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Breves comentários sobre produção e PIB:
As atividades comerciais, como a indústria, a agropecuária, o
comércio em geral geram empregos pelos quais as famílias tiram o seu
sustento e atendem suas necessidades. Esse movimento cíclico gera o que
chamamos de Roda da economia, ou seja, de um lado o setor responsável por
atender as demandas e do outro as famílias que consumindo produtos e
serviços, geram a demanda.
Nessa cadeia produtiva a pessoa geralmente tem duas funcionalidades:
aparece como mão de obra em algum ramo dessa roda econômica, e também como
consumidor, fechando assim um ciclo que deveria ser perfeito.
Mas essa perfeição não existe e tende a se agravar quando ocorre uma
falta de poder de compra por parte das famílias, que pode ocorrer por terem
um salário desproporcional as suas necessidades, desemprego entre outros.
A produção nacional está atrelada a este quadro, pois pode acarretar
o estoque desnecessário, por esta falta de quem o compre. Certas situações
de transferência de renda visam então não apenas a dignidade da pessoa
humana, mas visa também, a saúde do sistema econômico vigente.
Os países possuem indicadores que servem para medir todo o tipo de
situação importante, visando garantir certo equilíbrio econômico e social,
entre outros e um deles é o PIB. O PIB mede em valores monetários a
produção final que chega ao consumidor, não levando em conta os produtos
intermediários que trariam uma duplicidade na conta, pois este produto
chegaria ao consumidor dentro do produto final. Assim uma peça de um
veiculo não entra no PIB, pois o produto final é o próprio veículo, o mesmo
não ocorre com uma peça idêntica para reposição desta, porque aí é uma
venda direta ao consumidor final.
Assim, se o PIB cresce emite-se moeda, mas se decresce recolhe-se
moeda do mercado. Como podemos perceber, está tudo relacionado a poder de
compra ou demanda.
Existem hoje profissionais que defendem que a mensuração apenas
através de valores monetários é incompleta, pois sendo eles para conhecer o
desempenho econômico e o progresso social, uma única medição em números não
garantiria uma conclusão confiável. A falta de dados mais precisos como as
receitas das famílias, por exemplo, afetariam as decisões governamentais,
quebrando a eficácia das políticas publicas.Vale lembrar que a diferença
entre ricos e pobres é um abismo.
Tais pensadores sugerem indicadores como felicidade e férias longas,
alem de sustentabilidade ambiental e financeira, o que não considero
absurdo, pois se o PIB já reúne dados sobre sistema prisional e segurança
porque não incluir indicadores sobre felicidade e bem-estar?
Por acaso não aspiramos à felicidade? (e não raro compramos os mais
variados produtos esperando que nos tragam satisfação ou "felicidade")
,cobramos do Estado que nos garanta segurança, até mesmo pagamos a
iniciativa privada por ela.
E indicadores altos do sistema prisional, não pode ser encarado como
revés de todos esses indicadores de felicidade, qualidade de vida etc.?
Considero que toda a situação que puder mostrar o perfil do cidadão
deve ser usada para a elaboração de políticas governamentais não com o
intuito de ser concorrente do PIB, mas acessorando-o, trazendo dados mais
precisos sobre a situação geral do país, amenizando a pobreza, trazendo
assim a dignidade da pessoa humana e por conseqüência, uma melhor fluidez
da roda econômica.