Preview only show first 10 pages with watermark. For full document please download

Brochura De Respiração Dos Peixes Lucas Amaral

sistemas de anfibios, reptei, aves, mamiferos

   EMBED

  • Rating

  • Date

    December 2018
  • Size

    333KB
  • Views

    6,196
  • Categories


Share

Transcript

1 Peixes Sistema respiratório A maioria dos peixes respira através de brânquias durante a fase adulta, mas na fase larval dependem da respiração cutânea, já que a superfície de contato com o meio é aumentada e não apresentam ainda estruturas que possam dificultar a difusão dos gases, como as escamas. As brânquias são formadas por bolsas branquiais, nas quais o fluxo de sangue contracorrente favorece a extração de oxigênio da água. Nos elasmobrânquios, a entrada de água ocorre tanto pela boca quanto pelos espiráculos localizados em ambos os lados da cabeça. A água é então forçada pelas brânquias, onde o oxigênio é captado, e sai através das fendas branquiais. A cavidade bucal funciona como uma bomba de sucção e propulsão do fluxo de água, que é unidirecional, enquanto o fluxo de sangue contracorrente nas brânquias facilita a maior extração de oxigênio. Nos peixes teleósteos, as brânquias são protegidas pelo opérculo, iuma cobertura óssea. Estas brânquias dos adultos podem apresentar tamanhos diferentes, dependendo do quanto a espécie é ativa. Cada brânquia possui quatro arcos branquiais com duas fileiras de filamentos branquiais cada. Os filamentos possuem lamelas branquiais, com espaço diminuto entre si. O sangue que circula pelas lamelas, vindo do corpo do peixe, chega desoxigenado e na passagem, devido ao fluxo contracorrente de água pelas brânquias, a oxigenação do sangue torna-se possível. O ar entra pela boca e é enviado a uma câmara anterior do órgão respiratório através do ducto pneumático, onde fica armazenado. Após a expulsão do ar da câmara posterior e saída deste pelo opérculo, o fluxo de ar da câmara anterior segue para a posterior, onde ocorre a troca gasosa. Enquanto a bexiga-natatória pode ser usada como órgão respiratório para algumas espécies, na grande maioria dos teleósteos ela é o principal responsável pela flutuabilidade. Ter estrutura especializada que confira flutuação é bastante relevante para peixes, pois os animais são mais densos do que a água e tendem a afundar. Assim, a bexiga natatória matem a flutuabilidade e o animal pode colocar ou retirar gás da bexiga para subir ou descer na coluna d'água. Sistema circulatório Peixes apresentam sistema circulatório fechado, no qual o coração bombeia o sangue em sentido único através do corpo. O coração de peixes possui quatro cavidades, o seio venoso (considerado o marca passo cardíaco), o átrio, o ventrículo e o bulbo arterial. O ventrículo é a cavidade maior e mais forte do coração, e pode exercer a maior pressão de ejeção de sangue. O sangue que sai do coração segue para as brânquias, onde é oxigenado, e daí continua pela circulação sistêmica. Devido à baixa pressão adquirida pelo sangue nas veias, ocorrem varias bombas venosas no percurso que auxiliam no retorno para o coração. Em peixes pulmonados, átrio e ventrículo são parcialmente divididos por um septo. Assim, o sangue que retorna dos pulmões chega ao lado direito do átrio enquanto o sangue sistêmico chega do lado esquerdo. Na saída, o sangue oxigenado encaminha-se para os dois primeiros arcos branquiais e supre a região craniana, enquanto o sangue desoxigenado flui para os outros dois arcos branquiais e chega pela aorta até os pulmões. Sistema digestório A boca e a faringe estão associadas à captura do alimento, e a dentição pode variar de tamanho e forma, estando bastante associada à segurar ou perfurar a presa, rasgar partes do alimento, ou triturar partes menores de grandes massas alimentares dentro da cavidade oral. Os rastros branquiais também favorecem a ingestão de alimento. O esôfago é a parte que liga a boca ao estomago, muito difícil de ser identificado devido à ausência de um esfíncter que o separa do estomago. Este órgão pode se r separado em duas áreas, a parte cárdica que atua na digestão química, e a parte pilórica que atua na digestão mecânica e trituração. Alguns peixes detritívoros e herbívoros não têm estomago. Principalmente a região cárdica do estomago apresenta muitas glândulas gástricas, com células oxinticopépticas (secretoras de HCl e pepsina), células mucosas (muco e bicarbonato) e células endócrinas. O intestino é um tubo longo repleto de pregas, responsável pelo final da digestão iniciada no estomago, absorção de nutrientes, água e íons. Na parte anterior do intestino ocorre principalmente a absorção de nutrientes menores, como monossacarídeos, aminoácidos e ácidos graxos, enquanto na parte distal do intestino ocorre a tomada de macromoléculas por pinocitose. Os cecos são mais desenvolvidos em animais carnívoros (que tem intestinos mais curtos) e quase não estão presentes em peixes herbívoros (com longos tratos intestinais). Os cecos participam da digestão de lipídeos, aminoácido, carboidratos, água e íons. O transito intestinal pode ser relacionado á dieta do peixe, sendo mais rápido em animais herbívoros e mais lento em carnívoros. E= esôfago L= fígado G= vesícula biliar P= pâncreas PA = cecos A absorção de água ocorre principalmente no intestino proximal, e menos no distal. O movimento da água depende do efeito osmótico. Quando há absorção de solutos, água acompanha. Inversamente, alimentos não digeríveis e substancias que não são absorvidas deslocam a água para o lúmen. A absorção de água é induzida principalmente pelo Na+, Cl- e substâncias orgânicas. Excreção O excreta nitrogenado eliminado por peixes, assim como por diversos outros animais aquáticos, é amônia. Devido á ampla superfície de contato das brânquias com o meio, estas funcionam como um órgão excretor de sais e outros excretas, mas os rins também auxiliam na filtração e eliminação de elementos indesejáveis. Peixes de água doce devem manter-se hiperosmóticos em relação ao meio, e para isso, produzem urina com baixa concentração de sais e muita água. Além disso, é através das brânquias que esses animais conseguem manter níveis de sais interno elevado, gastando energia para retirar sais do meio, porém, acabam ganhando água por difusão pelo epitélio branquial. Os rins de teleósteos de água doce possuem grandes glomérulos que participam de alta taxa de filtração do sangue, gerando alto volume de urina diluída. Peixes de água salgada precisam eliminar sais e excretas para manter seus corpos hiposmóticos em relação ao meio. Esses animais fazem constante eliminação de NaCl e amônia pelas brânquias, porém perdem água em abundancia por este epitélio, sendo necessário ingerir água constantemente. Os rins de teleósteos marinhos não apresentam glomérulos nem cápsula desenvolvidos e a urina é formada somente por secreção Anfíbios Sistema digestivo: Presente, do tipo completo com digestão extracelular. Os anfíbios apresentam o tubo digestivo que começa com boca e semelhantemente aos peixes cartilaginosos termina em cloaca; apresentam uma língua protráctil e presa anteriormente a cavidade bucal. Sistema circulatório: Presente, apresentando circulação fechada (pois o sangue só percorre em interior de vasos sanguíneos), dupla (pois o sangue passa duas vezes pelo coração) e incompleta (pois acontece mistura dos sangues venoso e arterial). O coração apresenta três cavidades, que são: Dois átrios e um ventrículo e, a hematose ocorre nos pulmões. No átrio direito passa sangue venoso (rico em gás carbônico), enquanto que, no átrio esquerdo passa sangue arterial (rico em oxigênio), porém, quando os sangues chegam ao ventrículo ocorrem mistura do venoso com o arterial. As hemácias são do tipo nucleadas e elíptica. Esquema de sistema circulatório Sistema respiratório: Presente com respiração branquial na fase larvária e, do tipo pulmonar, cutânea e buco-faríngea na fase adulta. Os pulmões possuem uma pequena superfície respiratória e, a principal respiração é do tipo cutânea. Os recursos respiratórios utilizados em anfíbios: Os anfíbios são animais com maior número de recursos para a respiração, porém a que mais se destaca na fase adulta é a tegumentar ou cutânea. Sistema excretor: Presente e a excreção é feita pelos rins, do tipo pronéfrons e mesonéfrons, sendo que os mesonéfrons são as formas funcionais na fase adulta. A principal excreta nitrogenada dos anfíbios é também a uréia, como no caso dos peixes cartilaginosos. Sistema reprodutor Presente, com reprodução sexuada; são animais dióicos com fecundação externa (a maioria) e, o desenvolvimento indireto, devido apresentarem as seguintes larvas: GIRINOS: Presente nos sapos, rãs e pererecas. AXOLOTE: Presente na salamandra. A partir de agora, nenhum outro animal apresentará fase larvária. Repteis Sistema Digestão A boca abre-se largamente e os dentes são fortes, servindo para ataque, defesa e segurar a presa. Entre a cavidade bucal e a faringe há uma dobra transversal que isola a cavidade para não entrar água nos pulmões quando o animal abrir a boca dentro da água. O alimento passa da boca para a faringe, seguindo para o esôfago, estômago, intestino delgado, cloaca e o que não foi aproveitado é eliminado para o ambiente através do ânus. A cloaca é a saída dos sistemas digestivo, excretor e reprodutor. Sistema Circulatório A circulação é fechada, dupla e completa nos crocodilianos, sendo incompleta nos outros grupos. Sistema Respiração A respiração é pulmonar. O ar entra pelas narinas, passam pelo palato duro, coanas, glote, laringe (onde estão as cordas vocais), traquéia e brônquios. Os pulmões possuem dois septos internos. Sistema Excreção A excreção é feita por dois rins achatados e tubulares, localizados dorsalmente na parte posterior do corpo. Sistema Reprodução São animais dióicos, que fazem fecundação interna. Os ovos costumam ser grandes, possuem uma casca grossa para proteger contra dessecamento, o embrião tem desenvolvimento direto, sem metamorfose. As tartarugas possuem uma concha oval, com placas corneificadas, que costumamos chamar de casco. A parte dorsal desta concha chama-se carapaça e a ventral chama-se plastrão. O corpo está encaixado nesta concha, soldado pelas vértebras torácicas e costelas. Os pés dos jabutis têm forma de toco, e das tartarugas marinhas tem a forma de um remo, para natação. Aves As aves consomem os mais variados tipos de alimentos: frutos, néctar, sementes, insetos, vermes, crustáceos, moluscos, peixes e outros pequenos vertebrados. Elas possuem um sistema digestivo completo, composto de boca, faringe, esôfago, papo, proventrículo, moela, intestino, cloaca e órgãos anexos (fígado e pâncreas). Ao serem engolidos os alimentos passam pela faringe, pelo esôfago e vão para o papo, cuja função é armazenar e amolecer os alimentos. Daí eles vão para o proventrículo, que é o estômago químico das aves, onde sofrem a ação de sucos digestivos e começam a ser digeridos. Passam então para a moela (estômago mecânico) que tem paredes grossas e musculosas, onde os alimentos são triturados. Finalmente atingem o intestino, onde as substâncias nutritivas são absorvidas pelo organismo. Os restos não aproveitados transformam-se em fezes. As aves possuem uma bolsa única, a cloaca, onde desembocam as partes finais do sistema digestivo, urinário e reprodutor e que se abre para o exterior. Por essa bolsa eles eliminam as fezes e a urina e também põem os ovos. A circulação Uma característica que favorece a homeotermia nas aves é a existência de um coração totalmente dividido em quatro cavidades: dois átrios e dois ventrículos. Não ocorre mistura de sangues. A metade direita (átrio e ventrículo direitos) trabalha exclusivamente com sangue pobre em oxigênio, encaminhando-o aos pulmões para oxigenação. A metade esquerda trabalha apenas com sangue rico em oxigênio. O ventrículo esquerdo, de parede musculosa, bombeia o sangue para a artéria aorta. Assim, a todo o momento, os tecidos recebem sangue ricamente oxigenado, o que garante a manutenção constante de altas taxas metabólicas. Esse fato, associado aos mecanismos de regulação térmica, favorece a sobrevivência em qualquer tipo de ambiente. A circulação é dupla e completa. A respiração: pulmões e sacos aéreos O sistema respiratório também contribui para a manutenção da homeotermia. Embora os pulmões sejam pequenos, existem sacos aéreos, ramificações pulmonares membranosas que penetram por entre algumas vísceras e mesmo no interior de cavidades de ossos longos. A movimentação constante de ar dos pulmões para os sacos aéreos e destes para os pulmões permite um suprimento renovado de oxigênio para os tecidos, o que contribui para a manutenção de elevadas taxas metabólicas. A pele das aves é seca, não-dotada de glândulas e rica em queratina que, em alguns locais do corpo, se organiza na forma de placa, garras, bico córneo e é constituinte fundamental das pernas. As aves não têm glândulas na pele. No entanto, há uma exceção: a glândula uropigial (ou uropigiana), localizada na porção dorsal da cauda e cuja secreção oleosa lubrificante é espalhada pela ave, com o bico, nas penas. Essa adaptação impede o encharcamento das penas em aves aquáticas e ajuda a entender por que as aves não se molham, mesmo que fiquem desprotegidas durante uma chuva. Mamíferos Sistema Digestivo O sistema digestório dos mamíferos é formado por um longo tubo que vai da boca ao ânus. Vários órgãos e glândulas produzem sucos digestivos que vão "quebrando" as substâncias nutritivas dos alimentos (proteínas, gorduras, açucares) até que fiquem em "pedaços" tão pequenos que o intestino consiga absorvê-los. Os restos - que não são digeridos ou aproveitados - são eliminados pelo ânus sob a forma de fezes. Alguns herbívoros como o boi, a cabra, o carneiro e a girafa são mamíferos ruminantes. Assim como os demais mamíferos, não conseguem digerir a celulose, tipo de açúcar presente nas plantas. Porém, no estômago dos ruminantes há microorganismos (bactérias e protozoários) que fazem a digestão da celulose. Sistema respiratório Manter o corpo quente quando o ambiente resfria, por exemplo, requer energia. A energia para a homeotermia e para as atividades em geral dos mamíferos depende da respiração e da circulação. Em outras palavras a obtenção de energia depende da captação de oxigênio e do seu transporte pelo corpo, assim como os nutrientes, pelo sangue. Os mamíferos obtêm do ar o oxigênio necessário para os processos energéticos do seu corpo. Todos os mamíferos são seres pulmonados, isto é, o ar entra pelas vias respiratórias até os pulmões, que absorvem o oxigênio. Até mesmo os mamíferos aquáticos têm pulmões, eles precisam vir à superfície para respirar. Apresentam músculos localizados entre as costelas, que atuam nos movimentos respiratórios, e outro denominado diafragma. Sistema Circulatório Assim como o coração das aves, o coração dos mamíferos apresenta quatro cavidades. A circulação dos mamíferos é fechada, dupla e completa, sem que haja mistura de sangue venoso com arterial. A eficiência na circulação do sangue favorece a homeotermia corporal. Tal como as aves, os mamíferos são endotérmicos ou homeotérmicos, o que lhes permite permanecer ativos mesmo a temperaturas muito elevadas ou muito baixas. Este fato justifica a sua larga distribuição em todos os tipos de habitats, mais vasta que qualquer outro animal (exceto as aves). Sistema Reprodutor Em muitos grupos de mamíferos, há rituais de "namoro" antes do acasalamento. Há fecundação interna, o macho coloca o esperma (que contém os espermatozóides) dentro do corpo da fêmea, onde ocorre o encontro dos gametas. Esses seres chamados vivíparos têm filhotes que nascem após serem gerados no útero da mãe.