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Controle Marco

Controle de Qualidade

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Avaliação/ Comparação Análise e Decisão Ação/ Mudança Processo/ Melhoria Observação/ Cálculo INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO PARÀ. DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA CURSO DE TÉCNICO EM QUÍMICA INDUSTRIAL FERRAMENTAS DE CONTROLE DE QUALIDADE (SEU NOME AQUI) MARABÁ – PARÁ AGOSTO 2013 INTRODUÇÃO 1.1 CONCEITOS BÁSICOS A definição mais moderna de Qualidade é apresentada pela "Organização Europeia para Controle de Qualidade". "Qualidade de um material é a condição necessária de aptidão para a finalidade a que se destina". Exigir de um produto, qualidade além da necessária, é encarecê-lo; exigir menos é prejudicar o nome do fabricante diante do público consumidor. A Gestão pela Qualidade Total implica na adoção de uma abordagem que, contemplando o enfoque comportamental e técnico, seja abrangente a ponto de comprometer todas as pessoas da empresa. A partir de 1920, procurando resolver o problema iniciou-se a revolução industrial no sentido de aprimorar os métodos de inspeção utilizados. A mudança sobre controle de qualidade devia ser radical. Desenvolveram-se técnicas de prevenção de defeitos e a estatística, que passaram a funcionar como as principais armas na detenção e prevenção de defeitos. A preocupação com que o conceito de qualidade seja empregado em seus produtos e serviços faz com que as empresas se empenhem cada vez mais em ampliar e buscar melhorias em seus processos a fim de que seus produtos e seus serviços atendam as necessidades e expectativas dos consumidores e clientes de modo a proporcionar uma redução nos custos (Siqueira, 1997). Dentro do campo de controle de qualidade foram desenvolvidas ferramentas estatísticas da Qualidade, estas fazem parte das atividades da qualidade há algum tempo estas ferramentas existem para ajudar a resolver problemas, aumentar a eficácia dos processos e a descobrir suas causas e soluções, formulando também um modo de avaliar as mudanças propostas. Um guia, que organize o controle de qualidade, apropriado é essencial, pois permite que um laboratório mostre que possui instalações e equipamentos adequados para execução de análises químicas e que o trabalho foi realizado por pessoal competente de uma maneira controlada, seguindo um método validado documentado. O controle de qualidade deve focar questões centrais que determinem resultados de qualidade, custos e oportunidades, e evitem desvio de energias para questões menos importantes. Entretanto este guia deve ser arquitetado de maneira coerente com normas e padrões técnicos, que incluem normas de competência técnica de padrões nacionais e internacionais sobre a gestão da qualidade. CONTROLE ESTATISTICO DE QUALIDADE Consiste num sistema geral e complexo que tem por finalidade a inspeção, a análise e a ação que dependendo dos resultados pode assumir caráter corretivo, aplicados a um processo produtivo. A inspeção de uma pequena amostra dos produtos leva a uma análise de sua qualidade, o que determinará a ação a ser colocada em prática de modo a manter ou melhorar o nível de qualidade. É exercido pelo gestor durante o processo produtivo. O processo estará controlado quando a variação da qualidade estiver dentro dos limites de especificação do produto. Os instrumentos principais utilizados para o controle estatístico de qualidade são os gráficos de controle. No diagrama abaixo está à representação de um sistema que é aplicado no controle de qualidade. Esta atividade de análise e controle dos parâmetros se torna importante, pois estabelece relações desde a fabricação até o produto final. Dentre os objetivos fundamentais das ferramentas estatísticas se destacam a rapidez dos resultados, pois se utilizam apenas amostras; não há necessidade uma nova inspeção; diminuição nas rejeições e nos custos de fabricação e na diminuição de fatores externos que atrapalhavam o processo. CONCEITO ESPECIFICO DE QUALIDADE Segundo a ideia de qualidade é necessário à comparação do produto com parâmetros e normas consultadas previamente e estabelecidas na expectativa de encontrar características segundo as especificações, estes fatores são fundamentais na análise da qualidade. Algumas características devem ser observadas nas especificações de um produto, como: As especificações verbais para não causarem erros de interpretação; a Especificação da Amostra, pois depende da importância do produto; a Especificação numérica, informando as dimensões exatas e as tolerâncias; a Especificação da Qualidade que consiste em parâmetros que podem ser propriedades físicas, propriedades químicas, dimensões, temperatura, pressão e etc. Em consideração de ser impraticável e desnecessário avaliar todos os dados específicos de qualidade de um produto, as especificações se restringem apenas aos mais importantes e significativos. As características que implicam na avaliação costumam serem classificadas em: Controle por Atributo que é a avaliação de características de qualidade de valores não mensuráveis, se tornando a forma mais empregada, pois é mais comum e econômica se referindo apenas na função principal do produto. E em Controle de Variáveis que é a avaliação de característicos de qualidade através de valores mensuráveis, as quais podem corresponder a leituras em escalas. A técnica de variáveis admite que possam dividir a escala indefinidamente. Segundo a Definição de tolerância os dados devem possuir uma faixa de variação aceitável por um determinado característico de qualidade. É impraticável em um processo de produção a obtenção de uma dimensão ou especificação exata para um característico de qualidade, devido à variação constante das condições de trabalho. Esse caso gera a necessidade de estipular um intervalo de variação no qual a característica de qualidade é aceitável, ou seja, atende os objetivos do projeto. No processo existem a Tolerância Dimensional que determina a dimensão mais simples que uma especificação pode variar, e também existe a Tolerância Amostral que é a determinação de uma quantidade máxima que pode apresentar defeitos ou contaminações. 2. FERRAMENTA DE CONTROLE ESTATISTICO DE QUALIDADE O Controle Estatístico de Processo (CEP) está sendo implantado em um número cada vez maior de indústrias no Brasil, devido a grande necessidade de aumentar a qualidade dos produtos fabricados ou serviços prestados, visando a obtenção de ganhos de produtividade e qualidade de seus produtos. O CEP mais que um controle total da qualidade, estimula mudanças rotineiras da empresa, que passa a ter enfoque principal na qualidade, atenção à variabilidade e trabalho em equipe e proporciona a empresa a se adequar as especificações dos clientes. Se um produto atende prontamente as exigências do consumidor, é bastante razoável supor que ele seja produzido por um processo estável ou repetitivo. Mais precisamente, o processo deve ser capaz de operar numa faixa estreita de variabilidade em torno do alvo ou valor nominal das características de qualidade do produto. O CEP pode ser aplicado a qualquer tipo processo. Existem alguns métodos usuais que são utilizados como ferramenta de controle, segundo Montgomery (1997), são utilizadas sete principais ferramentas de controle estatístico, que são: Histograma, Check-sheet, Diagrama de Pareto, Diagrama de Causa e Efeito, Diagrama de Concentração de Defeitos, Diagrama de Dispersão e Carta de Controle. Embora essas ferramentas, frequentemente sejam determinadas como as mais importantes, elas compreendem apenas os seus aspectos técnicos. O CEP envolve a formação de um ambiente em que ele seja realmente o desejo de todos os indivíduos em uma organização para melhoria contínua em qualidade e produtividade. Este ambiente é desenvolvido de maneira satisfatória quando os administradores ou gerentes também estão completamente envolvidos neste processo de melhoria da qualidade. Uma vez estabelecido este ambiente, a aplicação das sete ferramentas se torna uma parte integrada do processo produtivo e neste ponto consideramos que uma organização está no caminho certo para atingir os seus objetivos de melhoria da qualidade. O CEP não apenas inspeciona amostras, mas também monitora o resultado de muitas amostras ao longo do tempo, para procurar tendências de crescimento/diminuição; se uma tendência é encontrada, devem-se investigar suas causas, gráficos de controle mesmo que a qualidade do processo esteja crescendo. Como no mundo atual, todas as empresas buscam uma posição competitiva no mercado por meio do aumento da produtividade e da qualidade de seus produtos, há a necessidade de se implantar processos de fabricação confiáveis. No modo tradicional de controle da qualidade como o adotado pela empresa em estudo, faz com que o risco de reprovação de grandes lotes de produto acabado seja elevado. Já em um processo com controle de CEP intermediário, o risco de se colocar no mercado lotes de produtos defeituosos é minimizado, visto que ocorrerá um gerenciamento das anomalias na principal etapa do processo. Dentre esse conjunto é necessário o estudo de cada uma das sete ferramentas: 2.3 TIPOS DE CAUSAS COMUNS DE VARIAÇÃO DA QUALIDADE 2.3.1 CAUSA ESPECIAL Uma causa especial e assinalável e em geral é única, no entanto suficientemente grande para produzir perturbações fortes no processo. É um evento que ocorre uma vez ou ocasionalmente. É imprevisível. Estas causas têm que ser eliminadas ou, se por alguma razão não são elimináveis, então sua influência pode ser reduzida por ações compensatórias. Exemplos de causas especiais são: trovoada e relâmpago, funcionário intoxicado, treinamento onde faltou um ensinamento importante, uma substância estranha na matéria prima e etc. 2.3.2 CAUSA ESRTUTURAL A causa estrutural é também eliminável ou compensável, mas a diferença é que esta causa ocorre periodicamente. Quando o período entre ocorrências é relativamente grande, a causa estrutural se confunde com uma causa especial, mas se o gestor for atento, ele vai acabar percebendo sua natureza repetitiva. 2.3.3 CAUSA COMUM As ferramentas de CEP não são totalmente seguras em geral na análise e eliminação de causas comuns. E embora as causas comuns possam ser reduzidas, elas sempre vão existir enquanto a natureza na sua totalidade guarda uma diversidade tão grande e tão incompreensível pelo ser humano. A redução destas causas vem apenas com muito sacrifício em tempo e recursos. Para diminuir irregularidades das causas comuns é necessário investimentos em novas e melhores máquinas, melhor matéria prima, treinamento intensivo, um ambiente de trabalho mais confortável, entre outras. 3. CARTA DE CONTROLE Uma carta de controle é um levantamento gráfico de uma característica de qualidade medida ou computada de uma amostra versus o número da amostra ou tempo. A carta contém uma linha central que representa o valor médio da característica de qualidade em um estado controlado. Duas outras linhas horizontais, chamadas de limite superior de controle (LSC) e limite inferior de controle (LIC) são adicionadas ao gráfico. Esses limites de controle são tais que, se o processo estiver sob controle, aproximadamente todos os pontos da amostra irão cair entre eles. Quanto mais distantes dos limites de controle os pontos estiverem, o processo é dito controlado se nenhuma ação é necessária. Um modelo geral para uma carta de controle considera uma amostra estatística w que mede alguma característica de qualidade de interesse, com uma média μw e desvio padrão σw. Então, nesse caso, a linha central, o limite superior de controle e o limite inferior de controle assumem a forma: LSC = μw + L. σw LSC = μw - L. σw Linha Central = μw Onde L é a "distância" dos limites de controle à linha central, expressa em unidades de desvio padrão. Essa teoria geral de cartas de controle foi inicialmente proposta pelo Dr. Walter S. Shewhart, e as cartas de controle desenvolvidas de acordo com esses princípios são frequentemente chamadas de Cartas de Controle de Shewhart (Montgomery, 1997). Figura 1:Modelo de Carta de Controle Gráficos de carta de controle devem ser atualizados periodicamente, uma vez por mês é muito comum, e novos limites calculados, no entanto, jamais utilizarão nas atualizações os subgrupos que estavam sob a influência comprovada de causas especiais. Estes dados devem ser arquivados longe dos gráficos de controle, mas lembrados como parte da historia das melhorias e outras conquistas da empresa. O uso mais importante da carta de controle é na melhoria do processo. Assim a grande maioria dos processos não opera em estado de controle estatístico. Consequentemente, o uso rotineiro e atento de cartas de controle servirá para identificar as causas especiais e se essas causas puderem ser eliminadas do processo, a variabilidade será reduzida e o processo melhorado. Essa atividade de melhoria contínua do processo, usando cartas de controle. 4. IMPLEMENTAÇÃO DO CEP Os métodos de controle estatístico de processo podem prover um retorno significativo para as empresas, quando bem implementado. Apesar do CEP demonstrar ser uma coleção de ferramentas para solução de problemas com base estatística, o êxito de sua utilização exige mais do que o conhecimento e uso dessas ferramentas. O envolvimento e comprometimento da gerência com o processo de melhoria da qualidade é um componente vital do sucesso potencial do CEP. A gerência serve como modelo, pois assim as outras pessoas da organização a terão como guia e exemplo. Algumas das sete magníficas ferramentas já descritas são bastante úteis para a equipe de implementação e melhoria, incluindo diagramas de causa e efeito, diagramas de Pareto, e diagramas de concentração de defeitos. As ferramentas básicas para soluções de problemas utilizadas no CEP devem ser amplamente conhecidas, divulgadas e utilizadas pela organização. O treinamento contínuo em CEP e melhoria da qualidade torna-se necessário para que todos os envolvidos atinjam um grau de conhecimento satisfatório das ferramentas. A carta de controle é uma ferramenta importante para a melhoria do processo. Os processos não operam naturalmente em um estado controlado, e o uso das cartas de controle é um importante passo inicial a ser tomado para eliminar causas especiais, reduzir a variabilidade do processo, e estabilizar o desempenho do mesmo. A melhoria da qualidade e produtividade exige o gerenciamento de fatos e dados e não somente o julgamento. As cartas de controle são uma parte importante dessa mudança cultural de gerenciamento. A análise preliminar é muito importante, pois a partir do levantamento dos dados históricos do processo, podem-se identificar causas potenciais de variabilidade e, também, quais especificações ou propriedades mais contribuem para a ocorrência de variabilidade anormal no mesmo. Assim, a análise preliminar identifica as especificações críticas do processo, indicando qual ou as especificações devem consideradas, quando da implementação do CEP, de forma mais criteriosa. A etapa seguinte à análise preliminar compreende o Controle Estatístico do Processo propriamente dito, que envolve a análise da capacidade, o levantamento e análise de cartas de controle, o estudo da variabilidade do processo e as ações corretivas, visando tornar o processo controlado estatisticamente, ou seja, gerando dados de especificação com distribuição regular em torno de um valor central ou médio. 5. NOVAS NORMAS DE QUALIDADE A ISO 900 é o nome comum utilizado para determinar a família 900 que determina as diretrizes para a implantação de Sistemas de Gestão de Qualidade. Esta é constituída das especificações NBR ISO 9001: 2008 e os guias de diretrizes NBR ISO 9000:2005 e NBR ISO 9004:2000; no entanto a primeira é mandatória e a única que se aplica a certificação de sistemas de qualidade, enquanto as outras apenas servem como guia de entendimento. A Certificação de Sistemas de Qualidade teve inicio em 1987, porém com muita resistência, apenas no ano 2000 é que ocorreram grandes mudanças no termo de conceituar as normas que passavam de tratamento de gestão para sistema de qualidade e mudanças nos conteúdos que foram reduzidas as normas 9002 e 9003 a partir do mesmo ano. Essa mudança teve a finalidade de tratar da gestão de uma maneira que o produtor/empresário observasse que a qualidade do produto/serviço é uma consequência de uma boa gestão. Em 2008 a norma ISO foi novamente reformulada e visava também incluir normas sobre o cuidado com o Meio Ambiente, pois as empresas também deveriam ter uma gestão que pensasse no sustentável. O Sistema de Qualidade possui um período de 8 a 12 meses para se adequar ao processo de implantação, isso depende do grau de maturidade do processo e da complexidade integrante aos recursos, porém a ISO não burocratiza a empresa ou força um sistema, a mesma define normas que devem ser cumpridas de bom senso. A mudança na ISO 9001: 2008 trouxeram novas características no processo, envolvendo tanto a empresa quanto o cliente, entre elas destacam-se: o envolvimento de pessoas, a abordagem sistêmica para a gestão, a liderança, a melhoria continua e o principal que é o foco no cliente. Isto torna um diferencial para a empresa, pois a certificação abre portas para o mercado externo e globalizado, ter ISO significa que a empresa tem um sistema diferencial voltada para a qualidade do produto/serviço que ela vai oferecer. Em sua essência a ISSO 9000 é uma norma que visa estabelecer critérios para um adequado gerenciamento da produção tendo foco no cliente, através de uma série de ações. 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS COSTA, Antonio. F.C.; EPPRECHT, E.; CARPINETTI, Luiz C.R.. Controle Estatístico de qualidade. Editora Atlas, 2004. Montgomery, D. C. Introdução ao Controle Estatístico da Qualidade. 4ª Edição. Rio de Janeiro:LTC, 2008. JURAN, J. M.; GRYNA, F. M. – Controle da Qualidade – Handbook. Volumes II, VI (4ª edição) e VII (4ªEdição). São Paulo, Editora McGraw-Hill Ltda e Makron Books do Brasil Editora Ltda, 1993. BARTMANN, F.C. Idéias básicas sobre Controle Estatístico da Qualidade. VII Simpósio Nacional de Probabilidade e Estatística, Campinas, SP, 1986. SIQUEIRA, L.G.P. Controle Estatístico do Processo. 1 edição. São Paulo: Editora Pioneira.1997.129p. DELLARETI, O. F.; DRUMOND, F.B. Itens de controle e avaliação de processos. Belo Horizonte: Fundação Christiano Ottoni, 1994. Avaliação/ Comparação Análise e Decisão Ação/ Mudança Processo/ Melhoria Observação/ Cálculo