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Crescimento Das Populações

Crescimento das Populações

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Crescimento das Populações Álvaro Pereira n.º 26306, Carlos Rodrigues n.º 25351 Biologia e Geologia (1º Ciclo) Resumo: No globo terrestre existem muitos milhares de espécies, e para que todos possam sobreviver, estas não podem ser estanques, ou seja, é necessário que haja uma “reciclagem” de elementos para que todas as espécies possam sobreviver da melhor maneira. Acontecimentos que se dão nas populações de seres fazem com que cada população se aguente o maior tempo possível. Esses acontecimentos passam pelos nascimentos, pelas mortes, pela imigração e pela emigração. Deste modo é garantido a continuidade da população. Mas nem sempre é possível, basta para isso que a taxa de mortalidade e a emigração seja maior que a taxa de natalidade e a imigração (Buck, 2008). Neste trabalho pretende-se estudar as variações das populações bem como os factores que levam a essas variações. 1. Introdução População envolve conceito quantitativo, demográfico, pois refere-se a uma massa total de indivíduos de um determinado país. É o conjunto heterogéneo dos habitantes de um país, sem exclusão dos estrangeiros. Genéricamente, uma população é o conjunto de pessoas ou organismos de uma mesma espécie que habitam uma determinada área, num espaço de tempo definido (Wikipedia, 2008). Mas a quantidade de indivíduos não é estanque, uma vez que há factores intrínsecos e extrínsecos à população que levam a essa variação. A emigração, a imigração, a natalidade e a mortalidade são acontecimentos determinantes da variação do número de indivíduos de quaisquer populações e por isso são designados determinantes populacionais. A natalidade e a imigração são determinantes que tendem a aumentar o número de indivíduos de uma população, enquanto a mortalidade e emigração tendem a diminuir esse número. 2. Materiais e Métodos Para este trabalho apenas utilizamos um programa informático denominado Populus® que é um software onde se criam modelos de simulação nos campos da biologia das populações e da ecologia evolutiva (Terrabrasil, 2008). O método utilizado foi simplesmente fazer variar as variáveis taxa intrínseca de crescimento (r), o tamanho da população (N) e as gerações (run time) e ver as alterações que essas variações provocavam nos gráficos. 3. Resultados e Discussão Se N representa o número de indivíduos de uma população, ΔN representa a variação desse número num certo período de tempo. Δt será o tempo durante o qual se verifica a variação em determinado espaço (geralmente em anos). Então  ∆  ∆ dar-nos-á a taxa de variação do número de organismos num certo tempo, isto é, a taxa de crescimento e  ∆ N∆ é a taxa média de variação do número de indivíduos durante um certo tempo e por organismo. Designa-se, por isso, taxa específica de crescimento. Admitindo uma população de 50 protozoários que se encontram em divisão num charco e supondo que essa população aumentou para 150 indivíduos no decurso de uma hora. Taxa de crescimento = 100/1 = 100 indivíduos/hora Taxa específica de crescimento = 100/1/50 = 2, ou seja a partir de cada protozoário, numa hora, produzem-se dois. Existem dois tipos de crescimento, o crescimento contínuo, em que a equação ∆ que o define é em que ∆ são os nados, os óbitos e é a taxa intrínseca de crescimento, e o crescimento discreto que possui uma equação finita no tempo a t em que . Para calcularmos numa outra fórmula é a probabilidade de sobreviver. Esta equação traduz-se ∆ (taxa per capita) utilisamos a seguinte , e para se fazer uma previsão da população utilisamos ∆ . Comparando o crescimento contínuo e o crescimento discreto, quando população é constante, se 0 a população diminui e se 0, a 0 a população aumenta, tudo isto no crescimento contínuo. No crescimento discreto, se 1 a população diminui e se varia, se 1 a população não 1 a população aumenta, em que ou ln . Seguidamente apresentam-se os padrões de crescimento (Buck, 2008): Natalidade A natalidade é a capacidade de uma população aumentar consoante a sua taxa de reprodução. O número de nascimentos por ano denomina-se natalidade e o seu valor .º  é     . A taxa percentual de natalidade é dada . Quando se referem populações humanas a taxa de natalidade vem referida em permilagem. Mortalidade A mortalidade refere-se ao número de mortes que ocorrem numa população, geralmente durante um ano, se se tratar de organismos de grandes dimensões. Assim     .º      .  Sendo a taxa percentual de mortalidade dada por . Também para as populações humanas se exprime a mortalidade em permilagem. Padrões de sobrevivência A mortalidade varia muito com a idade. No entanto, como a vida dos membros de uma comunidade interessa mais do que a mortalidade, existe uma outra forma de encarar a mortalidade que é a sobrevivência. A sobrevivência corresponde ao número de indivíduos de uma população que passam de intervalos de idade preestabelecidos para outros. Basicamente, existem três tipos de curvas de sobrevivência que representam o número de sobreviventes num determinado período de tempo (Scielo, 2008). Situação 1 Situação 2 Situação 3 Numa primeira situação, a longevidade média dos indivíduos pode aproximar-se da idade geneticamente possível, morrendo quase todos os indivíduos ao aproximaremse dessa idade. A curva representativa é acentuadamente convexa. Os indivíduos, que em certas condições de sobrevivência, podem apresentar curvas deste tipo são o homem, os grandes mamíferos e algumas plantas anuais. Na situação 2, a taxa de mortalidade em todas as idades é mais ou menos constante e é representada por uma curva de sobrevivência que se aproxima de uma recta diagonal. Esta é uma curva típica das aves, roedores e de algumas plantas perenes. Na situação 3, verifica-se uma elevada mortalidade durante os primeiros tempos de vida. Esta curva, fortemente côncava, é típica dos peixes, de muitos invertebrados e muitas plantas perenes. Como na natureza, geralmente, não se verificam as condições óptimas de sobrevivência, globalmente a maioria das populações animais apresenta no seu todo, provavelmente, uma curva de sobrevivência moderadamente côncava, entre os tipos 2 e 2, ao passo que a maioria das populações vegetais apresentam uma curva mais próxima do tipo 2. As curvas de sobrevivência das populações são importantes porque nos permitem visualizar quais os períodos de vida em que os indivíduos são mais vulneráveis e por isso compreender melhor a dinâmica das populações. Factores que interferem no crescimento das populações Se a população se encontrar em condições ambientais ideais, ela tem uma taxa de crescimento natural máxima que corresponde ao seu potencial biótico. Este potencial varia de população para população e depende de alguns factores: número de descendentes em cada reprodução, capacidade de sobrevivência até a idade reprodutora, número de vezes que um indivíduo se reproduz e idade em que atinge a capacidade reprodutora. As populações possuem dois tipos de estratégias de sobrevivência: 1.º - Em alguns casos, como o das lagartas, as mudanças ambientais provocam o seu rápido declínio. A estas espécies chamam-se oportunistas, pois multiplicam-se o mais rápido possível investindo a energia que dispõem na reprodução. Esta estratégia depende da densidade populacional. 2.º - Por outro lado, no caso dos elefante, este possuem um grande período de gestação e só nasce uma cria por parto. Desta forma investem a energia disponível em tomar conta das crias até assegurar a sua sobrevivência até a procriação. A estas espécies designam-se em equilíbrio sendo o número de indivíduos estável e portanto não depende da densidade populacional. Outros factores são os de resistência ambiental, ou seja, a disponibilidade de alimento, espaço, competição, acção de predadores, parasitas, etc. 4. Referências Bibliográficas Terrabrasil, 2008 - http://terrabrasil.softonic.com/ie/59873/Populus como está na data de 15/10/2008 Wikipedia, 2008 - http://pt.wikipedia.org/wiki/Popula%C3%A7%C3%A3o como está na data de 19/10/2008. Scielo, 2008 - http://www.scielo.br/pdf/isz/v93n3/18096.pdf como está na data de 19/10/2008 Buck, 2008 - www.objetivo-americana.com.br/downloads/1a-serie-ensino- medio/Nick_Estudo_das_Populacoes.ppt como está na data de 10/10/2008