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Comunicação De Acidente Do Trabalho E Sipat

Segurança do trabalho

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    December 2018
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a) SIPAT – Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho As empresas que mantém Comissões Internas de Prevenção de Acidentes – CIPA, são beneficiadas elo esclarecimento de seus funcionários acerca de normas de segurança para o trabalho, visando a diminuição dos acidentes e conseqüente diminuição de custos operacionais, com a parada de trabalhadores no decorrer das jornadas de trabalho. Antes da constituição da CIPA, a empresa deve promover o treinamento dos titulares e suplentes da Comissão, de forma que tenham noções de acidentes e doenças decorrentes à exposição de riscos na execução do trabalho e sobre prevenção e tratamento da AIDS. Como objetivo da CIPA, temos a concientização das boas práticas de trabalho, evitando a ocorrência de doenças ocupacionais por esforços repetitivos, adotando medidas que evitem essa exposição, tais como: a) colocação de cartazes educativos, que contenham indicações de como levantar pesos, carga de pesos, ergonomia, tabagismo, alcoolismo, entre outros; b) utilização de equipamentos eletro-eletrônicos; c) direção defensiva; d) promoção de cursos e palestras; e) exibição de filmes elucidativos. Embora não haja previsão legal da periodicidade, recomenda-se a ocorrência anual, sendo que diversas empresas têm histórico de sucesso na realização dessas semanas.   b) Comunicação de Acidente do Trabalho Toda vez que ocorrer algum acidente de trabalho, que pode ocorrer durante o expediente ou no trajeto entre a residência e o local de trabalho ou no seu retorno, o empregador é obrigado a preencher o CAT – Comunicação de Acidente de Trabalho, no 1º. Dia útil após a ocorrência do acidente, sob pena de multa do INSS. Há três tipos de CAT: 1. CAT inicial – acidente de trabalho típico, acidente ocorrido no trajeto, doença ocupacional ou óbito imediato; 2. CAT reabertura – afastamento por agravamento da lesão de acidente de trabalho ou por doença profissional; e 3. CAT comunicação de óbito – quando ocorre o falecimento decorrente de acidente de trabalho ou doença profissional, após o CAT inicial. A CAT deve ser preenchido em 4 vias, que têm a seguinte destinação: 1. 1ª. Via – INSS 2. 2ª. Via – ao segurado ou dependente 3. 3ª. Via – ao sindicato dos trabalhadores 4. 4ª. Via – à empresa A preocupação de nossas autoridades com a quantidade imensurável de acidentados – muitos como vítimas fatais em acidente do trabalho – levou o legislador constituinte a alçar a nível constitucional as normas de saúde, higiene e segurança do trabalho, já prevista na legislação ordinária, de há muito, pela Consolidação das Leis do Trabalho, CLT, nos artigos 154 e seguintes, Capítulo V, da Segurança e da Medicina do Trabalho. Nesse sentido também de se destacar o disposto na Lei n. 8.080 ao dispor sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes às respectivas garantias legais: "Art. 2º - A saúde é um direito fundamental do ser humano, devendo o Estado prover as condições indispensáveis ao seu pleno exercício. § 1º - O dever do Estado de garantir a saúde consiste na formulação e execução de políticas econômicas e sociais que visem à redução de riscos de doenças e de outros agravos e no estabelecimento de condições que assegurem acesso universal e igualitário às ações e aos serviços para a sua promoção, proteção e recuperação. § 2º - O dever do Estado não exclui o das pessoas, da família, das empresas e da sociedade. Art. 3º - A saúde tem como fatores determinantes e condicionantes, entre outros, a alimentação, a moradia, o saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a educação, o transporte, o lazer e o acesso aos bens e serviços essenciais; os níveis de saúde da população expressam a organização social e econômica do País. Parágrafo único. Dizem respeito também à saúde as ações que, por força do disposto no artigo anterior, se destinam a garantir às pessoas e à coletividade condições de bem-estar físico, mental e social" (Lei 8080, publicada no DOU de 20.09.1990). Com a Carta Cidadã de 1988, este direito basilar do ser humano, como norma de ordem pública – o do direito à vida e à saúde, como também o direito à dignidade do cidadão a trabalhar em um ambiente equilibrado, salutífero, onde encontre dignidade e não a morte foi, também, alçado à garantia constitucional com direito à saúde: "A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário as ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação" (CF, ART. 196). Ainda a legislação nacional protetora da vida, da saúde do cidadão e em especial do trabalhador, instituiu ao empregador a obrigação a encargo do empregador, o seguro protetivo estatal LDRAT (antigo SAT), para financiar o benefício de aposentadoria especial ou daqueles concedidos em razão do grau de incidência de incapacidade laborativa decorrente dos riscos ambientais do trabalho, a par da obrigação das medidas tendentes à redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança, sem excluir a indenização a que está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa (CF, art. 7º, incisos XXII e XXVIII). Exsurge diante desses preceitos legais que é dever do empregador a emissão da CAT, Comunicação de Acidente do Trabalho até o 1º (primeiro) dia útil seguinte ao da ocorrência e, em caso de morte, de imediato, à autoridade competente, sob pena de multa variável entre o limite mínimo e o limite máximo do salário-de-contribuição, sucessivamente aumentada nas reincidências, aplicada e cobrada pela Previdência Social "(Lei 8.213/91, art. 22, caput). De se ponderar que a obrigação da emissão ocorre igualmente, mesmo em caso de dúvida: "A CAT deve ser emitida mesmo nos casos em que não acarrete incapacidade laborativa para fins de registro e não necessariamente para o afastamento do trabalho. Segundo o artigo 336 do Decreto nº 3.048/99, "para fins estatísticos e epidemiológicos, a empresa deverá comunicar o acidente de que tratam os artigos 19, 20, 21 e 23 da Lei nº 8.213, de 1991". Dentre esses acidentes, se encontram incluídas as doenças do trabalho nas quais se enquadram as LER/DORT" (IN Nº 98 INSS/DC, DE 05 DE DEZEMBRO DE 2003 – DOU DE 10/12/2003). Apesar disso, é de todos consabido que se a CAT for emitida pelo empregador o INSS concede o benefício "auxílio-doença acidentário" (B91). Mas se a CAT for formalizada pelo próprio acidentado e ou pelas demais pessoas e ou entidades autorizadas, o benefício que poderá ser e ou não concedido pelo órgão previdenciário é apenas o auxílio-doença (B32). E passados, 90 dias, no máximo, como regra geral, o benefício é suspenso, o trabalhador é liberado para retornar ao emprego, caso ainda não tenha sido despedido, o que tem permitido que as empresas já possam dispensar o empregado, mesmo que esteja doente e lesionado, como tem ocorrido, trocando o empregado infortunado por outro empregado ainda gozando de boa saúde e de menor custo operacional.   Retrieved from "http://www.artigonal.com/doutrina-artigos/comunicacao-de- acidente-do-trabalho-e-sipat-2791742.html" Erick Alfredo Erhardt - Perfil do Autor: Advogado, pós gradado em Finanças Empresariais e em Consultoria Empresarial, com especialização em Licitações e Contratos Administrativos. É sócio da Erhardt & Camargo Gomes Advocacia e Consultoria Empresarial, em Campinas - SP.