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1 INTRODUÇÃO
A pressão arterial (PA) é a pressão exercida pela circulação sanguínea
nas paredes dos vasos sanguíneos, sendo um dos principais sinais vitais,
geralmente aferido nos braços. Seu valor é medido em milímetros de mercúrio
(mmHg), sendo normal o valor aproximado de 120/80mmHg para um indivíduo
adulto.
A pressão pode variar dependendo da situação, realização de atividades
físicas ou presença de doenças e é regulada pelo sistema nervoso endócrino.
A pressão arterial baixa é chamada de hipotensão e a pressão arterial
elevada é chamada de hipertensão. Ambos podem decorrer de vários fatores,
podendo variar de leve a grave. Geralmente a hipertensão arterial é mais
comum comparada à hipotensão.
2 CONTROLE DA PRESSÃO ARTERIAL
2.1 MEIOS FARMACOLÓGICOS
Uma ampla variedade de medicamentos têm sido desenvolvidos para o
tratamento da hipotensão e hipertensão.
2.1.1 Diuréticos
Diuréticos são medicamentos que auxiliam na liberação do excesso de
sódio e de água. Pois funcionam fazendo os rins expelirem mais sódio pela
urina, o sódio expelido carrega a água do sangue, esse fator reduz a
quantidade de líquido nos vasos sanguíneos, reduzindo assim a pressão nas
paredes das artérias. Os mesmos devem ser prescritos em conjunto com dietas
de baixo teor de sódio.
Diuréticos tiazídicos tratam a maioria dos pacientes com hipertensão
e são os mais utilizados para pacientes cardíacos. Os tiazídicos aumentam
moderadamente a eliminação urinária e são os únicos que também agem como
vasodilatadores sanguíneos, o que colabora com a diminuição da pressão
arterial.
"Diuréticos de alça" possuem este nome devido à agirem na parte do
rim que possui forma de alça. Os diuréticos de alça removem grande
quantidade de sódio dos rins, produzem o aumento do fluxo urinário e são
mais poderosos se comparados ao tiaízidos. São freqüentemente utilizados em
pacientes com insuficiência cardíaca e também são úteis em emergências.
"Poupadores de potássio" previnem a perda de potássio, um problema
que os outros tipos de diuréticos causam. São geralmente utilizados em
pacientes com insuficiência cardíaca e são prescritos geralmente com os
outros dois tipos de diuréticos.
Diuréticos possuem efeitos colaterais como diurese freqüente; tontura
e fraqueza; cãibras; desidratação; irritações na pele; perda de apetite e
vômitos.
2.1.2 Bloqueadores dos Canais de Cálcio
Estes medicamentos afetam a forma como os sais de cálcio são
transportados para as células musculares do organismo. Nas artérias, esta
situação conduz a uma dilatação provocando a diminuição da pressão
arterial.
2.1.3 Betabloqueadores
Funcionam bloqueando a ação da adrenalina e noradrenalina, os dois
hormônios responsáveis pelo nosso sistema adrenérgico, que nos prepara para
a fuga ou para a luta em situações de emergência. São esses hormônios que
aceleram a freqüência do coração quando nos assustamos, abrem alguns vasos
sanguíneos enquanto fecham outros, regulando assim o fluxo para os órgãos
vitais. Também aumentam a contração do coração, fazendo subir a pressão
arterial.
2.1.4 Sistema renina-angiotensina-aldosterona
Inicialmente, o sistema é ativado quando a quantidade de sangue que
chega aos rins é baixa, ou seja, a pressão arterial está baixa. Essa
ativação faz com que a renina seja liberada na corrente sanguínea. A renina
é a enzima responsável pela conversão de angiotensinogênio em angiotensina
I. A angiotensina I tem a capacidade de inibir um vasodilatador
(bradicinina) e ativar um vasoconstritor (angiotensina II). A conversão de
angiotensina I a angiotensida II se dá por meio da ECA (Enzima de Conversão
da Angiotensina).
Existem medicamentos inibidores da enzima conversora da angiotensina
(ECA), esses medicamentos ajudam a relaxas os vasos sanguíneos, permitindo
assim que o sangue flua com maior facilidade, o que acarreta na diminuição
da pressão arterial.
2.2 TRATAMENTO DA DOENÇA DE BASE
Quando a pressão arterial alterada é o resultado de uma condição
subjacente, por exemplo, hipotiroidismo, medicamentos usados para tratar o
mesmo irão ajudar na melhora da pressão arterial.
2.3 NÃO FARMACOLÓGICOS
2.3.1 Ingestão de líquidos e sódio
A diminuição da pressão arterial causada pelo baixo volume de sangue
(nos casos de hemorragia, desidratação, acúmulo venoso) é tratada com a
reposição de líquidos via oral ou intravenosa. Devido à osmose do líquidos
através da parede dos vasos sanguíneos, o consumo de sódio na quantidade
adequada também é necessária para manter a pressão arterial.
2.3.2 Dispositivos de compressão
Dispositivos de compressão são utilizados nos membros inferiores do
corpo, a fim de reduzir o acúmulo de sangue nas veias e edemas, geralmente
são utilizadas meias de compressão.
REFERÊNCIAS
FIGUEROA, Juan J.; BASFORD, Jeffrey R.; LOW, Phillip A. Preventing and
treating orthostatic hypotension: as easy as A, B, C. Cleveland Clinic
journal of medicine, v. 77, n. 5, p. 298-306, 2010.
GISMONDI, Ronaldo; OIGMAN, Willie. Inibidores diretos da renina no
tratamento da hipertensão arterial sistêmica. Revista Hospital
Universitário Pedro Ernesto, v. 10, n. 3, 2011.
NIGRO, Dorothy; FORTES, Zuleica Bruno. Efeitos farmacológicos dos
diuréticos e dos bloqueadores dos canais de cálcio. Rev. Bras. Hipertens,
v. 12, p. 103-107, 2005.
http://bsjoi.ufsc.br/files/2010/09/Modelo_de_trabalho_academico.pdf,
acessado em 25/09/2014.
http://www.cfcp.com.br/a/index.asp?n=36285&lg=pt, acessado em 25/09/2014.
http://www.sbh.org.br/geral/noticias.asp?id=108, acessado em 25/09/2014.
http://www.doutorcoracao.com.br/pacientes_sobre_seu_coracao_clinico/hiperten
sao-o-inimigo-silencioso--parte-2-25.html, acessado em 25/09/2014.
http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAVxoAL/tratamento-farmacologico-
hipertensao-arterial, acessado em 25/09/2014.