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Construção De Poços Tubulares E A Qualidade Da água Subterrânea Em Fortaleza

Um poço tubular representa uma obra construída sob o conhecimento das engenharias geológica, civil e sanitária, com o objetivo de captar água subterrânea em quantidade e qualidade determinados em projeto técnico-construtivo e dentro de uma relação custo/benefício otimizada,

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CONSTRUÇÃO DE POÇO TUBULAR E A QUALIDADE DA ÁGUA SUBTERRÂNEA. Um poço tubular representa uma obra construída sob o conhecimento das engenharias geológica, civil e sanitária, com o objetivo de captar água subterrânea em quantidade e qualidade determinados em projeto técnico-construtivo e dentro de uma relação custo/benefício otimizada, com vida útil média de 25 anos e tempo médio de estorno do investimento de 1/3 da vida útil da obra. Segue, no geral, os procedimentos estabelecidos em normas editadas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT e com registro de Anotação de Responsabilidade Técnica – ART no Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura – CREA. No geral, não se faz uma “perfuração” do poço, pois deve ser entendido que a perfuração é, efetivamente, a 1ª parte do procedimento construtivo, se tendo a seguinte sequência: 1º. Contratação da empresa qualificada para a construção do poço que deve ter, obrigatoriamente, um técnico especialista no assunto; 2º. Registro da obra no CREA através da Anotação de Responsabilidade Técnica – ART; 3º. Locação do poço, ou seja, definição do melhor local para se efetuar a construção do poço; 4º. Perfuração, definindo-se preliminarmente o(s) diâmetro(s) de perfuração, que irá implicar, consequentemente, na definição do diâmetro do poço, compatível com a vazão esperada; 5º. Completação do poço, fase onde se define o revestimento, filtro, pré-filtro etc, importantíssima já que esta implica fundamentalmente no posicionamento dos filtros (coração do poço). Tal fase implica em se ter, particularmente no meio urbano, um poço que capte água livre da poluição causada por ausência de saneamento básico, por exemplo; 6º. Desenvolvimento (Limpeza) do poço, objetivando o retorno as condições naturais que envolvem a obra; 7º. Realização de ensaio de bombeamento para definição da vazão segura a ser explotada e, consequentemente, definição do sistema de bombeamento. Inúmeras vezes existe a colocação de um sistema super ou sub-dimensionado, implicando em uma relação menor de custo/benefício; 8º. Realização de análise qualitativa através de análises físico-química e bacteriológica; 9º. A depender do caso, solicitação de outorga perante a Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos/SRH; 10º. Elaboração do Relatório Técnico que deverá conter todos os dados de campo e laboratório, integrados e interpretados para a finalidade a que se destina a água, por exemplo, consumo humano. Enfim, um poço não é um “buraco” e o conhecimento técnico hidrogeológico é fundamental para o correto desenvolvimento, sob pena do usuário vir a ter sérios problemas, a exemplo de vazão insegura, poço com menor vida útil, poço quebrado no decorrer da construção, poço captando água de péssima qualidade e que implicará na qualidade de vida, poço interferindo na vazão de outros poços vizinhos etc. ***