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Cap38 - Dvd

MANUTENÇÃO DE MICROS - PROFº. HUBERTT GRÜN

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    December 2018
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Capítulo 38 DVD Informática e cinema Enquanto os populares CDs faziam sucesso no armazenamento de dados (CD-ROM) e áudio (CD-Audio), grandes empresas da indústria cinematográfica e de computação juntaram esforços e fizeram investimentos para desenvolver um novo tipo de CD, com capacidade muito maior que as dos CDs tradicionais. Um único desses novos CDs possui capacidade equivalente à de vários CD-ROMs. Tendo uma capacidade tão elevada, poderiam armazenar filmes digitalizados, substituindo assim as velhas fitas VHS. Esses novos discos são chamados de DVD (Digital Video Disk ou Digital Versatile Disk). As locadoras de vídeo já começaram a substituir as antigas fitas por DVDs. Este é um processo que ainda vai demorar alguns anos. Para ver esses filmes é preciso ter um aparelho apropriado conectado à TV, o DVD Player. Computadores também podem exibir filmes gravados em DVD, bastando que tenham instalado um drive de DVD. Além de exibir filmes, esses drives também podem ler DVDs com dados gravados, os DVD-ROMs. A capacidade de um DVD-ROM depende do tipo de camada (simples ou dupla) e do número de faces. São quatro os tipos de DVD-ROM: Nome DVD-5 DVD-9 DVD-10 DVD-18 Faces Simples Simples Dupla Dupla Camada Simples Dupla Simples Dupla Capacidade 4,38 GB 7,95 GB 8,75 GB 15,90 GB 38-2 Hardware Total Portanto, o DVD-ROM mais simples armazena 4,38 GB, capacidade 6 vezes superior à de um CD-ROM. Ao ler DVD-ROMs de dupla camada, face simples, a capacidade máxima é de quase 8 GB, o equivalente a 12 CDROMs. Os drives de DVD-ROM atuais não possuem dupla cabeça de leitura. Isto significa que é preciso “virar o CD” para acessar o outro lado. Além de operar com esses CDs de alta capacidade, os drives de DVD podem também funcionar como um drive de CD-ROM comum. Podem portanto ler CD-ROM, CD-Audio, CD-R, CD-RW, Video CD e todos os demais tipos de disco que podem ser lidos em um drive de CD-ROM comum. Um drive de DVD-ROM pode perfeitamente substituir um drive de CD-ROM em qualquer computador. Um único drive DVD faz todo o trabalho que seria feito por um drive de CD-ROM, além de poder ler DVDROM e reproduzir filmes armazenados em DVD. Inclusive esses drives utilizam normalmente a interface IDE. A figura 1 mostra um drive de DVD produzido pela Creative Labs. Figura 38.1 Um drive de DVD. Aparentemente é similar a um drive de CD-ROM. A principal diferença visual está no logotipo DVD na sua parte frontal (figura 2). Figura 38.2 O logotipo DVD. Capítulo 38 - DVD 38-3 O padrão de velocidade As medidas de velocidade dos drives de DVD são diferentes das dos drives de CD-ROM. A chamada velocidade simples era a utilizada nos drives de primeira geração, cerca de 1380 kB/s. Os modelos mais novos operam com taxas mais elevadas: Modo 5x 6x 8x 10x 12x 16x Taxa de transferência 6700 kB/s 8100 kB/s 10800 kB/s 13500 kB/s 16200 kB/s 21600 kB/s Quando lêem discos CD-ROM e compatíveis, esses drives também são rápidos. Note entretanto que a velocidade de leitura de CD-ROM não tem uma relação fixa com a velocidade de leitura de DVD. O modelo PC-DVD Encore 5x, da Creative Labs, faz a leitura de CD-ROM na velocidade 32x, enquanto o PC-DVD Encore 6x, mais modernos, lê CD-ROM na velocidade 24x. Portanto, os fabricantes sempre indicarão a velocidade para leitura de DVD e de CD-ROM. Os drives de DVD-RAM, capazes de realizar gravações em mídias DVD especiais, são mais lentos que aqueles que só fazem leitura. Por exemplo, o modelo PC DVD-RAM da Creative Labs realiza gravações e leituras em mídias DVD-RAM em 1X (1385 kB/s) e leituras em DVD-ROM em 2X (2770 kB/s). Também faz acesso a discos CD-ROM na velocidade 20X. Uma mídia DVD-RAM tem capacidade de 2,6 GB em cada face, e custa nos Estados Unidos, cerca de $30. Em breve teremos drives e mídias com capacidades ainda maiores, e também com maiores taxas de transferência. Um DVD de mais baixa capacidade (DVD-5, com face simples e camada simples) armazena 2 horas de vídeo de alta resolução, codificado no padrão MPEG-2. A resolução é de 720x480. Filmes de maior duração podem ser armazenados nos discos de maior capacidade: 4 horas para os modelos face simples/camada dupla e face dupla/camada simples, e 8 horas para o modelo de face dupla/camada dupla. Um DVD não armazena apenas as imagens do filme. Esses discos possuem 32 trilhas para legendas (é possível por legendas em várias línguas), 8 trilhas de áudio, com 8 canais cada uma (o filme pode ter até 8 traduções). Suporta até 9 ângulos de câmeras. O produtor pode fazer a filmagem com várias câmeras, e o usuário escolher a câmera na exibição. 38-4 Hardware Total O grande avanço tecnológico responsável pela elevada capacidade dos DVDs é o aumento da densidade dos bits gravados. Os CD-ROMs e similares utilizavam para armazenar os bits, pequenas áreas chamada pits. A distância entre trilhas consecutivas é de 1,6 m (milionésimo de metro, ou milésimo de milímetro), e cada pit tem cerca de 0,8 m. Nos DVDs, a distância entre trilhas foi reduzida para 0,74 m, e o tamanho de cada pit foi reduzido para 0,4 m. Além de aumentar o número de bits por unidade de área, os DVDs também podem utilizar dupla camada e/ou dupla face, fazendo a capacidade total chegar em torno de 16 GB. Figura 38.3 Comparação entre DVD e CD. Os discos DVD-ROM Fisicamente os discos DVD são muito parecidos com CDs. Apresentam as mesmas dimensões físicas. Na figura 4 vemos alguns desses discos. Observe como não existe diferença aparente em relação aos CDs. Figura 38.4 DVD-ROMs. Capítulo 38 - DVD 38-5 A diferença será notada durante o uso. Para começar, a capacidade é muito mais elevada. Na figura 5 vemos o quadro de propriedades de um DVDROM. Observe a capacidade indicada, cerca de 4 GB. Graças aos DVDROMs, produtores de jogos podem utilizar imagens de altíssima qualidade e trechos de filmes digitalizados com qualidade de cinema. Figura 38.5 Este DVD-ROM armazena cerca de 4 GB. As seis regiões Aqui está um detalhe muito importante que deve ser levado em conta por quem deseja adquirir um drive de DVD-ROM. Não existe restrição nenhuma quando utilizamos DVD-ROMs, ou seja, DVDs que armazenam software. A restrição ocorre quando tentamos utilizar DVDs que armazenam filmes. Para dificultar a pirataria de filmes, os discos DVD que armazenam filmes possuem um código que identifica a região do mundo na qual poderão ser usados. Em cada uma dessas regiões são vendidos DVD Players e DVD-ROMs são vendidos também codificados para aquela região. O Brasil pertence à região 4. DVD Players e DVD-ROMs vendidos aqui não podem exibir filmes comprados por exemplo nos Estados Unidos, que estão codificados para a região 1. Da mesma forma, se você comprar em uma loja de informática, um drive de DVD-ROM que não seja apropriado para a região 4, não poderá visualizar os filmes disponíveis nas locadoras de video, nem os que são vendidos por aqui. 38-6 Hardware Total Note que alguns drives de DVD-ROM podem ter o código de região reprogramado. O programa de instalação dos drives DVD Encore, da Creative Labs, pergunta ao usuário qual é a região na qual está sendo instalado. Podemos então programar a região 4 e ter acesso aos filmes em DVD disponíveis no Brasil. Esta reprogramação só pode ser feita no máximo 4 vezes. Outros drives de DVD-ROM de outros fabricantes podem apresentar mecanismos semelhantes de troca de região, mas a maioria deles é programado na fábrica com uma região fixa. Mais uma vez lembramos que a restrição de regiões se aplica somente à exibição de filmes. Para executar softwares armazenados em DVD-ROM não existe restrição alguma. Figura 38.6 As seis regiões. A figura 6 mostra as seis regiões nas quais o mundo foi dividido para efeito de distribuição de filmes em DVD. 1: Estados Unidos e Canadá 2: Japão, Europa, Oriente Médio e África do Sul 3: Sudeste Asiático e Hong Kong 4: América do Sul, América Central, Austrália e Nova Zelândia 5: Maior parte da Ásia e África (excluindo a África do Sul) 6: China A placa decodificadora Filmes armazenados em DVD são codificados no formato MPEG-2. A decodificação dessas imagens é uma tarefa que requer muito processamento, por isso para ter melhores resultados, não é realizada por software, e sim, por hardware. Isto é feito através de uma placa decodificadora MPEG-2 que acompanha os kits DVD. Por exemplo, os mais recentes kits da Creative Labs são acompanhados da placa decodificadora DXR3 (Dynamic eXtended Resolution). Essas placas recebem o fluxo de dados provenientes do DVD, fazem a codificação e enviam a imagem para o monitor e para um aparelho Capítulo 38 - DVD 38-7 de TV. Para poderem enviar as imagens para o monitor, essas placas trabalham em conjunto com a placa de vídeo. Um cabo é fornecido junto com o kit para ligar a placa SVGA à placa decodificadora. Figura 38.7 Placa decodificadora DXR3. A figura 7 mostra uma placa decodificadora DXR3. Utiliza o barramento PCI e possui memórias que armazenam os dados a serem decodificados. Isto facilita a manutenção de uma taxa de envio de imagem constante, como é exigido para a boa exibição de vídeo. Na figura 8 vemos os conectores existentes na parte traseira desta placa. Figura 38.8 Conectores de uma placa DXR3. Da esquerda para a direita temos os seguintes conectores:      Saída de áudio analógico Saída de áudio digital Saída para TV Saída para o monitor SVGA Entrada, vinda da placa SVGA Os sons existentes nos DVDs são lidos juntamente com a imagem, através da interface com o computador (no caso, a IDE). Esses dados são recebidos 38-8 Hardware Total pela placa decodificadora, na qual a imagem e o som são obtidos. O som é enviado da DXR3 para a placa de som, através de uma conexão interna, como veremos mais adiante. A figura 9 mostra os cabos de vídeo que acompanham o kit da Creative Labs. Um cabo é usado para a conexão com a placa SVGA. Ao invés de enviar os seus sinais de vídeo diretamente para o monitor, a placa SVGA passará a enviar os sinais para a placa DXR3, onde os sinais serão adicionados das imagens captadas de DVDs e finalmente enviadas ao monitor. Figura 38.9 Cabos de vídeo que acompanham o kit da Creative Labs. Um outro pequeno cabo é usado para conversão entre conectores S-Video e RCA. Se o aparelho de TV tiver uma entrada S-Video, pode ser ligado diretamente na placa DXR3. Se a entrada do aparelho de TV usar um conector RCA, fazemos a adaptação com o conversor mostrado na figura 9. Figura 38.10 Conexões da placa DXR3. Capítulo 38 - DVD 38-9 A figura 10 mostra com mais detalhes as conexões de uma decodificadora DXR3. Além dos já citados conectores externos, temos também três conexões internas. A saída de áudio analógico é usada para enviar sons para a placa de som. Esta conexão vai até a entrada CD-IN da placa de som, ou seja, os sons dos DVDs entram na placa de som pela mesma entrada por onde entram os sons provenientes de CDs de áudio. Além da saída de áudio analógico, a placa DXR3 possui duas entradas de áudio analógico, indicadas como CD-IN1 e CD-IN2. Devem ser ligadas às saídas de áudio analógico existentes nas partes traseiras do drive de CDROM e do drive de DVD. Essas entradas receberão os sons que forem gerados por CDs de áudio quando forem usados nesses drivers. Portanto, a saída de áudio analógico existente na placa DXR3 envia a placa de som, a soma dos sinais de áudio exibidos pelos filmes em DVD e pelos CDs de áudio que estejam sendo reproduzidos. Figura 38.11 Conexões de áudio. A figura 11 mostra em detalhes as conexões de áudio aqui envolvidas. A saída de áudio da placa DXR3 deve ser ligada na entrada de CD-IN da placa de som. As duas entradas CD-IN1 e CD-IN2 da placa DXR3 são ligadas nas saídas de áudio do drive de DVD e do drive de CD-ROM. Instalando um kit DVD-ROM Veremos agora a instalação de um kit DVD. Usaremos modelo PC-DVD Encore 6x. Este kit é composto de um drive de DVD-ROM 6x e da placa decodificadora DXR3. Instalando primeiro o drive Antes de instalar a placa, é recomendável instalar o drive de DVD-ROM isoladamente, apesar do fabricante recomendar instalar tudo de uma só vez. 38-10 Hardware Total Não faremos como diz o fabricante, porque dividir um problema em partes sempre resulta em uma solução mais simples. Se o computador não utilizar um drive de CD-ROM, podemos instalar o drive DVD na interface IDE secundária, configurado como Master. Se quisermos manter o drive de CD-ROM, podemos instalar ambos os drives na interface IDE secundária. O fabricante recomenda instalar o drive de DVD como Master e o drive de CD-ROM como Slave, apesar da configuração inversa também funcionar. Ambos os drives devem ser declarados no CMOS Setup como CD-ROM ou como Auto (Secondary Master e Secondary Slave). Figura 38.12 Conexões na parte traseira de um drive de DVD-ROM IDE. A figura 12 mostra as conexões na parte traseira do drive de DVD-ROM. Observe como são similares às de um drive de CD-ROM IDE. Devemos então posicionar o jumper Master/Slave para a posição Master. No drive de CD-ROM, posicionamos em Slave. O Windows irá reconhecer automaticamente o drive de DVD-ROM como se fosse um drive de CD-ROM comum. No nosso exemplo, instalamos o drive de DVD-ROM como Master, juntamente com um drive de CD-ROM (slave) na mesma interface. Ambos serão reconhecidos e aparecerão na janela Meu Computador (figura 13). Capítulo 38 - DVD 38-11 Figura 38.13 Ambos os drives constam na janela Meu Computador. Ambos os drives também constarão na seção CD-ROM do Gerenciador de dispositivos (figura 14). No nosso exemplo, vemos os drives: CD-ROM: DVD: Creative CD4820E CS990211 Creative DVD-ROM DVD6240E Figura 38.14 Os drives de CD-ROM e DVD-ROM constam no Gerenciador de Dispositivos. Podemos agora testar o funcionamento de ambos os drives. Se colocarmos um CD-ROM no drive de DVD-ROM, será normalmente acessado. Se colocarmos um DVD-ROM (os kits são em geral acompanhados de alguns títulos em DVD-ROM), também poderemos fazer o acesso. Podemos agora desligar o computador e passar à instalação da placa decodificadora. Instalando a placa DXR3 As ligações de som devem ser feitas como mostramos na figura 11. Um cabo ligará a saída de áudio analógico da placa decodificadora até a entrada CDIN da placa de som. As entradas CD-IN1 e CD-IN2 da placa decodificadora 38-12 Hardware Total devem ser ligadas nas saídas de áudio analógico dos drives de CD-ROM e DVD. Note que os DVDs podem armazenar sons com até 8 canais de áudio, mas a entrada CD-IN da placa de som é estéreo, ou sejam capta apenas dois canais. Você pode entretanto ligar a saída de áudio digital existente na parte traseira da placa a um sistema de som que possua entrada digital, ou então em uma placa de som com entrada digital, como a Sound Blaster Live. Figura 38.15 Ligações externas da placa DXR3. A figura 15 mostra as ligações externas da placa DXR3, que são bastante simples. Em uma configuração básica será preciso conectar apenas o monitor SVGA e usar o cabo que liga a placa DXR3 à placa SVGA. Se quiser visualizar filmes em uma TV, use o conector próprio na parte traseira da placa DXR3. Pode também ligar um amplificador digital, mas se esta ligação não for feita, poderá ser usada a própria placa de som já existente no computador. Quando o computador for ligado, o Windows reconhecerá a placa DXR3 como um PC Multimedia Device. Apresentará então um quadro pedindo a instalação dos drivers. Logo após, escolhemos a opção de selecionar o drive a partir de uma lista de tipos de hardware. Será apresentada uma lista onde escolhemos Controladores de som, vídeo e jogo. No quadro seguinte é apresentada uma lista de marcas e modelos. Ignoramos as marcas e modelos e usamos o botão Com Disco. Devemos então fornecer o CD-ROM ou disquete que acompanha o kit. No nosso caso, o kit foi fornecido com um disquete no qual estão os drivers para a placa DXR3. O disquete será lido e nele será reconhecido o driver para o Creative PCDVD Encore Dxr3 (figura 16). Clicamos em OK e a instalação será feita. Capítulo 38 - DVD 38-13 Figura 38.16 Reconhecido o drive para a placa DXR3. A instalação prosseguirá e ao seu final devemos reinicializar o computador. Feito isto, poderemos constar a presença da placa DXR3 no Gerenciador de Dispositivos, na seção Controladores de som, vídeo e jogo (figura 17). Figura 38.17 A placa DXR3 está corretamente instalada. Instalando e usando o software do kit DVD Terminada a instalação do kit, podemos fazer a instalação do software que o acompanha. Este software consiste em um Player que permite a exibição de filmes em DVD. O software pode ser acessado no grupo PC-DVD Encore Dxr3 (figura 18), onde temos o programa e dois arquivos de documentação. 38-14 Hardware Total Figura 38.18 O grupo do DVD Player. Ao executarmos o DVD Player, teremos uma janela para visualização de vídeos (figura 19). Esta janela pode ser maximizada para ocupar a tela inteira. Figura 38.19 Janela para exibição de filmes em DVD. Este programa exibe também a janela de um controle remoto com diversas funções (figura 20). Com este controle podemos, por exemplo, selecionar o dispositivo que será usado na reprodução de filmes: monitor, TV comum ou TV de tela larga. Capítulo 38 - DVD 38-15 *** 35% *** Figura 38.20 O controle remoto. O botão Configuration permite fazer ajustes no som, na imagem e ainda escolher opções relativas aos idiomas. Filmes em DVD podem ter traduções e legendas em várias línguas. Com este comando fazemos a escolha desejada (figura 21). Figura 38.21 Selecionando a linguagem de áudio e das legendas. A guia Video (figura 22) do quadro de configurações permite fazer ajustes na imagem, além de escolher o sistema de vídeo utilizado, caso esteja sendo usada uma TV ligada ao computador (PAL/NTSC). 38-16 Hardware Total Figura 38.22 Ajustes de vídeo. Com o botão Advanced do quadro da figura 22, podemos posicionar a imagem do DVD dentro da janela do DVD Player, fazendo com que fique corretamente alinhada. Podemos ainda usar o comando Stability para que a imagem não fique trêmula. Esses ajustes são necessários para compatibilização com o sinal de vídeo proveniente da placa SVGA (figura 23). Figura 38.23 Ajustes de vídeo. Junto com o kit você encontrará alguns DVDs com jogos e aplicativos. Seu kit já está pronto para uso. Pode utilizar programas em DVD-ROM, e Capítulo 38 - DVD 38-17 também ir à locadora de vídeo pegar seu filme predileto para assistir na tela do computador, ou em uma TV nele conectado. Quebrando a proteção das 6 regiões Se você comprar no exterior um DVD Player para ligar no seu aparelho de TV, não poderá assistir a filmes em DVD, a menos que se trate de um aparelho para a região 4. Ainda assim, mesmo se tiver comprado um aparelho para outra região, poderá fazer a troca de região, um serviço disponível em várias oficinas de assistência técnica. É o velho “jeitinho brasileiro”, uma versão dos anos 90 para a transcodificação do sistema NTSC para o PAL-M que era feita nos aparelhos de videocassete. Alguns drives de DVD-ROM também podem ser “transcodificados” para qualquer região, através de vários processos. Os kits da Creative Labs vendidos no Brasil podem ser configurados para a região 4 durante a instalação. Nesta ocasião o programa pergunta qual é a região a ser usada, e programa o drive de DVD-ROM de forma apropriada. Note que esta troca de região só pode ser feita um número limitado de vezes. Podemos também encontrar programas que fazem a alteração de região, como o Remote Selector, encontrado em http://www.visualdomain.net. Depois de instalar o software que acompanha o drive de DVD-ROM, instalamos o Remote Selector. Ao ser executado, este programa identificará o modelo da placa decodificadora e o Player a ser usado (figura 24). Figura 38.24 Selecionando a placa decodificadora MPEG-2 e o Player. Selecionamos então a guia Region (figura 25). Podemos assim definir a região a ser usada pela placa decodificadora e desligamos a checagem de 38-18 Hardware Total região a ser feita pelo Player. Podemos agora clicar em Start Player. Será executado o programa para reprodução de DVDs, e desta vez aceitará discos da região programada pelo usuário, ignorando a sua configuração original de região. Figura 38.25 Programando uma nova região. DVD-RAM Para aqueles interessados em quantidades elevadas de dados, o DVD-RAM é uma boa solução. Um disco DVD-RAM da atual geração armazena 2,6 GB em cada face, totalizando 5,2 GB. Os drives de DVD-RAM também podem ler discos DVD-ROM e DVDs, mas em geral são mais lentos. Enquanto o PC DVD 6x opera com 8100 kB/s, o PC DVD-RAM, também produzido pela Creative Labs, faz leituras em DVD-ROM na velocidade 2x (2770 kb/s), e leituras e gravações em mídia DVD-RAM em 1x (1380 kb/s). O PC DVD-RAM da Creative Labs é um dispositivo SCSI, necessitando portanto ser ligado a uma interface SCSI apropriada. Ao ser comprado em kit, o PC DVD-RAM da Creative Labs é acompanhado de uma placa SCSI Adatptec, própria para esta conexão. É uma placa simples, de baixo custo, não sendo capaz de controlar discos rígidos e dispositivos que executam boot. Se preferir, pode utilizar uma placa SCSI mais sofisticada e com mais recursos, o que é uma opção indicada se for necessário utilizar outros dispositivos SCSI no mesmo computador. Instalação de um drive de DVD-RAM Para completar este capítulo dedicado a drives e kits DVD, vejamos agora o exemplo de instalação de um drive DVD-RAM. O modelo usado como Capítulo 38 - DVD 38-19 exemplo é fabricado pela QPS, e foi cedido por www.gravador.com.br. Trata-se de um modelo SCSI externo, e é fornecido juntamente com uma placa controladora SCSI. Pode entretanto ser ligado a outra controladora SCSI que já esteja eventualmente instalada no computador. Figura 38.26 O drive de DVD-RAM da QPS. A figura 27 mostra a parte traseira do drive, onde encontramos a chave para selecionar o SCSI ID, a habilitação dos terminadores, conectores SCSI, saídas de áudio e entrada para alimentação DC. A alimentação é fornecida por um adaptador que é fornecido juntamente com este drive. Figura 38.27 Parte traseira do drive de DVD-RAM. Devemos inicialmente instalar a sua placa de interface SCSI. Assim que o Windows é iniciado, a placa controladora SCSI é detectada. Trata-se de um modelo PCI de alta qualidade e baixo custo, produzido pela Adaptec, ideal para a instalação de dispositivos que não precisam executar boot. O Windows já possui drivers nativos para esta controladora SCSI. Terminada a instalação do driver da placa, poderemos constatar a sua presença no Gerenciador de Dispositivos. Checamos se a placa está instalada corretamente (os drivers estão presentes e não existem conflitos de hardware). 38-20 Hardware Total A próxima etapa é desligar o computador para conectar o drive. Devemos selecionar na sua parte traseira, o SCSI ID a ser utilizado, de forma que não existam conflitos com outros dispositivos SCSI eventualmente instalados na mesma controladora (figura 28). Figura 38.28 Selecionando o SCSI ID através de chave rotativa. Também será preciso habilitar corretamente os terminadores SCSI, através de chaves na parte traseira do drive. Devemos agora conectar o cabo SCSI na parte traseira do drive e no conector externo da placa controladora SCSI. O cabo necessário a esta conexão é fornecido juntamente com o drive. Podemos agora ligar o drive no seu adaptador DC, atuar sobre a sua chave ON/OFF e ligar o computador. O drive será automaticamente reconhecido pelo Windows como sendo um drive de CD-ROM (figura 29). Observe que existem dois drives de CD-ROM indicados na janela Meu Computador. Um deles é o drive de CD-ROM IDE que já existia no computador (E). O outro é o drive de DVD-RAM (F). Figura 38.29 O drive de DVD-RAM aparece como um drive de CD-ROM. Capítulo 38 - DVD 38-21 O drive de DVD-RAM também constará no Gerenciador de Dispositivos na sessão CD-ROM (figura 30). No nosso exemplo, o drive é reportado como um HITACHI GF-1050. Figura 38.30 O drive de DVD-RAM no Gerenciador de Dispositivos. O drive já poderá ser usado para acessar CD-Audio, CD-ROM e DVDROM. Já será possível, por exemplo, executar programas armazenados em DVD-ROM, já que este tipo de disco pode ser lido em drives de DVDRAM. A gravação de DVD-RAM poderá ser feita após a instalação de um software apropriado, que faz o drive ser visto como um disco removível (que suporta leituras e gravações). O drive do nosso exemplo é acompanhado do software WriteDVD. Após a sua instalação, o drive passará a ser representado por dois drives na janela Meu Computador (figura 31). O drive E é acessado como um disco removível, usado para acessar discos DVD-RAM. O drive G é usado para acessar discos DVD-ROM. Logicamente são dois drives, mas fisicamente trata-se de um único dispositivo. O drive F mostrado na figura é o drive de CD-ROM IDE que já existia no computador. 38-22 Hardware Total Figura 38.31 O disco removível é usado para acessar discos DVD-RAM. A figura 32 mostra uma mídia de DVD-RAM. Este é um modelo de face dupla, com 2,6 GB em cada face, totalizando 5,2 GB. O drive do nosso exemplo é de face simples, portanto é possível acessar apenas uma face de cada vez. Para acessar o outro lado é preciso abrir drive e inverter a posição do disco. O disco tem o formato parecido com o de um disquete, mas possui o tamanho de um CD. Figura 38.32 Mídia de DVD-RAM. Antes de gravar dados em um DVD-RAM, é preciso formatá-lo. Para isto basta clicar o seu ícone com o botão direito do mouse e no menu apresentado escolher a opção Formatar. Se tentarmos utilizar um DVD-RAM que não esteja formatado, será apresentada uma mensagem perguntando ao usuário se deseja fazer a formatação. Na figura 33 vemos o comando padrão de formatação do Windows. O mesmo processo é utilizado para disquetes, discos removíveis e discos rígidos. Note que no caso do DVD-RAM é preciso utilizar a chamada Formatação completa. Capítulo 38 - DVD 38-23 Figura 38.33 Para formatar um DVD-RAM. Depois de alguns poucos minutos estará terminada a formatação (figura 34). Note que esta formatação é muito rápida, e apesar de chamada “completa”, não lê a superfície do disco à procura de setores defeituosos. É altamente recomendável utilizar o programa Scandisk para efetuar um exame de superfície, antes de confiar a segurança dos dados ao disco recém formatado. Figura 38.34 Terminada a formatação. ///////////////// FIM ////////////////////