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Cristovao Nhamuave

estagio pedagógico

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Faculdade de Ciências Naturais e Matemática Departamento de Biologia Cristóvão Francisco Nhamuave Relatório de Estagio Pedagógico de Química Licenciatura em Ensino de Biologia com Habilitação em Ensino de Química Universidade Pedagógica Massinga 2014 Índice Capitulo I ....................................................................................................................................3 1. Introdução ...............................................................................................................................3 1.1. Objectivos gerais do Estágio Pedagógico ........................................................................4 1.2. Metodologia .....................................................................................................................4 1.3. Referencias teóricas .........................................................................................................5 Capitulo II ...................................................................................................................................8 2. Observação..........................................................................................................................8 2.1. Assistência das Aulas ..........................................................................................................8 2.2. Planificação..........................................................................................................................9 2.2.1. Planificação Semanal e diária .......................................................................................9 2.2.2. Importância da Planificação........................................................................................10 2.2. Leccionação....................................................................................................................10 2.2.1.Momentos das aulas .....................................................................................................10 2.3.Auto-Avaliação...................................................................................................................13 2.3.1.Aspectos negativos.......................................................................................................13 2.3.2.Aspectos positivos........................................................................................................13 Capitulo III................................................................................................................................14 3. Conclusão e Recomendações................................................................................................14 3.1. Conclusão.......................................................................................................................14 3.2. Recomendações..............................................................................................................15 4. Bibliografia .......................................................................................................................16     3   Capitulo I 1. Introdução O presente trabalho foi elaborado no âmbito da Cadeira de Estagio Pedagógico , leccionada na Universidade Pedagógica, com a intenção de integrar os estudantes desta agremiação na articulação da teoria e prática. É na cadeira de Estagio Pedagógico, que são implementadas as actividades curriculares que garantem um contacto experimental com situações psíquicas e pedagógicas e ainda didácticas concretas que contribuem para preparar de forma global o estudante para a vida profissional da qual a importância é de aproximar o futuro professor a situações reais de ensino e aprendizagem permitindo a aplicação de conhecimentos adquiridos na sala. O Estágio Pedagógico é compreendido como o processo de vivência prática pedagógica da realidade, onde o estudante, futuro professor, põe em prática os conhecimentos adquiridos ao longo da sua formação bem como exercita a sua futura profissão. Escola é um espaço fechado que permite a realização de projectos pedagógicos encerados no meio social que se abre cada vez mais para o exterior, esta organizada duma maneira que condiciona a aprendizagem e que tem as suas características do funcionamento. As actividades do Estágio Pedagógico foram realizadas no segundo semestre do 4o ano 2014 sob visão do professor tutor da Escola, Graça Manuel e do supervisor da Universidade Pedagógica, dr. Vera Fumo, estas actividades foram realizadas na Escola Secundária de Massinga. Os objectivos deste relatório centram-se em descrever as actividades realizadas na Escola Secundaria de Massinga durante o primeiro semestre do de 2014, tais como, a assistência de aulas, planificação, leccionação, bem como das dificuldades enfrentadas pelos alunos e professores na aprendizagem. De referir que este relatório tem três fases a preparação - onde tratamos aspectos que antecederam as actividades, como aula ideal, desafios para um bom professor e a planificação de uma aula activa observação - inclui as própria assistência, planificação e leccionação de aulas durante o trabalho de campo e por fim a pós-observação momento este da execução e/ou compilação dos resultados que permitiram a estruturação do relatório. A metodologia usada para a elaboração deste relatório foi a pesquisa bibliográfica, observação e método experimental. A bibliografia usada centrou-se em temas como, escola e seus componentes organizacionais, observação como técnica de recolha de dados nas escolas, questionários e entrevistas.   4   1.1. Objectivos gerais do Estágio Pedagógico  Desenvolver conhecimentos, habilidades, competências organizacionais, pedagógicas e profissionais gerais bem como atitudes no estudante, futuro professor, no domínio do processo de ensino e aprendizagem da disciplina específica;  Conhecer, para determinada disciplina, os conteúdos a serem ensinados e a sua tradução em objectivos de aprendizagem  Implementar o processo de ensino-aprendizagem de forma criativa e interessante de acordo com as condições reais da escola;  Trabalhar a partir dos erros e dos obstáculos à aprendizagem, a partir das representações dos alunos;  Utilizar de forma adequada as técnicas e instrumentos de observação e avaliação; 1.2. Metodologia Para a realização do trabalho recorreu-se aos seguintes métodos: Observação – o estudante estagiário tinha fichas de assistências onde anotava os aspectos observados durante a assistência das aulas. A leccionação das aulas pelos estudantes estagiários, a respectiva análise e avaliação das mesmas pelo tutor e supervisor com vista a retirar os aspectos negativos assim como positivos para realçá-los em suas aulas. Revisão bibliográfica, onde importa referir que recorremos a critica de veracidade e autenticidade para apurar o grau dos conteúdos abordados pelos vários autores. para a efectivação dos objectivos como leccionação fazia um plano de aula de acordo com os procedimento aprendidos na cadeira de Didáctica de Biologia II e III, que possibilita a incorporação de todas as actividades desenvolvidas na sala de aulas e previsão do seu tempo, sendo que no máximo cada actividade devia ter 3 minutos de duração, o que serviu como alavanca para o andamento das minhas aulas, aqui que realçar este tipo de plano de aula encaixa-se perfeitamente na classe que leccionei durante aproximadamente 4 meses.   5   1.3. Referencias teóricas O Relatório de Estágio é um trabalho científico no qual o estudante descreve e analisa, de forma científica, coerente e integrada, a experiência adquirida nas Práticas Profissionalizantes.  Estagio Pedagógico O Estágio Pedagógico tem uma grande importância pois possibilitam-nos a vivência do meio escolar em contacto com os alunos, professores, pais e encarregados de educação, funcionários e colegas, de modo a criar hábitos de colaboração e de convivência próprias desse meio. Desenvolvem actividades do PEA, pesquisa, desenvolvimento de competências do saber ensinar, aprender, saber ser e saber conviver profissionalmente assim como desenvolver capacidades de análise e contribuição critica e criadora para uma melhoria da qualidade de ensino. O Estágio Pedagógico envolve, principalmente, o trabalho preliminar e o do campo. Geralmente, o trabalho do campo é desenvolvido na escola que nela o estudante praticante é integrado e o preliminar é realizado na UP. Elas surgem entre vários objectivos, dar à disposição dos praticantes a planificação de actividades de ensino e aprendizagem tendo em conta as perspectivas interdisciplinares e transversais (DIAS, et al, 2010:19). Todavia, fica claro que a Escola integradora é muito importante na formação dos estudantes ao nível da UP, na medida em que a maioria dos objectivos das PP’s depende dela para o seu alcance. É vista como sendo um ambiente em que toda a comunidade deve participar em vista a criação de condições para a efectividade do PEA. Falar da comunidade o autor inclui também os pais e encarregados de educação além dos professores, alunos e os funcionários. Portanto, é nessa escola que o estudante praticante é integrado em contextos reais do PEA da disciplina que é formado (PILETTI, 2004:17). A escola integradora, deve necessariamente possuir salas que nelas irão decorrer as aulas. Aula é um conjunto dos meios e condições pelas quais o professor dirige e estimula o processo de ensino em função da actividade própria do aluno no processo de aprendizagem ou seja assimilação consciente e activa dos conteúdos (LIBÂNEO, 1990:177). Nesta perspectiva, temos a escola como forma predominante de organização do processo de ensino, é onde se criam, se desenvolvem, e se transformam as condições necessárias para que os alunos   6   assimilem conhecimentos, habilidades, atitudes e convicções, desenvolvendo assim suas capacidades cognoscitivas.  Sala de aulas Segundo NÉRICI (1990:100), a aula inclui três partes básicas: a Preparação de condições para a realização dos objectivos visados (motivação, revisão ou articulação com a experiência anterior); a acção para alcançar os objectivos (desenvolvimento com a participação da classe) e trabalho em torno dos objectivos (fixação, ampliação e verificação da aprendizagem). Perante esta perspectiva, para que uma aula decorra eficazmente é necessário que haja uma motivação no aprendiz para que ele possa despertar interesse no que está aprendendo. Para PILETTI (2004:244) sala de aulas é o lugar em que a aprendizagem é apenas organizada de modo a tornar-se livre em outros ambientes, favorecendo a utilização dos métodos mais adequados para o ensino. Enquanto Pimenta e Lima, citados por DIAS, et al (2010:130), sustentam que a sala de aulas “é o lugar do encontro entre professores e alunos com suas histórias de vida, das possibilidades de ensino e aprendizagem, da construção do conhecimento partilhado É na sala de aula que se cria, desenvolvem-se e transformam-se as condições necessárias para que os alunos assimilem conhecimentos, atitudes e convicções (LIBÂNEO, 1990:177). Nesta perspectiva, o professor é o único sujeito que deve garantir as condições em vista a assimilação dos conhecimentos pelos alunos. Portanto, ele deve preparar-se para o efeito, isto é, deve elaborar um plano de aula, este visto por LIBÂNEO (1990:241) como “um detalhadamento do plano de ensino. As unidades e subunidades (tópicos) que foram previstas em linhas gerais são agora especificadas e sistematizadas para uma situação didáctica real”. Enquanto DIAS, et al (2010:130) sustenta que é um projecto de actividades que regula e orienta a actividade do praticante, evitando dispersões desnecessárias. Falar detalhadamente do plano de ensino, o autor quer dizer que o plano de aula é resultado do plano de ensino ou analítico, ou seja, o plano de aula prevê actividades específicas a decorrerem na sala de aulas. Mas também faz parte dos elementos do plano propondo metas por alcançar e ao mesmo tempo devem ser congruentes, isto é, devem espelhar os conteúdos a serem apresentados aos alunos. O ensino, no seu todo, compreende vários elementos, dos quais destaca-se a planificação e a avaliação. A planificação é um processo de racionalização, organização e coordenação da   7   acção docente (professor), em vista a articular a actividade escolar e a problemática do contexto social (LIBÂNEO, 1990:222). De facto, para o PEA decorrer satisfatoriamente é preciso que esteja ligado aos interesses sociais, ou seja, dar resposta aos anseios da sociedade, se considerar-se que o professor e os alunos são integrantes da dinâmica das relações sociais.  Avaliação A avaliação é vista por Luckesi, citado por LIBÂNEO (1990:196), como sendo uma apreciação qualitativa sobre dados relevantes do processo de ensino e aprendizagem que auxilia o professor a tomar decisões sobre o seu trabalho. Nesta linha do autor, pode-se admitir que a avaliação é um dos elementos do PEA que, a partir da verificação e qualificação dos resultados obtidos, visa determinar a correspondência desses dados com os objectivos pré-concebidos em prol da tomada de decisões das actividades didácticas seguintes. Avaliação é processo contínuo de pesquisas que visa interpretar os conhecimentos, habilidades e atitudes dos alunos, tendo em vista mudanças esperadas no comportamento, propostas nos objectivos a fim de que haja condições de decidir sobre alternativas do planeamento do trabalho do professor e de escola como todo (PILETTI, 1997:190). Um aspecto importante no processo da avaliação é a consideração dos seus momentos, estes que são a verificação, qualificação e a apreciação qualitativa. Desta maneira, a avaliação, na maioria das escolas, ia deixar de ser uma actividade que se resume na realização de provas e atribuição de notas.   8   Capitulo II É neste capitulo onde serão apresentados os aspectos do desenvolvimento do relatório, que consistem essencialmente na discrição das actividades centrais do Estágio Pedagógico desde actividades que dominam a fase preparatória na sala de aula (UP) até ao local de estágio na escola secundaria de Massinga. As actividades básicas desenvolvidas no campo do estagio pedagógico são: Assistência, Planificação e Leccionação respectivamente. 2. Observação Durante duas (2) semanas, decorreu a assistência das aulas dos professores de Biologia do primeiro ciclo do ensino secundário, num número correspondente a 10 aulas, sendo que três (3) foram na turma em que o estudante estagiário devia permanecer e leccionar. Tal como avança ALARCAO & TAVARES citados pelo DIAS (2006:70), no contexto escolar, a observação é o conjunto de actividades destinadas a obter dados e informações sobre o que se passa no processo de ensino-aprendizagem com a finalidade de, mais tarde, proceder a uma análise do processo numa ou noutra das variáveis em foco. Quer isto dizer que o objecto de observação pode recair num ou noutro aspecto: no aluno, no ambiente físico da sala de aula, no ambiente socio-relacional, na utilização de materiais de ensino, na utilização do espaço ou do tempo, nos conteúdos, nos métodos, nas características dos sujeitos, etc. 2.1. Assistência das Aulas As aulas assistidas pelo Estudante Praticante, tiveram uma periodicidade de duas semanas, onde foram abordados temas como por exemplo, constituintes da célula, funções de cada organelo celular, divisão celular, divisões do esqueleto humano, ossos da cabeça, que tinham como objectivo de familiarizar-se com a turma e se inteirar da sobre a realidade social e cognitiva dos alunos. Durante a assistência das aulas o professor (tutor) utilizou alguns procedimentos pedagógico e didácticos, tais como: a elaboração conjunta, trabalho independente e exposição. E para a promoção de competências básicas de ensino da linguagem biológica, o professor forneceu fichas de leitura para permitir a consolidação das aulas leccionadas.   9   2.2. Planificação A planificação decorreu em duas etapas distintas que permitem a organização dos conteúdos a leccionar, onde encontramos a Planificação semanal que possibilita uma interacção entre os professores acerca dos conteúdos, metodologias e meios de ensino a serem usados na leccionação das aulas durante uma semana e Planificação diária que é feita individualmente de acordo com as recomendações do grupo de disciplina do ciclo e da classe, neste caso da 8ª classe que foi a classe por min leccionada. 2.2.1. Planificação Semanal e diária A planificação semanal decorria nas sextas-feiras pelas 11:30 horas com o grupo de disciplina, na escola integrada, onde seleccionavam-se os temas no plano analítico ou trimestral correspondente a duas aulas semanais. E depois seguia a planificação diária referente a cada aula por dar, este era individual e era feita com base nos objectivos específicos traçados no programa e eram traçados os mais específicos correspondentes ao tema seleccionado durante a planificação semanal. A formulação dos objectivos do plano diário baseava-se na Taxonomia de Bloom (nível cognitivo, psicomotor e afectivo) ou (âmbito de conhecimentos, de capacidades/habilidades e atitudes/convicções) Para NERICI (1988. 252) ‫ ״‬Planejar bem a aula segundo o tipo da mesma, é desenvolver a aula com segurança e enfrentar as situações da classe com disposição corresponde a algumas normas recomendadas na direcção da classe por parte do professor‫״‬. De acordo com o autor acima citado a escolha do conteúdo a ser dado deve ser feito em grupo com a finalidade de uniformizar o apontamento. E também quanto a previsão dos métodos, era feita com base no tipo do conteúdo, de aula assim como nos objectivos a serem alcançados. Mas em fim, a preocupação era de seleccionar o método que pudesse levar o aluno a assimilar activamente os conteúdos e adquirir métodos de estudo independente.   10   2.2.2. Importância da Planificação Para (LIBÂNEO 1994: 25), planificar significa, portanto, uma actividade consciente de previsão das acções docentes fundamentadas em opções político-pedagógicas e tendo como referência permanente as situações didácticas concretas. Através da planificação, o professor escolhe e determina os objectivos, os métodos e meios dirigindo todo o processo na base dos programas de ensino que contém as orientações metodológicas para assimilação dos conteúdos da matéria de ensino pelos alunos. O professor planifica, controla e avalia todos os passos didácticos e metodológicos da assimilação dos alunos. 2.2. Leccionação A leccionação das aulas do lado do praticante era feita nas tardes das segundas feiras pelas 14:55 mim às 15:40 e terças - feiras, das 14h:55min às 15:40min e decorreu durante 3 meses do primeiro semestre de 2014. Para a efectivação desta fase, baseou – se na preparação feita pelo docente da cadeira e do conhecimento ao longo do curso e através da assistência de aulas feita principalmente pela tutora que dava indicações dos aspectos negativos que o estudante estagiário devia melhorar com vista a alcançar os objectivos traçados. 2.2.1.Momentos das aulas  Introdução e Motivação Todas as aulas eram iniciadas por uma saudação assim como controle de presenças, usando referências pessoais com base na lista da turma, este último aspecto adveio depois como recomendação da tutora logo pois a assistências da aulas, isto para despertar a atenção dos alunos e os motivar para a aula. Como se pode verificar nos planos, havia nesta função a consolidação da matéria anterior, através da recapitulação feita pelo aluno e correcção do TPC e sistematização dos conteúdos das aulas anteriores pelo professor. E também a colocação do tema da matéria nova no quadro. A recapitulação tinha como principal objectivo, diagnosticar ou testar nos alunos o ponto de situação real no que diz respeito a assimilação da matéria anterior, para poder decidir ao avanço ou não a matéria nova.   11   Para LIBÂNEO (1994: 181), não se deve iniciar uma aula de repente, mas sim, com um discurso inicial para que os alunos se descontraiam…. Ao invés de chegar ao quadro - negro e colocar as palavras, as teorias ou conceitos e os exemplos, a gente começa conversando, pede à classe para definir um conceito. É necessário partir de um ponto em que os alunos participem, para não ficarem naquela atitude passiva.  Mediação e Assimilação A introdução ou apresentação da matéria nova era feita em jeito de conversa ou de colocação de questões relacionadas com o tema, visto que, a maior parte das aulas tratava de assuntos já conhecidos pelos alunos pois na sua maioria tinham visto nas aulas das classes anteriores. Segundo LIBÂNEO (1994: 182), é importante apresentar a matéria nova como um problema a ser resolvido, e mediante perguntas, trocas de experiências, colocação de possíveis soluções e estabelecimento de causa - efeito, o problema tangente ao tema vai se encaminhando para se tornar também problemas para os alunos em sua vida prática. Entre tanto apôs o discurso inicial da aula e a correspondência dos alunos acerca do conteúdo e/ou tema exposto procedia-se com a explanação do tema em causa duma forma organizada e cientifica, este explanação era acompanhada pela elaboração conjunta, exposição e por vezes a experimentação, o que facilitava a compreensão por parte dos alunos.  Domínio e Consolidação É preciso que os conhecimentos sejam organizados, aprimorados e fixados na mente dos alunos, a fim de que estejam disponíveis para orientá-lo nas situações concretas de estudo e de vida, (LIBÂNEO, 1994: 188). Foi com essa intenção que nessa fase, usavam-se muito mais questões direccionadas assim como o parafraseamento do mais essencial na matéria e a síntese das respostas dadas pelos alunos e da própria aula, em outras aulas recorria-se ao uso de cartazes e modelos.  Controlo e Avaliação A assimilação da matéria era controlada em todos momentos da aula, durante a recapitulação, o trabalho independente do aluno, o diálogo, a sistematização com intenção de avaliar o nível de assimilação do conteúdo pelos alunos. Os resultados que decorrem nesse processo, dizem respeito ao grau em que se atingem os objectivos e em que se cumprem as exigências do domínio dos conteúdos, (LIBÂNEO, 1994).   12   O TPC que os alunos realizavam e nos momentos introdutórios das aulas pelas sínteses das aulas anteriores, permitiam avaliar o grau de assimilação ou de acomodação dos conteúdos de acordo com os objectivos pré-estabelecidos. Os meios de ensino que eram usados são: quadro, giz, apagador, esferográfica, caderno, livro de turma, quadro mural, cartazes e modelos.  Avaliação da aula neste campo surge a necessidade de o professor fazer uma auto-avaliação no final de cada aula, o que irá contribuir grandemente para a melhoria do PEA e a qualidade de toda actividade de docência. Em torno deste aspecto fez-se cumprir basicamente a fase de verificação do desempenho do praticante em relação ao período de leccionação, caracterizado pela elaboração conjunta e orientação para realização de um teste escrito que reflectisse todos os 5 níveis de avaliação e os níveis de percepção dos conhecimentos em anexo neste relatório. Segundo LIBÂNEO (1994:196) a avaliação é o espelho e lâmpada do PEA, pois permite-nos conceber a imagem do nosso trabalho e dos problemas a nossa volta, e lâmpada porque ilumina-nos indicando todos os caminhos em que estamos a percorrer e dá perspectiva para onde vai e o que se prevê encontrar. Mas este não foi o único elemento de avaliação pois, há uma base de dados já fornecida aos alunos que foram submetidos a um teste escrito de sete (7) questões, com o conteúdo tangente a uma unidade já leccionada: “Metabolismo no Organismo Humano”. Perante este, foram testados 60 alunos que compõe toda turma, dos quais 11 alunos correspondentes a 18.3% dos avaliados tiveram resultado negativo e os restantes 49 alunos, correspondentes a 81.7% tiveram resultado positivo. Isto prova um aproveitamento aceitável e as notas estavam nos parâmetros entre 4 – 19.5 valores. Para alem desta, realizaram – se outras avaliações em forma de fichas de exercícios em grupos de 2 alunos e individuais e o aproveitamento foi totalmente positivo sendo nota mínima 10 e máxima 18 valores, estes resultados constam nos anexos deste relatório.   13   2.3.Auto-Avaliação 2.3.1.Aspectos negativos Quanto a auto – avaliação, o maior problema verificado por mim próprio e pela minha tutora, professora Graça Manuel, O primeiro dia foi caracterizado pelo nervosismo nos primeiros minutos porque tratava – se da primeira vez a dar aula sendo assistido, mas com o domínio do conteúdo a leccionar passava tão rápido o nervosismo, mas por outro lado a tutora advertiu que havia problemas como; a tonalidade/timbre da voz, carregamento do giz no quadro. 2.3.2.Aspectos positivos Fui sempre pontual nas assistências e na leccionação. Ia sempre com bata limpa e engomada e quase sempre que necessário, levava cartaz para ilustrações e modelos para explicar alguns processos, como por exemplo, os movimentos do diafragma durante a inspiração e expiração, tratado na aula da subunidade: “Sistemas que Intervêm no Metabolismo Humano”, concretamente no Sistema Respiratório. Nunca dera aula não planificada e levava sempre o plano para a sala de aulas. A ultima aula que fui assistido senti me muito orgulhoso por ter leccionado duma forma ordeira sem deixar margem do erro, o que indicou para mim um crescimento no que respeita o processo de mediação de conteúdos numa escola secundaria Sentia – me à vontade na sala porque os meus alunos gostavam de mim, ate que alegaram ter tido saudades na semana que passei em Zavala a cumprir com o TCIII. Consegui manter a disciplina na sala de aula.   14   Capitulo III 3. Conclusão e Recomendações 3.1. Conclusão Apôs a realização das actividades referentes ao estágio pedagógico seguiu-se a produção do presente relatório, com isso concluiu-se que o estágio pedagógico é indispensável na formação dos professores pois esta cadeira contribui através da prática no desenvolvimento de habilidades, competências através da assistência de aulas, planificação e produção de material didáctico. É também no Estágio Pedagógico que o estudante aplica os seus conhecimentos a respeito do processo de ensino e aprendizagem, como instrumento que contribui para as actividades do estudante e sua interacção gradual na profissão com a realidade escolar, isto é, interligação da teoria com prática no ensino. As actividades do Estagio Pedagógico contribuíram para a formação no aspecto individual, bem como no colectivo, sobre tudo no aspecto ligado ao trabalho em equipa no que concerne fundamentalmente a planificação de aulas, leccionação, elaboração de avaliações. A leccionação de aula foi um aspecto marcante no EP, pois, esta componente permitiu com que os estudantes através da prática, superassem as dificuldades que enfrentavam nos primeiros dias de aulas Após a assistência das aulas dos professores da escola integrada pelos professores estagiários concluiu-se também que os mesmos seguem os requisitos necessários para uma boa leccionação, isto é, planificam, contudo a falta de aulas praticas tem sido um dos maiores problemas que se podem registar.   15   3.2. Recomendações Importa salientar tanto a Universidade Pedagógica assim como a direcção da Escola secundaria de Massinga os seguintes aspectos: A UP deve fazer o ajuste do calendário das actividades de Estagio pedagógico com o período activo de aulas nas escolas integradas; À direcção pedagógica da escola secundaria de Massinga, deve procurar melhorar as salas visto nas salas onde estão as 8ª classes torna-se difícil controlar a voz porque as salas estão abertas e os alunos estão sempre a espreitar fora, mudar os quadros daquelas salas pois alguns estão inclinados outros desgostos que ao escrever não é fácil. Rever a situação da lotação das turmas e incentivar os professores a serem criativos de modo a produzir o material didáctico necessário, contratar funcionários para zelarem pelas limpezas das salas e manter casas de banhos limpas, pois o bafio muda o aroma escolar; Aos professores de Biologia da Escola Secundária de Massinga, recomenda-se que usem os materiais didácticos e/ou meios de ensino no decurso das suas aulas com vista a poupar tempo, que irão também por sua vez reduzir o volume dos conteúdos do quadro mural bem como o nível de abstracção dos conteúdos. Recomenda-se ainda à direcção da escola secundaria de Massinga o desafio que procurar na medida do possível realizar aulas praticas, pois estas são de grande importância para o aluno na medida que alia a pratica a teoria na construção de novos conceitos, que dificilmente serão esquecidos.   16   4. Bibliografia CARDOSO, Sheila Pressentin & COLINVAUX, Dominique, Explorando a Motivação para estudar Biologia. Psicopedagogia, br.2006. 12 de Outubro de 2012. DIAS, Hildizina Norberto, et al. Manual de Praticas e Estagio Pedagógico. 2a Edição, Editora Educar, Maputo, 2010. GONÇALVES, Fábio Pares e Marques, Contribuições Pedagógicas e epistemológicas em textos de experimentação do Ensino de Biologia. Revista on- line, site Sociedade Brasileira de Biologia, 2007. LIBÂNEO, José Carlos. Didáctica. 1a Edição, Cortez editora. São Paulo. 2006. MULLER, Suzan, Didáctica das ciências Naturais, 1ª Edição, Texto editores, Maputo, 2005. NIVAGARA, Daniel Daniel. Didáctica Geral, Apreender a ensinar. Universidade Pedagógica. 250. PILETTI, Claudino. Didáctica Geral. 23a Edição. Editora Ética. São Paulo. 2004. COMENIUS.. Didáctica Magna. 23ª Edição, São Paulo, 2001.   4   Capitulo I 1. Introdução O presente projecto foi elaborado a partir do trabalho de implementação pedagógica e da pesquisa bibliográfica, realizados na Escola Secundaria de Massinga, durante o primeiro semestre de 2014, tendo como objectivos, proporcionar aos professores do ensino regular uma oportunidade de reflexão sobre a inclusão escolar de alunos com necessidades educacionais especiais, através de estudos e discussões sobre o assunto, proporcionando uma visão geral das contribuições do professor, no sentido de como trabalhar com esse alunado. Estamos vivenciando um momento em que mundialmente se fala na inclusão escolar de alunos com necessidades educacionais especiais, na rede regular de ensino. Sabe-se que a legislação é explícita, quanto à obrigatoriedade em acolher e matricular todos os alunos, independente de suas necessidades ou diferenças, é importante também ressaltar que não é suficiente apenas esse acolhimento, mas que o aluno com necessidades educacionais especiais tenha condições efectivas de aprendizagem e de desenvolver suas potencialidades. De acordo com CARNEIRO (1999), a falta de preparação dos professores figura entre os obstáculos mais citados para a educação inclusiva, é um grande desafio, fazer com que a Inclusão ocorra, sem perdermos de vista que além das oportunidades, é preciso garantir o avanço na aprendizagem, bem como, no desenvolvimento integral do indivíduo com necessidades educacionais especiais, desta forma, é necessário e urgente, que as escolas regulares se organizem para que além de assegurar essas matrículas, assegurem também a permanência de todos os alunos, sem perder de vista a intencionalidade pedagógica e a qualidade do ensino. Os dados coletados serão descritos e analisados, a luz da fundamentação teórica apresentada, sendo que este serão apresentados no Relatório final, a ser socializado, na mostra de estágio. Consideramos que o estágio de observação contribuirá para a nossa formação, enquanto académicas do curso de Biologia, favorecendo conhecimentos novos sobre atendimento a alunos com necessidades educacionais especiais e também consolidando conhecimentos adquiridos no curso para organização da prática pedagógica. Estruturalmente o projecto encontra-se dividido em capítulos lógicos que facilitam a compreensão dos requisitos para a sua efectivação, apresentando objectivos geral e específicos, problematização, justificativa do tema, metodologia usada, perguntas cientificas, hipóteses e fundamentação teórico.   5   1.1. Problematização De acordo com as constatações do autor, a escola secundaria de Massinga apresenta muitos alunos com particularidades educativas, sendo as mais frequentes relacionados com a audição, sabemos que estamos visados a nível nacional a promover inclusão escolar de alunos com necessidades educacionais especiais, na nossa rede de ensino, visto o nosso pais possui poucas escolas especiais mas também porque actualmente tende se a colocar todos os alunos na mesma instituição independentemente da situação física, económica, religiosa, politica e raça. Segundo a legislação moçambicana, as escolas tem obrigatoriedade de acolher e matricular todos os alunos, independente de suas necessidades ou diferenças. Entretanto, não é suficiente apenas esse acolhimento, mas que o aluno com necessidades educacionais especiais tenha condições efectivas de aprendizagem e desenvolvimento de suas potencialidades. Sendo assim, busca-se no presente estudo discutir sobre o processo de inclusão particularmente sobre alunos com deficiência auditivas. 1. Ate que ponto os professores da escola secundaria de Massinga engajados na promoção da educação inclusiva.   6   1.2. Justificativa da escolha do tema A sociedade de modo geral, convive com as mudanças e, para a educação esta prática é primordial, porque trabalhar com as diferenças valorizando-a é um fator imprescindível para o desenvolvimento da humanidade. A relevância da pesquisa sobre contribuições do professor na inclusão do aluno com deficiência auditiva no ensino regular justifica se pelas seguintes razoes: O tema foi escolhido devido à percepção das dificuldades encontradas pelos deficientes auditivos ao tentarem ingressar nas escolas, pois os desafios a serem enfrentados são vários porque toda a legislação diz que este possui seus direitos, mas, na prática ainda reside a relutância por parte da escola em não ingressá-lo em suas dependências. Através da pesquisa e do estudo a ser realizado pretende-se Identificar as dificuldades que permeiam as pratica pedagógicas do pedagogo que lida com o deficiente auditivo, altercar as práticas pedagógicas que o pedagogo aplica no processo de ensino-aprendizagem, conhecer quais as dificuldades cognitiva, afectiva e sociocultural enfrentadas pelos deficientes auditivos. Pensando no indivíduo surdo, acreditamos que seja importante para este como sujeito crescer, desenvolver-se, amadurecer, construir e constituir-se inserido numa língua própria e natural, dai nossa inquietação em construir esse projecto na busca de contribuir não como receita pronta, mais como suporte para enriquecer as pratica pedagógicas do pedagogo. 1. A escola secundaria de Massinga é piloto a nível de distrito e é a que alberga maior numero de alunos independentemente das suas dificuldades na aprendizagem. 2. Este projecto vai possibilitar e despertar atenção ao professores desta escola no sentido de se preocuparem e dar uma atenção ao alunos que apresentam dificuldades auditivas. 3. Porque é nossa responsabilidade como professores procurar os recursos necessários, assim como criar condições para que todos os alunos possam participar na vida da escola, devendo estes terem em conta as características dos seus alunos e responder às suas necessidades. 4. A escola é um local de socialização da personalidade em geral, onde se promove a solidariedade, a cooperação, respeito pelo próximo bem como criação de amizades.   7   1.3. Objectivos da pesquisa 1.3.1. Geral  Identificar as contribuições do professores na inclusão do aluno com deficiência auditiva no ensino regular – caso escola secundaria de Massinga 8ª 7. 1.3.2. Específicos  Identificar os alunos com necessidades educativas auditivas na escola secundaria de Massinga;  Apontar quais são recursos necessários para actuar em sala de aula como uma criança deficiente auditiva.  Discutir que tipo de formação dever ter o professor para lidar com a deficiência auditiva.  Propor estratégias para atender alunos com necessidades educativas especiais no ensino regular. 1.4. Questões cientificas  Será que a falta de profissionais capacitados na área da educação atrapalha o desenvolvimento do deficiente auditivo?  Que tipo de formação dever ter o professor para lidar com a deficiência auditiva?  Quais recursos educacionais são necessários para actuar em sala de aula com uma criança deficiente auditiva?  Quais benefícios pode-se adquirir através da relação professor e aluno para uma criança com deficiência auditiva no seu desenvolvimento intelectual? 1.5. Hipóteses   8   H1 - A preparação apropriada de todos os educadores constitui-se um factor chave no progresso de escolas inclusivas. H2 - As habilidades requeridas para responder as necessidades educacionais especiais deveriam ser levadas em consideração durante a avaliação dos estudos e da graduação de professores. H3 - Para trabalhar com uma criança deficiente um dos requisitos necessários e ter conhecimento em libras. O professor de uma criança com deficiência auditiva deve falar através da língua de sinais, ter uma formação específica. Assim sendo, facilita o aprendizado de uma criança com deficiência auditiva. H4 - Primeiramente falar através dos sinais, livros didácticos, materiais concretos como: jogos, brinquedos para trabalhar a interação com os demais alunos, cores e realizar dinâmica como imitar animais. Visando sempre a interação com demais alunos, portanto material concreto é importante no ensino aprendizagem. H5 - Acredita-se que os professores não estão preparados para identificar alunos com deficiências auditivas; H6 - Supõe-se que os professores da escola secundaria de Massinga não tem estratégias para atender alunos com deficiências auditivas; Capitulo II 2. Referencial teórico   9   De acordo com ANTIPOFF (2009) a influência da pedagogia escola novista social democrata os demais da sociedade Pestalozzi, sobretudo as primeiras professoras da Fazenda; eram ligadas todos ao movimento do catolicismo social, sabendo aliar elementos dos dois modelos. Ela percebia que, na conservadora sociedade mineira da época era importante fortalecer as convicções ideológicas do grupo. Como uma organização filantrópica, a sociedade Pestalozzi dependia de doações de particulares e do governo. 2.1. O deficiente auditivo Como deficiente auditivo entende-se da pessoa com deficiência em ouvir, ou seja, pessoa surda parcial ou total. A unidade usada para medir a capacidade auditiva do ser humano é o decibel (DB). Considera-se Normal em termos de audição, uma pessoa que detecta sons entre 10 a 20 DB. Quando se tem uma perda auditiva limitada, o som com 21a 39 DB pode ser ouvido. Neste caso trata-se de uma deficiência de segundo grau ou leve. A perda que varia entre 40 a 70 DB é considerada moderada. Entre 71 a 90 DB, é considerada severa e acima de 90 DB é considerada profunda. Portanto, essa deficiência pode se apresentar em vários níveis, leves, moderada, severa e profunda. O deficiente auditivo é uma pessoa cujas dificuldades não se limitam somente á esfera auditiva, visto que dependendo do grau de sua deficiência e de sua idade, poderá ter prejudicadas outras actividades físicas ou psíquicas, podendo até mesmo a influenciar, na formação de sua personalidade, quando deixado sem tratamento. Assim a deficiência constitui-se em problema amplo e profundo exigindo precocidade em seu atendimento. Visto que esta se caracteriza por prejudicar o desenvolvimento, principalmente da linguagem, com reflexos directos na aprendizagem e mesmo com problemas mentais, surge a necessidade de ensino especial. 2-A Inclusão do Deficiente Auditivo na escola e na sociedade. Na sociedade contemporânea em que vivemos precisamos de pessoas com um modelo social que busquem soluções para as necessidades dos alunos por diferentes que sejam, precisamos de pessoas com espírito critico e capaz de agir com autonomia e com alternativas afim de diminuir a distância entre o que se aprende e o que se ensina, de significativo conhecimento contribui para a sua vida como cidadãos. Possibilitando-nos a autogestão, poder de decisão, de participação, de reflectir, interagir, saber fazer, agir, pensar, conviver. E nossos governantes o que vem buscando para a formação desse professor que é tão importante na acção formadora do educando, mas esse educador precisa de recursos de estímulos por partes dos nossos governantes. Precisamos de atitudes que são fundamentais na   10   educação como: o educador estar comprometido com a inclusão, buscar realmente saber o que o aluno precisa aprender, buscar respeitar o potencial de cada um com igualdade. Acreditar que o deficiente auditivo é capaz de aprender, verificar se ele quer partilhar dados sobre sua deficiência, e só em caso afirmativo passar essa informação para outras pessoas. 2.2. Declaração de Salamanca Os programas de formação inicial deverão incutir em todos os professores da educação básica uma orientação positiva sobre a deficiência que permita entender o que se pode conseguir nas escolas com serviços locais de apoio. Os conhecimentos e as aptidões requeridos são basicamente os mesmos de uma boa pedagogia, isto é, a capacidade de avaliar as necessidades especiais, de adaptar o conteúdo do programa de estudos, de recorrer à ajuda da tecnologia, de individualizar os procedimentos pedagógicos para atender a um maior numero de aptidões. Atenção especial devera ser dispensada à preparação de todos os professores para que exerçam sua autonomia e apliquem suas competências na adaptação dos programas de estudos e da pedagogia a fim de atender às necessidades dos alunos e para colaborar com os especialistas e com os pais A Declaração de Salamanca permite perceber a real importância da inclusão da pessoa com deficiência na educação, pois seu convívio e aprendizado com outras pessoas só lhe trará benefícios e crescimentos, tanto em âmbito educacional como social. 2.3. Formas propostas para atender alunos com deficiência auditiva Posicionar o aluno na sala de aula de forma que possa ver os movimentos do rosto (orofaciais) do professor e de seus colegas; Utilizar a escrita e outros materiais visuais para favorecer a apreensão das informações abordadas verbalmente;   11   Utilizar os recursos e materiais adaptados disponíveis: treinador de fala, tablado, softwares educativos, solicitar que o aluno use a prótese auditiva, etc.; Utilizar textos escritos complementados com elementos que favoreçam sua compreensão: linguagem gestual, língua de sinais; Apresentar referências importantes e relevantes sobre um texto (o contexto histórico, o enredo, os personagens, a localização geográfica, a biografia do autor, etc.) em língua de sinais, oralmente, ou utilizando outros recursos, antes de sua leitura; Promover a interpretação de textos por meio de material plástico (desenho, pintura, murais, etc.) ou de material cénico (dramatização e mímica); Utilizar um sistema alternativo de comunicação adaptado às possibilidades e necessidades do aluno: língua de sinais, leitura orofacial, linguagem gestual, etc. Há alunos que conseguem ler os movimentos dos lábios. Assim, o professor e os colegas devem falar o mais claramente possível, evitando voltar-se de costas enquanto fala. É extremamente difícil para estes alunos anotarem nas aulas, durante a exposição oral da matéria, principalmente aqueles que fazem leitura labial enquanto o professor fala; É sempre útil fornecer uma cópia dos textos com antecedência, assim como uma lista da terminologia técnica utilizada na disciplina, para o aluno tomar conhecimento das palavras e do conteúdo da aula a ser leccionada;  Este estudante pode necessitar de tempo extra para responder aos testes; !  Fale com naturalidade e clareza, não exagerando no tom de voz;!  Evite estar em frente à janela ou outras fontes de luz, pois o reflexo pode obstruir a visão;  Quando falar, não ponha a mão na frente da boca; !  Quando utilizar o quadro ou outros materiais de apoio audiovisual, primeiro  exponha os materiais e só depois explique ou vice-versa (ex: escreva o exercício no quadro ou no caderno e explique depois e não simultaneamente);  Repita as questões ou comentários durante as discussões ou conversas e indique (por gestos) quem está falando para uma melhor compreensão por parte do aluno;  Escreva no quadro ou no caderno do aluno datas e informações importantes, para assegurar que foram entendidas;  Durante as avaliações, o aluno deverá ocupar um lugar na fila da frente. Um pequeno toque no ombro dele poderá ser um bom sistema para chamar-lhe a atenção, antes de fazer um esclarecimento.   12   2.4. Dicas básicas para a convivência com deficiência auditiva Quando quiser falar com uma pessoa surda, se ela não estiver prestando atenção em você, acene para ela ou toque levemente em seu braço; Se ela fizer leitura labial, fale de frente para ela e não cubra sua boca com gestos e objectos. Quando estiver conversando com uma pessoa surda, pronuncie bem as palavras, mas não exagere. Use a sua velocidade normal, a não ser que lhe peçam para falar mais devagar; Não adianta gritar; ! Se souber algumas palavras na língua brasileira de sinais, tente usá-las. De modo geral, suas tentativas serão apreciadas e estimuladas; ! Seja expressivo. As expressões faciais, os gestos e o movimento do seu corpo serão boas indicações do que você quer dizer, em substituição ao tom de voz; Mantenha sempre contacto visual; se você desviar o olhar, a pessoa surda pode achar que a conversa terminou; A pessoa surda que é oralizada (ou seja, que aprendeu a falar) pode não ter um vocabulário extenso. Fale normalmente e, se perceber que ela não entendeu, use um sinonimo (carro em vez de automóvel, por exemplo); Nem sempre a pessoa surda que fala tem boa dicção. Se não compreender o que ela está dizendo, peça que repita. Isso demonstra que você realmente está interessado e, por isso, as pessoas surdas não se incomodam de repetir quantas vezes for necessário para que sejam entendidas; Se for necessário, comunique-se através de bilhetes. O importante é se comunicar, seja qual for o método. Capitulo III 3. Cronograma de actividades Período Realização de professores da escola entrevistas aos Dez x Nov X Oct X Sept Abr Mar X Ago acontecimentos no decurso das aulas Jul dos Jun minuciosa Mai Observação Fev Jan Actividades   13   Analise dos dados obtidos x Consulta bibliográfica x Análise comparativa x Descrição das conclusões X Compilação dos resultados x x 3.1. Material necessário Material Quantidade Valor por unidade Papel 1 Resma 200mtn Esferográfica 2 10 mtn Lápis 2 5mtn Borracha 1 10mtn Impressão 6 125mtn Encadernação 6 35mtn Pasta de arquivo 1 100mtn Cartolinas 10 200 mtn Total 29 685mtn 3.2. Bibliografia CORREIA, L. de Morais. Alunos com necessidades educativas especiais nas classes regulares. Porto, Portugal: Porto, 1999. CARNEIRO, Moaci Alves. O acesso de Alunos com Deficiência às Escolas e Classes Comuns: Possibilidades e Limitações. RJ: Vozes, 2007. CARVALHO, Rosita Édler. Educação Inclusiva: Com os Pingos nos. Porto Alegre: Mediação, 2004. SASSAKI, Romeu. Inclusão: construindo uma sociedade para todos. 7. ed. Rio de Janeiro: WVA, 2006.   14   STAINBACK, Susan & STAINBACK, Willian. Inclusão - Um guia para educadores. Porto Alegre: Artes Médicas, 1999.