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Biologia Molecular

EM BIOLOGIA MOLECULAR É INDISPENSÁVEL, AS NOVAS TÉCNICAS COMO O SEQUENCIAMENTO DE DNA, OU SEJA, A UTILIZAÇÃO DA GENOMICA, TRANSCRIPTOMA E PROTEOMA.

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Sequenciamento de DNA pelo método de Sanger e pelo pirosequenciamento Acadêmicos: Lenilson Vilela Hélio de Souza Júnior UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS Biologia Molecular Básica Profª Draª Mônica SEQUENCIAMENTO DE DNA A unidade fundamental de informação nos seres vivos é o gene. A compreensão de como a informação é armazenada e utilizada nas células tem representado um caminho para a solução de problemas relacionados à estrutura e função das células. A geração de conhecimento em torno dos genes que compõem o genoma dos mais diversos seres vivos é possível por meio da determinação das sequências de nucleotídeos do DNA. SEQUENCIAMENTO DO DNA Definição Identificação da ordem exata dos pares de bases (A, T, G e C) em um segmento de DNA. Importância O conhecimento da seqüência de bases de um gene fornece importantes informações sobre sua estrutura, função e relação evolutiva com outros genes (de um mesmo organismo ou de organismos diferentes). Método de SANGER Princípio PRINCÍPIO I - Reação de sequenciamento. É necessária a presença de desoxinucleotídeos, didesoxinucleotídeos terminadores marcados com fluoróforos, primers, TAQ polimerase e o DNA genômico.  II – Anelamento dos primers no DNA genônico e ligação da TAQ polimerase polimerizando aleatoriamente um deoxinucleotídeo ou dideoxinucelotídeo terminador de cadeia.  III – TAQ insere um dideoxinucleotideo terminador de cadeia marcado com um fluoróforo que não contem 3´OH interrompendo a polimerização. Princípio PRINCÍPIO  IV – Criação de fragmentos de DNA clonados de tamanho aleatório. V – Separação dos fragmentos em gel de poliacrilamida. A leitura das bases é realizada através do didesoxinucleotídeo terminador marcado com fluoróforo.  VI – Os diferentes fluoróforos são excitados emitindo comprimentos de onda em frequências diferentes captadas por um fotomultiplicador. Didesoxinucleotídeo (ddNTP) desoxinucleotídeo (dNTP) MÉTODO DE SANGER  Método  (final  Método  (final  Método  (final manual (Radioisótopos) da déc. 70); semi-automático(Fluoresceínas) da déc. 80); automático da déc. 90 aos dias atuais). SEQUENCIAMENTO MANUAL SEQUENCIAMENTO MANUAL Anelamento do primer Extensão do primer Terminação da síntese: adição dos ddNTPs Eletroforese em gel de poliacrilamida desnaturante 32P Autorradiografia SEQUENCIAMENTO MANUAL Esquema do Sequenciamento de DNA. SEQUENCIAMENTO MANUAL LEITURA DA SEQUÊNCIA DE DNA • Manual GATC LEITURA DA SEQUÊNCIA DE DNA Auto-radiogramas de um gel de seqüenciamento de DNA Sequenciamento Semi-Automático e Automático SEQUENCIAMENTO GENÉTICO Leitura Automático Maior avanço no seqüênciamento genético; Uso de terminadores dideoxinucleotídeos com marcadores fluorescentes; Os terminadores marcados quando estimulados por laser estimulam de forma específica um detector de fluorescência; Softwares específicos fazem a leitura à partir dos detectores. REAÇÃO DE SEQUENCIAMENTO E LEITURA SEMIAUTOMATIZADA GENÉTICO anelamento dos primers denaturação SEQUENCIAMENTO GENÉTICO LEITURA DA SEQUÊNCIA DE DNA • Automática SEQUENCIAMENTO GENÉTICO Leitura Automático SEQUENCIAMENTO GENÉTICO SEQUENCIAMENTO GENÉTICO Sequenciamento Automático SEQUENCIADOR SEQUENCIAMENTO AUTOMÁTICO • Seqüenciadores de capilares - duas vezes mais rápidos, completamente automatizados; • Associação de capilares preenchidos com gel a um sistema de detecção através de fluorescência confocal excitada por laser; • Eliminação da montagem da placa e preparação do gel; • Aplicação das amostras por eletroinjeção; • Alta velocidade e resolução na separação das amostras. SEQUENCIAMENTO GENÉTICO SEQUENCIAMENTO GENÉTICO Capilares SEQUENCIAMENTO GENÉTICO ABI 3100 sequencer SEQUENCIAMENTO GENÉTICO SEQUENCIAMENTO GENÉTICO Sequenciamento Automático SEQUENCIAMENTO GENÉTICO SEQUENCIAMENTO GENÉTICO Sequenciamento Automático REAÇÃO DE SEQUENCIAMENTO E MARCAÇÃO DO DNA Leitura das sequências Manual Radioisótopos Leitura das sequências Automática Fluoresceínas SEQUENCIAMENTO DE SANGER  video PIROSEQUENCIAMENTO (MARGULIES)  Dispensa a necessidade de vetor.  Usa um eficiente método de amplificação in vitro de DNA, conhecido como PCR em emulsão É uma técnica de “sequenciamento por síntese” que mede a liberação de piro fosfato inorgânico (PPi) por quimiluminescência.  Em 7 horas pode-se produzir um total de 100 milhões de pares de base  Enquanto o método de “Sanger” produz apenas 440 mil pares de bases. Como funciona? COMO FUNCIONA? Shotgun do genoma DNA genômico Ligação do adaptador e separação em fita simples Amplificação da amostra baseada em Emulsão A + Reagentes PCR + Emulsão de óleo B Micro-reatores Adaptador carreando a fita de DNA Fita de DNA e Grânulos de captura Cria emulsão “água em óleo” “micro-reatores” Isolado de DNA está contido no grânulo Deposita-se as “Gotas de DNA” (PicoTiter™Plate) Grânulos são colocados na placa PicoTiter™ Coloca-se as enzimas Análise Centrífuga 44 μm Esquema Óptico Placa PicoTiter Reagentes fluem Síntese Fótons gerados são capturados pela câmera Imgem criada pela reação  Estratégias:  FASE SÓLIDA  FASE LÍQUIDA  FASE SÓLIDA: Utiliza DNA imóvel, pré lavagem para remoção do excesso de substrato após cada adição de um nucleotídeo.  FASE LÍQUIDA: Adição da Apirase ( enzima degradante de nucleotídeo extraído de batata) permite que seja realizada em um único tubo.  Preparação para o pirosequencimento:  Purificação : nucleotídeos excedentes, primers, sais (removidos ou diluídos)  Maior qualidade e menor background  FASE SÓLIDA:  Esferas magnéticas capturam o produto da PCR  Sedimentação  Lavagem  Desnaturação  FASE LÍQUIDA: Complexo enzimático 35°C (Apyrase + exonuclease ) 2. Insere a placa PicoTiter dentro do instrumento 3. Coloca-se os reagentes em locais específicos 4. Ssequência do genoma é lida em tempo real. 1. Genoma é colocado dentro da placa PicoTiter™ Esquema Geral Câmera de CCD Computador Câmara de fluxo contendo as amostras e as fibras ópticas (1,6 milhões/slide) Bombeamento de fluídos Como funciona o pirosequenciamento? Passo 1 Eluição do DNA em um tudo de PCR: Reagentes do PCR incubados com as enzimas ATP sulfurilase, luciferase e apirase, além dos substratos adenosina 5´ fosfosulfato (APS) e luciferina. Passo 2 O primeiro dos quatro desoxinucleotide trifosfatos (dNTPs) é adicionado a reação. A DNA polimerase catalisa a incorporação do dNTP à fita de DNA. Cada evento de incorporação é acompanhada da liberação do pirofosfato (PPi) em uma quantidade equimolar à quantidade de nucleotídeos incorporados. Passo 3 ATP sulfurilase converte o PPi em ATP na presença de APS. Este ATP dirige a conversão mediada pela luciferase da luciferina em oxiluciferina que gera uma luz visível numa quantidade proporcional à quantidade de ATP. A luz produzida é detectada por uma câmera CCD (charge coupled device) e vista como um pico no pyrogram™. Cada sinal de luz é proporcional ao número de nucleotídeos incorporados. Passo 4 A Apirase, uma enzima que degrada nucleotídeos, degrada constantemente os dNTPs não incorporados e o excesso de ATP. Quando a degradação é completada, outro dNTP é adicionado. Passo 5 A adição de dNTPs é realizada uma de cada vez. À medida que o processo continua, a fita de DNA complementar é formada e a sequência é determinada a partir dos picos do pirograma. Pirograma Linearidade é mantida até homopolímeros de 8 nt Os nucleotídeos foram corridos na ordem T, A, C, G. A primeira das quatro bases constituem a seqüência “chave”, usada para identificar os poços que contém o DNA-carrying bead. Biotecnologia: o DNA em foco. O Cortinão do Watson. NDB – Núcleo de Difusão Biotecnológica Sanger X Pirosequenciamento • Depende de clonagem em bactéria (2 semanas de trabalho) • Não há clonagem • 1 milhão de pb em 24 horas • 25 milhões de bp em 4 horas (100x mais rápido) • Reads de ~700 bp • Reads de ~100 bp • Clones de fita dupla permitem sequenciamento em ambas direções (facilita • orientação 6 meses de e montagem) sequenciamento, 24 horas por dia, para sequenciar o genoma de um fungo • Fragmentos fita simples não permitem sequenciamento em ambas direções • 24 horas para sequenciar o genoma de um fungo FIM Métodos subsidiários para o diagnóstico da Leishmaniose tegumentar americana (LTA): comparação dos resultados do sequenciamento de DNA e da PCR-RFLP para determinação da espécie de leishmania em amostras cutâneomucosas UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS Biologia Molecular Básica Acadêmicos: Lenilson Vilela Hélio de Souza Júnior Profª Draª Mônica Santiago A doença  Doenças É Infectoparasitárias uma doença infecciosa, crônica, não contagiosa, caracterizada pelo comprometimento da pele, mucosa e cartilagens. Pode manifestar-se como leishmaniose cutânea localizada (LCL), leishmaniose cutânea difusa (LCD), leishmaniose cutâneo-mucosa (LCM).  Com o avanço das técnicas de biologia molecular, a PCR (polymerase chain reaction) tem sido utilizada com sucesso no diagnóstico da LTA, pois tem alta sensibilidade e especificidade.  Utilizando DNA de leishmania obtido de produtos de PCR, tem sido realizado o sequenciamento desse DNA, para identificação e caracterização genômica das espécies de leishmanias.  Região Nordeste de SP. Metodologia  Levantamento dos prontuários de152 pacientes com diagnóstico confirmado de LTA. (HC-FMRPUSP)  1993 a 2004, tendo como critério de inclusão ter sido realizada PCR em amostras cutâneomucosas. A PCR-RFLP foi realizada nas amostras de PCR positivas dos pacientes, usando a enzima Hae III. Estatística  Teste binomial ou teste de McNemar para a comparação dos resultados da PCR, sequenciamento e da PCR-RFLP. Resultados  Dos 152 pacientes 114 eram do sexo masculino e 38 eram feminino.  123 pacientes (81%) eram brancos, 20 (13,1%) eram pardos, sete (4,6%) eram negros.  LCD acometeu 121 pacientes (79,6%), as cutâneo-mucosa e mucosa, 30 pacientes (19,7%).  113 (74,3%), entre 21 e 60 anos; 17 (11,2%) abaixo dos 21 anos; 22 (14,5%) acima dos 60 anos. O sequenciamento de DNA do fragmento amplificado pela PCR (102 amostras), 62 (60,8%) resultados positivos e 40 (39,2%) negativos.  Dos positivos, 40 (39,2%) amostras apresentaram a espécie L. (V.) braziliensis, 20 (19,6%) a espécie L. (L.) amazonensis, uma (1,0%) a espécie L. guyianensis.  Resultados do sequenciamento de DNA e da PCR-RFLP em amostras de pele e mucosa de pacientes com LTA.  Com a comparação das técnicas realizadas, encontrou-se concordância de resultados em 61 (61%) amostras, isto é, tanto no sequenciamento como na PCR, 33 (33%) amostras apresentaram como resultado a espécie L. (V.) braziliensis. CONCLUSÃO •O seqüenciamento evidenciou: • 39,2% de casos para a espécie L. (V.) braziliensis •19,6% para L. (L.) amazonensis •1% para L. spp. •1% para L. guyianensis •e 39,2% de resultados não identificados. CONCLUSÃO •A PCR-RFLP identificou as espécies: • L. (V.) braziliensis em 52% das amostras • L. amazonenesis em 10,7% •L. spp. em 15,3% •e 22% de resultados negativos CONCLUSÃO •Quando se comparou o seqüenciamento à PCR-RFLP, excluindo os resultados negativos e não identificados obteve-se concordância em : •75% dos casos para L. (V.) braziliensis •e em 20,4% para L. (L.) amazonensis. OBRIGADO !!!