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Cap36 - Unidades De Fita

MANUTENÇÃO DE MICROS - PROFº. HUBERTT GRÜN

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Capítulo 36 Unidades de fita Fitas: prós e contras Até poucos anos atrás, a fita magnética era o principal meio utilizado para fazer backup. O outro meio também utilizado, apesar de menos comum, era o disco removível. Tanto as unidades de fita magnética quanto os drives para discos removíveis eram equipamentos relativamente caros, e a grande maioria dos usuários não os utilizava. Nos PCs típicos, o único meio de armazenamento usado para backup era o disquete de 1.44 MB. No final dos anos 80 era possível fazer o backup de um disco rígido inteiro utilizando uma ou duas dúzias de disquetes. Logo surgiram discos rígidos de elevada capacidade e popularizou-se o uso de imagens, sons e vídeos, resultando em arquivos muito grandes. O disquete deixou de ser um meio prático para fazer backup em larga escala, já no início dos anos 90. Seu uso para backup é muito limitado. Certos tipos de arquivos gerados pelo usuário ainda cabem em disquetes, como por exemplo, planilhas e textos. Gráficos também podem ser armazenados em disquetes, mas quando a resolução é muito alta, os arquivos resultantes são muito grandes e não cabem em disquetes. Hoje existem opções baratas de discos removíveis de alta capacidade, como ZIP Drive, CD-RW e outros. As fitas magnéticas ainda continuam ocupando o seu lugar no mercado. Para PCs mais simples, existem opções de unidades de fita com capacidades de 1 GB ou mais. Para servidores encontramos unidades com capacidade de algumas dezenas, ou até centenas de GB. Nessas elevadíssimas capacidades, os discos removíveis ainda não estão disponíveis. 36-2 Hardware Total Figura 36.1 Disco ótico e unidade de DVD-RAM da Pinnacle Micro. Figura 36.2 Unidade de fita Onstream de 30 GB. Um dos discos removíveis de maior capacidade é o Ultra 5.2, produzido pela Pinnacle Micro (www.pinnaclemicro.com), com capacidade de 5,2 GB por disco. Já uma excelente unidade de fita, a Onstream ADR2.60, usa fitas com capacidade de 30 GB. Veja a comparação entre esses dois produtos: Produto Ultra 5.2 ADR2.60 Tipo Disco ótico Fita Capacidade 5.2 GB 30 GB Custo do drive $1.600 $300 Custo da mídia $100 $40 Devido aos baixos preços do drive e da mídia, aliados à maior capacidade de armazenamento, a unidade de fita citada leva vantagem sobre o disco ótico, mesmo se levarmos em conta que a fita tem acesso mais lento que o disco. Observe que as capacidades indicadas na tabela acima são aquelas que chamamos capacidade nativa, ou seja, sem usar compressão de dados. Como os programas de backup realizam compressão de dados, obtendo um índice de compressão em torno de 2:1, a maioria dos fabricantes de unidades de fita indicam a capacidade comprimida, duas vezes maior que a capacidade nativa. A unidade de fita citada acima tem 60 GB de capacidade comprimida, e 30 GB não comprimida. Tanto os discos óticos como as unidades de fita são também vendidas na forma de libraries. Por exemplo, uma tape library é um rack no qual estão reunidos diversas unidades de fita. Como resultado, a capacidade total é bem maior. Esses equipamentos são bastante caros, e usados em servidores e instalações de maior porte. Capítulo 36 – Unidades de fita 36-3 De um modo geral, apesar do acesso mais lento, as fitas magnéticas permitem o armazenamento de maiores quantidades de dados a um custo mais baixo. Tanto as mídias quanto os drives apresentam custos bem inferiores, se comparados aos discos óticos. Devido a essas vantagens, as fitas magnéticas ainda continuam ocupando um lugar de destaque nos meios de armazenamento de dados. Tipos e capacidades Existem vários tipos de fitas, e nem todas são compatíveis entre si. Isto deve ser levado em conta quando as fitas devem ser usadas para distribuição de dados para diversos computadores. É precioso ter a certeza de que os computadores que receberão os dados possuem unidades de fita compatíveis com o formato utilizado. Por exemplo, não poderemos enviar dados em uma fita DAT de 4 mm para um computador que possui uma unidade de fita do tipo Travan. Alguns padrões dizem respeito ao formato do cartucho e à largura da fita. Outros padrões dizem respeito à forma como os dados estão gravados na superfície da fita. A transportabilidade dos dados depende do atendimento desses padrões. Quando o objetivo do uso de uma unidade de fita é simplesmente fazer backup, e não transportar dados, a questão da compatibilidade torna-se menos importante. Certos padrões possuem características próprias que os distinguem dos demais. Alguns oferecem taxas de transmissão mais lentas e utilizam unidades de fita mais baratas. São indicados para computadores de porte pequeno e médio. Outros padrões oferecem maiores taxas de transmissão e usam unidades de fita mais caras. São indicados para computadores de maior porte, como é o caso dos servidores. Vejamos a seguir alguns padrões usados por unidades de fita e algumas de suas características. Famílias DC2000 e DC600 São inúmeros os cartuchos de fita magnética nos quais a fita possui a medida de 1/4 de polegada (6,35 mm). Cartuchos descendentes do DC2000 são usados em drives de 3½” e medem aproximadamente 6,1 cm x 8,1 cm (figura 3). Os cartuchos de 5,25" são descendentes do DC600, e medem aproximadamente 10 cm x 15 cm (figura 4). 36-4 Hardware Total Figura 36.3 Cartuchos de 3 ½” série DC2000. Freqüentemente esses cartuchos são chamados de QIC (Quarter inch Cartridge). Na verdade, QIC é uma organização encarregada de estabelecer padrões para fitas magnéticas em seus vários aspectos, tais como características mecânicas, interface, método de gravação, compatibilidade, etc. Por exemplo, o padrão QIC-3210-MC diz respeito aos cartuchos de 3½” para a capacidade de 1,8 GB. Figura 36.4 Cartuchos de 5¼”. Cartuchos de 3½” levam o sufixo MC (Mini Cartridge), como por exemplo, QIC-80-MC. Os cartuchos de 5,25" levam o sufixo DC (Data Cartridge), como por exemplo, QIC-5010-DC. Os primeiros cartuchos de 3½” são descendentes do DC2000, que utilizava o padrão QIC-40 e tinha capacidade de 40 MB. Muitas vezes os cartuchos são designados pelo padrão QIC que utilizam, outras vezes pelo nome do modelo, dado pelo fabricante. Por exemplo, cartuchos DC2120 armazenam 120 MB e seguem o padrão QIC80-MC. A maioria dos fabricantes de fitas usa para este cartucho a denominação DC2120, mas esta padronização nem sempre ocorre com os modelos de mais altas capacidades, o que pode tornar um pouco difícil a seleção do cartucho correto. Felizmente existem sites de fabricantes de cartuchos nos quais o usuário informa a marca e modelo da unidade de fita, e a partir daí é apresentada uma lista com os modelos de cartuchos compatíveis. Através do site **** http://www.gigatek.com ***** , este tipo de informação é obtida. Capítulo 36 – Unidades de fita 36-5 Outro cuidado que deve ser tomado é que cada padrão QIC pode ser usado por vários tipos de cartuchos, com vários formatos. Por exemplo, o padrão QIC-80 é usado por cartuchos DC2080 (80 MB), DC2120 (120 MB) e DC2120XL (170 MB). Para cada padrão podem ser encontradas diferenças em capacidades, dependendo do comprimento e da largura da fita utilizada. Para muitos padrões podem ser usadas fitas de 8 mm ou de 1/4 de polegada (6,35 mm). Desta forma, diferentes capacidades são obtidas. A tabela que se segue mostra alguns padrões usados por cartuchos de de 3½” com fitas de 1/4". Note que para algumas delas apresentamos ainda o nome do modelo que os fabricantes normalmente utilizam. Infelizmente para a maioria dos modelos, os nomes seguidos pelos fabricantes não são padronizados. Modelo DC2000 DC2080 DC2120 DC2120XL Padrão QIC-40-MC QIC-80-MC QIC-80-MC QIC-80-MC QIC-2100-MC QIC-3010-MC QIC-3020-MC QIC-3040-MC QIC-3080-MC QIC-3095-MC QIC-3210-MC Capacidade 40 MB 80 MB 120 MB 170 MB 2,1 GB 340 MB 680 MB 800 MB 1.6 GB 4 GB 1,8 GB Em geral os cartuchos de 3½” são usados em unidades de fita mais simples, com capacidades mais baixas, de menor desempenho e menor custo. Cartuchos de 5¼" são usados em unidades de fita mais caras, com maiores capacidades e maior desempenho. A tabela que se segue mostra alguns padrões QIC usados por cartuchos de 5¼", bem como as suas capacidades quando são usadas fitas de 1/4". Modelo DC6525 DC9100 DC9135 Padrão QIC-525-DC QIC-1000-DC QIC-1350-DC QIC-2GB-DC QIC-4GB-DC QIC-5010-DC QIC-5210-DC Capacidade 525 MB 1 GB 1,35 GB 2 GB 4 GB 13 GB 25 GB DAT Significa Digital Audio Tape. Este tipo de fita era originalmente utilizado para gravar áudio de alta qualidade, e foi posteriormente utilizada para o armazenamento de dados. Surgiu então o padrão DDS (Digital Data 36-6 Hardware Total Storage). Como sempre ocorre em armazenamento em fitas, a capacidade total poderá ser em média duas vezes maior utilizando compressão de dados. Padrão DDS-1 DDS-2 DDS-3 DDS-4 Capacidade 2 GB 4 GB 12 GB 20 GB Figura 36.5 Uma unidade de fita DAT. Fitas DAT possuem 4 mm de largura e utilizam gravação helicoidal (as cabeças formam um formam um pequeno ângulo com a linha da fita). Este método é parecido com o utilizado em fitas para VCR. Como o seu mecanismo é mais complicado que o utilizado por outros tipos de fitas, o custo de uma unidade de fita DAT é relativamente alto para um usuário comum ($500 a $2000). Já as suas fitas são bastante simples e baratas. Leva vantagem portanto quando é necessário utilizar um grande número de fitas, em comparação com outras tecnologias. Figura 36.6 Fita DAT. Capítulo 36 – Unidades de fita 36-7 As unidades de fita DAT utilizam em geral uma interface SCSI ou Firewire. Podem ser internas ou externas, assim como ocorre com a maioria dos dispositivos SCSI. Como foram as primeiras fitas a atingir capacidades na faixa de gigabytes, seu uso tornou-se bastante comum em servidores e PCs nos quais é preciso fazer backup de grandes quantidades de dados. Travan Unidades Travan utilizam uma tecnologia de gravação criada pela 3M (atual Imation) diferente daquela empregada pelos cartuchos das séries DC2000 e DC600. Esta tecnologia permite gravações em altas densidades, resultando em elevadas capacidades, mas os drives são mais simples que os empregados por outras tecnologias, o que resulta em menores custos. Ao longo dos anos foram criados vários formatos Travan: Padrão Travan-1 Travan-2 Travan-3 Travan-4 Tavan NS8 Travan NS20 Travan NS36 Capacidade 400 MB 800 MB 1.6 GB 4 GB 4 GB 10 GB 18 GB As primeiras unidades de fita Travan eram conectadas na interface para drives de disquetes. Os atuais modelos, de capacidades mais elevadas, utilizam interfaces SCSI ou IDE. Devido ao seu custo relativamente baixo, unidades Travan são indicadas para PCs de pequeno e médio porte. Graças aos novos formatos com capacidades mais elevadas (NS8, NS20 e NS36), são também adequados aos PCs equipados com discos rígidos de elevadas capacidades, nos quais é preciso realizar backups de grandes quantidades de dados. Até mesmo para servidores têm se tornado bastante adequado, passando a dividir o mercado com as unidades de fita DAT, de mais alto custo, que até então dominavam o mercado para capacidades superiores a 4 GB. 36-8 Hardware Total Figura 36.7 Unidade de fita Travan. *** 35% *** Figura 36.8 Cartuchos Travan. 8 mm Este tecnologia é semelhante à utilizada pelas fitas DAT, apesar de que fitas Travan também possuem a largura de 8 mm. Seria mais correto dizer cartucho de 8 mm com gravação helicoidal. As fitas Travan, apesar de também terem 8 mm de largura, utilizam gravação linear, ou seja, os dados são gravados em trilhas paralelas à própria fita. As capacidades são bastante elevadas e a transferência de dados é bastante rápida. Exabyte, Sony e Seagate são os seus principais fabricantes. Muito populares entre as fitas de alta capacidade são os modelos produzidos pela Exabyte, com a sua série Mammoth. Capítulo 36 – Unidades de fita 36-9 Figura 36.9 Unidade Mammoth da Exabyte. Unidades de 8 mm podem apresentar diversas capacidades: Padrão 8 mm Mammoth AIT Capacidade 3,5 GB / 5 GB / 7 GB 14 GB / 20 GB / 30 GB 25 GB / 35 GB A tecnologia AIT (Advanced Intelligent Tape) é utilizada pela Sony e Seagate. Possui vários recursos avançados, como uma cobertura especial que garante maior durabilidade, um mecanismo para auto-limpeza, memória Flash ROM embutida no cartucho e melhor desempenho. Figura 36.10 Drives AIT da Seagate. DLT A tecnologia DLT (Digital Linear Tape) foi desenvolvida pela Digital Equipment Corporation e posteriormente adquirida pela Quantum. Tem dominado o mercado de fitas nas capacidades superiores a 10 GB. Atualmente existem várias famílias de unidades de fita DLT produzidas pela Quantum. A tabela abaixo mostra a capacidade nativa das fitas, isto é, sem compressão: Família DLT 4000 DLT 7000 DLT 8000 Capacidade nativa 20 GB 35 GB 40 GB 36-10 SDLT220 Hardware Total 110 GB As fitas DLT apresentam largura de ½” (12,7 mm) e usam o sistema de gravação linear, ao contrário de outras tecnologias para altas capacidades, que usam o sistema de gravação helicoidal. Assim como ocorre com unidades de fita de alta capacidade, os modelos DLT utilizam interfaces SCSI. A figura 11 mostra uma unidade de fita Quantum DLT 7000. Em uma seção posterior deste capítulo apresentaremos mais detalhadamente uma unidade de fita DLT. Figura 36.11 Unidade DLT 7000. Onstream Onstream é mais um fabricante de unidades de fita que produz modelos proprietários, porém com excelente relação custo/capacidade. Suas capacidades nativas são de 15 GB, 25 GB e 30 GB, e os drives custam entre $300 e $700, dependendo do modelo. Modelo DI30 DI30 Fast DP30 USB30 SC30, SC30E SC50, SC50E FW30 ADR30 ADR50, ADR50E ADR2.60IDE Interface IDE IDE EPP USB SCSI-2 SCSI-2 Firewire SCSI-2 SCSI-2 IDE Capacidade nativa 15 GB 15 GB 15 GB 15 GB 15 GB 25 GB 15 GB 15 GB 25 GB 30 GB As unidades de fita da Onstream utilizam uma tecnologia chamada ADR (Advanced Digital Recording), desenvolvida pela Philips. O sistema de gravação é linear, em 8 trilhas. Apesar de ser um produto novo, esses drives têm grande chance de fazer sucesso entre os PCs de médio porte nos quais é preciso arquivar grandes quantidades de dados. Capítulo 36 – Unidades de fita 36-11 Figura 36.12 Unidade de fita Onstream DI30. Desempenho das unidades de fita Além da capacidade, a velocidade de leitura e gravação de uma unidade de fita magnética é um parâmetro importantíssimo. Afinal, quanto maior é a quantidade de dados a serem lidos ou gravados, maior será o tempo envolvido na operação. Para que o tempo não fique excessivamente longo, é preciso que as unidades de fita apresentem taxas de transferência elevadas. Assim como ocorre com os discos rígidos, temos duas taxas de transferência envolvidas: Taxa de transferência da mídia - É a velocidade na qual os dados são transferidos entre a fita e o buffer interno da unidade. Taxa de transferência externa - É a velocidade máxima na qual os dados podem ser transmitidos pela interface usada para a conexão da unidade de fita com o computador. Interfaces SCSI e Ultra IDE são bem velozes, enquanto a interface paralela e a interface para drives de disquetes são as mais lentas. Também são bastante rápidas as interfaces USB 2.0 e Firewire. A taxa de transferência externa é sempre muito maior que a interna. Portanto, é a interna que acaba determinando o desempenho. Os fabricantes costumam indicar o desempenho das suas unidades de fita em MB por segundo, MB por minuto ou MB por hora. Se o tempo é um fator crítico, devemos selecionar uma unidade de fita que apresente maior velocidade de backup. A tabela que se segue mostra alguns exemplos de taxas apresentadas por algumas tecnologias. Note que dentro de uma mesma tecnologia existe muita variação. Diferentes modelos podem apresentar taxas 36-12 Hardware Total bastante diferentes. É preciso consultar as especificações do produto antes da aquisição. Tecnologia DC2000/600 DAT DDS2 DAT DDS3 Travan Travan NS Mammoth AIT DLT ADR Taxas típicas (nativas) 50 kB/s a 150 kB/s 300 kB/s a 800 kB/s 1 MB/s a 1.5 MB/s 50 kB/s a 150 kB/s 1 MB/s a 1.5 MB/s 3 MB/s 3 MB/s 1.5 MB/s a 5 MB/s 1 MB/s a 2 MB/s Tome cuidado, pois muitos fabricantes especificam a taxa de transferência usando compressão de dados. Para uma comparação mais precisa temos que levar em conta a taxa de transferência nativa, ou seja, sem compressão. A taxa com compressão será em média duas vezes maior. Verificação de gravação Assim como ocorre em todas as mídias usadas para backup, é altamente recomendável realizar uma verificação nos dados gravados. Esta verificação consiste em ler novamente os dados recém gravados. Todos os programas de backup possuem este recurso. A verificação dá uma segurança maior aos dados. Passamos a ter certeza de que foram gravados corretamente, não tendo sido danificados por imperfeições na mídia. Esta maior segurança tem um preço, que é o tempo gasto na operação. Gravar e verificar é duas vezes mais demorado que simplesmente gravar sem verificar. Para resolver este problema, as tecnologias mais sofisticadas possuem cabeças capazes de gravar e ler ao mesmo tempo. Desta forma, à medida em que os dados são gravados, é feita uma leitura imediata. Podemos desta forma desabilitar no programa de backup a operação de verificação (que consiste em rebobinar a fita e ler novamente os dados gravados). Estaremos assim desabilitando a verificação por software, já que a verificação é feita por hardware de forma automática pela unidade de fita. São as seguintes as tecnologias que utilizam este recurso:      DAT Travan NS AIT DLT Mammoth Capítulo 36 – Unidades de fita 36-13 Compressão de dados por hardware A compressão de dados resulta em grande economia de espaço de armazenamento, além de um menor tempo gasto nas operações de backup. Por esta razão os programas de backup em geral podem realizar a compactação dos dados antes de enviá-los à unidade de fita. O processo é muito mais eficiente quando a própria unidade de fita realiza a compactação. O programa de backup envia os dados na sua forma não compactada e a unidade de fita os comprime antes de gravar na mídia. Este tipo de compressão é mais eficiente e resulta em maiores velocidades de gravação e leitura. Imagine por exemplo uma unidade de fita capaz de receber dados à taxa de 1 MB/s. Se a compactação for realizada por software, o processador principal deveria realizar este trabalho de compactação antes de enviar os dados à unidade de fita. Por mais veloz que seja um processador, é muito difícil conseguir comprimir dados de forma tão rápida. Por isso as unidades de fita de alto desempenho devem obrigatoriamente realizar a compressão por hardware. Todas as modernas unidades de fita com altas capacidades suportam compressão de dados por hardware. Este é o caso dos drives com as tecnologias:      DAT DLT Mammoth AIT Travan NS Compatibilidade com programas de backup Como vemos, existem muitos padrões de unidades de fita magnética. Como resultado desta diversidade, existem casos de programas de backup que não reconhecem certos tipos de unidades de fita. Quanto mais profissional é um programa, maior é a quantidade de tipos de fita que podem ser utilizados. Um programa de Backup bastante poderoso é o que acompanha do Windows 98 / Windows ME, sendo muito melhor que o que acompanhava o Windows 95 (este só suportava fitas QIC-40, QIC-80 e QIC-3010). Já o backup que acompanha o Windows 98/ME é um software fornecido para a Microsoft pela Seagate, e é um dos melhores do mercado. Suporta unidades de fita magnética dos seguintes tipos:  QIC-80, QIC-3010 e QIC-320 36-14        Hardware Total QIC-80 Wide, QIC-3010 Wide, QIC-320 Wide Travan 1, 2, 3 e 4 DAT DDS-1 e DDS-2 DC6000 8 mm DLT Mídias removíveis (ZIP, JAZ, etc.) Quando não temos disponível um programa de backup que suporte uma determinada unidade de fita, temos duas opções: a) Usar o programa de backup que acompanha a unidade de fita - Uma unidade de fita sempre é acompanhada de um software de backup compatível. Quando a unidade de fita é nova, o programa de backup fornecido é de versão recente, compatível com os últimos recursos do sistema operacional. Esta característica é muito importante, pois antes do lançamento do Windows 95, os programas de backup não suportavam nomes longos. Programas de backup antigos, mesmo compatíveis com a unidade de fita, poderão ser usados mas não registrarão corretamente os nomes longos do Windows 9x. Portanto, exceto no caso de unidades de fita antigas, o programa de backup poderá ser usado, sendo perfeitamente compatível com a unidade de fita. b) Adquirir um programa de backup separadamente - Quando o programa de backup que acompanha a unidade de fita não agrada ao usuário, pode ser comprado um outro programa de backup comercial. Podemos usar por exemplo o Backup Exec, da Seagete, ou o Adaptec Backup, que faz parte do pacote EZ-SCSI. OBS: No Windows 98/98SE, o programa Microsoft Backup podia ser instalado através do Painel de Controle, ou então pela instalação personalizada do Windows. Na versão ME, este programa não é instalado desta forma. Ele fica no CD-ROM de instalação do Windows, na pasta /addons. Instalando uma unidade DAT Unidades de fita DAT, assim como a maioria dos modelos de elevadas capacidades, utilizam uma interface SCSI. Portanto antes da sua instalação é preciso que uma placa controladora SCSI esteja corretamente instalada. Capítulo 36 – Unidades de fita 36-15 Usaremos no nosso exemplo uma unidade de fita Conner modelo 4326NP. Trata-se de uma unidade DAT DDS-2, com capacidade nativa de 4 GB (8 GB com compressão). Figura 36.13 Jumpers para configurar a unidade DAT. Antes de instalar a unidade DAT devemos configurar seus jumpers de acordo com as instruções do seu manual (figura 13). Devem ser configurados os seguintes parâmetros: a) SCSI ID b) Terminador c) Compressão de dados Configurando o SCSI ID Os pinos de 1 a 6 devem ser usados para programar um SCSI ID apropriado. Esta unidade usa o barramento SCSI de 8 bits, portanto os valores de SCSI ID permitidos são de 0 a 7. O valor 7 é reservado para a placa de interface SCSI. Valores 0 e 1 são reservados para discos rígidos que precisam estar ativos na ocasião do boot. Podemos então utilizar valores entre 3 e 6. Configurando o terminador SCSI Existem dois tipos de terminadores SCSI, ativo e passivo. Ambos produzem os mesmos resultados, mas os do tipo ativo são eletricamente melhores. Esta unidade possui terminadores ativos. Para habilitá-los precisamos ligar um jumper entre as posições 11-12 e outro entre as posições 15-16. Caso esta unidade seja o único dispositivo ligado à placa controladora, deve ficar com 36-16 Hardware Total os terminadores habilitados. Se existirem outros dispositivos SCSI conectados à interface devem ser observadas as regras de terminação SCSI. Configurando a compressão de dados As unidades de fita DAT, assim como a maioria das unidades de alta capacidade, são capazes de realizar compressão de dados por hardware. A princípio devemos deixar este recurso habilitado. Ainda assim, esta unidade permite desabilitar a compressão por hardware, através da instalação de um jumper entre os pinos 9 e 10. Instalando o software de backup Antes de fazer a instalação de hardware da unidade de fita é recomendável instalar o programa de backup do Windows, ou outro programa de backup que suporte fitas DAT. Desta forma a unidade de fita poderá ser detectada corretamente, tendo seus drivers imediatamente instalados. Se este cuidado não for tomado, a unidade ficará sem drivers ativos, e o seu pleno funcionamento só se dará depois que for instalado o programa de backup. Detecção da unidade de fita Conectamos a unidade de fita na controladora SCSI e na fonte de alimentação, e assim que o Windows for iniciado será mostrado o quadro de diálogo: Novo Hardware Detectado – Unidade de Fita SCSI Ou então: Novo Hardware Detectado – SCSI Tape Backup A mensagem poderá aparecer em português ou inglês, dependendo do idioma do programa de backup. Após a instalação, a unidade constará no Gerenciador de Dispositivos, como vemos na figura 14. Poderá constar no grupo Unidades de Fita (para o caso dos drivers em português) ou em Tape Drive (para o caso dos drivers em inglês). Capítulo 36 – Unidades de fita 36-17 Figura 36.14 .A unidade de fita DAT já consta no Gerenciador de Dispositivos. Terminada a instalação da unidade DAT, já poderemos usá-la nas operações de backup. Programas de backup que suportam este tipo de fita irão reconhecê-la e apresentá-la como opção para armazenamento dos dados salvos no backup. Este é o caso do Microsoft Backup que acompanha o Windows 98 (figura 15). Observe o campo Onde armazenar o backup. Por default este campo é programado com a opção Arquivo, ou seja, os dados serão armazenados em um arquivo em disquete, no disco rígido ou qualquer outro tipo de unidade de disco que seja reconhecida pelo Windows. Podemos então programar este campo como sendo a unidade de fita, que no nosso exemplo é ARCHIVE Pithon 28388 (na verdade a ARCHIVE produzia este modelo para a Conner em regime de OEM). 36-18 Hardware Total Figura 36.15 A unidade de fita DAT já é reconhecida pelo programa de backup do Windows. O método de utilização de programas de backup independe da unidade de fita utilizada. Por isso mostraremos mais adiante neste capítulo como usar programas de Backup de uma forma genérica. Uma vez aprendendo usar um programa, os comandos serão válidos para qualquer tipo de unidade de fita suportada. Conexão na interface paralela Algumas unidades de fita de baixo custo podem ser conectadas na porta paralela. É o caso da unidade Onstream DP30, que tem 15 GB de capacidade nativa e liga-se a uma porta paralela EPP ou ECP. Neste caso temos alta capacidade, custo baixo e taxa de transferência de média para alta. Unidades de fita que se conectam à porta paralela apresentam uma grande vantagem, que é a portabilidade. Este tipo de unidade de fita pode ser ligada ao computador para a realização de backup e depois desconectada. Repetindo o processo, podemos realizar backup em vários computadores utilizando uma única unidade de fita. Normalmente os fabricantes que produzem unidades externas que se conectam na porta paralela oferecem também modelos internos que utilizam a interface IDE, SCSI e USB. Como os modelos externos possuem um gabinete e uma fonte de alimentação próprios, seu custo é superior ao dos modelos internos de mesma família. Capítulo 36 – Unidades de fita 36-19 Manuseio de fitas Cartuchos de fita magnética devem ser guardados dentro do seu estojo plástico e armazenados em local isento de poeira e umidade e sem calor excessivo, o que prolongará a sua vida útil. A durabilidade poderá ser de 10 a 30 anos, dependendo do tipo de fita. Existem unidades de fita auto-limpantes, que limpam as cabeças à medida em que são utilizadas. É o caso das unidades AIT. A maioria das unidades entretanto requer limpeza manual. Os fabricantes recomendam a limpeza das cabeças após um certo número de horas de uso contínuo (de 10 a 30, dependendo da unidade). Fitas de limpeza podem ser compradas nos mesmos locais onde são vendidos os cartuchos. Os cartuchos de fita magnética possuem um mecanismo de proteção contra gravação, o que evitará que fitas com dados importantes sejam acidentalmente apagadas. A figura 16 mostra a proteção contra gravação em uma fita DAT. Figura 36.16 Proteção contra gravação em uma fita DAT. Em caso de dúvida você poderá consultar o manual da unidade de fita para obter informações sobre a proteção contra gravação, procedimentos de limpeza, manuseio e cuidados gerais com as fitas e a unidade. Instalando uma unidade DLT Para que você tenha mais conhecimentos sobre produtos encontrados no mercado, apresentaremos agora a unidade de fita DLT4000, produzida pela Quantum e Digital. Esta unidade foi gentilmente cedida para avaliação pela União Digital, empresa que comercializa essas unidades no Brasil (www.uniao-digital.com.br). Além da DLT4000 (40 GB com compressão) existe também a DLT7000 (70 MB com compressão) e superiores. São 36-20 Hardware Total unidades de fita profissionais, muito indicadas para serem usadas em servidores. Seu desempenho também é excepcional. As unidades DLT4000 fazem backup à taxa de 70 MB por minuto e as unidades DLT7000 chegam a cerca de 100 MB por minuto. São muito mais velozes que as unidades DAT. Figura 36.17 Unidade de fita DLT4000 - Cortesia da União Digital www.uniao-digital.com.br. A figura 18 mostra um cartucho usado para esta unidade. Esses cartuchos, assim como os cartuchos de limpeza, podem ser encontrados em lojas especializadas em mídias magnéticas para informática. Figura 36.18 Cartuchos DLT. Instalando a unidade DLT Antes de instalar a unidade devemos programar um SCSI ID adequado (figura 19). Esta unidade externa possui uma chave seletora com dois botões Capítulo 36 – Unidades de fita 36-21 que servem para escolher o SCSI ID, que é mostrado em um visor rotativo. Na figura está sendo mostrado o número ZERO. À medida em que apertamos o botão superior ou o inferior, o número mostrado varia, de acordo com o SCSI ID selecionado. Ainda na parte traseira da unidade encontramos dois conectores SCSI tipo Centronics de 50 vias. Um deles é o SCSI IN (o da esquerda) e o outro é o SCSI OUT (o da direita). O SCSI IN deve ser ligado no conector externo da placa controladora SCSI, ou então em outros dispositivos da cadeia SCSI localizados entre a unidade e a controladora. O SCSI OUT deve ser ligado a um terminador externo, ou então em dispositivos posteriores da cadeia SCSI. *** 35% *** Figura 36.19 Chave seletora de SCSI ID. Assim como ocorre com outras unidades de fita SCSI, a DLT4000 é detectada pelo Windows, porém não é feita a instalação de drivers. A unidade constará no Gerenciador de Dispositivos com um ponto de exclamação amarelo, indicando que existem problemas. No caso, o problema é apenas provisório, ou seja, a falta de drivers. 36-22 Hardware Total Figura 36.20 A unidade DLT4000 (ou DEC TZ88) ainda não tem os drivers instalados. Os drivers para esta unidade serão instalados após a instalação do programa de backup. Infelizmente o programa de backup que acompanha o Windows 98 não suporta a unidade DLT4000 nem outras mais modernas (o suporte existe apenas para unidades DLT mais antigas). É necessário utilizar um programa e backup mais moderno. Um dos melhores programas de backup disponíveis no mercado é o Backup Exec da Seagate, também comercializado pela União Digital. Existem versões para Windows 9x/ME/XP Home e para Windows NT/2000/XP (Cliente e servidor). No nosso exemplo, usaremos a versão para Windows 9x/ME/XP Home. A figura 21 mostra o início da sua instalação. Figura 36.21 Instalando o Seagate Backup Exec. Capítulo 36 – Unidades de fita 36-23 Terminada a instalação devemos reinicializar o computador. A unidade de fita será novamente detectada e seus drivers serão instalados. Passará então a constar corretamente no Gerenciador de Dispositivos (figura 22). Figura 36.22 A unidade DLT4000 está corretamente instalada. A unidade está pronta para ser usada. Devemos fazê-lo através do programa Backup Exec. O programa Backup Exec A figura 23 mostra o grupo de programas criado durante a instalação do Backup Exec. Devemos de início clicar sobre o ícone do Backup Exec. Figura 36.23 O grupo Backup Exec. Para sermos avisados para fazer backups com horários marcados de forma automática devemos executar o programa Backup Exec Scheduler. Podemos programar, por exemplo, a realização de backups automáticos diariamente, em um horário de pouca utilização. Será então apresentado um quadro no qual programamos o horário de realização de backups automáticos (figura 24). No caso escolhemos meia noite, às segundas feiras. Neste dia será feito o 36-24 Hardware Total backup total. Nos demais dias da semana será feito backup apenas dos arquivos novos e modificados depois do último backup (backups diferenciais). Figura 36.24 Backup total às segundas feiras e diferenciais nos demais dias. A seguir será perguntado se desejamos que seja criado um disquete de emergência para recuperação total do sistema em caso de falhas. Esta é uma característica interessantíssima do Backup Exec que todo programa deveria ter. São criados dois disquetes de emergência usados na recuperação (restore), mesmo sem utilizar o Windows. O primeiro disquete é criado por uma modificação do disco de inicialização do Windows 9x. Para criar este disquete usamos o Painel de Controle, Adicionar / Remover programas, Disco de inicialização. No segundo disquete está o programa que faz o restore de dados armazenados em fita. Será perguntado o modelo da placa controladora SCSI utilizada. Também será preciso indicar onde é encontrado o ASPI Manager (por exemplo, o ASPI8DOS.SYS), que ativa o funcionamento da unidade de fita SCSI no modo MS-DOS. Este driver é encontrado no disquete de inicialização do Windows. Terminada a criação dos disquetes de emergência, devemos realizar um backup completo de todos os discos locais. Isto pode ser feito manualmente ou através do Backup Wizard, um modo de operação passo-a-passo e semi-automático do Backup Exec. A figura 25 mostra o Backup Exec pronto para utilização. Observe que o dispositivo de backup selecionado (Where to back up) é a nossa unidade de fita DLT4000 (ou DEC TZ88). Capítulo 36 – Unidades de fita 36-25 Figura 36.25 O programa Backup Exec. A operação deste programa é muito parecida com a de outros programas de backup. Particularmente é mais parecida com a do programa de backup que acompanha o Windows 98/ME, que é na verdade uma versão simplificada do Backup Exec. Devemos marcar os drives e diretórios a serem copiados, selecionar a unidade destino, programar as opções de backup (total ou incremental, fazer ou não compactação e comparação). Para ter acesso a essas opções usamos o botão Options no quadro da figura 25. O comando Tools / Media (figura 26) apresenta algumas operações que podem ser realizadas sobre os cartuchos de fita antes da realização do backup. O comando Identify verifica se a fita está formatada, se contém dados e informa a capacidade livre e a capacidade ocupada. O comando Initialize deve ser usado com fitas novas, que são usadas pela primeira vez. Podemos apagar os dados de uma fita usando o comando Erase. Figura 36.26 Ferramentas para a mídia. 36-26 Hardware Total Encontramos também no menu Tools, além de outros comandos, o Recovery Diskettes. É usado para gerar os disquetes de emergência, os mesmos que são gerados quando usamos o Backup Exec pela primeira vez. Manuseio do cartucho Os cartuchos DLT devem ser manuseados com muito cuidado. É preciso tomar cuidados especiais em relação a agentes nocivos como poeira, choque mecânico, calor, campos magnéticos e umidade. Para inserir o cartucho devemos proceder como mostra a figura 27: 1) Levantar a alavanca 2) Inserir o cartucho, prestando atenção na orientação correta 3) Levar o cartucho até o final do seu compartimento 4) Abaixar a alavanca *** 35% *** Figura 36.27 Inserindo o cartucho. Dentro de alguns segundos o cartucho será acessado e reconhecido pela unidade. Se tudo ocorrer bem ficarão acesos LEDs indicadores de capacidade e o LED Tape in use. A retirada do cartucho deve ser feita como mostra a figura 20.51. 1) Pressionar o botão UNLOAD e aguardar que acenda o LED Operate Handle 2) Levantar a alavanca, o que faz o cartucho recuar 3) Retirar o cartucho 4) Abaixar a alavanca Capítulo 36 – Unidades de fita 36-27 *** 35% *** Figura 36.28 Retirando o cartucho. Assim que é retirado da unidade, o cartucho deve ser imediatamente guardado no seu estojo plástico. Os cartuchos DLT possuem uma chave para habilitação e desabilitação de gravação. A figura 20.52 mostra como posicionar esta chave. Figura 36.29 Proteção contra gravação. Assim como ocorre com outros tipos de unidades de fita, as unidades DLT precisam ser limpas periodicamente, utilizando um cartucho de limpeza. As unidades DLT possuem um LED que informa ao usuário quando é necessário usar o cartucho de limpeza. Para fazer a limpeza basta colocar o cartucho e aguardar alguns segundos. LEDs piscarão enquanto a limpeza estiver sendo feita e pararão de piscar quando a limpeza terminar. Devemos retirar a fita de limpeza e guardá-la para limpezas posteriores. Instalando uma unidade Onstream Esta é uma nova geração de unidades de fita magnética que utiliza a tecnologia ADR (Advanced Digital Recording), desenvolvida pela Philips. Antes do lançamento desta tecnologia, As unidades de fita de baixo custo 36-28 Hardware Total apresentavam capacidades modestas. O modelo mais simples desta família (IDE interno) apresenta a capacidade nativa de 15 GB por cartucho (30 MB com compressão). O modelo DS50 apresenta a capacidade nativa de 25 GB (50 GB com compressão). A figura 30 mostra a unidade DI30 (IDE, interna). Figura 36.30 Unidade Onstream DI30. A figura 31 mostra o cartucho de 15 GB (nativos) usados por essas unidades. Os cartuchos de 25 GB são similares, sendo apenas um pouco mais compridos. Os vários modelos da família Onstream são apresentados na tabela abaixo. Modelo DI30 DI30 Fast DP30 USB30 SC30, SC30E SC50, SC50E FW30 ADR30 ADR50, ADR50E ADR2.60IDE Interface IDE IDE EPP USB SCSI-2 SCSI-2 Firewire SCSI-2 SCSI-2 IDE Capacidade nativa 15 GB 15 GB 15 GB 15 GB 15 GB 25 GB 15 GB 15 GB 25 GB 30 GB Capítulo 36 – Unidades de fita 36-29 Figura 36.31 Cartucho Onstream de 15 GB. Note que uma capacidade nativa de 15 GB é mais que os 12 GB das fitas DAT DDS3, e a capacidade nativa de 30 GB do modelo ADR.60IDE é mais que os 20 GB nativos das fitas DAT DDS4. Enquanto as unidades DAT custam acima de 1500 dólares, os modelos da Onstream custam entre 300 e 600 dólares (preços no EUA). Mostraremos nesta seção a instalação e o uso da unidade DI30. Sua instalação é tão simples quanto a de um disco rígido ou um drive de CDROM. Sua utilização é ainda mais simples que a dos programas de backup típicos. A instalação é facilitada pelo uso do programa Install Partner, fornecido no CD-ROM que acompanha a unidade. Ao usarmos este programa, este informa ao usuário que deve ser instalado um driver para que a unidade de fita funcione (figura 32). Este driver é composto pelo arquivo SMARTVSD.VXD. Figura 36.32 É preciso instalar o driver. Basta clicar em YES e o driver será instalado. O Windows será reiniciado e o Install Partner será automaticamente executado após esta inicialização. O programa irá determinar quais são os dispositivos IDE instalados nas 36-30 Hardware Total interfaces primária e secundária, e sugerir a melhor forma de instalação para a unidade de fita (figura 33). No nosso exemplo temos um disco rígido ligado como Master na interface IDE primária e um drive de CD-ROM instalado como Master na interface IDE secundária. O programa recomenda instalar a unidade como Slave na interface IDE secundária e indica como deve ser configurado o seu jumper Master/Slave. Figura 36.33 O programa Install Partner indica a melhor forma de instalar a unidade de fita. Neste momento devemos usar o comando de desligamento e instalar o drive, com seu jumper Master/Slave devidamente configurado. Esta configuração é similar à utilizada em outros dispositivos IDE, como discos rígidos e drives de CD-ROM. A figura 34 mostra a parte traseira de uma unidade DI30. Existe um conector para o cabo flat, um conector para a fonte de alimentação e um jumper para a configuração Master/Slave. Vemos também as configurações de Master/Slave. Capítulo 36 – Unidades de fita 36-31 Figura 36.34 Parte traseira de uma unidade DI30 e seus jumpers. O conector de alimentação utilizado pela unidade DI30 é do mesmo tipo usado por drives de disquetes de 3½”. Caso não exista um conector deste tipo disponível na fonte, podemos utilizar uma extensão de conectores que é fornecida juntamente com o DI30. Para evitar danos à cabeça do drive durante o transporte, a unidade DI30 sai de fábrica com um suporte plástico que deve ser retirado, permitindo então a colocação do cartucho. Com o equipamento ligado, pressionamos o botão EJECT para retirar este suporte. Guarde este suporte para usar quando precisar transportar o computador. Assim que o Windows for reiniciado, o Install Partner será executado automaticamente e indicará se a unidade DI30 está corretamente instalada (figura 35). Figura 36.35 A unidade está corretamente instalada. 36-32 Hardware Total Usamos a seguir o CD-ROM que acompanha a unidade, e no menu apresentado usamos a opção Install Onstream Echo, o software de backup que acompanha a unidade DI30. Este software também faz com que as fitas sejam acessadas como se fossem discos removíveis. Esta é uma característica bastante interessante das fitas Onstream. Normalmente as unidades de fita não aceitam operações usuais com arquivos, são apenas usadas para backup e restore. As unidades Onstream são reconhecidas pelo Windows da mesma forma como drives de discos removíveis. Aceitam todos os comandos usuais sobre arquivos e pastas encontrados nesses discos. Note entretanto que este tipo de acesso é bastante lento. É melhor utilizar a unidade de fita para operações de backup e restore, e não para acessos usuais a arquivos. Terminada a instalação do software Onstream Echo, a janela Meu Computador passará a apresentar dois novos drives (por default são os drives T e V, mas na ocasião da instalação podemos escolher outras letras), como mostra a figura 36. Figura 36.36 Surgiram dois novos drives. O drive T é a fita propriamente dita. O drive V é um catálogo de fitas, através do qual podemos ter acesso rápido a qualquer arquivo armazenado em qualquer uma das fitas (figura 37). Neste “drive virtual” os ícones representam as diversas fitas catalogadas. Podemos clicar cada uma delas para procurar pastas e arquivos. Ao clicarmos em um arquivo ou comandarmos a abertura ou transferência, será automaticamente pedida a colocação do cartucho apropriado. Capítulo 36 – Unidades de fita 36-33 Figura 36.37 Catálogo de fitas. A operação do drive é bastante simples. Usamos o botão EJECT (figura 38) para abrir a tampa do compartimento do cartucho. Este botão possui um LED indicador de atividade. Colocamos o cartucho no compartimento e o empurramos com cuidado até o fim. A tampa será fechada e depois de alguns segundos a fita estará acessível. Figura 36.38 Painel frontal de uma unidade DI30. Podemos utilizar as fitas Onstream de várias formas. Uma delas é simplesmente copiar as pastas desejadas para o “drive T”. Este método não é o mais eficiente, mas é o mais fácil. Outro método melhor e também fácil é usar o programa de backup Echo Express (figura 39). Basta clicar no primeiro botão Play (o da esquerda) para fazer um backup total de todos os drives locais. Usamos o segundo botão Play se quisermos fazer um backup incremental, ou seja, apenas arquivos novos e aqueles alterados depois do último backup. A combinação de backups totais e incrementais permite fazer backups de forma rápida e segura. 36-34 Hardware Total Figura 36.39 O programa Echo Express. Uma forma ainda mais eficiente de fazer backup é usando o programa Echo Backup (figura 40). Sua operação é similar à de outros programas de backup. Devemos aplicar um clique duplo sobre os drives dos quais queremos fazer backup. Se não quisermos fazer backup dos drives inteiros, podemos clicar sobre o “+” ao lado de cada drive para expandir a lista de diretórios (ou pastas). Desta forma podemos selecionar as pastas que desejemos incluir no backup. Na parte direita da janela selecionamos a fita na qual o backup será realizado. Existem ainda opções para incluir no backup o Registro do Windows, comparar os arquivos após o backup (verificação por software) e desligar o computador ao término do backup. Figura 36.40 Programa Echo Backup. A figura 41 mostra a operação de backup em andamento. Observe a taxa de transferência no backup, 32 MB por minuto, ou pouco mais de 500 kB por segundo. Esta taxa de transferência é relativamente elevada para uma unidade de fita, similar por exemplo à de modelos DAT DDS2. Capítulo 36 – Unidades de fita 36-35 Figura 36.41 Backup em andamento. Como dissemos, praticamente todos os comandos que podem ser usados em discos sob o Windows, podem também ser usados nas fitas Onstream. Se clicarmos o ícone do drive T com o botão direito do mouse e usarmos a opção Propriedades, será apresentado um quadro como o da figura 42. Observe que além das guias que normalmente estão disponíveis nos drives comuns (Geral, Ferramentas, Compartilhamento e Compactação), temos ainda a guia Onstream. Observe o espaço total, mais de 15 bilhões de bytes. Figura 36.42 Checando o espaço livre em uma fita Onstream. Muitas unidades de fita podem ser utilizadas apenas pelo programa de backup que as acompanham. Existem programas de backup que suportam um número maior de tipos de unidades de fita, o que melhora a situação. Melhor ainda é a situação das fitas Onstream. Como são vistas pelo Windows como se fossem um drive comum, qualquer programa de backup 36-36 Hardware Total pode utilizá-las. Basta especificar como destino do backup, o drive T (figura 20.71). Figura 36.43 Indicando no Backup do Windows 98, o uso do drive T para armazenar o conjunto de backup. Fizemos assim o redirecionamento do conjunto de backup para a fita Onstream (drive T), usando o programa de backup que acompanha o Windows (figura 44). Figura 36.44 Usando o Microsoft Backup com saída redirecionada para “arquivo” no drive T. Conclusão O uso de unidades de fita são uma boa forma de fazer backups. Um outro processo que está sendo cada vez mais usado é o oferecido por discos CDRW. É um processo mais rápido e de fácil utilização. Entretatno as unidades de fita levam vantagem quando o volume de dados a serem gravados é muito grande. Uma fita DI30, por exemplo, armazena o equivalente a 25 Capítulo 36 – Unidades de fita 36-37 discos CD-RW. Para uso profissional é mais recomendado o uso de unidades DLT e DAT. ///////// FIM ////////////