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ISO 14000 E A ANÁLISE DO CICLO DA VIDA:
COLETA SELETIVA E REAPROVEITAMENTO
Juceliane Gonçalves Figueiredo
200917040220
S1 –
Engenharia Ambiental
"Você pode não ser responsável por sua
origem, mas certamente é responsável por seu
futuro e de suas gerações."
(Autor
desconhecido)
MARACANAÚ
2009
INTRODUÇÃO
Este trabalho consiste em apresentar a minimização dos resíduos através
da coleta seletiva e o reaproveitamento dos mesmos através da reciclagem
diminuindo assim os danos e impactos causados pelos mesmos à natureza
fazendo este processo integrante do Sistema de Gestão Ambiental –SGA.
Serão apresentados conceitos e definições de lixo e resíduo com o
objetivo de que se entendam os danos trazidos a natureza e o impacto na
qualidade de vida das gerações vindouras devido ao longo período de
decomposição dos mesmos causando entupimento de bueiros, poluições
atmosféricas, de rios, mares e lagoas. Além de trazer como solução a coleta
seletiva e a reciclagem a fim de minimizar estes impactos considerando que
a sensibilização do homem para o aspecto ambiental é o princípio de uma
qualidade de vida melhor em um futuro próximo.
1. COLETA SELETIVA
Chamamos de coleta seletiva a separação do lixo para que seja enviado
para reciclagem. Significa não misturar materiais recicláveis com o
restante do lixo. Ela pode ser feita por um cidadão sozinho ou organizada
em comunidades, como: condomínios, empresas, escolas, clubes, cidades, etc.
Por definição, coleta seletiva é o termo utilizado para o recolhimento
dos materiais que são passíveis de serem reciclados, previamente separados
na fonte geradora. Dentre estes materiais recicláveis podemos citar os
diversos tipos de papéis, plásticos, metais e vidros.
A separação na fonte evita a contaminação dos materiais
reaproveitáveis, aumentando o valor agregado destes e diminuindo os custos
de reciclagem.
Para iniciar um processo de coleta seletiva é preciso avaliar,
quantitativamente e qualitativamente, o perfil dos resíduos sólidos gerados
em determinado município ou localidade, a fim de estruturar melhor o
processo de coleta.
Quando o lixo não é devidamente encaminhado, dele derivam alguns
problemas, como é o caso da infiltração no solo e posterior contaminação
das águas subterrâneas, do envio de poluentes para a atmosfera, do espaço
que ocupa e do recurso constante de matérias-primas.
Contudo, a solução para estes problemas passa pela adoção da política
dos 3 R's e de boas práticas ambientais.
1º Reduzir o lixo – Produzir menores quantidades de lixo, seja através
da diminuição do consumo, ou seja na economia de embalagens desnecessárias.
2º Reutilizar – A reutilização consiste em voltar a utilizar um dado
material, mesmo que com outra finalidade.
3º Reciclar – transformar o velho em novo. A reciclagem é uma forma de
valorização de resíduos. A reciclagem de materiais, envolve algum tipo de
transformação do material em instalações apropriadas.
Para podermos colocar em prática o princípio dos 3 R's faz-se
necessário a segregação dos resíduos a partir de uma convenção de cores
internacionais de acordo com a Resolução Nº 275/01 – CONAMA, veja figura
abaixo:
Para estarmos sensíveis a coleta seletiva, não basta conhecermos seus
princípios e as cores regulamentadas dos depósitos de segregação, é
necessário ainda sabermos dos benefícios incontestáveis a natureza trazidos
pela coleta, como:
ü Menor redução de florestas nativas;
ü Redução da extração dos recursos naturais;
ü Diminuição da poluição do solo, da água e do ar;
ü Economia de energia e água;
ü Possibilidade da reciclagem de materiais que iriam para o lixo;
ü Conservação do solo. Diminuição do lixo nos aterros e lixões;
ü Prolongamento da vida útil dos aterros sanitários;
ü Diminuição dos custos da produção, com o aproveitamento de
recicláveis pelas indústrias;
ü Diminuição do desperdício;
ü Melhoria da limpeza e higiene da cidade;
ü Prevenção de enchentes;
ü Diminuição dos gastos com a limpeza urbana;
ü Gera oportunidades de fortalecer cooperativas
ü Gera emprego e renda pela comercialização dos recicláveis.
A coleta seletiva e a reciclagem de lixo têm um papel muito importante
para o meio ambiente. Por meio delas, recuperam-se matérias-primas que de
outro modo seriam tiradas da natureza e diminui-se a ameaça de exaustão dos
recursos naturais não-renováveis que são separados na coleta seletiva de
lixo.
Através da tabela abaixo podemos ter a noção de como cada material
influencia no meio ambiente e quais materiais podem ser reaproveitados ou
não para o bem do meio ambiente:
"Mater"Recurso "Matéria"Quantidade "O que é "O que é não "
"ial "Natural "-prima " "reciclável "reciclável "
"PAPEL"Floresta / "Madeira"1 T de papel "Jornais e "Etiquetas "
" "Árvore " "reciclado evita"revistas "adesivas "
" " " "o corte de 15 a" " "
" "RENOVÁVEL " "20 árvores, "folhas de "papel carbono e"
" " " "economiza 50% "caderno; "celofane; "
" " " "de energia " " "
" " " "elétrica e 10 "formulários "fita crepe; "
" " " "mil m³ de água."de " "
" " " " "computador; "papéis "
" " " " " "sanitários; "
" " " " "caixas em " "
" " " " "geral; "papéis "
" " " " " "metalizados; "
" " " " "aparas de " "
" " " " "papel; "papéis "
" " " " " "parafinados; "
" " " " "fotocópias; " "
" " " " " "papéis "
" " " " "envelopes; "plastificados; "
" " " " " " "
" " " " "rascunhos; "guardanapos; "
" " " " " " "
" " " " "cartazes "bitucas de "
" " " " "velhos; "cigarro; "
" " " " " " "
" " " " "papel de fax."fotografias "
"PLÁST"Petróleo "Nafta "100 T de "canos e "cabos de "
"ICO " " "plástico "tubos; "panela; "
" "NÃO-RENOVÁVE" "reciclado " " "
" "L " "evitam a "sacos; "tomadas "
" " " "extração de 1 T" " "
" " " "de petróleo. "CDs; " "
" " " " " " "
" " " " "Disquetes; " "
" " " " " " "
" " " " "embalagens de" "
" " " " "margarina e " "
" " " " "produtos de " "
" " " " "limpeza; " "
" " " " " " "
" " " " "embalagens " "
" " " " "PET de " "
" " " " "refrigerante," "
" " " " "suco e óleo " "
" " " " "de cozinha " "
" " " " " " "
" " " " "plásticos em " "
" " " " "geral " "
"VIDRO "Areia "
" " "
" "NÃO-RENOVÁVEL "
"Domicili"Aquele originado da vida diária das residências, constituído por"
"ar "setores de alimentos (tais como, cascas de frutas, verduras "
" "etc.), produtos deteriorados, jornais e revistas, garrafas, "
" "embalagens em geral, papel higiênico, fraldas descartáveis e uma"
" "grande diversidade de outros itens. Contém, ainda, alguns "
" "resíduos que podem ser tóxicos. "
"Comercia"Aquele originado dos diversos estabelecimentos comerciais e de "
"l "serviços, tais como, supermercados, estabelecimentos bancários, "
" "lojas, bares, restaurantes etc. O lixo destes estabelecimentos e"
" "serviços tem um forte componente de papel, plásticos, embalagens"
" "diversas e resíduos de asseio dos funcionários, tais como, papel"
" "toalha, papel higiênico etc. "
"Público "São aqueles originados dos serviços de limpeza pública urbana, "
" "incluindo todos os resíduos de varrição das vias públicas, "
" "limpeza de praias, de galerias, de córregos e de terrenos, "
" "restos de podas de árvores etc. De limpeza de áreas de feiras "
" "livres, constituídos por restos vegetais diversos, embalagens "
" "etc. "
"Serviços"Constituem os resíduos sépticos, ou seja, que contêm ou "
"de saúde"potencialmente podem conter germes patogênicos.São produzidos em"
"e "serviços de saúde, tais como: hospitais, clínicas, laboratórios,"
"hospital"farmácias, clínicas veterinárias, postos de saúde etc. São "
"ar "agulhas, seringas, gazes, bandagens, algodões, órgãos e tecidos "
" "removidos, meios de culturas e animais usados em testes, sangue "
" "coagulado, luvas descartáveis, remédios com prazos de validade "
" "vencidos, instrumentos de resina sintética, filmes fotográficos "
" "de raios X etc. Resíduos assépticos destes locais, constituídos "
" "por papéis, restos da preparação de alimentos, resíduos de "
" "limpezas gerais (pós, cinzas etc.), e outros materiais que não "
" "entram em contato direto com pacientes ou com os resíduos "
" "sépticos anteriormente descritos, são considerados como "
" "domiciliares. "
"Portos, "Constituem os resíduos sépticos, ou seja, aqueles que contêm ou "
"aeroport"potencialmente podem conter germes patogênicos, trazidos aos "
"os, "portos, terminais rodoviários e aeroportos. Basicamente, "
"terminai"originam-se de material de higiene, asseio pessoal e restos de "
"s "alimentação que podem veicular doenças provenientes de outras "
"rodoviár"cidades, estados e países. Também neste caso, os resíduos "
"ios e "assépticos destes locais são considerados como domiciliares. "
"ferroviá" "
"rios " "
"Industri"Aquele originado nas atividades dos diversos ramos da indústria,"
"al "tais como, metalúrgica, química, petroquímica, papelaria, "
" "alimentícia etc. O lixo industrial é bastante variado, podendo "
" "ser representado por cinzas, lodos, óleos, resíduos alcalinos ou"
" "ácidos, plásticos, papel, madeira, fibras, borracha, metal, "
" "escórias, vidros e cerâmicas etc. Nesta categoria, inclui-se a "
" "grande maioria do lixo considerado tóxico. "
"Agrícola"Resíduos sólidos das atividades agrícolas e da pecuária, como "
" "embalagens de adubos, defensivos agrícolas, ração, restos de "
" "colheita etc. Em várias regiões do mundo, estes resíduos já "
" "constituem uma preocupação crescente, destacando-se as enormes "
" "quantidades de esterco animal geradas nas fazendas de pecuária "
" "intensiva. Também as embalagens de agroquímicos diversos, em "
" "geral altamente tóxicos, têm sido alvo de legislação específica,"
" "definindo os cuidados na sua destinação final e, por vezes, "
" "co-responsabilizando a própria indústria fabricante destes "
" "produtos. "
"Entulho "Resíduos da construção civil: demolições e restos de obras, "
" "solos de escavações etc. O entulho é, geralmente, um material "
" "inerte, passível de reaproveitamento. "
Tabela 2 – Tipos de Resíduo por sua origem
Até bem pouco tempo somente alguns se preocupavam com esta questão,
para onde vai o lixo. Contudo, e com as implicações que o lixo pode causar
em termos ambientais, há que distinguir e diferenciar o seu destino.
Hoje existem vários processos para o tratamento do lixo. Algumas
técnicas ainda são bem antigas e outras mais modernas. Algumas já foram
esquecidas como a trituração, que poderiam simplificar o sistema de coleta.
Aterro Sanitário – É uma área destinada ao armazenamento de Resíduos
Sólidos Urbanos (RSU). Trata-se de uma solução técnica de tratamento e
destino final de resíduos sólidos que, contrariamente a uma lixeira,
obedece a um estudo cuidadoso da área e do solo onde são depositados os
resíduos, de forma a evitar a contaminação dos níveis freáticos.
(Fig. 1 – aterro sanitário)
A base do aterro sanitário deve ser constituída por um sistema de
drenagem de efluentes líquidos percolados (chorume) acima de uma camada
impermeável de polietileno de alta densidade - PEAD, sobre uma camada de
solo compactado para evitar o vazamento de material líquido para o solo,
evitando assim a contaminação de lençóis freáticos. O chorume deve ser
tratado e/ou recirculado (reinserido ao aterro) causando assim uma menor
poluição ao meio ambiente.
Seu interior deve possuir um sistema de drenagem de gases que
possibilite a coleta do biogás, que é constituído por metano, gás
carbônico(CO2) e água (vapor), entre outros, e é formado pela decomposição
dos resíduos. Este efluente deve ser queimado ou beneficiado. Estes gases
podem ser queimados na atmosfera ou aproveitados para geração de energia.
Sua cobertura é constituída por um sistema de drenagem de águas
pluviais, que não permita a infiltração de águas de chuva para o interior
do aterro. No Brasil, usa-se normalmente uma camada de argila.
Um aterro sanitário deve também possuir um sistema de monitoramento
ambiental (topográfico e hidrogeológico) e pátio de estocagem de materiais.
Para aterros que recebem resíduos de populações acima de 30 mil habitantes
é desejável também muro ou cerca limítrofe, sistema de controle de entrada
de resíduos (ex. balança rodoviária), guarita de entrada, prédio
administrativo, oficina e borracharia.
Quando atinge o limite de capacidade de armazenagem, o aterro é alvo de
um processo de monitorização especifico, e se reunidas as condições, pode
albergar um espaço verde ou mesmo um parque de lazer, eliminando assim o
efeito estético negativo. Recentemente foi encontrada uma célula produzida
em aterros que contribui para o fortalecimento do sistema himunitario,
podendo assim contribuir para a cura de muitas doenças.
(Fig. 2 – esquema aterro sanitário)
As condições mínimas de se ter um aterro sanitário são:
ü Impermeabilidade do solo;
ü Distância dos cursos d'água;
ü Distância dos pontos de captação de água;
ü Distância de áreas povoadas, etc.
Lixeira – Formada por células de depósito, produzidas por escavação no
terreno. O lixo é depositado nestas depressões sem sofrer qualquer tipo de
tratamento. Atualmente, estão eliminando algumas lixeiras, uma vez que têm
grande impacto ambiental e na saúde pública. Os impactos mais perceptíveis
são os visuais e os olfativos, para além da frequente proliferação de
insetos, roedores e aves.
(Fig. 3 – lixão)
Centenas de catadores de lixo vivem e ganham seu sustento a partir do
que não nos tem serventia. Então há de se considerar que descartamos muitas
das vezes algo que serve para reutilização ou reciclagem.
(Fig. 4 – catadores de lixo)
Compostagem – é um processo biológico de reciclagem de matéria orgânica
e nutrientes, realizada por microrganismos na presença do oxigênio do ar,
daí resultando a produção de um fertilizante natural e calor (elimina os
microrganismos patogênicos). Em condições de ausência de oxigênio, dá-se a
fermentação libertando biogás e maus cheiros.
Os resíduos orgânicos, que resultam da confecção de alimentos ou de
restos dos nossos jardins (matéria fermentável) são normalmente depositados
com os restantes resíduos no caixote de lixo e podem ir para: Aterro,
compostagem e incineração, onde o destino mais correto é a compostagem. Os
resíduos são encaminhados para uma unidade de tratamento, onde se procede à
sua separação dos restantes materiais que não são compostados. A matéria
fermentável é depois colocada numa pilha onde é sujeita a processos de
decomposição, condições ótimas de umidade, pH, oxigênio, temperatura,
assistindo-se a uma diminuição de volume devido à produção de água e de
dióxido de carbono.
Passados alguns meses (3 a 6 meses) consegue-se um composto que pode
ser utilizado como fertilizante na agricultura ou na jardinagem, corretivo
de solos, recuperação de solos erodidos e na proteção e recuperação de
solos salitrosos.
Materiais que não são compostados: papel escrito, excrementos, fraldas,
embalagens com restos de alimentos, metais, vidros, plásticos, pilhas,
têxteis, couros, etc.
A Compostagem pode ser:
ü aeróbia – Processo de degradação biológica, na presença de oxigênio,
dos resíduos orgânicos, produzindo uma substância úmida que pode ser
utilizado como fertilizante.
ü anaeróbia – Processo de degradação biológica dos resíduos orgânicos,
na ausência de oxigênio, que produz uma substância úmida que pode ser
utilizada como fertilizante e produção de biogás.
(Fig. 5 – composto)
Incineração é a queima do lixo em aparelhos e usinas próprias, consiste
na destruição dos resíduos a alta temperatura, na presença do oxigênio do
ar (combustão), geralmente com recuperação de energia. Apresenta a vantagem
de reduzir bastante o volume de resíduos. Além disso, destrói os
microrganismos que causam doenças, contidos principalmente no lixo
hospitalar e industrial.
De um modo geral tudo aquilo que sendo orgânico, já não seja
reutilizável ou reciclável, nomeadamente, papéis sujos ou degradados,
plásticos velhos ou muito sujos, matéria orgânica fermentável, fraldas
descartáveis, espumas e borrachas, têxteis, resíduos hospitalares
contaminados, medicamentos, cabelos, etc.
Não devem ser incinerados materiais orgânicos, contendo na sua
composição halogenados (cloro, fluor), alguns metais (óleos de motor
usados), e alguns tipos de resíduos hospitalares
Depois da queima, resta um material que pode ser encaminhado para
aterros sanitários ou mesmo reciclado. É recomendada a reutilização
racionalizada dos materiais queimados para a confecção de borracha,
cerâmica e artesanato. O Obelisco de Ipanema foi realizado com entulho de
concreto incinerado.
(Fig. 6 – "obelisco de Ipanema – RJ")
Com a incineração é possível uma redução do volume inicial de resíduos
até cerca de 90% através da combustão, a temperaturas que variam entre 800
e 3.000°C. Por isso tem vindo a ser implementado em zonas de grande
produção de lixo. No entanto, certos resíduos liberam gases tóxicos aos
serem queimados. Nesses casos, para evitar a poluição do ar, é necessário
instalar filtros e equipamentos especiais – o que torna o processo mais
caro.
(Fig. 7 – interior de um forno de incineração)
Biogasificação ou metanização é um tratamento de resíduos orgânicos por
decomposição ou digestão anaeróbica que gera biogás, que é formado por
cerca de 50% a 60% de metano e que pode ser queimado ou utilizado como
combustível. O resíduos sólido da biogasificação pode ser tratado
aerobicamente para formar composto.
A digestão anaeróbica é o processo de decomposição orgânica onde as
bactérias anaeróbicas, que apenas sobrevivem na ausência de oxigénio,
conseguem rapidamente decompor os resíduos orgânicos.
Quatro estágios da digestão anaeróbica são reconhecidos:
ü Hidrólise – estágio no qual as moléculas orgânicas complexas são
quebradas em açúcares, amino-ácidos, e ácidos graxos com a adição de
grupos hidroxila.
ü Acidogênese – continuação de quebra em moléculas menores ocorrendo
formação de ácidos graxos voláteis (ex. acético, propiônico, butírico,
valérico) e produção de amônia, dióxido de carbono e H2S como
subprodutos.
ü Acetogênese – moléculas simples da acidogênese são digeridas
produzindo dióxido de carbono, hidrogênio e ácido acético.
ü Metanogênese – ocorre formação de metano, dióxido de carbono e água.
Confinamento permanente é um lixo altamente tóxico e duradouro, e que
não pode ser destruído, como lixo nuclear, precisa ser tratado e confinado
permanentemente, e mantidos em algum lugar de difícil acesso, como túneis
escavados a quilômetros abaixo do solo, por exemplo.
Reciclagem é a atividade de transformar materiais já usados em novos
produtos que podem ser comercializados. Exemplo : papéis velhos retornam às
indústrias e são transformados em novas folhas. Vejamos este tópico mais
detalhado no item que segue.
2. RECICLAGEM
Reciclagem é o processo de reaproveitamento de material orgânico e
inorgânico do lixo. É considerado o melhor método de tratamento de lixo, em
relação ao meio ambiente, uma vez que diminui a quantidade de lixo enviado
a aterros sanitários, e reduz a necessidade de extração de mais matéria-
prima diretamente da natureza. Porém, muitos materiais não podem ser
reciclados continuadamente (fibras, em especial). A reciclagem de certos
materiais é viável, mas pouco ou não praticada por ser economicamente
inviável. Algumas formas de lixo, em especial, lixo altamente tóxico, não
pode ser reciclada, e precisa ser descartado.
São considerados recicláveis aqueles resíduos que constituem interesse
de transformação, que têm mercado ou operação que viabiliza sua
transformação industrial. Para citar um exemplo: fraldas descartáveis são
recicláveis, mas no Brasil ainda não há essa tecnologia. Portanto não há
destino alternativo aos lixões e aterros sanitários para fraldas
descartáveis no Brasil. Logo, fraldas descartáveis não se configuram como
materiais recicláveis no nosso contexto. Já o alumínio possui um processo
de reciclagem barato e a grande vantagem da reciclagem do alumínio é o
reaproveitamento do seu material sem a perda de suas características. O
processo consome apenas 5% da energia gasta na produção de alumínio
primário, obtido a partir da bauxita (minério de onde se produz o
alumínio). Além disso, produzir um quilo de alumínio reciclado significa
poupar cinco quilos de bauxita. A reciclagem de uma única latinha economiza
energia suficiente para manter um aparelho de TV ligado durante três horas.
Para os fabricantes de bebidas, o uso desse produto apresenta diversas
vantagens, já que seu peso reduzido favorece o transporte. A alta
produtividade nas máquinas é outra característica das latas, sendo que mais
de 120 mil latas podem ser cheias em uma hora. Só em 2006, foram recicladas
317 mil toneladas de alumínio, o equivalente a 38% do consumo doméstico de
produtos transformados do metal. 96,5% das latas consumidas transformaram-
se em reciclagem. Esse volume supera os países desenvolvidos, como o Japão
(86%) e os Estados Unidos (51%). Estes exemplos nos demonstra como não há
"receita de bolo" e a importância de o programa de coleta seletiva é ter
coerência com a realidade local, isto é, a realidade social, ambiental e
econômica.
Não há como não produzir lixo, entretanto podemos reduzir o volume
diário. Levando-se em consideração que cada pessoa produz o equivalente a
300 quilos anuais de lixo o cenário torna-se alarmante se somados aos 6.400
milhões de habitantes no planeta. Temos que repensar nossos padrões de
consumo e reduzir a produção de lixo.
A redução do volume diário, a segregação da produção há de ser
realizada de forma a proporcionar a reutilização e reciclagem do lixo, uma
vez que ao juntarmos os materiais recicláveis ou reutilizáveis com outros
materiais não reaproveitáveis estamos impactando o meio ambiente e
dificultando ou impossibilitando a reciclagem ou reutilização.
Devemos pensar duas vezes antes de descartar qualquer material de forma
a segregar o reaproveitável do lixo propriamente dito.
É importante estarmos voltados e abertos ao reaproveitamento por meio
da reciclagem, pois muitas matérias-primas utilizadas são oriundas de
recursos naturais não renováveis, como o petróleo, por exemplo, de forma
que em algum momento esse recurso não estará mais disponível nas
"prateleiras" da natureza comprometendo assim a nossa necessidade futura.
CONCLUSÃO
É grande necessidade de cuidar da natureza em favor de tudo que ela já
nos ofereceu, embora ainda sejamos egoístas, pois a consciência ambiental
nasce em nós por sabermos que um dia tudo que nos é ofertado nos pode
faltar.
A recíproca em relação ao meio ambiente ainda não é verdadeira, pois
ela nos oferta muito mais do que a preservamos e o mínimo que podemos fazer
em prol disso é minimizar os resíduos gerados afim de poluirmos menos.
A minimização dos resíduos deve partir da nossa casa, evitar o
desperdício e reciclar deve ser trabalhado com as crianças em casa e nas
escolas, pois somente através do conhecimento que teremos um mundo melhor,
mais saudável e sustentável.
REFERÊNCIAS
ü www.rc.unesp.br
ü http://pt.wikipedia.org
ü www.meioambiente.pr.gov.br
ü http://noticienciadigital.blogspot.com
ü www.natureba.com.br
ü www.lixo.com.br