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Circuitos Elétricos De Corrente Contínua

circuitos e corrente contínua uso e aplicações

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NOÇÕES GERAIS DE ELETRICIDADE Circuitos Elétricos Em corrente contínua – completa-se um circuito quando a polaridade negativa é ligada à polaridade positiva. Se, nesse caminho, se interpõe uma ‘carga’ (lâmpada, por exemplo), elimina-se o curto-circuito e inicia-se o consumo de energia (Fig. 01) Em corrente alternada – ou corrente comercial – fornecida pela “Companhia de Energia Elétrica”, ao se ligarem os pólos diferentes, o mesmo fato ocorre, isto é, forma-se um curto-circuito. Na corrente alternada, denomina-se comumente um dos pólos como “VIVO” e outro pólo como “NEUTRO” ou “TERRA”. O pólo vivo conduz a corrente do gerador e o neutro está ligado à terra do gerador. A corrente contínua corre em uma só direção – do negativo ao positivo. A corrente alternada, como diz o próprio nome, vai e volta em ciclos positivos e negativos. As ciclagens mais usadas são 50 e 60 ciclos por segundo. Isto quer dizer que, a cada segundo, a corrente se torna 50 ou 60 vezes positiva e 50 ou 60 vezes negativa. O pólo neutro não provoca descarga (choques elétricos), mas o pólo vivo (se a pessoa não estiver ligada à terra) poderá causar descargas perigosas á vida. A pessoa isolada da terra, onde está ligada ao outro pólo gerador, não fecha o circuito. Para se isolar, as pessoas podem usar sapatos com solado de borracha, subir numa tábua seca ou usar luvas de material isolante. Como se pode ver na Figura 2, mesmo que a pessoa esteja isolada da terra, pode haver perigo (Fig. 2d) se fechar o circuito tocando nos dois pólos. – Reconhecimento de curcuitos – convencionalmente, a cor vermelha de cada fio indica o pólo vivo, e a preta, o circuito neutro (terra). Contudo, não se pode confiar totalmente nisso, uma vez que a pessoa que fez a instalação poderia não estar afeita a esta convenção. O melhor é localizar no circuito o pólo vivo e o neutro, pelos dois processos mostrados na Figura 3; – Localizando o pólo vivo – com uma lâmpada de teste Neon segurando-se uma das extremidades dos fios de teste, toca-se com o outro fio no local da experiência. Quando a luz se acende, este será o pólo vivo. NÃO HÁ PERIGO DE CHOQUE NA EXPERIÊNCIA, uma vez que pela lâmpada Neon não circula corrente. A pessoa isolada não poderá fazer a experiência, porque a lâmpada não acenderá (Fig. 03) II – Leis de Eletricidade Para o leigo, as unidades VOLT, AMPERE, OHM e WATT formam um intrincado e confuso conjunto. Conhecendo-se uma a uma e as suas especificações, a coisa se torna mais fácil e pouco misteriosa. - UNIDADES ELÉTRICAS VOLT – Vimos anteriormente que a eletricidade caminha através de um fio. Pois bem, chama-se VOLT a força que impulsiona o elétron. Quanto maior for o desequilíbrio elétrico, tanto maior será a voltagem. Dá-se ainda o nome de Força Eletromotriz (FEM) ou “Diferença de Potencial”. Essa unidade é representada pelas letras “v” ou “e”.(Fig. 04). O aparelho utilizado para medir a voltagem chama-se voltímetro. 1 kv=100v O VOLT AMPERE – Representa a quantidade de elétrons que passa pelo fio por segundo. Somente haverá consumo quando uma fonte de consumo estiver ligada ao circuito. A “Fonte de Consumo” é o que determina a quantidade de amperes necessária ao seu funcionamento. A amperagem, para o nosso caso, será importantíssima. É a “dona de tudo”nos cálculos para uso de material elétrico. Essa unidade é representada pelas letras “a” ou “i”, sendo também chamado “intensidade”. A unidade que conta o número de elétrons se chama COLOUMB, que representa 6 trilhões 280 bilhões de elétrons. O AMPÈRE é igual a 1 COLOUMB/SEGUNDO. O consumo de rádios e televisões é da ordem de centenas de miliampères, um submúltiplo de ampère. Ampères ocorrem nas lâmpadas, aquecedores e chuveiros. O aparelho utilizado para medir amperagem chama-se amperímetro. OHM – É a unidade que serve para medir a resistência dos materiais à passagem da corrente elétrica. Quanto 1 volt impulsiona 1 ampère por circuito, a resistência desse circuito será de 1 ohm. O Ohm é representado pela letra grega ômega ou pela letra r. O aparelho utilizado para medir a resistência chama-se ohímetro. WATT – É o resultado da multiplicação da voltagem pela amperagem, ou então a multiplicação da resistência pela amperagem ao quadrado. É a unidade que se estabeleceu para determinar o consumo de energia elétrica. O aparelho utilizado para medir potência chama-se wattímetro. 1 KW = 1000 W A LEI DE OHM A Lei de OHM é a lei básica da eletricidade, e por ela são feitos todos os cálculos necessários a quem pretende usar materiais elétricos. Primeiramente daremos a fórmula principal da LEI DE OHM V = A x R (volt é igual a ampere multiplicado pela resistência) Para facilitar os cálculos, usaremos o “processo do triângulo” (Fig.5) explanando matematicamente o assunto, através dos exemplos. Se no triângulo cobrirmos com um dedo a letra correspondente ao valor desconhecido, teremos a operação a realizar para o descobrimento do valor da incógnita (Fig. 6) a) Se um aparelho usa 6 volts e tem a resistência “p” igual a 60 ohms, para sabermos a amperagem, usamos a fórmula (A=V/R) (Fig 6b). Então teremos: A = 6/60, que resultará A = 0,1 Ampere b) Se um aparelho tem resistência de 100 ohms e a amperagem de 1 ampere, para sabermos a voltagem usamos a fórmula V (AxR) (Fig. 6A), então teremos V = 1x100, que resultará em 100 watts Tratemos também da fórmula do watt. Sabemos que o watt é igual a amperagem multiplicada pela voltagem, logo (W=AxV), ou então é igual a amperagem ao quadrado multiplicada pela resistência (W=A2xR). Dessa duas fórmulas básicas tiramos as seguintes: V = W/A c) R = W/A2 A = W/V A = W /R Sabemos que uma lâmpada de 500 watts está ligada em 110 volts. Para sabermos a amperagem, usaremos a fórmula A = W/V A = 500/110, que resultará A = 4,5 Amperes Como ficou explicado, usando-se a LEI DE OHM podemos ficar tranqüilos no momento de fazer instalações elétricas, uma vez que, dependendo da amperagem e da voltagem, teremos de usar o material apropriado. III – Circuitos em Série e Paralelo O mais comum de se usar é o circuito em paralelo, embora se use, em casos especiais,o circuito em série, os reostatos, os fusíveis, os interruptores e as campainhas são, sempre, ligados em série. Usa-se também o circuito em série para o caso de se ligarem lâmpadas de 110v em circuitos de 220v. Vamos, inicialmente, demonstrar a diferença entre um circuito em série e um em paralelo. Nota-se pelo desenho que, na montagem do circuito em série, as lâmpadas ficam mais fracas, pois soma-se o consumo da amperagem, resultando a redução da voltagem. Aproveita-se este fenômeno para diversos fins. Um deles é a utilização de pequenas lâmpadas de 6 volts x 100 mA em ligação em série de 12 lâmpadas, nas árvores de Natal. A soma da amperagem é igual a 100 mA x 12 = 1,2 A As lâmpadas consumirão 110 volts, podendo ser ligadas em 110 volts, embora cada uma seja de 6 volts. O mesmo pode ser aplicado às lâmpadas de spot, como se pode ver na fig. 08, em caso de a voltagem local ser de 220V e dispormos apenas de lâmpadas de 110V. PILHAS EM SÉRIE (Fig.9) – Já que estamos falando em ligações em série, vamos passar a outros casos dessas ligações. Para as pilhas (de rádio ou farolete) ligadas em seriem somam-se as suas voltagens nominais. Assim sendo, 4 pilhas de 1,5 volts formarão uma bateria de 6 volts (1,5 x 4). As pilhas têm uma capacidade-ampere por hora. Nas ligações em série, essa capacidade não aumenta. Conclui-se, então, que a pilha terá a voltagem aumentada, mas o tempo de duração diminuído. PILHAS EM PARALELO (Fig. 10) – se ligarmos 4 pilhas de 1,5 volt em paralelo (positivo com positivo e negativo com negativo), a voltagem total será de 1,5 volt mesmo, apenas aumentada a capacidade-ampere por hora. A pilha dura mais. GLOSSÁRIO ABAS DE ROTUNDA – Os extermos da cortina de fundo duma rotunda que se curva descendo. ABERTURA – Largura da Boca da ópera ABERTURA DO PANO – O momento em que se abre ou levanta o Pano da Boca ABERTURA DA PASSAGEM – Espaço deixado pelos pendentes duma rotuna, ou pelos bastidores, para as entradas e saídas dos atores de cena. ABRIR-SE – Quadrar-se bem e gesticular sem cortar a figura. ADERECISTA – O que fabrica os adereços. O contra-regras são, ou deveriam ser, contra-regras aderecistas. ADEREÇOS DO ATOR – Objeto que o ator utiliza em cena e traz consigo ADEREÇO DE CENA – Objeto que decora a cena e é aposto ao cenário, desde que os cortinados, quadros e bibelôs até os tapetes. Os móveis, de qualquer modo, são também adereços de cena. ADEREÇOS DE REPRESENTAÇÃO – Objetos previamente colocados em cena que se destinam a ser usados pelo ator durante a representação AJUDANTE – O “segundo” do maquinista ou do eletricista ou do contra-regra AJUDANTE – ARTÍFICE – Um dos ajudantes do maquinista que se ocupa, especialmente, da construção de portas, escadas, praticáveis, etc. Exige conhecimentos de carpintaria. AJUDANTE DE MANOBRA – O segundo do maquinista na execução das mutações ou assentamento dos cenários em cena ALÇAPÃO – Abertura no chão do palco, conseguida pelo levantamento de uma quartelada ALÇAPÃO DE ELEVADOR – Abertura no chão do palco que tem a servi-lo um elevador AMERICANA – Armação de madeira leve em forma de viga que substitui a vara para sustentar pesos com que ela não poderia ARARA – Cabide para suporte de figurinos ÁREA DE REPRESENTAÇÃO – Espaço compreendido entre as linhas de vista dos lugares extremos da primeira fila da platéia para o palco horizontal e a linha de vista da última fila da “geral” para a altura de 1,80m no sentido de profundidade do palco. ARMAR A CENA – Fazer a montagem do cenário ARMAR UM CENÁRIO – Engradar os bastidores, ilhargas e biombos, atar e pendurar da tela às rotundas, bambolinas, fraldões e telões de fundo necessários à cena ARMAZÉM – Depósito de todo o material do teatro, desde cenários a todo o resto ARREAR – (a curta, a do meio, a comprida) – folgar respectivamente uma destas três cordas. O contrário de subir. ARRREAR TUDO – Folgar simultaneamente as três cordas ARREAR TUDO NO CHÃO – fazer descer a Vara até o chão do palco ASAS DO PALCO – Os espaços livres entre o Espaço Cênico e as paredes laterais do palco ATACAR – Prender com um Sarrilho as Ilhargas, de modo a ligá-los totalmente ATACAR UM PANO – Sujeitá-lo por meio de cordas ao anverso duma grade ATO – Parte de uma peça que corresponde a um ciclo de sessão e é separada das outras por um intervalo AUXILIAR DE MAQUINISTA – Um dos nomes dos carpinteiros de cena quando não são apenas comparsas de manobra BAMBOLINA – Fralda de pano ou papel pintado estendida horizontalmente na parte alta do palco, suspensa por uma vara, de modo a cortar a visibilidade do urdimento, quando não há teto. Cortina de aproximadamente 80 cm de altura, que atravessa o palco de coxia a coxia e fica suspensa à frente dos refletores. Tem como função esconder os refletores da visão da platéia, evitando que a luz agrida os espectadores com seu facho assim que a ‘entrada’ . Quando o espectador percebe a entrada da luz a magia é quebrada diminuindo o envolvimento do público com a ação apresentada. BAMBOLINA DE AR – Bambolina azul-clara ou cinzento-azulada que encobre o limite superior do ciclorama ou dos telões ou rotundas de ar livre, destinando-se convencionalmente a não ser vista. BAMBOLINA RÉGIA – A bambolina exterior ao cenário, geralmente igual, na pintura, ou no tecido, ao Pano de Boca de ópera à sua altura BASTIDORES – Os fraldões laterais quando engradados e não suspensos do Urdimento BIDUNGA – Cobertura traseira do cenário por meio de pintura preta, ou da aposição de qualquer matéria opaca, de modo a que não rompa a luz exterior à Cena através dos elementos pintados ou de pano fino, engredados ou suspensos BIDUNGAR – fazer uma bidunga BIOMBO – jogo de repregos ligados por dobradiças e pintados de ambos os lados, permitindo uma Mutação à vista BOCA DE CENA – O mesmo que Boca de Ópera, numa distinção mais rigorosa, a boca de ópera será a abertura fixa, e construída, na parede do palco de separação da sala, e a boca de cena e abertura amovível fechada cmo os reguladores e a régia. É a quarta parede do palco por onde o espectador vê o espetáculo . Seu tamanho é regulável pelas pernas laterais que são de madeira e sobre os trilhos. A Bambolina superior compõe o desenho retangular da boca de cena. BOCA DE ÓPERA – A abertura de cena usada pela régia na altura e pela reguladores, o u fraldões da régia, na largura CABINE DE LUZ – Local para equipamento de operação da iluminação CABO DE VARANDA – O chefe dos carpinteiros de manobra que atuam na varanda, sob ordens do maquinista CAIAMENTO – o desconto que se faz na construção de uma ilharga ou dum reprego para acertar com o desnível do palco, e por extensão a inclinação do palco CAIXA – o palco e os camarins CAIXA DE RETORNO – caixas acústicas que ficam no palco CAIXA DO PONTO – o local onde o ponto trabalha, quando em cena CAMARIM – o “quarto” do ator no teatro CANHÃO – refletor móvel de grande potência, geralmente manobrado fora do palco CAPACIDADE DE CARGA – voltagem geral do prédio CARPINTEIRO DE CENA – O carpinteiro do teatro, cujo ofício tem uma certa especialização CARREIRA – abertura transversal da tela, armada de roletes em que correm cordas. O mesmo que fileira CARTÃO – O projeto do cenário quando apenas pintado, e não armado em relevo numa maquete CENA – são múltiplos os significados desta palavra. Cena é o palco. Estar em cena é estar a representar dentro da área de representação . Cena pintada ou construída é um cenário. Dar e tomar cena é deixar lugar ou ocupar espaço livre do palco durante representação. Uma cena é o momento de ação em que estão em cena os mesmos atores CENÁRIO – Conjunto de elementos que fecham o espaço cênico e o decoram CENÓGRAFO – O autor da maquete do cenário e sobretudo o seu executante, depois encarregado dos possíveis consertos necessários, após os engradamentos CENTRO GIRATÓRIO – Alguns palcos possuem também a sua parte central (um grande círculo) que gira através do comando de um motor. Foi muito usado para shows, orquestras e efeitos de mutação cenográfica HARRIOT – Entrada praticável montada sobre rodízios destinada a mutação rápida, parcial ou total, de cena, e podendo entrar nela pelas asas ou pelo fundo do palco CHEFE MAQUINISTA – o encarregado da armaçãoa, montagem e manobra dum cenário, chefe de carpintaria em cena. Tem o tratamento de mestre CICLORAMA – Fundo fixo e curvo e sem brilho, feito em madeira, material sintético ou pano esticado destinado, quando iluminado com luzes coloridas ou brancas, a criar um ambiente de ar livre ou a sensação do aumento de profundidade do palco. Pode ser fixo ou removível através de contrapesos CIMA (estar em) – estar demasiadamente próximo de outra figura CIMBALHA DE BOCA – O fecho superior da parte inamovível da Boca de ópera COBRIR UMA FIGURA – Estar inferior a ela, tapando-a da vista do público COLORTRAN – refletor de luz geral COMPARSA – Os segundos ajudantes do maquinista. Designavam-se antigamente por machos e fêmeas consoante trabalhavam na varanda ou no palco. Preferem agora chamar-se carpinteiro em cena COMPRIDA – a corda que suspende a tela, pelo lado mais distante da varanda ou no palco. Prefere chamar-se carpinteiro de cena CONTRACENA – O jogo de cena de um ator com outro CONTRACENAR – atua em cena em simultanedade com outro ou outros atores, dando-lhes ou não réplica CORDA DO MEIO – A corda que suspende da Tela cada uma das varas, pelo meio CORTAR A FIGURA – Gesticular de modo que os braços em vez de se abrirem se movimente em frente do corpo CORTINA – Pano correndo lateralmente ou subindo ao urdimento ocupando toda a largura de cena. Diz-se meia cortina quando só cobre a metade CORTINA DE ARLEQUIM – A cortina imediatamente posterior ao pano de boca, independente ainda do cenário e servindo para ocultação da cena nas mudanças de quadro. É armada quando existe no tecido do primeiro enquadramento. Chama-se arlequim porque era no primeiro enquadramento que se faziam as entradas desse personagem na “Comédia Dall’Arte”. CORTINA AO AR LIVRE – o mesmo que cortina de céu CORTINA DE BOCA – cortina de moldura de palco CORTINA DE CÉU – cortina azul-pálida armada em rotunda, substituindo o ciclorama para a criação de um ambiente ao ar livre CORTINA DE CORTE – o mesmo que cortina de arlequim CORTINA DE NEVOEIRO – cortina de gaze transparente tendo habitualmente uma Vara ao pé CORTINADO – as pequenas ou grandes cortinas apostas ao cenário , vestindo arcos, portas e janelas e que pertençam á jurisdição do contra-regra enquanto que as cortinas são da conta do maquinista CORTINEIRO – o ajudante de manobra encarregado do funcionamento do pano de boca COXIA – espaço interno do palco que contorna a área destinada à cenografia CROMÓIDES – gelatinas de cor que se aplicam nos projetores para colorir a luz CRUZA – mudança de posição no palco quando obrigar a passar inferior ou superior a outra figura CRUZAR – O ato de fazer a cruza CÚPULA – a tampa da caixa de ponto CURTA – corda que suspende a tela cada uma das varas pelo lado mais próximo da varanda, completando com a comprida e a do meio essa suspensão DAR CENA – movimenta-se um ator de forma a deixar a outro a cena mais livre para a sua atuação. É o contrário de tomar cena DEIXA – palavra ou palavras do final de uma fala que indicam a ocasião réplica de um ator ou de qualquer movimento dele, ou de qualquer intervenção por parte do contra-regra, da luz ou do som DEIXA DE EXECUÇÃO – para os maquinistas, contra-regra, luz ou som, indica o momento exato de sua intervenção DEIXA DE PREPARAÇÃO – a deixa que serve de aviso da proximidade da deixa de execução DESCER – avançar no palco em direção ao proscênio DESCOBRIR UMA FIGURA – movimentar-se no palco de forma a deixá-la visível ao público DESENSARILHAR – desfazer a ligação em “S” com que se ataram as ilhargas DIAGONAL –vara ou parte da vara que atravessa diagonalmente um engradado para o fixar DISPOSITIVO CÊNICO – Objeto ou armação fixa em cena, aproveitável para diferentes cenários ou finalidades DIRETOR DE CENA – o responsável, perante o encenador, do respeito à encenação durante os espetáculos, e o empresário, pela disciplina dos atores e do pessoal de palco DIREITA – o lado de cena que fica à direita do ensaiador e portanto do público que assiste ao espetáculo DIREITA ALTA – O canto superior da cena ao lado da direita DIREITA BAIXA – O canto inferior da cena do lado da direita ELEVADOR – Entrada praticável verticalmente móvel que pode transportar figuras ou coisas do subpalco para o palco por um sistema de roldanas, ajudado por contrapesos ou, mais modestamente, por pressão hidráulica através de um alçapão ENCENAÇÃO – O complexo de atividades necessárias para que um espetáculo se realize ENCENADOR – O que concebe, orienta e dirige toda a encenação ENGREDADOS – Panos ou papeis pintados armados numa grande madeira ENGRADAR – fazer uma armação com varas de madeira em que fique esticado um pano ou um papel pintado de forma que venha a constituir um elemento rígido e transportável ENSAIADOR – o que dirige os ensaios, seja ou não o encenador ENSAIAR – levantar, repetir ou apurar uma cena com os atores. Acertar as luzes ou o som com a atuação deles em cena. ENSAIO COM ADEREÇOS – O ensaio em que os atores, embora sem a indumentária própria, já utilizam adereços de cena e de representação. O memo que ensaio de pertences. ENSAIO DE APURO – O ensaio de cada cena em particular para afinaçãofinal dos diálogos e dos movimentos ENSAIO DE LUZES – a preparação da iluminação de cena ENSAIO DE MARCAÇÃO – o mesmo que levantar a peça ENSAIO DE REPETIÇÃO – os ensaios destinados a fixar a marcação e a decorar os papéis , no ritmo próprio com o diálogo ENSAIO GERAL – O ensaio em que, como no espetáculo, já dentro da cena armada, os atores tem a caracterização, a indumentária e os adereços todos, também intervindo, como no espetáculo, todo o pessoal da maquinaria, da contra-regra, da luz e do som. ENSARILHAR – Prender com sarrilho duas lhargas ENTRADA DA CAIXA – Entrada dos artistas e artíficies de cena pelo palco. O mesmo que Porta de Caixa. ENTRADAS DE CENA – As aberturas visíveis ou invisíveis do cenário por onde se pode entrar ou sair de cena ENTRE BASTIDORES – Estar junto a qualquer das entradas de cena, invisível para os espectadores ESCORA – sarrafo ou ferro que mantém os repregos de pé ESPAÇO CÊNICO – o espaço ocupado pelo cenário, considerado do lado voltado ao espectador ESPETÁCULO – cada uma das obras apresentadas no espaço cênico ESPETÁCULO DE OUTRO ESTADO – espetáculo interpretado por grupos da atores vindos de outros estados ESPETÁCULO LOCAL - espetáculo interpretado por atores locais ESPETÁCULO DE AUTOR ESTRANGEIRO – são peças escritas por autores de outros países, porém produzidos e executados por intérpretes brasileiros ESPETÁCULO DE AUTOR NACIONAL – são peças dramáticas, musicais ou coreográficas, idealizadas por autores brasileiros ESPETÁCULO PARA PÚBLICO ADULTO – são peças profissionais ou amadoras endereçadas ao público adulto ESPETÁCULO PARA PÚBLICO INFANTIL – são peças profissionais ou amadoras endereçadas ao público infantil ESQUERDA – o lado esquerdo da cena vista pelo ensaiador e consequentemente pelo público ESTENDER O CENÁRIO – fixar ao chão do palco os panos ou papéis pintados das várias partes do cenário para sobre eles se armarem as grades a que depois se atarão ESTRADO PRATICÁVEL – armação de madeira sobre o qual se possa andar sobreposta ao palco FECHAR A CENA – limitá-la com as bambolinas fraldões e telão ou cortina de fundo FERRO DE SALÃO – vareta de ferro que segura invisivelmente junto ao chão as aberturas das portas e dos arcos de cenário FIADA – abertura transversal de tela com três ou mais roldanas em que se passam as cordas. O mesmo que carreira. FOLHA DE SERAL – A folha da caixa das despesas diárias. A lista orçamental dessa peça FORRAR – o mesmo que bidungar, mas quando a bidunga se faz com um pano sobreposto à parte de trás do cenário FOSSO DE ORQUESTRA – o espaço rebaixado entre a platéia e o palco, onde se instala a orquestra FRALDÃO – pano suspenso da tela que se delimita o espaço cênico por um lado e serve para evitar que se rompam as asas do palco FUNDINHO – engradado que tapa a abertura duma porta ou janela FUNDO – a parte superior do palco. O limite superior do espaço cênico GALGAR – verificar ou acertar uma boa esquadria duma tábua ou de um engradado GAMBIARRA – caixa horizontal de luzes colocada transversalmente num urdimento de modo a iluminar o palco de cima para baixo GAMBIARRA DE PROJETORES – vara aonde se prendem vários projetores, atuando como gambiarra GELATINA – o mesmo que cromóide GIRELA – conjunto de roldanas na vertical das malaguetas e que se agrupam as três cordas de cada vara GROSSO DE ENCHIMENTO – a espessura simulada dos arcos, portas e janelas ILHARGA – engrado que ligado a outros constitui uma das partes dum cenário, e que por extensão qualquer engrado quando funcinando com um muro ou uma parede, embora solto ILUMINAÇÃO DE BANCADA – fileira de luzes geralmente em volta de um espelho destinada à maquiagem dos atores IMPLANTAÇÃO DE CENA – a planta que desenha o encenador, servindo para erguer o cenário e poder fazer-se a marcação INFERIOR – em posição descida ou em movimento que desça, isto é, que seja mais próximo ou cruze pelo lado do proscênio INTERVALO – o tempo entre dois atos para descanso do espectador e arranjo de cena LINHA DE VISTA – os raios visuais tomados dos pontos extremos do auditório e que demarcam o espaço do palco visível LISTA DE PERTENCES – rol de todos os adereços de cena e representação que estabelece a contraregra durante os ensaios e lhe serve depois como guia para a sua utilização no espetáculo LUZ DE ENSAIO – lâmpada única que, por economia, desce do urdimento para iluminar a cena durante os ensaios e aflingir o encenador MALAGUETA – Prisão em madeira com a forma aproximada de um “V” deitado, onde se prendem e fixam as cordas à varanda MANOBRA – a mutação ou parte da mutação dos cenários que se faz da varanda. Por extensão, todo o movimento necessário à mudança de cena. MAQUETE – O projeto de cenário quando feito em relevo MAQUINISTA – O mesmo que chefe maquinista MESA DE ENSAIO – A mesa, coberta por um pano, que o contra-regra põe em cena junto ao proscênio para o ensaiador MESA ELETRÔNICA – comando de operações de luz MONTAGEM – o ato de pôr em cena tudo quanto é necessário a um espetáculo , exceto o que diz respeito ao trabalho dos atores MUTAÇÃO – a mudança de um cenário para outro MUTAÇÃO À VISTA – a mutação que se faz sem descer o pano ou correr a cortina de arlequim NÚMERO DE INGRESSOS VENDIDOS E/OU CONVITES – refere-se aos ingressos de qualquer tipo de espetáculo ou grupo de intérpretes NÚMERO DE SESSÕES DE ESPETÁCULO DE OUTRO ESTADO – é o número de sessões de espetáculo interpretado por um grupo de intérpretes vindo de outro estado NÚMERO DE SESSÕES DE ESPETÁCULO LOCAL– é o número de sessões de espetáculo interpretado por um grupo local OFICINA – sala de edifício teatral aonde onde se controem os elementos necessários a um espetáculo ÓRGÃO DE LUZES – conjunto de resistências elétricas ou eletrônicas de interruptores e agrupamentos variados de distribuidores de corrente por circuitos diferentes destinado a manobra de luzes de iluminação em cena ORLAR – colar uma tira de pano nos extremos dum papel pintado para lhe aumentar a resistência PALCO ARENA – espaço cênico em forma de círculo ou quadrado com a platéia acompanhando a forma e cercando inteiramente o palco PALCO ITALIANO – espaço cênico em forma retangular ou forma aproximada na qual a ação se desenvolve de frente para a platéia. O palco italiano é o que encontramos em quase todos os teatros do Brasil. É composto por um tablado aproximadamente de 20x30m. Uma boca de cena fechada por cortina, três coxias (saídas laterais), uma rotunda ao fundo do palco e urdimento (pé-direito do palco: altura do palco e parte superior da boca mais o dobro dessa altura para esconder cenários nas varas suspensas e varas de luz). A ação cênica se desenrola voltada para a boca de cena. Todo o conjunto técnico tem como obrigação escamotear seu funcionamento do público que está localizada diante da quarta parede vazada que é a boca de cena. Existem palcos que a platéia fica abaixo do nível do palco (aproximadamente 1,60m de altura). PALCO ROLANTE – dispositivo circular móvel, assente num estrado sobreposto ao palco ou sendo já nele construído e abrangendo todo o seu diâmetro ou, pelo menos, de diâmetro superior à largura da boca de ópera, sobre a qual se podem armar várias cenas PALCO SEMI-ARENA – o palco tem a forma de um semi-círculo ou semi-quadrilátero e a platéia acompanha o limite do palco PANELÃO – refletor de luz difusa assente sobre um tripé PANO DE BOCA – o ‘siparo’ dos italianos. Cortina que fecha a cena e encobre da vista do público PANO DE CHÃO – Cobertura de chão do espaço cênico, ou de parte dele, em flanela ou pano pintado PANO DE FERRO – cortina de ferro que desce à frente do pano de boca e separa totalmente a sala do palco. Exigido por razões de segurança em caso de incêndio PANO DE TERRA – cobertura em sarapilheira que simula a terra do chão PAPO-SECA- o filtro cor –de-rosa de luz PASSAGEM – movimento em cena no qual o ator não cruza com o outro PASSARELE – prolongamento do proscênio à volta do fosso de orquestra por uma espécie de corredor em geral iluminado por baixo usado nos palcos de revista PAU – o bastão que serve de contra-regra para os avisos PÉ-DE-GALO – bifurcação de uma corda de suspensão para aumentar os pontos de apoio das varas PERNA ou PERNA DA BAMBOLINA – um fraldão de pouca largura quando suspenso da mesma vara que a bambolina a que corresponde PERNAS ou TAPADEIRAS – são laterais de madeira ou de pano que também levantam. Sua função é esconder os refletores laterais (as torrinhas) e a circulação de pessoas do elenco e equipe técnica nas coxias durante o espetáculo. A distância entre uma e outra é em função do tamanho do palco. Sua regulagem deve criar pontos cegos à platéia PINTOR DE ARTE – profissional que executa desenhos em telas ou superfícies do cenário PINTOR DE USO – profissional que reveste de tinta as superfícies do cenário ou objetos PIROLITO – pequeno panelão que não serve propriamente para iluminar mas para perceber que há luz no interior POLÉ ou POLÉIA – Ferro que serve para segurar ao alto uma ilharga solta. Armação de madeira sobre a qual se assentam os estrados praticáveis PONTO – o profissional que sopra as palavras para os atores PRATICÁVEL – quando substantivo, o mesmo que o estrado praticável. Quando usado como adjetivo, indica uma porta, uma janela ou um móvel de cena. É (ou pode ser )usado pelos atores PROJETOR – aparelho elétrico munido de refletor de uma lâmpada ou de jogo de lentes, destinado a projetar sobre a cena um foco de luz PROSCÊNIO – parte posterior do palco entre a cortina de boca de cena e a beira do palco que faceta o público QUADRAR-SE (o ator) - tomar posição em que sejam visíveis os dois braços e as duas pernas. Por extensão, estar bem composto QUADRO – pequeno ato que não é separado dos outros por um intervalo, mas apenas por uma descida de cortina de corte ou de luz, tenha ou não um cenário diferente QUARTELADA – divisão do chão de palco que é construída com pranchas móveis agrupadas agrupadas entre vigamentos. Cada conjunto dessas pranchas móveis RÁBULA – pequeno papel de composição que no entanto constitui a parte fundamental de uma cena RAMPA – gambiarra quando não usada na posição habitual. Entrada praticável com inclinação que substitui os degraus RÉGIA – o mesmo que bambolina régia REGULADORES – bastidores que regulam a abertura da boca de ópera em conjunto com a régia REGULADORES DE BOCA – pranchas móveis utilizadas para diminuir a largura e a altura da boca de cena REPREGO – engradado solto que faz parte de um cenário RIBALTA – rampa de luzes situada na sanca da boca de cena de forma a iluminar o palco de baixo para cima ROLANTES – todos os dispositivos com movimentos circulatório: o palco rolante, as tournettes e os bastidores duplos montados sobre um eixo ROLETE – os rodízios de tela, armados de carreiras, onde se passam as cordas de manobra ROMPER – estar à vista a parte do palco que se quer encoberta ROTEIRO – lista de adereços ou de peças de guarda-roupa pela ordem que são utilizadas em cena ROTUNDA – conjunto de um pano de fundo, bambolinas e fraldões, fechando o espaço cênico SARILHO – corda presa pro uma ponta ao alto de uma ilharga e que, passando em “s” por uma série de pregos meio espetados nela e outra, serve para ligar atando-se embaixo SERAL – a despesa ou conjunto de despesas diárias da companhia, à parte os ordenados pagos ao mês SESSÃO – cada apresentação do espetáculo SOBREPOSTA DE LIGAÇÃO – ponta de vara com que se ligam duas varas por sobreposição pela parte posterior do engradamento SUBIR – para efeito de marcação dirigir-se ao fundo do palco SUBIR (as cordas) – o contrário de arrear, isto é, movimentá-las fazendo-as levantar os panos SUBIR COM DOIS CASTIGOS – fazer subir um pano ou um telão de três com três varas e nove cordas , reduzindo-o no urdimento a uma quarta parte da altura SUBIR DE CASTIGO – erguer um pano ou telão não só pela vara da cabeça mas também pelo pé, com seis cordas, obrigando-o a dobrar ao meio SUBPALCO – o andar inferior ao do palco para onde se abrem os alçapões e de onde sobem os elevadores SUPERIOR – pelo lado do fundo, em relação a qualquer posição em cena TABELA – agenda diária onde se marca o trabalho a fazer no dia seguinte e onde, ocasionalmente, se registram elogios, reprimendas ou castigos conseqüentes do comportamento profissional de cada ator TABLADO – o palco TABLADO AO AR LIVRE – palco montado no exterior TÁBUAS – o palco. Mesmo que tablado TANGÃO – rampa de luzed colocadas verticalmente de um lado e de outro lado da boca de ópera, por detrás dos reguladores TAPADEIRAS – pranchas móveis que complementam a moldura cênica TEIA - gradeamento de madeira dividido em carreiras ou fileiras transversais que sustentam o urdimento TELA – mesmo que teia TELÃO – pano pintado que ocupa toda a largura de cena e cobre assim o fundo TERÇOS – cordas que se atam entre a curta e a do meio e entre o meio e a comprida quando a vara é demasiadamente longa ou o pano nela suspenso é demasiadamente pesado TETO DIREITO – teto engradado por inteiro TETO DE DOBRAR – engradado com dobradiças TOMAR CENA – ocupar o espaço livre em cena TOURNÉE – digressão de uma companhia de teatro pela província ou por teatros diferentes de seu próprio teatro TOURNETTE – pequeno estrado circular e rolante aplicado sobre o palco TRAMBOLHO – contrapeso de madeira a que se atam as pontas das três cordas de cada carreira, quando não ocupadas por uma vara TRANSPARÊNCIA – efeito de luz especial sobre um telão ou ilharga de gaze URDIMENTO – o conjunto de cordas, telões, etc que suspenso da tela não está à vista do espectador VARA – régua em que se atam os panos que são suspensos ou com que se fazem os engradamentos. Também usada para instalações de projetores cênicos VARA DE CABEÇA – aquela que normalmente funciona e de que os panos e telões se suspendem VARA DO MEIO – a que se aplica ao meio de um telão ou de um pano quando se quer que ele suba com dois castigos VARA DO PÉ – a que se ata à base de um pano ou de um telão para o sujeitar ao chão e serve eventualmente para subir o castigo VARANDA – plataforma situada a meia altura do urdimento guarnecida das malaguetas em que se atam as cordas e de onde se faz a manobra VARANDIM – qualquer varanda (no sentido comum) praticável ou não, pertencente ao cenário VESTIR O PALCO – armar os panos, cortinas e bambolinas necessárias para encobrir as paredes do palco da vista do público.