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Componentes Da Produção, Manejo E Estratégias

Feijão

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA DEPARTAMENTO DE CIENCIAS AGRÁRIAS AGRONOMIA No sul do Brasil, a maioria dos campos de feijão quando manejados com níveis adequados de técnicas de condução permitem a obtenção de produtividades próximas a 2400 Kg/ha. As condições climáticas nas safras das águas e da seca são muito satisfatórias nas regiões abrangidas pelos estudos de zoneamento agroclimático para a cultura do feijão nos estados do sul. A primeira escolha recai sobre o grupo de feijão que se pretende plantar: preto ou cores (recomenda-se uma boa análise dos preços e dos estoques, a produção da Argentina e da China, das áreas semeadas nas varias regiões do Brasil, nas decisões do governo, no que se pensa na bolsinha do feijão em São Paulo e etc.). Fonte: Embrapa 2010 Fonte: Embrapa 2010 A obediência ao zoneamento tem permitido sempre uma redução na ocorrência de doenças e pragas em relação aos plantios antecipados ou retardados, reduzindo os custos com aplicações e defensivos. Destaca-se também a grande freqüência de sucessos obtidos nos campos instalados em obediência às épocas recomendadas, principalmente em relação às condições climáticas favoráveis para o desenvolvimento das plantas. O melhoramento genético tem como um dos seus objetivos a criação de novas cultivares com elevado potencial de produção, adaptadas às diferentes condições edafo – climáticas, resistência à determinadas pragas e doenças e com características agronômicas e morfológicas capazes de contribuírem para o aumento da produtividade. A taxa de utilização de sementes melhoradas na cultura de feijão no Brasil é menor que 10% e, no Paraná, menor que 5%. Estudos realizados pelo IAPAR revelaram aumento médio de 42% na produtividade de feijão decorrente do uso de sementes melhoradas, em relação aos grãos normalmente usados pelos produtores. Fonte: Embrapa 2002 A taxa de utilização de semente de feijão no Brasil é entre 5% e 20% dependendo do Estado produtor (ABRASEM, 2010). Pesquisas conduzidas têm mostrado consistentemente que o uso de sementes de qualidade pode aumentar o rendimento da cultura do feijão entre 8 e mais de l00%. O grande problema da cultura são as doenças e uma grande parte delas possui a capacidade de transmissão pelas sementes, justificando essa alta resposta ao uso de sementes isentas de doenças. Embora hoje esteja disponível um grande elenco de defensivos destinados ao tratamento de sementes de feijão nenhum ou mesmo as associações têm sido capazes de eliminar as infecções nas sementes e controlar efetivamente as pragas e as doenças da cultura do feijão. De maneira geral, a rotação com gramíneas (milho, trigo, aveia preta, aveia, centeio e milheto etc.) tem apresentado o melhor efeito devido ao reduzido numero de doenças comuns ao feijão. Rotação com leguminosas como a soja, tremoço e outras, não têm sido tão eficientes principalmente quando há ocorrência de podridão radicular de Rhizoctonia solani, mofo branco, podridão de Macrophomina sp e nematóides. Quando o feijão está “caro” planta-se até três vezes por ano em áreas irrigadas; quando o milho está “barato”, ele é eliminado do sistema e substituído por soja; o trigo, a aveia preta e o pousio fazem revezamento ditado pelos preços do primeiro. É claro que a agricultura tem que ser lucrativa para que seja atrativa e permanente mas somente uma programação de médio prazo pode torná-la eficiente e sustentável. A planta do feijão possui uma grande capacidade de ocupação de espaços horizontais disponíveis, mas isso não a torna isenta da necessidade de adequação da população de plantas para obtenção de alta produtividade. As melhores produtividades são obtidas quando a densidade de plantas na linha está apresentada entre 10 e 12 plantas por metro. Q= Dx Px 10/ PG x E Q= quantidade de sementes em kg/ha D= número de plantas por metro linear P= peso de 100 sementes, em g PG= poder de germinação em % E= espaçamento entre fileiras, em m. Atualmente é semeado em torno de 250.000 plantas/ha, com uma variação de 45 a 120 kg de sementes por ha. Solos bem drenados, são os mais indicados, devido ao sistema radicular pouco profundo, isso deve ser avaliado como medida para o plantio em determinadas épocas do ano, e uma boa quantidade de matéria orgânica é essencial para a cultura. Em torno de 90 dias antes da semeadura, dever ser feita uma análise de solo completa, com o nível de todos os nutrientes exigidos pela cultura do feijão. Se necessário aplicar calcário dolomítico e gesso agrícola nas doses recomendas pelo técnico responsável. Cobra Neto et al 1971; El-Husny 1992;* media ponderada, **porcentagem exportada em relação ao extraído. Elemento Extração Exportação Média em kg/tonelada* Média* %** N 71,0 35,1 49,4 P 7,5 4,1 54,7 K 60,5 15,0 24,8 Ca 38,0 3,4 8,9 Mg 12,5 2,6 20,8 S 16,0 5,7 35,6 Cobra Neto et al 1971; El-Husny 1992;* media ponderada, **porcentagem exportada em relação ao extraído. Elemento Extração Exportação Média em g/tonelada Média %** Fe 431,2 86,7 20,1 Cu 19,9 9,9 49,7 Zn 49,8 31,6 63,5 B 66,3 13,3 20,0 Mn 175,8 17,7 10,1 Mo - 1,69 - Fonte: A. F. GUERRA et al 2000. Fonte: Embrapa: Morel Pereira Barbosa Filho, Tarcísio Cobucci, Patrícia Neves Mendes Fonte: L. N DE MIRANDA et al 2000. Fonte: Embrapa; Juscelino a. de a.; Euzébio Medrado; Gustavo C. R.; Antonio C. G. 2008. O período de critico de competição entre as ervas daninhas e a cultura do feijão onde há os maiores danos é da emergência do feijão até 30 dias após a emergência, dentro deste período, a competição é mais critica 10 a 30 após a emergência. O rendimento cultural pode diminuir de 50 a 70% nos primeiros 10 dias após a emergência. Fonte: A.F. GUERRA et al É essencial que não falte água durante a floração e durante o desenvolvimento das vagens, se houver deficiência d’água na floração, flores e mesmo vagens pequenas caem. De acordo com Doorenbos & Kassam (1979), a necessidade de água do feijoeiro varia entre 300 e 500 mm para obtenção de alta produtividade. É indicado ser feito o MIP com avaliações periódicas, sendo assim pode-se obter uma indicação do melhor momento para ser feito as aplicações de defensivos. A colheita mecanizada deve ser feita quando os grãos estão em torno de 13% de umidade, a plataforma de corte da colhedeira deve ser regulada, para que não ocorra perdas no campo. Foto: CARVALHO O. A 2008 FIM OBRIGADO!!!