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Conhecimentos Belém-ctbel

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HISTÓRIA DE BELÉM História de Belém: Fundação, Colonização, Período da Borracha, Cabanagem, Região Metropolitana de Belém, Centros históricos, Manifestações artísticas e culturais Fundação de Belém: Ladeira do Castelo - 1a rua de Belém Belém foi fundada em 12 de janeiro de 1616 pelo Capitão-mor Francisco Caldeira Castelo Branco, encarregado pela coroa portuguesa de conquistar, ocupar, explorar e proteger a foz do rio Amazonas contra os corsários holandeses e ingleses. Numa península habitada pelos índios Tupinambás, estrategicamente situada na margem direita da foz do rio Guamá, onde este rio deságua na baía do Guajará, foi erguido o Forte do Presépio, marco inicial da cidade. O Forte, em seguida, o colégio e a igreja dos Jesuítas formaram o núcleo original da cidade que, posteriormente, seria denominada de Santa Maria de Belém do Grão-Pará. Hoje, toda esta área faz parte do roteiro turístico obrigatório de Belém e integra o Complexo do Ver-o-Peso. Fundação de Belém: exploradores, índios, jesuitas. O primeiro que navegou no Rio Amazonas foi o navegante e descobridor espanhol Vicente Yañez Pinzón (1461?-1514), em dezembro de 1499, partiu de Palos, à frente de quatro caravelas, com a finalidade precípua de descobrir terras e exercer a posse em nome da coroa espanhola. A 20 ou 26 de janeiro seguinte – portanto antes de Pedro Álvares Cabral ter descoberto para Portugal o Brasil. Costeando a região, Pinzón e os seus foram dar na foz do Rio Amazonas, que recebeu na época o nome de Santa Maria de la Mar Dulce. À nova conquista, Castelo Branco, dando vazão a seu amor por Portugal, deu o nome de Feliz Lusitânea. O engenheiro-mor Francisco Frias Mesquita iniciou a construção da Casa Forte, localizada à margem esquerda da foz do Piri (hoje doca do Ver-o-Peso). Recebeu a denominação de Forte do Presépio e em seu interior levantaram uma pequena capela, sob a invocação de N. S. das Graças. O capitão André Pereira, que participou da expedição que fundou o Forte do Presépio na cidade de Belém em 1616, dá notícia desse sucesso ao Rei de Espanha. O surgimento do Forte do Presépio representou, assim, o marco da fundação da cidade. Em função do reduzido número de pessoas envolvidas no ato de fundação, a cidade nasceria embrionariamente dentro do forte. Colonização: A colonização da cidade de Belém data do início do século XVII, como conseqüência da disputa da colonização das Américas pelas duas maiores potências da época, as Coroas Portuguesa e Espanhola (VIANA, 1967). Geograficamente singular, foi colonizada por sobre o Meridiano de Tordesilhas 1, em terras então pertencentes à Espanha. Foi fundada em 1616, sob comando da Dinastia Filipina, para proteger a foz do Rio Amazonas e garantir o território sob posse e domínio ibérico (PEREIRA et al, 2007). Período da Borracha: Diversos acontecimentos. O ouro branco, nome dado ao látex, oportunizou à Belém diversos melhoramentos em sua infra-estrutura, sendo o mais significativo à implantação de luz elétrica. Houve também uma internacionalização da cidade e, conseqüentemente, o requinte de sua elite, que vivia “deslumbrada com o glamour da belle-époque de inspiração parisiense”.(DUARTE, 2007). Na época, o censo de 1900 indicava que Belém era uma das grandes capitais brasileiras, contando com 96 mil habitantes (JUNIOR, 2007). Com o declínio era da borracha brasileira, na década de 1920, e a ascensão da borracha da Malásia, a economia e, da população belenense, automaticamente declinou. O segundo ciclo da borracha, que ocorreu durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945),trouxe 1 -O Meridiano de Tordesilhas é resultado do Tratado de Tordesilhas, acordo firmado em 1494 na cidade espanhola de mesmo nome. Participou do Tratado Portugal e Castela, parte da atual Espanha. O acordo foi firmado visando a repartição das terras do Novo Mundo, ou seja, as Américas. Os termos partem do traçado de um meridiano a 370 léguas a Oeste das Ilhas de Cabo Verde, sendo as terras localizadas a Oeste, pertencentes à Coroa Espanhola e à Leste à Coroa Portuguesa. (LISBOA, 1957, pág. 30). esperanças na população interessado em trabalhar nos as plantações de seringueiras. Porém, após a guerra, este ciclo, como o primeiro, terminou. Cabanagem: A Cabanagem no Pará, 1835-1840. nome “Cabanagem” remete à habitação (“cabanas”) da população de mestiços, escravos libertos e indígenas que participaram da Cabanagem. A Cabanagem (1835-1840) foi a revolta na qual negros e índios se insurgiram contra a elite política e tomaram o poder no Pará (Brasil). Cabanagem (1835-1840). Entre as causas da revolta encontram-se a extrema pobreza das populações humildes e a irrelevância política à qual a província foi relegada após a independência do Brasil. De cunho popular, contou com a participação de elementos das camadas média e alta da região, entre os quais se destacam os nomes do fazendeiro Félix Clemente Malcher e do seringueiro Eduardo Angelim. Na Cabanagem negros e índios também se envolveram diretamente no evento, insurgindo-se contra a elite política no Pará. Dentre alguns líderes populares da Cabanagem esteve o negro Manuel Barbeiro, o negro liberto de apelido Patriota e o escravo Joaquim Antônio, que manifestavam idéias de igualdade social. Causas da revolta: 1. extrema pobreza das populações humildes 2. e a irrelevância política à qual a província foi relegada após a independência do Brasil. Em suma: diversidade social,pobreza,opressão. A Cabanagem ocorreu durante o período regêncial no Brasil. (1831 — 1840) foi o intervalo político entre os mandatos imperiais da Família Imperial Brasileira, pois quando o Imperador Pedro I abdicou de seu trono, o herdeiro D. Pedro II não tinha idade suficiente para assumir o cargo. Devido à natureza do período e das revoltas e problemas internos, o período regencial foi um dos momentos mais conturbados do Império Brasileiro. De cunho popular, contou com a participação de elementos das camadas média e alta da região. O movimento Cabano: Em 7 de janeiro de 1835, liderados por Antônio Vinagre, os rebeldes (tapuios, cabanos, negros e índios) tomaram de assalto o quartel e o palácio do governo de Belém, nomeando Félix Antonio Clemente Malcher presidente do Grão-Pará. Os cabanos, em menos de um dia, atacaram e conquistaram a cidade de Belém, assassinando o presidente Lobo de Souza e o Comandante das Armas, e apoderando-se de uma grande quantidade de material bélico. O governo cabano não durou por muito tempo, pois o novo presidente, Félix Malcher - tenente-coronel, latifundiário, dono de engenhos de açúcar - era mais identificado com os interesses do grupo dominante derrotado, é deposto em 19 de fevereiro de 1835. Por fim, Malcher acabou preso. Assumiu a Presidência, Francisco Vinagre. • Nomes envolvidos: fazendeiro Félix Clemente Malcher e do seringueiro Eduardo Angelim. Na Cabanagem negros e índios também se envolveram diretamente no evento, insurgindo-se contra a elite política no Pará. Dentre alguns líderes populares da Cabanagem esteve o negro Manuel Barbeiro, o negro liberto de apelido Patriota e o escravo Joaquim Antônio, que manifestavam idéias de igualdade social. Origem do nome: O nome “Cabanagem” remete à habitação (“cabanas”) da população de mestiços, escravos libertos e indígenas que participaram da Cabanagem. História Após a Independência do Brasil, a Província do Grão-Pará mobilizou-se para expulsar as forças reacionárias que pretendiam manter a região como colônia de Portugal. Nessa luta, que se arrastou por vários anos, destacaram-se as figuras do cônego e jornalista João Batista Gonçalves Campos, dos irmãos Vinagre e do fazendeiro Félix Clemente Malcher. Terminada a luta pela independência e instalado o governo provincial, os líderes locais foram marginalizados do poder. A elite fazendeira do Grão-Pará, embora com melhores condições, ressentia-se da falta de participação nas decisões do governo central, dominado pelas províncias do Sudeste e do Nordeste. Em julho de 1831 estourou uma rebelião na guarnição militar de Belém do Pará, tendo Batista Campos sido preso como uma das lideranças implicadas. O presidente da província, Bernardo Lobo de Sousa, desencadeou uma política repressora, na tentativa de conter os inconformados. O primeiro grande erro de Lobo de Sousa foi rivalizar com Batista Campos. Criando o Correio Oficial Paraense, dirigido pelo cônego Gaspar Siqueira Queiroz, grande inimigo de Batista Campos. As críticas contra o nacionalista logo começaram, e aumentavam a cada edição. Batista Campos também começou a lançar suas críticas, contra o governo. Conseguiu, inclusive, uma pastoral do bispo D. Romualdo Coelho contra Lobo de Sousa, pelo fato deste ser maçom. Nesta altura, chegava ao Pará o jornalista Vicente Ferreira de Lavor Papagaio, mandado buscar no Maranhão por Batista Campos. Aquele vinha fundar um jornal para fazer oposição à Presidência da Província. O título do jornal, Sentinela Maranhense na Guarita do Pará. Sua linguagem, logo na edição inaugural, foi tão violenta, que Lobo de Sousa ordenou a prisão de Papagaio e Batista Campos. O clímax foi atingido em 1834, quando Batista Campos publicou uma carta do bispo do Pará, Romualdo de Sousa Coelho, criticando alguns políticos da província. O cônego foi logo perseguido, refugiando-se na fazenda de seu amigo Clemente Malcher, reunindo-se aos irmãos Vinagre (Manuel, Francisco Pedro e Antônio) e ao seringueiro e jornalista Eduardo Angelim . Antes de serem atacados por tropas governistas, abandonaram a fazenda. Contudo, no dia 3 de novembro, as tropas conseguiram matar Manuel Vinagre e prender Malcher. Batista Campos morreu no último dia do ano, ao que tudo indica de uma infecção causada por um corte que sofreu ao fazer a barba. Vinagre concordou em entregar a Presidência a Ângelo Custódio; mas, sobre pressão de Antônio Vinagre e Eduardo Angelim, recuou. Em 20 de junho de 1935, na baía de Guajará, aportou outra fragata com o novo presidente do Pará (nomeado pela Regência), marechal Manoel Jorge Rodrigues. Vinagre, contra o desejo de seu irmão Antônio, entregou o poder. Na noite de 14 de agosto de 1835, tiveram início novos combates. A invasão de Belém se deu pelos bairros de São Braz e Nazaré. Desta forma, Belém caía novamente em poder dos revoltosos. Aos 21 anos de idade, Eduardo Angelim assumiu a Presidência da Província. Fim da Cabanagem: Contudo, em abril de 1836 chegava o marechal José Soares de Andrea, novo presidente, nomeado pela Regência. Andrea intimou os cabanos a abandonarem Belém. Angelim e seus auxiliares concordaram. A última fase da Cabanagem é iniciada com a tomada de Belém por Andréa, com o restabelecimento da legalidade na Província. Apossando-se de Belém, as lutas ainda duraram quatro anos no interior da Província, onde ocorria o avanço das forças militares de forma violenta até 1840. Região Metropolitana de Belém, Centros históricos, Manifestações artísticas e culturais Região Metropolitana de Belém Ver artigo principal: Região Metropolitana de Belém Criada por lei complementar federal em 1973 (alterada em 1995) e em 2010, a Região Metropolitana de Belém (RMB), com 2.100.319 habitantes IBGE/2010, compreende os municípios de Ananindeua, Belém, Benevides, Marituba, Santa Bárbara do Pará e Santa Isabel do Pará. Devido ao intenso processo de urbanização, os municípios da RMB formam uma só cidade, fato que a torna a maior aglomeração urbana do Norte. A RMB é a 179ª maior área metropolitana do mundo, a maior da região norte e uma das vinte maiores regiões metropolitanas brasileiras. Área do Entorno: Cidades próximas como Castanhal, Abaetetuba e Barcarena encontram-se sob influência direta de Belém, sendo que as duas primeiras já ultrapassaram a marca de cem mil habitantes. A região do "Entorno de Belém", compreende municípios em um raio de até 60 quilômetros a partir da capital paraense, apresentando integração contínua, com uma população que se aproxima de 3 milhões de pessoas. Subdivisões A capital paraense possui oficialmente 68 bairros, distribuídos em 8 distritos administrativos. Distrito Administrativo de Belém (DABEL) Distrito Administrativo do Bengui (DABEN) Distrito Administrativo do Entroncamento (DAENT) Distrito Administrativo do Guamá (DAGUA) Distrito Administrativo de Icoaraci (DAICO) Distrito Administrativo de Mosqueiro (DAMOS) Distrito Administrativo de Outeiro (DAOUT) Distrito Administrativo da Sacramenta (DASAC) Centros Históricos 1. Igreja de Santo Alexandre na Cidade Velha- Cidade Velha - conhecido como Centro Histórico de Belém, o local tem como característica principal a herança arquitetônica do período Brasil Colônia. O bairro é um dos maiores referenciais do patrimônio histórico e cultural do Pará. O bairro nasceu com a construção do Forte do Presépio, hoje chamado Forte do Castelo, construído a mando da Coroa portuguesa, no início do século XVI. Na Cidade Velha surgiu a primeira rua de Belém, a rua da Ladeira, que liga a Feira do Açaí ao Largo da Sé e onde se encontram bares e restaurantes antigos e simples. Outro lugar famoso do bairro é a Praça do Relógio, onde se localiza um relógio inglês levantado na década de trinta, com seus 12 metros de altura. Nela também está localizada a Catedral Metropolitana, a praça Dom Pedro II, igreja das Mercês, o prédio da prefeitura, o complexo Feliz Lusitânia e o Mangal das Garças. 2. Engenho Murucutu - Ruínas do antigo engenho de cana-de-açúcar próspero, movido a vapor, que contava com muitos escravos. Foi destruído à época da Cabanagem, construído no século XVIII. Destaca-se a Capela de Nossa Senhora da Conceição 1711, em estilo neoclássico, cuja construção é atribuída a Antônio José Landi. 3. Basílica Santuário de Nossa Senhora de Nazaré - A Basílica de Nazaré é a única basílica da Amazônia Brasileira. Sua história, seu simbolismo e sua importância religiosa 4. 5. 6. 7. exercem uma profunda influência no imaginário religioso paraense. Elevada no dia 31 de maio de 2006 à categoria de Santuário Mariano Arquidiocesano, passou a denominar-se Basílica Santuário de Nossa Senhora de Nazaré. Complexo Feliz Lusitânia - Localizado no bairro da Cidade Velha, faz parte do centro histórico revitalizado. O complexo contempla a Catedral Metropolitana de Belém, praça Dom Frei Caetano, Casa das Onze Janelas, Corveta Museu Solimões, Forte do Presépio e o complexo de Santo Alexandre (onde encontra-se a Igreja e o Museu de Arte Sacra do Pará, considerado um dos mais belos do Brasil). Complexo Ver-o-Rio - Numa área de cinco mil metros quadrados de frente para a baía do Guajará, o projeto alia contemplação da natureza com a praticidade na utilização do espaço urbano. Parque da Residência - A pavimentação de pedras portuguesas por todo o parque, as luminárias de ferro, as estátuas de belas mulheres cobertas de tecido delicado, o palacete do início do século XX, o Coreto, o orquidário. Tudo isso, ao som de araras, periquitos e outros pássaros da região, tornam o Parque da Residência um pedaço de uma outra Belém. Um retalho do sonho urbanístico do início do século passado em pleno centro da cidade. Parque Zoobotânico do Museu Paraense Emílio Goeldi - Criado em 6 de outubro de 1866, é a mais antiga instituição de pesquisas da região Amazônica e referência mundial na Amazônia. O Parque Zoobotânico está situado no centro urbano de Belém, com uma área de 5,2 hectares. É o mais antigo do Brasil no seu gênero. Principais mercados municipais Ver-o-Peso Mercado do Ver-o-Peso (1688): é a maior feira livre da América Latina e também o símbolo de Belém e sua maior atração turística. Localizado na área da Cidade Velha e diretamente às margens da baía do Guajará, abastece a cidade com produtos alimentícios do interior paraense, fornecidos principalmente por via fluvial. Foi eleito entre as 7 Maravilhas do Brasil.O posto fiscal criado em 1688 no porto do Piri que, a partir de então, foi popularmente denominado lugar de Ver-o-Peso, deu origem ao nome do mercado, já que era obrigatório ver o peso das mercadorias que saiam ou chegavam à Amazônia, arrecadando-se os impostos correspondentes. Mercado de São Brás (1911): na Praça Floriano Peixoto, próximo à antiga "Estação de Ferro de Bragança", foi construído na primeira década do século XX, em função da grande movimentação comercial gerada pela ferrovia Belém/Bragança. Na mesma época, o intendente Antônio Lemos estabeleceu uma política para descentralizar o abastecimento da cidade, até então o Ver-o-Peso. O abastecimento começou a ser expandido para os bairros, a exemplo do que ocorreu em São Brás. O mercado de São Brás foi inaugurado no dia 21 de maio de 1911, em estilo art nouveau e neoclássico. Em suas dependências, funcionam lojas de artesanato, produtos agrícolas, domésticos e vestuário. Parque da Residência Antiga residência dos governadores do Pará, no início do século, hoje mantém um orquidário que abriga espécies raras da Amazônia. Um traço peculiar do Parque é que, na sua área central, encontra-se um antigo vagão de trem, da Estrada de Ferro de Bragança, onde hoje funciona uma sorveteria de sabores regionais. Espaço São José Liberto O Espaço São José Liberto (Antigo Presídio São José), abriga hoje o Pólo Joalheiro e a Casa do Artesão. Além de oferecer aos visitantes amostras do potencial mineral e artesanal do Pará, aliadas a um ambiente agradável e climatizado, também abriga diversos eventos culturais. Praça da República : Quem anda pelo verde gramado da Praça da República hoje, não é capaz de imaginar que o local já funcionou como cemitério destinado aos escravos e à população sem recursos. Apenas mais tarde, quando foi construído o monumento alusivo à Proclamação da República, passou a se chamar Praça da República. Contém o Parque João Coelho, a Praça da Sereia e o Theatro da Paz. Praça Batista Campos - recanto do romantismo belenense Um recanto de beleza e tranquilidade, a Praça Batista Campos é famosa por seus coretos, lagos, árvores e pássaros que dão ao local, um toque de ramantismo e bucolismo, característicos da cidade de Belém. Foi inaugurada, em 1904, para homenagear o Cônego Batista Campos. É constituída por pavilhões e caramanchões importados da Alemanha, parapeitos e pontes. Atualmente, é muito utilizada pela comunidade para prática de esportes e lazer. Praça Princesa Isabel - Terminal Fluvial Turístico : É onde se localiza o primeiro Terminal Fluvial Turístico de Belém, dotado de trapiche em forma de píer, com capacidade para 12 embarcações, possui área de embarque e desembarque para passeios turísticos. Além de terminal, na praça, há: anfiteatro para atividades culturais; estacionamento para ônibus e carros; posto da Guarda Municipal; posto de informações turísticas. É o ponto de partida para a visitação às ilhas de Belém, na margem do rio Guamá. Praça Dom Pedro II -mais charme para o centro histórico : Recentemente reformada pela Prefeitura Municipal de Belém, a praça D. Pedro II é um cartão postal a mais no Centro Histórico de Belém. A obra é um presente da prefeitura para a população e possui no seu projeto paisagístico espécies da flora regional, uma fonte luminosa e um lago que estava aterrado há dois anos. Manifestações artísticas e culturais : O carimbó é um estilo musical de origem negra, uma manifestação cultural marcante no estado do Pará. A dança é realizada em pares e são formadas duas fileiras de homens e mulheres, quando a música é iniciada os homens se direcionam às mulheres batendo palmas; formados os pares, eles ficam girando em torno de si mesmos. O artesanato no Norte é bem diversificado e os trabalhos são produzidos com fibras, coquinhos, cerâmica, pedra-sabão, barro, couro, madeira, látex, entre outros. São feitos bichos, colares, pulseiras, brincos, cestarias, potes, etc. O artesanato indígena é utilizado como enfeites, para compor a indumentária usada nos rituais e também para a produção de utensílios domésticos e na comercialização. Os Karajá são excelentes artesãos da arte plumária e cerâmica. Os Akwe (Xerente) são considerados o povo do trançado (cestaria) e os Timbiras (Apinajé e Krahô), são especialistas na arte dos trançados e artefatos de sementes nativas do cerrado. Realizado em Belém do Pará há mais de dois séculos, o Círio de Nazaré é uma das maiores e mais belas procissões católicas do Brasil e do mundo. Reúne, anualmente, cerca de dois milhões de romeiros numa caminhada de fé pelas ruas da capital do estado, num espetáculo grandioso em homenagem a Nossa Senhora de Nazaré, a mãe de Jesus. A formação instrumental original do carimbó era composta por dois curimbós: um alto e outro baixo, em referência aos timbres (agudo e grave) dos instrumentos; uma flauta de madeira (geralmente de ébano ou acapú, aparentadas ao pife do nordeste), maracás e uma viola cabocla de quatro cordas, posteriormente substituída pelo banjo artesanal, feito com madeira, cordas de náilon e couro de veado. Hoje o instrumental incorpora outros instrumentos de sopro, como flautas, clarinetes e saxofones. Brega - Tecnobrega Brega é um gênero musical de cunho popular. A denominação, originalmente de cunho pejorativo e discriminatório, foi entretanto sendo incorporado e assumido, perdendo parcialmente com o tempo esta acepção. Guitarrada Guitarrada é um gênero musical paraense instrumental nascido da fusão do choro com carimbó, cumbia e jovem guarda, entre outros. É também chamado de lambada instrumental. O seu criador é o Mestre Vieira. Neste estilo a guitarra elétrica é solista. Os principais representantes da atualidade são os grupos: Mestres da Guitarrada, Calypso, Cravo Carbono e o moderno La pupuña, que mistura uma série de ritmos paraenses. Lundu O lundu ou lundum é um gênero musical contemporâneo e uma dança brasileira de natureza híbrida, criada a partir dos batuques dos escravos bantos trazidos ao Brasil de Angola e de ritmos portugueses. Da África, o lundu herdou a base rítmica, uma certa malemolência e seu aspecto lascivo, evidenciado pela umbigada, os rebolados e outros gestos que imitam o ato sexual. Da Europa, o lundu, que é considerado por muitos o primeiro ritmo afrobrasileiro, aproveitou características de danças ibéricas, como o estalar dos dedos, e a melodia e a harmonia, além do acompanhamento instrumental do bandolim. Siriá O siriá é uma dança brasileira originária do município de Cametá. É considerada uma expressão de amor, de sedução e de gratidão para os índios e para os escravos africanos ante um acontecimento. Para eles é algo sobrenatural e milagroso. O seu nome derivou-se de siri, influenciado pelo sotaque dos caboclos e escravos da região. Os elementos são os mesmos utilizados na dança do carimbó, porém com maiores e mais variadas evoluções. Lambada Uma emissora de rádio paraense chamava de "Lambadas" as músicas mais vibrantes. O uso transformou o adjetivo em nome próprio, batizando o ritmo cuja paternidade é controversa, motivo de discussão entre músicos e pesquisadores paraenses. Em 1971, a banda Os Populares de IgarapéMirim gravaram um LP em que duas músicas tinham os nomes de “A lambada da vassoura” e “A lambada do Paulo Ronaldo”. Era a primeira vez que alguém usava a palavra lambada para definir o ritmo. As músicas alcançaram um sucesso estrondoso. Estava lançada a lambada. Também, é fato que o músico e compositor de carimbo, Pinduca, lançou, em 1976, uma música intitulada "Lambada (Sambão)", faixa número 6 do LP "No embalo do carimbó e sirimbó vol. 5". É a segunda vez que uma gravação contém uma música sob o rótulo de "Lambada" na história da música popular brasileira. A arte marajoara representa a produção artística, sobretudo em cerâmica, dos habitantes da Ilha de Marajó, no Pará, considerada a mais antiga arte cerâmica do Brasil e uma das mais antigas das Américas. Os traços simétricos e cores da decoração marajoara podem ser encontrados até hoje no artesanato local de Belém e da Ilha de Marajó. Diversos artesãos, sobretudo no distrito de Icoaraci, Belém, dedicam-se à preservação e renovação da cultura marajoara. Fala-se ainda em um estilo marajoara aplicado à arquitetura e à pintura decorativa, que eclode em Belém acompanhando o boom da borracha, entre 1850 e 1910. Incorporações de aspectos do art nouveau mesclam-se, no estilo decorativo marajoara, às representações da natureza e do homem amazônicos e aos grafismos da arte marajoara tradicional, como indicam as peças de Theodoro Braga (1872 - 1953) e os trabalhos do português Fernando Correia Dias (1893 – 1935). As cerâmicas marajoara e tapajônica são originárias da Amazônia, que abrange os estados do Pará, Amazonas, Rondônia, Roraima, Mato Grosso, parte de Goiás e do Maranhão, Acre, Amapá e países vizinhos. O artesanato de cestaria tem uma tradição em todo o Estado do Pará, porém há um destaque especial para os trabalhos executados pelos artesãos do Município de Santarém, Região do Médio Amazonas Paraense, berço da cultura ceramista dos Tapajó. A localização geográfica de Santarém na confluência dos rios Tapajós e Amazonas, e os seus recursos turísticos — particularmente os naturais e os culturais — transformam Santarém num reduto de grande importância para a cultura e o turismo paraenses. A matéria-prima empregada é a fibra da Palmeira Tucumã depois de seca, transformada em palha, da qual confeccionam-se, cestas, bolsas, chapéus de diversos tipos e jogos para refeição, onde a originalidade do trançado, que usa cores variadas sobre fundo natural para compor desenhos peculiares faz a beleza e a leveza desta arte tradicional da Amazônia. O artesanato de leques e ventarolas tem grande receptividade, em virtude da matéria-prima empregada e da delicadeza das peças. As ventarolas são totalmente feitas da raiz seca do patchuli — herbácea da família das Gramíneas — decoradas com bordados e arremates de tecido. A confecção dos leques emprega a raiz seca de patchuli e a plumária. A arte plumária é uma herança indígena que o artesão tapajônico vem cultivando e aprimorando. A beleza dos leques de Santarém está toda contida nos tipos e nas cores da plumagem. As penas brancas são sempre as mais usadas, intercaladas com plumagem colorida, formando desenhos que dão um exotismo peculiar aos leques. Bibliografia (CHIAVENATO, Júlio José. Cabanagem: o povo no poder. São Paulo: Brasiliense, 1984. pp. 1214.) RAIOL, Domingo Antônio. Motins políticos. Belém: UFPA, 1970. SALLES, Vicente. Memorial da Cabanagem. Belém: Conselho Estadual de Cultura, 1985. Sites: transcrição http://portalamazonia.globo.com/pscript/amazoniadeaaz/artigoAZ- acesso em 28/11/2011. http//wukipedia.com.br-acesso em 28/11/2011.-acesso em 28/11/2011 http//www.brasilescola.com.br.acesso em: 28/11/2011 http://www.tvliberal.com.br.acesso em 22/11/2011