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CAMPOS MAGNETOSTÁTICOS - TÓPICOS DAS AULAS 1. Introdução.
2. Lei de Biot-Savart.
3. Lei circuital de Ampère (3ª equação de Maxwell).
4. Densidade de fluxo magnético (4ª equação de Maxwell).
5. Equações de Maxwell no regime estático.
6. Potenciais magnéticos escalar e vetorial. Escola Politécnica de Pernambuco - Notas de aula de Eletromagnetismo 1 – Prof. Helder A. Pereira
Introdução • Uma ligação definitiva entre campos elétricos magnéticos foi estabelecida por Oersted em 1820.
e
campos
• Um campo eletrostático é gerado por cargas estáticas ou estacionárias. • Se as cargas estão se movimentando com velocidade constante, um campo magnético estático é gerado. • Um campo magnetostático é gerado por um fluxo de corrente constante, ou corrente contínua.
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•
Existem duas leis fundamentais que governam os campos magnetostáticos: 1. Lei de Biot-Savart: Lei geral da magnetostática. 2. Lei de Ampère: Um caso especial da lei de Biot-Savart e se aplica em problemas envolvendo distribuição simétrica de corrente.
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Lei de Biot-Savart • A intensidade do campo magnético dH, gerada em um ponto P, devido ao elemento diferencial de corrente Idl, é aproximadamente igual a
dl
Idl sen α dH ≈ 2 R
α R
I
dH X
P
Figura 1 Escola Politécnica de Pernambuco - Notas de aula de Eletromagnetismo 1 – Prof. Helder A. Pereira
• Ou ainda
Idl sen α dH = k 2 R onde k representa a constante de proporcionalidade, que no SI é igual a
1 4π
• Portanto
Idl sen α dH = 2 4π R Escola Politécnica de Pernambuco - Notas de aula de Eletromagnetismo 1 – Prof. Helder A. Pereira
•
Na forma vetorial, temos que
→
→
→
Id l × â R Id l × R dH = = 2 3 4πR 4πR →
•
Da mesma maneira que podemos ter diferentes configurações de carga, podemos ter diferentes distribuições de corrente, tais como: 1. Corrente em uma linha. 2. Corrente em uma superfície. 3. Corrente em um volume. Escola Politécnica de Pernambuco - Notas de aula de Eletromagnetismo 1 – Prof. Helder A. Pereira
•
Os elementos-fonte estão relacionados da seguinte forma:
→
→
→
Id l ≡ K dS ≡ J dv
Figura 2 Escola Politécnica de Pernambuco - Notas de aula de Eletromagnetismo 1 – Prof. Helder A. Pereira
•
Dessa forma, em termos de fonte de corrente distribuída, a lei de Biot-Savart se torna →
→
1 Id l × R H= 3 ∫ 4π R →
→
Corrente em uma linha
→
1 K dS × R H= 3 ∫ 4π R →
→
Corrente em uma superfície
→
1 J dv × R H= 3 ∫ 4π R →
Corrente em um volume
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Exercícios 1. Determine o campo magnético no ponto P devido a uma corrente que percorre um condutor filamentar retilíneo de comprimento finito AB. 2. Determine o campo magnético no ponto P devido a uma corrente que percorre um condutor filamentar retilíneo de comprimento semi-infinito. 3. Determine o campo magnético no ponto P devido a uma corrente que percorre um condutor filamentar retilíneo de comprimento infinito.
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Lei circuital de Ampère • A integral de linha da componente tangencial do campo magnético em torno de um caminho fechado é igual à corrente líquida envolvida pelo caminho, ou seja,
→
→
H ⋅ d l = I env ∫ L • É similar à lei de Gauss e é de fácil aplicação para determinar o campo magnético quando a distribuição de corrente for simétrica.
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• Aplicando o teorema de Stokes, temos que
⋅ = ∇ × H d l H ⋅ d S = I = J ⋅ d S env ∫L ∫S ∫S →
→
→
→
→
→
→
• Portanto
→
→
→
∇× H = J
3ª equação de Maxwell na forma diferencial. O campo magnetostático não é conservativo.
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Exercícios 4. Determine o campo magnético considerando uma corrente percorrendo uma linha infinita.
5. Determine o campo magnético considerando uma corrente distribuída ao longo de uma superfície infinita.
6. Determine o campo magnético considerando uma corrente distribuída ao longo de uma linha de transmissão infinitamente longa.
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Densidade de fluxo magnético →
→
B = µ0 H • µ0 representa a permeabilidade magnética do espaço livre, sendo igual a 4π x 10-7 H/m. • O fluxo magnético, através da superfície S é dado por
Ψ =
∫
→
→
B⋅ d S
S
onde Ψ é dado em Weber (Wb) e B em Wb/m² ou Tesla (T).
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• A linha de fluxo magnético é o caminho, na região do campo magnético, em relação ao qual o vetor densidade de fluxo magnético é tangente em cada ponto. • É sempre válida a afirmação de que as linhas de fluxo magnético são fechadas e não se cruzam, independente da distribuição de corrente. • Isto se deve ao fato de que não é possível ter um pólo magnético isolado, ou seja, cargas magnéticas.
Figura 3 Escola Politécnica de Pernambuco - Notas de aula de Eletromagnetismo 1 – Prof. Helder A. Pereira
• Dessa, forma o fluxo total através de uma superfície fechada, em um campo magnético deve ser zero, isto é,
∫
→ S
→
B⋅ d S = 0
• Aplicando o teorema da divergente, temos que
→ → ∫SB ⋅ d S = ∫v ∇ ⋅ B dv = 0 →
→
→ →
∇⋅ B = 0
4ª equação de Maxwell Lei da conservação do fluxo magnético ou Lei de Gauss para campos magnetostáticos
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Equações de Maxwell no regime estático → →
→
→
∇⋅ D = ρ v ⇔ ∫ D⋅ d S = ∫ ρ v dv S
→ →
Lei de Gauss
v
→
→
→
→
Não existe monopólo magnético
∇⋅ B = 0 ⇔ ∫ B⋅ d S = 0 S
→
→
∇× E = 0 ⇔ ∫ E ⋅ d l = 0
Campo eletrostático conservativo
L
→
→
→
→
→
→
→
∇× H = J ⇔ ∫ H ⋅ d l = ∫ J ⋅ d S L
S
Lei de Ampére
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Potenciais magnéticos escalar e vetorial • Identidades importantes:
→ ∇× ∇ Vm = 0
Vm representa o potencial magnético escalar
→ → ∇ ⋅ ∇× A = 0
A representa o potencial magnético vetorial
→
→
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• O potencial magnético escalar é definido como
→
→
→
H = − ∇ Vm
→
→
∇× H = J = 0
se
• O potencial magnético vetorial é tal que
→
→
→
B = ∇× A Escola Politécnica de Pernambuco - Notas de aula de Eletromagnetismo 1 – Prof. Helder A. Pereira
• Sabendo-se que
→
µ0 B= 4π →
→
Id l '× R ∫L R 3
onde R é a distância do elemento de corrente no ponto fonte até o ponto onde se quer determinar o campo, conforme ilustrado na figura 4 (x’, y’, z’) Idl R
r’ o
r Figura 4
(x, y, z)
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• Considerando que →
→ R 1 = − ∇ 3 R R
temos que
µ0 B = − 4π →
∫ L
1 Id l ' × ∇ R →
→
• Aplicando a identidade vetorial
∇× f F = f ∇× F + ∇ f →
→
→
→
→
× F
→
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• Obtemos → → → → µ 0 B = ∇× A = ∇× 4π
Id l ' R →
∫ L
• Dessa forma, Corrente em uma linha
→
µ0 A = 4π
→
∫ L
Id l ' R →
Corrente em uma superfície
→
A =
µ0 4π
∫ S
K dS ' R →
µ0 A = 4π
→
Corrente em um volume
∫ v
J dv ' R
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• Para o fluxo magnético, temos que
Ψ = ∫ B⋅ d S = ∫ ∇× A ⋅ d S = ∫ A⋅ d l S S L →
→
→
→
→
→
→
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• Exemplos típicos de solenóides
Figura 5
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• Exemplos típicos de solenóides
Figura 7
Figura 6
Figura 8 Escola Politécnica de Pernambuco - Notas de aula de Eletromagnetismo 1 – Prof. Helder A. Pereira
• Exemplos típicos de toróides
Figura 9
Figura 10
Figura 11 Escola Politécnica de Pernambuco - Notas de aula de Eletromagnetismo 1 – Prof. Helder A. Pereira
Exercícios 7. Um solenóide de comprimento l e raio a consiste de N espiras de fio percorridas por uma corrente I. Demonstre que, em um ponto P ao longo do seu eixo, →
H =
NI (cos θ 2 − cos θ 1 )â z 2l
8. Um toróide tem N espiras e é percorrido por uma corrente I. Determine a intensidade do campo magnético dentro e fora do toróide. 9. Uma distribuição de corrente dá origem a um potencial magnético vetorial igual a (x²y, xy², -4xyz) Wb/m. Calcule a) O vetor densidade de fluxo magnético no ponto (-1, 2, 5). b) O fluxo através da superfície definida por
z = 1, 0 ≤ x ≤ 1, − 1 ≤ y ≤ 4 Escola Politécnica de Pernambuco - Notas de aula de Eletromagnetismo 1 – Prof. Helder A. Pereira