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Equipe: Anna Hozana Francilino Emanuele Victor Joyce Alexandre Iguatu, 10 de Outubro de 2012. Fonte: Imagem Google
Arachis hypogaea L.
O amendoim é uma das principais oleaginosas cultivadas no Brasil e no mundo.
É considerada, entre as leguminosas, uma das mais importantes culturas, juntamente com o feijão e a soja.
As sementes de amendoim proporcionam elevada rentabilidade de óleo de fácil digestão (45 a 50%), possuindo altos teores de vitaminas.
Reino: Plantae Divisão: Magnoliophyta Classe: Magnoliopsida Ordem: Fabales Família: Fabaceae (Leguminosae) Subfanília: Faboideae Género: Arachis Espécie: A. hypogaea
O amendoim é uma planta originária da do Sul (Brasil e países fronteiriços: Paraguai, Bolívia e norte da Argentina), na região compreendida entre as latitudes de 10º e 30º sul, com provável centro de origem na região do Chaco, incluindo os vales do Rio Paraná e Paraguai.
A difusão do amendoim iniciou-se dos indígenas para as diversas regiões da América Latina, América Central e México.
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No século XVIII foi introduzido na Europa.
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No século XIX difundiu-se do Brasil para a África e do Peru para as Filipinas, China, Japão e Índia.
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O Brasil, até o início dos anos 70 do século passado, foi importante produtor de amendoim, ocupando papel expressivo tanto no suprimento interno de óleo vegetal quanto na exportação de subprodutos.
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A maior produção ocorreu em 1972, com 970 mil toneladas, sendo que o principal produto era o óleo (culinária).
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Em termos produtivos, a produção do amendoim brasileiro é oriunda, em maior escala, da região Sudeste, seguida pela CentroOeste e Nordeste.
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O estado de São Paulo é o maior produtor, responsável por cerca de 80% da produção nacional.
Raiz- É formado por uma raiz central bem desenvolvida que dá origem a numerosas raízes laterais espiraladas, normalmente com a presença de nódulos, que se estendem para dentro do solo.
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Caule-
Ramificado, cilíndrico, ligeiramente achatado com entrenós curtos e estolões que podem chegar a 1,5 cm de comprimento.
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Folha- Suas folhas são verdes, de superfície lisa, estipuladas e pinadas com dois pares opostos de folíolos.
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Flores- São hermafroditas, de cor amarela, às vezes com estrias vermelhas, agrupadas em número variável ao longo do ramo principal ou também dos ramos secundários.
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Fruto- Mais especificamente uma semente, que é do tipo vagem (legume), indeiscente, que pode variar de 2 até cerca de 10 cm de comprimento e possui entre 1 a 5 sementes em seu interior, com um formato globoso a alongado.
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Importância da aflatoxina
A aflatoxina é uma substancia tóxica ao
homem e animais, encontrada em grãos de amendoim com teor de umidade variando entre 9 e 35%, que favorece o crescimento do fungo Aspergillus flavus sobre as sementes, responsável pela síntese dessa substancia.
Clima- A cultura se adapta desde climas equatoriais até os temperados. É necessária uma estação quente e úmida suficiente para permitir a vegetação da planta, apresenta grande resistência à seca e a grande profundidade do sistema radicular permite a mesma explorar a umidade do solo.
Temperatura-
Diurnas:35°C Noturnas: 25°C
Temperaturas de 24°C favorecem o florescimento.
O amendoim pode ser cultivado com êxito em quase todos os tipos de solos, desde que férteis.
No entanto, o mais apropriado é o leve, de boa fertilidade, bem drenado que não encharca com as chuvas.
A planta nessecita de um solo arenoso ou franco-arenoso para otimizar sua produção.
pH
de 6,0 a 6,2
Segundo relato de agricultores da nossa região, o período mais adequado para a semeadura do amendoim é de setembro a novembro. Porém, esse período pode-se estender até o mês de janeiro.
Tomando como referência, o Estado de São Paulo, o plantio de variedades precoces permite duas épocas de plantio:
Amendoim das águas - semeadura realizada de setembro a outubro sendo que a colheita ocorre nos meses chuvosos;
Amendoim da seca - semeadura realizada em fins de março. A colheita é realizada em meses secos.
Cerca de 60% do mercado interno de amendoim é voltado para os materiais do tipo Valência, característicos por apresentarem porte ereto, ciclo em torno de 90 dias, vagens com 3 a 4 sementes de coloração vermelha e tamanha médio.
Das 14 cultivares registradas no Registro Nacional de Cultivares, três são recomendadas para a região Nordeste:
BR 1, lançada em 1994, BRS 151-L7, lançada em 1997 BRS Havana, lançada em 2005.
Desenvolvidas pela Embrapa Algodão.
A BR
1-
Tem baixo teor de óleo (45%) e 29% de proteína
bruta. Tem vagens com 3 a 4 sementes de formato arredondado e coloração vermelha. Seu ciclo médio é 90 dias e produz cerca de 1.8 t/ha de amendoim em casca no regime de sequeiro. O rendimento em sementes fica entre 71 a 73%.
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A BRS
151 L7-
É a mais precoce, com ciclo de 87 dias, possuindo vagens com 1 a 2 sementes alongadas, grandes e de coloração vermelha. A produtividade fica em torno de 1.8 t/ha no cultivo de sequeiro e o rendimento médio em sementes é de 71%. O teor de óleo bruto nas sementes é 46%.
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A BRS Havana-
Tem ciclo de 90 dias, produz 1.9 t/ha e tem rendimento de sementes na faixa de 72%. Suas vagens contêm 3 a 4 sementes, de formato arredondado e coloração bege. Apresenta o menor teor de óleo entre as atuais cultivares em distribuição no Brasil, com média de 43%.
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Preparo do solo- limpeza da área (roçagem) e incorporação de restos cultura, que pode ser feito com grade de disco.
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de
Aração- é feita com máquinas ou, no caso das áreas de pequenos fruticultores com tração animal.
Arado fixo de tração animal.
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Grade de dentes tração animal.
Sistemas de espaçamentos- Os espaçamentos mais utilizados nas regiões tradicionais de plantio são de 50-60 cm entre linhas com 18-20 plantas por metro linear.
Profundidadecm(semeadura).
Não
deve
ultrapassar
5
Controle de plantas daninhas:
Tem o objetivo de não deixar que outras plantas concorram por água, é necessária a prática da capina.
A adubação residual das culturas anteriores é bem aproveitada pelo amendoim, dessa forma trabalhar com rotação de culturas que foram adubadas é uma boa alternativa.
Normalmente recomenda-se aplicação de fósforo e de potássio, em função dos teores revelados pela análise do solo.
A adubação orgânica é sempre importante, desde a incorporação dos restos culturais, adubação verde, palhas, cascas, estercos e tortas.
Larva alfinete (Diabrotica speciosa)-
As
larvas são de coloração branca-leitosa e de formato afilado .
O adulto é vulgarmente conhecido como vaquinha.
A larva perfura as vagens ainda não completamente formadas, além facilitar a penetração de patógenos.
O adulto alimenta-se do limbo foliar, provocando perfurações circulares.
Larva alfinete
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Praga de solo
Adulto da larva alfinete (vaquinha).
Outras pragas:
Percevejo-castanho (Scaptocoris
castanea)
Lagarta
rosca (Agrotis ipsilon)
Lagarta
elasmo (Elasmopalpus lignosellus)
Tripes-dos-folíolos (Enneothrips flavens) –
Estes
insetos são de tamanho bastante reduzido, com asas franjadas.
Perfuram
as células vegetais e sugam a seiva exsudada, geralmente preferem alimentar-se das folhas do ponteiro, provocando seu enrolamento, onde também ovipositam.
Os
folíolos atacados apresentam estrias e deformações
Praga da parte aérea
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Injúrias causadas por tripes.
Outras pragas:
Cigarrinha verde Gafanhoto do
(Empoasca kraemeri)
Nordeste (Schistocerca pallens)
Lagarta-da-soja (Anticarsia
gemmatalis)
Gorgulho (Tribolium castaneum)-
As
larvas são de coloração branco-amarelada e os adultos são achatados de coloração castanhaavermelhada .
Tanto os adultos como as larvas provocam perfurações nos grãos.
A ocorrência desta praga está relacionada à presença, anteriormente, de uma praga primária.
Praga de armazém
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Mancha castanha(Cercospora arachidicola) Sintomas:
- Mancha castanha, circundadas por um halo de coloração amarelada. -
Ocorre no início do florescimento.
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Mancha preta personatum)-
(Cercosporidium
Sintomas:
- Lesões escuras, bem definidas, esporulação abundante na face inferior dos Folíolos. - Mais freqüente no final do período de florescimento.
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Deve-se ser colhido a planta inteira.
A melhor época para a colheita é quando, em cada planta, cerca de 70% das vagens apresentarem a característica mancha escura em seu interior.
A colheita pode ser manual ou mecânica, sendo a mecânica a que apresenta, mais baixos custos, especialmente em grandes áreas de plantação.
Na mecanizada, as plantas são arrancadas mecanicamente e, após secagem, suas vagens são destacadas das ramas em máquinas que recolhem as plantas no terreno.
Na manual, as raízes são cortadas, arrancadas manualmente e secas. Em seguida, as vagens são batidas em balaio e abanadas em peneira.
A secagem pode ser feita em secadores ou em terreiro, deixando-se as plantas expostas ao sol por, pelo menos, três dias seguidos.
O local deve ser ventilado, seco, com boa cobertura, de preferência com paredes duplas, e piso de concreto.
Os grãos devem ser distribuídos de maneira uniforme, favorecendo a dispersão do calor e umidade. Dessa forma, há redução das áreas favoráveis a proliferação de insetos, que causam picos de aquecimento e umidade, favorecendo o crescimento do fungo que produz a aflatoxina.
Umidade relativa do local menor que 70% e temperatura entre 0 e 10oC propiciam ótimas condições de armazenamento.
• A produção é comercializada por meio de cooperativas ou diretamente ao cerealista (beneficiador), que avaliam a qualidade do produto (aflatoxina e rendimento), fixando preço e prazo de pagamento (0 a 30 dias). • O valor pago depende também da sazonalidade do mercado, seja para o consumo nacional ou para exportação.
A região Nordeste é o segundo maior pólo consumidor de amendoim no Brasil, com uma demanda anual superior a 50 mil toneladas de vagens.
O amendoim se destaca pelo seu alto valor alimentar. Suas sementes possuem valores satisfatórios em vitaminas e minerais .
O amendoim, uma oleaginosa bastante conhecida e apreciada, tanto para o consumo in natura como processado, de ciclo curto e fácil cultivo, possui grande atrativo como alimento e excelentes propriedades nutricionais.
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