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Correntes Inerciais

Aula sobre correntes inerciais da discplina Dinamica Física dos Oceanos ministrada pelo professo Renato David Ghisolfi para o curso de oceanografia na UFES

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4/8/10 DINÂMICA  FÍSICA  DO  OCEANO  –  AULA  4   CONTEÚDO 1.  Correntes  inerciais   2.  Comentários  finais.   CORRENTES  INERCIAIS   DINÂMICA  FÍSICA  DO  OCEANO  –  AULA  4   CORRENTES  INERCIAIS   DINÂMICA  FÍSICA  DO  OCEANO  –  AULA  4   CORRENTES  INERCIAIS   Vamos  considerar  uma  solução  simples  das  equações  do   movimento:  A  RESPOSTA  DO  OCEANO  A  UM  IMPULSO  QUE  COLOCA  A   ÁGUA  EM  MOVIMENTO.   EXEMPLO:  um  vento  impulsivo  forte  soprando  por  algumas  horas.    A  água  então  se  move  sob  a  influência  de  Coriolis  e  da  gravidade.      O  movimento  é  dito  inercial.  A  massa  de  água  conUnuaria  a   se  mover  devido  a  sua  inércia.   No  balanço  geostrófico  (visto  no  úlUmo  conteúdo)  consideramos   que  não  havia  aceleração  e  que  o  gradiente  de  pressão  era   balanceado  pela  aceleração  de  Coriolis.     Para  analisarmos  as  correntes  inerciais,  considere  que  o  gradiente   de  pressão  que  deu  origem  ao  equilíbrio  geostrófico  (em  um   oceano  homogêneo  a  inclinação  pode  ter  sido  gerado  pelo   stress  do  vento)  desaparece.   Sob  essa  hipóteses,  as  equações  horizontais  do  momentum  se   reduzem  a:   DINÂMICA  FÍSICA    DO  OCEANO  –  AULA  4   CORRENTES INERCIAIS DINÂMICA  FÍSICA    DO  OCEANO  –  AULA  4   COMO É A CORRENTE INERCIAL? Balanço  anterior  estabelece  que  a  ACELERAÇÃO  DE  QUALQUER   PARTÍCULA  É  BALANCEADA  PELA  ACELERAÇÃO  DE  CORIOLIS.     Um  fluxo  nessas  condições  é  denominado  de  FLUXO  INERCIAL  OU   CORRENTE  INERCIAL.   Diferenciando  a  primeira  equação  em  t,  tem-­‐se:   COMO ELAS SÃO EXCITADAS? Ventos  repenUnos  colocam  energia  e  momentum  dentro  das   camadas  superficiais  do  oceano  e  excitam  as  oscilações   inerciais.   SubUtuindo-­‐se  a  segunda  equação  e  considerando  o  plano  f,  tem-­‐ se:   1 4/8/10 DINÂMICA  FÍSICA    DO  OCEANO  –  AULA  4   A  solução  para  essa  equação  diferencial  é  da  forma:   DINÂMICA  FÍSICA    DO  OCEANO  –  AULA  4   TRAJETÓRIA DE UMA PARTÍCULA EM MOVIMENTO INERCIAL  A  trajetória  da  parccula  é  esUmada  fazendo-­‐se  a  integração   temporal  das  componentes  da  velocidade  u  e  v,  ou     Onde  A  e  B  são  constantes.     Depois  de  impor-­‐se  as  condições  iniciais  (u  =  0  para  t  =  0),  obtém-­‐se   que  A=0  e,  portanto,   E  o  módulo  da  velocidade  é  de  magnitude  constante,  B.   DINÂMICA  FÍSICA    DO  OCEANO  –  AULA  4   DINÂMICA  FÍSICA    DO  OCEANO  –  AULA  4    Se  as  duas  expressões  anteriores  foram  elevadas  ao  quadrado  e   somadas,  resultaria  a  seguinte  expressão:   Assumindo  que  Ti  seja  o  tempo  necessário  para  que  uma  parccula   com  velocidade  V  necessite  para  realizar  um  círculo  completo  com   raio  r,  tem-­‐se  que:   Esta  é  a  equação  de  um  círculo  de  inércia  com  centro  em  x=B’,  y=B”  e   de  raio  V/f.    No  HS  o  senUdo  de  giro  é  anU-­‐horário;    No  HN  o  senUdo  de  giro  é  horário.     Onde  Ti  é  chamado  de  período  inercial.     No  equador  o  período  inercial  é  infinito  e  nos  polos  é  de  12  horas.   DINÂMICA  FÍSICA    DO  OCEANO  –  AULA  4   EXEMPLO Latitude DINÂMICA  FÍSICA    DO  OCEANO  –  AULA  4   EXEMPLO:     Ti D (km) Para V= 20 cm/s 90 11.97 35 20.87 2.7 4.8 10 68.93 15.8 1.  Um  conjunto  de  bóia  de  deriva  é  colocada  em  movimento   forçada  por  um  forte  vento  de  oeste  (Mar  BálUco  em  1969).   2.  Quando  a  intensidade  do  vento  diminuiu,  as  camadas  mais   superficiais  de  água  tenderam  a  fluir  no  formato  de  círculos   inerciais  devido  ao  efeito  de  Coriolis.   3.  Este  movimento  se  refleUu  no  deslocamento  das  bóias  de   deriva.  Se  essas  correntes  forem  constantes,  as  trajetórias   desenvolvidas  se  tornarão  ciclóides.   4.  Os  círculos  inerciais  não  são  vórUces.  Por  exemplo,  se   houvessem  bóias  próximas  umas  das  outras,  elas  estariam   influenciando  o  movimento  umas  das  outras  ao  invés  de  se   mover  ao  redor  delas.   2 4/8/10 DINÂMICA  FÍSICA    DO  OCEANO  –  AULA  4   DINÂMICA  FÍSICA    DO  OCEANO  –  AULA  4   COMENTÁRIOS ADICIONAIS 1.  As  correntes  inerciais  são  as  correntes  mais  comuns  no  oceano. 2.  Webster (1968) revisou muitas publicações sobre correntes inerciais e encontrou que as correntes tem sido observadas em todas as profundidades nos oceanos e em todas as latitudes. 3.  Os movimentos são transientes e decaem em poucos dias. 4.  As oscilações em diferentes profundidades ou em sítios próximos são usualmente incoerentes. 5.  Embora as equações foram derivadas para uma oscilação num fluxo sem fricção, ela não pode ser completamente negligenciada. Com tempo, as oscilações se transformam em outras correntes superficiais. (Ver Apel, 1987: ?6.3 para mais informações.)   3