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Calorimetria

Físico-química

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    December 2018
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SUMÁRIO 1. OBJETIVOS 3 2. RESULTADOS E DISCUSSÕES 4 2. Determinação da constante calorimétrica 4 2. Determinação do calor de fusão do gelo 5 3. CONCLUSÃO 8 4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 9 1. OBJETIVOS A realização desta prática tem por objetivo calcular C (constante calorimétrica) do calorímetro e determinar o calor de fusão do gelo, ou seja, o calor absorvido por um mol do sólido quando se funde. 2. RESULTADOS E DISCUSSÕES 2. Determinação da constante calorimétrica Em um calorímetro foi colocado 100 mL de água e anotado a temperatura inicial como sendo 25,1°C. Foi pesada a massa do calorímetro como 124,9 g e do calorímetro com 100 mL de água como 219,22 g. Em um bécher de 100 mL foi aquecida a água até aproximadamente 60°C. Mediu-se 50 mL desta água e foi verificado que sua temperatura era 60°C, e entornou-a dentro do calorímetro imediatamente, fechando-o logo após. A massa do calorímetro com 150 mL de água foi 266,94 g. Foi esperado mais um minuto agitando a água de vez em quando, e por fim foi anotada a temperatura final do sistema que foi 35°C.  Com esses valores foi calculado C (constante calorimétrica) do calorímetro. A capacidade calorífica de qualquer sistema é a quantidade de calor necessária para elevar de um grau a temperatura do sistema. A unidade mais empregada para capacidade calorífica é cal /°C.  O princípio fundamental da calorimetria é que não exista perda de calor para o ambiente, por isso se utilizou o calorímetro. Como teoricamente não há troca de calores com o ambiente, o calor fornecido por uma substância, geralmente chamada de corpo quente, é igual ao calor ganho pela outra, chamada de corpo frio (com sinal trocado). Considerando uma substância de massa m e de calor específico c, o calor, Q, necessário para variar a temperatura dessa substância de T, será dado por: Sabe-se ainda que Qrecebido = Qcedido, e que a transferência de calor sempre se dá do local que possui temperatura maior para o que possui temperatura menor. No experimento o sistema calorímetro + água fria era o que possuía menor temperatura, e a água quente possuía maior temperatura. Por isso, foi considerado como corpo frio um sistema calorimétrico composto de um calorímetro com 100mL de água. Foi promovida trocas de calor entre este sistema e 50mL de água quente. Então com base nos dados coletados na prática pode-se calcular a capacidade calorífica do calorímetro analisado, uma vez que já é conhecido o calor específico da água como 1 cal / g °C. Foi utilizada a seguinte equação para o cálculo da constante calorimétrica: - c H2O . m H2O . ΔT H2O = C . ΔT (1)  Equação 1: Cálculo da constante calorimétrica Primeiramente, encontrou as massas: Massa da água fria = (Massa do calorímetro + água fria) – (Massa do calorímetro) = 219,22g – 124,9 g = 94,32 g. Massa da água quente = (Massa do calorímetro + água fria + água quente) – (Massa do calorímetro + água fria) = 266,94 g – 219,22 g = 47,72 g. Como Qrecebido = Qperdido, tem-se : Qágua fria + Qcalorímetro = Qágua quente C Δt + mágua fria x cágua x Δt = mágua quente x cágua x Δt C = (mágua quente x cágua x Δtágua quente - mágua fria x cágua x Δtágua fria) / Δtcalorímetro C = [47,72 x 1 x (60 - 35) – 94,32 x 1 x (35 – 25,1)] / (35 – 25,1) A capacidade calorífica do calorímetro analisado é aproximadamente 26,185 cal/°C  2. Determinação do calor de fusão do gelo Para a determinação do calor de fusão do gelo foram postos 100 mL de água em um calorímetro, anotando a temperatura inicial, ti =23°C. A massa do calorímetro vazio é mcal= 104,99 g, e a massa do calorímetro com água é mcal + água = 203,14 g. Logo em seguida, um cubo de gelo foi colocado em uma placa de Petri e o conjunto foi pesado, obtendo a massa mplaca+gelo= 74,850 g. Foi esperado que o processo de fusão se iniciasse e então o gelo restante foi posto dentro do calorímetro. O cuidado de esperar a fusão do gelo começar antes de colocá-lo no calorímetro foi tomado para que se conhecesse a temperatura inicial do gelo, neste caso, exatamente 0°C. O sistema placa de petri + água resultante da fusão do gelo foi então pesado, obtendo a massa mplaca+gelo= 53,830g. A massa do gelo (mgelo) posto no calorímetro foi então calculada por diferença: mgelo= mplaca+gelo – mplaca+água mgelo= 74,850 g – 53,830 g mgelo= 21,02 g A mistura contida dentro do calorímetro foi então agitada durante cerca de 3 minutos para que ocorresse o total derretimento do gelo. Em seguida foi medida a temperatura final, tf =8°C. Sabe-se que durante a realização deste experimento as trocas de calor que ocorreram foram as seguintes: Qrecebido = Qcedido Qágua + Qcalorímetro = Q gelo + Qgelo derretido Q gelo = Qágua + Qcalorímetro - Qgelo derretido Q gelo = (mágua * cágua * tágua) + (Ccalorímetro * tcalorímetro) – (mg * cágua * tgelo d.) Sendo: mágua = mcal + água – mcal = 203,14g -104,99g = 98,15 g tágua = tf,água – ti,água = 8°C – 23°C = 15°C tcalorímetro = tágua = 15°C mgelo= 21,02 g tgelo = tf,g.- ti,g. = 8°C – 0°C = 8°C C = constante calorimétrica do calorímetro obtida em 2.1 = 26,185cal / °C. Logo: Q gelo = [(98,15 g * 1 cal/g.°C * 15°C) + (26,185 cal/°C * 15°C) – (21,02 g * 1 cal/g.°C * 8°C)] Q gelo = 1475,25 cal + 392,775 cal -168,16 cal Q gelo = 1699,865 cal Se considerarmos L como sendo calor latente de fusão, então, pela expressão L=Q/m, acha-se o resultado procurado: L = Q / m L = 1699,865 cal / 21,02 g O calor latente do gelo é conhecido e o valor é Lf.g.=333.000J/kg, ou seja, 79,6 cal /g. Logo, vê-se que o valor encontrado para o calor latente do gelo é muito próximo ao já conhecido. A pequena diferença pode estar relacionada a erros ou considerações inadequadas durante o procedimento. 3. CONCLUSÃO Durante a realização desta prática foi possível observar que na primeira parte do procedimento foi considerado que todo calor contido no corpo quente (água quente) foi transferido para a água fria+calorímetro. Pode-se afirmar que esta consideração é razoável, uma vez que de acordo com a Lei Zero da Termodinâmica, dois corpos em contato durante certo tempo ficam em equilíbrio térmico. Porém, para que isso ocorra, é necessário que o sistema seja isolado. O calorímetro é um recipiente composto de isopor para evitar a troca de calor por condução, além disso, possui superfície espelhada para evitar a troca de calor com o meio por radiação. Apesar de o calorímetro ser bom isolante, ainda assim podem ter ocorrido trocas de calor entre ele e o meio externo, e não somente com a água do seu interior. Essa troca pode ter ocorrido devido a falhas ao utilizá-lo, porém estas são muito pequenas, sendo assim, as influências do meio externo não são consideradas. Desta forma, esta pequena quantidade de calor que pode ter sido perdida não foi contabilizada nos cálculos, o que pode ter influenciado nos resultados encontrados. Com relação à segunda parte do procedimento o valor do calor latente encontrado foi praticamente igual ao relatado na literatura, com uma pequena diferença. Essa diferença pode ter ocorrido devido a fatores tais como: erro ao fechar o calorímetro, podendo ocasionar trocas de calor com o meio externo, a balança poderia não estar calibrada, erros na leitura das medidas, entre outros. Uma observação inadequada nos faria avaliar os termômetros como um dos fatores causadores de erros, uma vez que estes comumente apresentam falhas que influenciam na avaliação da temperatura, mas como nesse experimento o que importava eram as diferenças de temperatura, os termômetros não contribuíram com os erros experimentais. 4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CASTELLAN, Glibert; "Fundamentos de Fìsico-Quimica". 1ª edição, Rio de Janeiro- RJ. Editora LTC, 1999. ----------------------- C = 26,185cal / °C Q = m. c. "t L = 80,869 cal/g Q = m. c. t L = 80,869 cal/g