dos estudantes de medicina, o qual sem possuir o conhecimento de microbiologia atual chamou de “vírus cadavérico”, que era transmitido as pacientes na hora do parto. Estes estudantes participavam de aulas práticas de anatomia antes da realização dos partos. Neste contexto Semmelweis obrigou todos os estudantes a lavarem as mãos antes da realização do procedimento e com esta simples medida reduziu a mortalidade puerperal de 18,27% para 1,2%. Em 1820 Florence Nightengale, uma jovem dama Inglesa, selecionou um grupo de 38 voluntárias (enfermeiras) para ir à Guerra da Criméia. Seu trabalho baseou-se na humanização e organização do atendimento aos enfermos (providenciou: limpeza do ambiente cozinha, lavanderia, adequação do sistema de esgoto), e com isso obteve uma redução da mortalidade dos soldados de 42% para 2,2%. Em 1876 Joseph Lister, médico, instituiu medidas de anti-sepsia e assepsia em procedimentos cirúrgicos e reduziu a mortalidade de 35% para 15% no pós-operatório. No Brasil, a preocupação com o tema só começou no governo de Juscelino Kubischek com a ocorrência de surtos por estafilococos resistentes à penicilina. A partir de 1970 com um modelo altamente tecnológico de assistência à saúde surge as primeiras Comissões de Controle de Infecção Hospitalar – CCIHs. O Decreto do Ministério da Saúde N° 77.052 de 19 de janeiro de 1976, em seu Artigo 2°, Item IV, determinou que nenhuma instituição hospitalar pode funcionar no
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plano administrativo se não dispuser de meios de proteção capazes de evitar efeitos nocivos à saúde dos agentes, pacientes e circunstantes. Em 24 de junho de 1983, o Ministério da Saúde instituiu a Portaria 196, que determina que "todos os hospitais do país deverão manter Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) independente da entidade mantenedora”. A Lei Federal 9431 de 1997 instituiu a obrigatoriedade da existência da CCIH e de um Programa de Controle de infecções Hospitalares – PCIH, definido por um conjunto de ações desenvolvidas deliberada e sistematicamente, tendo como objetivo a redução máxima possível da incidência e gravidade das infecções nosocomiais. E finalmente, em 1998 o Ministério da Saúde editou a portaria n° 2616 com diretrizes e normas para estas ações (Portaria esta que já se encontra em processo de atualização pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA).
2. Legislação Vigente
A Portaria n° 2616 de 12 de maio de 1998 (encontra-se disponível no site www.anvisa.gov.br) através dos anexos I, II,III,IV e V define diretrizes e normas para prevenção e o controle das infecções hospitalares e dispõe em seus anexos: •
Anexo I – Diz respeito a Organização da CCIH
•
Anexo II - Conceitos e Critérios Diagnósticos das Infecções
Hospitalares, onde: Infecção Comunitária – É a infecção constatada
ou em incubação no ato de
admissão do paciente, desde que não seja relacionada com internação anterior no mesmo hospital. São também comunitárias: 1- As associadas a complicações ou extensão da infecção já presente na admissão do paciente, a menos que haja troca de microorganismos ou sinais e sintomas fortemente sugestivos de aquisição de nova infecção. 2- Infecção de Recém-nascido, cuja aquisição por via transplacentária é conhecida ou foi comprovada e que se tornou evidente logo após o nascimento (Ex: Herpes simples, Toxoplasmose, Rubéola...).
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Adicionalmente também são consideradas comunitárias as infecções de recémnascidos relacionadas à bolsa rota superior a 24 h. Infecção Hospitalar – é qualquer infecção adquirida após a internação do paciente e que se manifesta durante a internação ou mesmo após a alta, quando puder ser relacionada com a internação ou procedimentos hospitalares. •
Anexo III – Vigilância Epidemiológica e Indicadores das Infecções Hospitalares
•
Anexo IV – Lavagem das Mãos
•
Anexo V – Recomendações Gerais
Quanto à composição a CCIH é formada por membros consultores (representantes dos seguintes serviços: médico, de enfermagem, de farmácia, de laboratório, de nutrição, da administração e outros) e por membros executores os quais preferencialmente deve ser um profissional enfermeiro, estes serão responsáveis pela execução do PCIH estabelecido pelos membros consultores. Compete a CCIH: 9 Elaborar o Regimento Interno da CCIH. 9 Manter e avaliar o PCIH. 9 Estabelecer o Sistema de Vigilância Epidemiológica. 9 Adequação, implementação e supervisão de normas e rotinas. 9 Educação em serviço / capacitação. 9 Uso racional de antimicrobianos, germicidas e materiais médicos hospitalares. 9 Cooperação com a ação do órgão de gestão do SUS. 9 Realizar a notificação compulsória / Serviço Saúde Coletiva. 9 Aplicar medidas que visem controlar as IHs Cabe a autoridade máxima da instituição: 9 Constituir e nomear formalmente a CCIH. 9 Propiciar infra-estrutura necessária para seu funcionamento. 9 Aprovar e fazer respeitar o seu Regimento Interno. 9 Garantir a participação do Presidente da CCIH nos órgãos colegiados deliberativos e formuladores de política da instituição. 9 Garantir o cumprimento das recomendações formuladas pela Coordenação Municipal, Estadual / Distrital de Controle de Infecção.
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9 Apoiar as ações da CCIH e do Serviço de Controle de Infecção – SCIH (membros executores)
3. Programa de Controle de Infecção Hospitalar
O PCIH é definido como um conjunto de ações desenvolvidas, deliberada e sistematicamente, com vistas à redução máxima possível da incidência e da gravidade das infecções hospitalares. Cabe a CCIH elaborar o PCIH e este deve contemplar no mínimo as seguintes atividades: 9 Vigilância Epidemiológica da IHs 9 Normas para uso racional de antimicrobianos, germicidas e materiais médico hospitalares. 9 Processo para prevenção e transmissão de microorganismos 9 Normas e rotinas técnico-operacionais 9 Padronização de medidas de controle de infecção hospitalar 9 Treinamento dos profissionais
4. Principais agentes das infecções hospitalares
Os microorganismos comumente encontrados nas infecções hospitalares são microorganismos da microbiota normal dos indivíduos, que por estarem com a imunidade deprimida são mais susceptíveis a infecção. Cerca de 75 % das infecções hospitalares são de origem autóloga. Os principais agentes responsáveis pelas infecções hospitalares são as bactérias, alguns vírus e pelo uso indiscriminado de antibióticos observa-se um aumento de infecções por fungos. É importante ressaltar que o homem só está livre de microorganismos no útero em condições normais de gestação. As bactérias são classificadas em: 9 Bactérias gram positivas (Staphylococcus aureus, Staphylococcus coagulase negativa e Enterococcus ssp...).
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Obs: Estas são agentes colonizantes de trato respiratório superior, pele e trato gastro-intestinal. 9 Bactérias gram negativas: Fermentadoras de glicose – (Enterobacter spp, E. coli, Serratia spp, Kleibsiela spp, proteus spp e Citrobacter spp...) Não fermentadoras de glicose – (pseudomonas aeruginosa e Acinetobacter Baumanni...). E sobre os Fungos temos a Candida responsável pela maioria das infecções fúngicas nosocomiais (Candida albicans, Candida glabrata e Candida krusei). Vamos definir alguns conceitos: Contaminação – Presença transitória de microorganismos em superfície sem invasão tecidual ou relação de parasitismo. Ex: Microbiota transitória da mão. Colonização – presença de qualquer microorganismo dissociado de manifestações clínicas da doença. Ex: Microbiota humana normal. Patogenicidade – capacidade de o microorganismo produzir doenças. Virulência – capacidade de o microorganismo invadir tecidos e produzir doenças.
5. Cadeia Epidemiológica de transmissão das Infecções hospitalares
Para que ocorra a transmissão dos agentes infecciosos é necessário à presença de três elementos: Fonte
Hospedeiro ↑ Via De Transmissão
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Fonte – é o local onde o agente infeccioso está presente ao ser transferido para o hospedeiro. Hospedeiro susceptível – é o indivíduo com potencial de ser colonizado e infectado ao entrar em contato com o agente infeccioso. Vias de transmissão – é o modo como o agente infeccioso é transferido da fonte para o hospedeiro susceptível. As vias de transmissão são divididas em: Por contato – é a via de transmissão mais implicada nas infecciosas nasocomiais. 9 Contato direto – contato físico entre a fonte e hospedeiro 9 Contato indireto – contato com objeto contaminado Por gotículas – tosse, espirro, fala... Por via aérea – disseminação de núcleos de gotículas, esses núcleos de gotículas ficam suspensos no ar. Por veículo comum – alimentos, água, medicamentos... Por vetor – insetos, ratos e outros animais.
6. Tipos de Isolamentos/Precauções As Precauções ou isolamentos estão baseados na forma de transmissão do agente infeccioso a fim de interromper a cadeia epidemiológica das infecções. Fonte
Hospedeiro
Precauções Interrupção da via de transmissão Existem duas categorias de precauções de isolamento: Precauções Básicas
Precauções adicionais
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Precauções Básicas São um conjunto de medidas antiinfecciosas de isolamento que devem ser observadas por todos os profissionais de saúde durante realização de procedimento ou no atendimento de qualquer paciente ou usuário do serviço de saúde. Fundamenta-se em: 9 Lavar as mãos 9 Usar EPIs 9 Evitar acidentes com pérfuro-cortantes Higienização das mãos É a medida mais importante para reduzir o risco de infecção. Principais Indicações: 9 Antes e depois de cuidados com pacientes 9 Entre os diversos procedimentos 9 Antes e depois de retirada de luvas Equipamentos de proteção individual São barreiras físicas que quando utilizadas adequadamente podem também proteger o paciente. Os EPIs devem ser selecionados de acordo com o procedimento a ser realizado e os seus potenciais riscos de provocar exposição à sangue e outras substâncias corporais. 1.1 Luvas Indicação: 9 Luvas de procedimentos não estéreis – protegem as mãos de profissional 9 Luvas estéreis – protegem as mãos do profissional e fazem parte da técnica asséptica 9 Luvas de borracha ou material resistente à perfuração – protegem as mãos do profissional durante o processamento de artigos e superfícies. 1.2 Máscara, óculos, protetor facial e bocais para reanimação. Indicação: 9 Proteger as mucosas (nasal, oral e ocular).
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1.3 Avental, propés e acessórios de proteção. Finalidade: 9 Protegem a pele e o uniforme / roupa do profissional durante procedimentos. Utilização de materiais pérfuro-cortantes Recomendações: 9 Realizar procedimentos que envolvam a manipulação de materiais pérfurocortantes com a máxima atenção. 9 Não utilizar os dedos como anteparo. 9 Agulhas não devem ser reencapadas, desentortadas, removidas... 9 As agulhas, tesouras, vidros...Devem ser acondicionadas e transportadas para a Central de Esterilização com segurança. 9 Os artigos e instrumentos pérfuro-cortantes devem ser desprezados em coletores especiais de paredes rígidas e impermeáveis. 9 Os coletores para descarte de pérfuro-cortante devem ser preenchidos até 2/3 de sua capacidade total, devendo estar instalados em altura adequada próximo ao local do procedimento.
NUNCA
DESPREZAR
MATERIAIS
PÉRFURO-CORTANTES
EM
LIXEIRAS
COMUNS, POIS OUTRAS PESSOAS PODEM FERIR-SE.
Precauções adicionais
As precauções adicionais, ou isolamento são orientados de acordo com a via de transmissão do agente infeccioso específico. Fundamentos para precauções adicionais 9 Sempre manter as precauções básicas 9 Usar quartos individuais ou coletivos para pacientes acometidos pelo mesmo microorganismo 9 Aplicar precauções adicionais baseadas na via de transmissão do agente 9 Usar EPIs
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9 Manter precauções antiinfecciosas durante o transporte do paciente a outros setores 9 Visitas e acompanhantes somente com orientação 9 Suspender as precauções adicionais assim que terminar o período de transmissão do agente infeccioso Tipos de precauções adicionais: Precauções com gotículas São indicadas na assistência de pacientes com infecção, suspeita ou confirmada, causadas por microorganismos transmitidos por via inalatória através de gotículas que se disseminam a curta distância. Exemplo de doenças: Doenças meningocócicas, Caxumba e Rubéola... 9 Quarto individual, ou comum a pacientes acometidos pelo mesmo agente. 9 Lavar as mãos antes e após entrar no quarto 9 Uso de máscara 9 A máscara deve ser retirada pelas alças 9 Limitar o transporte do paciente a outros setores 9 A limpeza dos mobiliários do paciente deve ser realizada diariamente 9 Manter aviso na porta do quarto Precauções aéreas São indicadas na assistência de pacientes com infecção, suspeita ou confirmada, causadas por microorganismos transmitidos por via aérea através de partículas que se disseminam a longa distância. Exemplo de doenças: Tuberculose Pulmonar, Sarampo, Varicela. 9 Quarto privativo de preferência com antecâmara, manter o quarto com pressão negativa. 9 Lavar as mãos antes e após entrar no quarto 9 Uso de máscara com filtro especial N 95 9 A máscara deve ser retirada pelas alças 9 Limitar o transporte do paciente a outros setores 9 A limpeza dos mobiliários do paciente deve ser realizada diariamente 9 Manter aviso na porta do quarto
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Precauções de contato São indicadas na assistência de paciente com infecção, suspeita ou confirmada, ou colonização causadas por microorganismos transmitido por contato direto e indireto. Exemplo de doenças: Infecção ou colonização por bactérias multiresistente, Hepatite A, Conjuntivite... 9 Quarto individual, ou comum os pacientes acometidos pelo mesmo agente. 9 Lavar as mãos antes e após entrar no quarto, realizar limpeza com solução antiséptica. 9 Calçar luvas 9 Usar avental e retirar após sais do quarto 9 Limitar o transporte do paciente a outros setores 9 A limpeza dos mobiliários do paciente deve ser realizada diariamente 9 Manter aviso na porta do quarto 9 Usar artigos exclusivos para este paciente Atenção: CUIDADO COM O ASPECTO PSICOLÓGICO DO PACIENTE.
Segue abaixo uma tabela com o período de incubação das principais doenças transmissíveis. Microorganismo
Principais doenças
Período de incubação
Acanthanoeba spp
Encefalite, ceratite.
Desconhecido
Adenovírus
Infecção das Vias aéreas 2 a 18 dias. Média 8 dias. superiores
Ancilostoma Duodenale
Ancilostomose
4 a 6 semanas. Ovos nas fezes.
Necator americanus Ascaris lumbricóides
Ascaridíase
4 a 8 semanas. Ovos nas fezes.
Babesia microti
Babesiose
1 semana a 12 meses
Bacillus anthracis
Carbúnculo
Até 7 dias. Média 48 hs.
Bacillus cereus
Intoxicação alimentar
1 a 16 hs
Bartonella baciliformes
Doença de Carrion
Até 4 meses. Média 16 a 22 dias.
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Microorganismo
Principais doenças
Período de incubação
Bartonella henselae
Doença da arranhadura 3 a 50 dias. Média 2
B. quintana
do gato
semanas.
B.quintana
Febre das trincheiras
7 a 30 dias
Bordetella pertussis
Coqueluche
5 a 20 dias. Média 7 a 10 dias.
Borrelia burgdorferi
Doença de Lyme
3 a 32 dias
B. recurrentis
Febre recorrente
2 a 15 dias
Brucelose
Até 10 meses. Média 1 a
B. duttonni Brucella spp
3 semanas. Bunyavírus
Febre hemorrágica
3 a 15 dias
Campylobacter spp
Enterite bacteriana
1 a 10 dias. Média 5 dias
Chlamydia pneumoniae
Pneumonia
10 dias
C. psittaci
Psitacose
1 a 4 semanas
C. trachomatis
Linfogranuloma venéreo
3 a 30 dias. Média 5 a 12 dias.
Citomegalovírus
Citomegalovirose
3 a 12 semanas
Coronavírus
Infecção das vias aéreas 2 a 5 dias superiores
Cornynebacterium
Difteria
2 a 6 dias
Coxiella burnetti
Febre Q
9 a 28 dias
Coxsakievírus
Infecção das vias aéreas 2 a 10 dias. Média 3 a 5
diphtheriae
superiores
dias.
Criptosporidium spp
Criptosporidiose
1 a 12 dias. Média 7 dias
Diphylobotrium latum
Difilobotriose
3 a 6 semanas
Echinococcus granulosos
Equinococose
12 meses a vários anos
Ehrlichia sennetsu
Erlichiose
7 a 21 dias
Entamoeba histolytica
Amebíase
2 a 4 semanas
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Microorganismo
Principais doenças
Enterobius vermicularis
Enterobíase
E. coli
Diarréia
Período de incubação 1 a 2 meses
por
cepas 3 a 8 dias
hemorrágicas Diarréia
por
cepas 24 a 72 hs. Até 10 hs em
êntero-toxigênicas Diarréia
por
casos de surtos. cepas 10 hs
êntero-invasivas Diarréia
por
cepas 9 a 12 hs
êntero-patogênicas Francisella tularensis
Tularemia
1 a 14 dias
Giárdia lamblia
Giardíase
3 a 25 dias
Haemophilus influenzae
Meningite
2 a 4 dias
H.
influenzae
biogrupo Febre púrpura brasileira
24 a 72 hs
aegyptus Hantavirus
Febre hemorrágica
2 meses
Helicobacter pylori
Gastrite, úlcera duodenal.
5 a 10 dias
Influenzavírus
Gripe
1 a 3 dias
Isospora belli
Isosporíase
1 semana
Legionella pneumophila
Doença dos legionários
2 a 10 dias
Leishmania brasiliensis
Leishmaniose cutânea
2 semanas a 3 anos
L. donovani
Calasar
10 dias a 6 meses
Leptospira spp
Leptospirose
2 a 20 dias
Listeria monocytogenes
Listeriose
3 a 70 dias. Média 3 semanas
Mycobacterium leprae
Hanseníase
9 meses a 40 anos
M. tuberculosis
Tuberculose
4 a 12 semanas
Mycoplasma pneumoniae
Pneumonia
6 a 36 dias
Naegleria fowleri
Meningoencefalite
3 a 7 dias
amebiana primária
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Microorganismo
Principais doenças
Período de incubação
Nairovírus
Febre hemorrágica
1 a 2 semanas
Neisseria gonorrhoeae
Gonorréia
1 a 10 dias
Oftalmia neonatal N. meningitidis
Meningite
2 a 10 dias
Outras salmonelas
gastroenterocolite
6 a 12 horas
Papilomavírus
verruga
1 a 20 meses
Parvovirus B19
Eritema infeccioso
4 a 21 dias
Phlebovirus
Febre hemorrágica
1 a 2 semanas
Plasmodium falciparum
Malária
7 a 14 dias
P. malarie
Malária
7 a 30 dias
P. vivax
Malária
8 a 14 dias
Poliovírus
Poliomielite
3 a 35 dias
Rhinovírus
Infecção das VAS
12 hs a 5 dias
Rickettisia akari
Ricketiose vesicular
7 a 21 dias
R. australis
Tifo do carrapato
7 a 10 dias
R. conorii
Febre Botonosa
5 a 7 dias
R. prowazekii
Febre
maculosa
das 3 a 14 dias
montanhas rochosas R. sibirica
Febre do carrapato do 2 a 7 dias norte da Ásia
R. tsutsugamushi
Tifo tropical
6 a 21 dias
R. typhi
Tifo murino
6 a 18 dias
Roseolovirus
Exantema súbito
1 a 2 semanas
rotavírus
gastroenterocolite
24 a 72 hs
Rubivírus
Rubéola
14 a 23 dias
Salmonela vars typhi
Febre tifóide
3 dias a 3 meses
Esquistossomose
Aguda 15 a 45 dias
Paratyphi Schistosoma mansoni
Ovos nas fezes 2 meses
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Microorganismo
Principais doenças
Período de incubação
Shigella
Desinteria bacilar
12 a 96 horas
Simplexvírus
Herpes
2 a 12 dias
S. aureus
Infecção hospitalar
3 a 10 dias
Toxi-infecção alimentar
30 min a 8 horas
Streptobacillus
Febre da mordedura do Até 10 dias
moniliformis
rato
Streptococcus agalactiae
Sepse neonatal
7 dias (precoce) 1 ano (tardia)
S. pneumoniae
Pneumonia, otite.
1 a 3 dias
meningite S. pyogenes
Erisipela, escarlatina.
1 a 3 dias
Febre puerperal Strongyloides stercoralis
Estrongiloidíase
2 a 4 semanas
Taenia saginata
Teníase
10 a 14 semanas
T. solium
Teníase e cisticercose
8 a 12 semanas
Toxocara canis
Toxocaríase
Desconhecido
Toxoplasma gondii
Toxoplasmose
5 a 23 dias em surtos
Treponema carateum
Pinta
1 a 3 semanas
subesp Bejel
Desconhecido
subesp Framboesia
2 a 4 semanas
subesp Sifílis
10 a 90 dias
T.
pallidum
endemicum T.
pallidum
pertenue T.
pallidum
pallidum Trichinella spiralis
Triquinelose
5 a 45 dias
Trichomonas vaginalis
Tricomoníase
4 a 20 dias
Trichuris trichiura
Tricuríase
4 a 5 semanas ovos nas fezes
Trypanossoma cruzii
Doença de chagas
Inseto: 5 a 14 dias
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Transfusão: 30 a 40 dias Microorganismo
Principais doenças
Período de incubação
Varicellovírus
Varicela, Herpes zoster.
2 a 3 semanas
Vibrio cholerae
Cólera
Até 5 dias
Vírus da caxumba
Caxumba
12 a 25 dias
Vírus da coriomeningite Coriomeningite linfocitária 1 a 3 semanas linfocitária Vírus da dengue
Dengue
2 a 14 dias
Vírus da febre amarela
Febre amarela
3 a 6 dias
Vírus da hepatite A
Hepatite A
15 a 50 dias
Vírus da hepatite B
Hepatite B
45 a 180 dias
Vírus da hepatite C
Hepatite C
2 semanas a 6 meses
Vírus da hepatite delta
Hepatite delta
2 a 8 semanas
Vírus da hepatite E
Hepatite E
15 a 64 dias
Vírus da imunodeficiência SIDA
Menos de 1 ano até
humana
superior a 10 anos
Vírus da parainfuenza
Infecção das VAS
2 a 6 dias
Vírus da raiva
Raiva
9 dias até 7 anos
Vírus do sarampo
Sarampo
7 a 18 dias
Vírus ebola
Febre hemorrágica
2 a 21 dias
Vírus Epstein-Barr
Mononucleose infecciosa
4 a 6 semanas
Vírus Lasso
Febre hemorrágica
6 a 21 dias
Vírus Malburg
Febre hemorrágica
3 a 9 dias
Vírus norwalk
Gastroenterocolite
10 a 52 hs
Vírus Sabiá
Febre
hemorrágica 3 a 9 dias
brasileira Vírus sincicial respiratório
Infecção das VAS
2 a 8 dias
Wuchereria bancrofti
Filariose
3 a 12 meses
Yersinia enterocolica
Enterocolite hemorrágica
6 a 14 dias
Y. pestis
Peste
1 a 8 dias
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BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
1) Legislação e criação de um Programa de Prevenção e Controle de Infecção Hospitalar, Curso infecção relacionada à assistência à Saúde – IRAS – versão 1 UNIFESP / ANVISA 2004.
2) Manual de Epidemiologia aplicada ao controle de Infecções em hospitais e serviços correlatos [Coordenador Crésio Romeu Pereira] São Paulo; Associação Paulista de Estudos e Controle de Infecção Hospitalar, 2000.
3) Manual de precauções para isolamento hospitalar – Secretaria de Estado de Saúde do DF. Brasília, 2002.
4) Portaria nº 2.616/MS/GM, de 12 de maio de 1998.
5) Prevenção de infecções em Unidades de terapia Intensiva, Curso infecção relacionada à assistência à Saúde – IRAS – versão 1 UNIFESP / ANVISA 2004.
6) AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA , acesso em 23/01/2006.
SANITÁRIA.
Disponível
em
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