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Benefício De Alvenaria Estrutural Quando Comparado Com Estrutura Convencional De...

Trabalho de final de curso

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UNIVERSIDADE POLITÉCNICA A POLITÉCNICA ESCOLA SUPERIOR DE GESTÃO, CIÊNCIAS E TECNOLOGIA BENEFÍCIO DE ALVENARIA ESTRUTURAL QUANDO COMPARADO COM ESTRUTURA CONVENCIONAL DE BETÃO ARMADO Trabalho de fim de curso para obtenção do grau de licenciatura em Engenharia Civil de LEONILDO CASIMIRO MUIOCHA Estudante no 210544 DO CURSO DE ENGENHARIA CIVIL Supervisor: Engo. Martinho A. Pestana Coelho Maputo, Maio de 2015 BENEFÍCIO DE ALVENARIA ESTRUTURAL QUANDO COMPARADO COM ESTRUTURA CONVENCIONAL DE BETÃO ARMADO Trabalho Científico apresentado à Escola Superior de Gestão, Ciência e Tecnologia – Universidade Politécnica A POLITÉCNICA, como exigência parcial para a obtenção do grau de Licenciatura em Engenharia Civil Supervisor: Engo. Martinho A. Pestana Coelho Maputo, Maio de 2015 PARECER DO SUPERVISOR O trabalho de licenciatura intitulado BENEFÍCIO DE ALVENARIA ESTRUTURAL QUANDO COMPARADO COM ESTRUTURA CONVENCIONAL DE BETÃO ARMADO, foi realizado pelo estudante Leonildo Casimiro Muiocha sob minha orientação. Considero que o mesmo cumpre com os objectivos traçados e os requisitos exigidos para a avaliação e consideração para obtenção de grau de licenciatura em Engenharia Civil O Supervisor: ________________________________ (Engo. Martinho A. Pestana Coelho) DECLARAÇÃO DE HONRA Eu, Leonildo Casimiro Muiocha, declaro que este trabalho de fim de curso foi exclusivamente realizado por mim. O mesmo é agora submetido de acordo com todos os requisitos e exigências para a obtenção do grau de licenciatura em Engenharia Civil, na Universidade Politécnica A POLITÉCNICA em Maputo. Assinatura___________________________________________ Data de submissão 31 Maio de 2015 DEDICATÓRIA Usar o intelecto, o desafio não é agir automaticamente. É sim, achar uma acção que não seja automática. Na pintura, na respiração, na conversa, na escrita, em se inspira… Dedico este trabalho, aos meus pais Júlio Auxílio Muiocha e Angélica Luís de Abreu que tudo fazem e tudo exercem para garantir a melhor formação, como os anteriores filhos tiveram. i AGRADECIMENTOS Numa viagem como esta, é ingénuo aquele que pensa que tem forças para caminhar sozinho, sem a bengala dos “bons”. E, como de ingenuidade tive e até que baste, neste momento resta-me olhar para o caminho percorrido e concluir que sou o que sou (nada). Porque tive todo o vosso amparo em vários momentos desta jornada: antes de cá estar, ao longo do meu curso e agora – na elaboração do trabalho final de curso. Esta página e palavras com certeza que são do tamanho de um átomo por aquilo que vós fizestes por mim, e não terei e nem teria como agradecer à proporção dos feitos. Daí que devo começar por algum lado: ao meu orientador Engº Martinho Augusto Pestana Coelho, pelo apoio incondicional na realização e conclusão deste trabalho, dos ensinamentos, criticas e disponibilidade para me ouvir em vários momentos. Aos meus Docentes ao longo curso, ao Engº Hélio Mahanjane, à Drª Crichula Tembe, aos responsáveis da Fábrica de Tijolo da Mutamba em Inhambane e em particular ao Diretor do INEFP o Dr. Abdul Carimo Ginabay Júnior, pelo apoio total prestado. Aos meus colegas do curso de engenharia civil, na Faculdade de Ciências e Tecnologia na Universidade A Politécnica, particularmente aos amigos Lopo Magaia, Dalton de Rosário, Jorge Trinta e Alberto Sabão (dispenso detalhes) e aos que directamente, ou não, contribuíram para a conclusão do meu curso. Por fim, sem com isso significar o seu lugar na minha vida, um pedido de desculpas aos meus amigos Abel Nhavene, Eurico Charifo, Nemane Tiga, irmãos Onésimo Muiocha, Delfina Muiocha, João de Abreu, Jessica Muiocha e Júlio Muiocha Júnior, em particular à minha namorada Sheinaze Ginabay pela ausência em vários momentos importantes ao longo destes meses, apesar de sempre puder contar com o seu amor, solidariedade e carga moral que me incentivou a seguir em frente. ii O meu muito obrigado à cidade de Inhambane, praias do Tofo e Barra, ao Centro de Formação Profissional (INEFP de Inhambane). A todos o meu profundo agradecimento. iii RESUMO Autor : Leonildo Casimiro Muiocha Grau Académico : Licenciatura em Engenharia Civil Título: Benefício de Alvenaria Estrutural Quando Comparado com Estrutura Convencional de Betão Armado Universidade : A Politécnica Faculdade : Ciências e Tecnologia Supervisor da proposta: Engo. Martinho Augusto Pestana Coelho Data: 31 Maio de 2015 Palavras chave: Alvenaria estrutural, betão armado, comparação de sistema de alvenaria estrutural e betão armado. A cada dia, em escala cada vez maior, a alvenaria estrutural tem representado a solução construtiva com características de durabilidade, sem desperdícios económicos, com os princípios de sustentabilidade que a sociedade procura para a construção do seu “habitat” e os benefícios oferecidos pelo sistema, somados à necessidade de construir mais acessível e com segurança, trouxeram um novo “status” para a alvenaria estrutural, que se tornou forma de subsistência para muitas construtoras em diversos pontos do mundo. Desse modo, este estudo busca apresentar a melhor solução do ponto de vista económico para um edifício escolar de tamanho e padrão médio. Na comparação entre os sistemas de alvenaria estruturas de tijolos cerâmicos e estrutura de BA, lendo livros, observa-se que os autores não têm a pretensão de esgotar o assunto alvenaria estrutural de tijolos cerâmicos, não havendo abordagem sobre o projeto estrutural, nem a pretensão de elaborar um código de práticas recomendadas que, por definição, deveria contemplar as melhores práticas adotadas nas distintas regiões do País, incluindo até aspectos de manutenção. iv Constactou-se que o custo com o conjunto alvenaria, infra-estrutura e revestimento, a soma destes “itens” da obra, no sistema de alvenaria estrutural, de acordo com Tauile e Nesse (2010), representou uma redução de 25% para este perfil de obra em termos de números e também se verificou que este percentual pode ser potenciado em obras de padrão mais baixo, nas quais a estrutura tem um peso maior no custo final, verificandose o inverso em empreendimentos de padrão alto. Neste contexto e dada a importância tópico propõe-se conduzir uma investigação, especialmente voltada para a alvenaria de tijolos cerâmicos, dedicado a umas das etapas mais importantes do processo de produção no ponto de vista conceptual. Para o efeito vai-se conduzir um estudo de caso de investigação analítica e descritiva para se compreender as vantagens económicas que uma construção de AE tem comparativamente a estrutura de BA para um edifício escolar de tamanho e padrão medio. O objectivo deste trabalho de investigação busca apresentar um estudo comparativo entre os sistemas construtivos de estrutura convencional em BA e alvenaria estrutural, com foco principal na sua diferença de custo, mobilizando a técnica de alvenaria estrutural a ser praticada, visto que apresenta uma redução de custo significativa, de equipamento e de mão-de-obra. Neste contexto é a melhor solução construtiva para zonas recônditas, com consciência ecológica, na redução fôrmas e diminuição de entulhos. v ÍNDICE DEDICATÓRIA.............................................................................................................. I AGRADECIMENTOS ................................................................................................. II RESUMO ...................................................................................................................... IV INDÍCE ......................................................................................................................... VI LISTA DE FIGURAS .................................................................................................. IX LISTA DE TABELAS ................................................................................................. XI LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS............................................................... XII LISTA DE SÍMBOLOS............................................................................................ XIII CAPÍTULO 1: METODOLOGIA DE INVESTIGAÇÃO......................................... 1 1.1 INTRODUÇÃO ................................................................................................... 1 1.2 O PROCESSO DE INVESTIGAÇÃO ................................................................. 2 1.2.1 O problema a ser investigado.......................................................................... 3 1.2.2 A pergunta a investigar e as hipóteses a considerar........................................ 3 1.2.3 A metodologia de investigação ....................................................................... 4 1.3 CONSTRAGIMENTOS PREVISTOS NA INVESTIGAÇÃO ............................. 5 1.3.1 As limitações do trabalho ............................................................................... 5 1.3.2 As delimitações do trabalho ............................................................................ 5 1.4 OS OBJECTIVOS DA INVESTIGAÇÃO............................................................. 5 1.4.1 O objectivo geral ............................................................................................. 5 1.4.2 Os objectivos específicos ................................................................................ 6 1.5 A IMPORTÂNCIA DO TEMA PROPOSTO PARA INVESTIGAÇÃO .............. 6 CAPÍTULO 2: LEITURA BIBLIOGRÁFICA ........................................................... 7 2.1 O QUE DIFERENCIA UMA ALVENARIA COMUM DE UMA ESTRUTURA? ..................................................................................................................................... 8 2.2 VANTAGENS ....................................................................................................... 9 2.3 ONDE DEVE SER USADA .................................................................................. 9 vi CAPÍTULO 3: ANÁLISE DE DADOS, ESTUDO TEÓRICO COMPARATIVO ENTRE OS SISTEMAS .............................................................................................. 11 3.1 HISTÓRIA DA TRANSIÇÃO DA ALVENARIA PARA BETÃO ARMADO, A ALVENARIA ESTRUTURALHISTÓRIA .............................................................. 11 3.1.1 Alvenaria ....................................................................................................... 11 3.1.2 Betão armado ................................................................................................ 11 3.1.3 Alvenaria estrutural....................................................................................... 13 3.2 SISTEMA DE ALVENARIA ESTRUTURAL ................................................. 14 3.2.1 Definição ....................................................................................................... 14 3.2.2 Vantagens e desvantagens do sistema .......................................................... 16 3.2.2.1 Vantagens............................................................................................... 16 3.2.2.2 Desvantagem .......................................................................................... 18 3.2.3 Classificação ................................................................................................. 18 3.2.4 Componentes empregues .............................................................................. 21 3.2.4.1 Unidades (blocos estruturais)................................................................. 21 3.2.4.2 Argamassa .............................................................................................. 24 3.2.4.3 Grout ...................................................................................................... 26 3.2.4.4 Armadura ............................................................................................... 27 3.2.5 Projecto ......................................................................................................... 28 3.2.5.1 Projecto arquitectónico .......................................................................... 29 3.2.5.2 Projecto complementares ....................................................................... 30 3.2.5.3 Compatibilização de projecto ................................................................ 30 3.2.5.4 Cronograma ........................................................................................... 30 3.2.6 Método construtivo ....................................................................................... 31 3.2.6.1 Modulação ............................................................................................. 32 3.2.6.2 Instalações hidráulicas, sanitárias e elétricas ......................................... 35 3.3 SISTEMA CONVENCIONAL DE BETÃO ARMADO ................................... 37 3.3.1 Definição ....................................................................................................... 37 3.3.2 Vantagens e desvantagens do sistema .......................................................... 38 3.3.2.1 Vantagens............................................................................................... 38 3.3.3 Classificação ................................................................................................. 40 vii 3.3.4 Componentes empregues .............................................................................. 43 3.3.5.1 Concepção de projecto ........................................................................... 48 3.3.5.2 Cargas de projecto ................................................................................. 49 3.3.5.3 Elementos componentes da estrutura ..................................................... 50 3.3.5.4 Etapas do projecto estrutural.................................................................. 51 3.3.6 Método construtivo ....................................................................................... 51 3.3.6.1 Sistema de formas .................................................................................. 52 CAPÍTULO 4: AVALIAÇÃO DE RESULTADOS, ESTUDO PRATICO COMPARATIVO ENTRE OS SISTEMAS .............................................................. 55 4.1 APRESENTAÇÃO DO PROJECTO ................................................................. 55 4.2 ANALISE DOS MATERIAIS, QUANTIFICAÇÃO E RESULTADOS ......... 58 4.2.1 Para sistema construtivo alvenaria estrutural................................................ 62 4.2.2 Para o sistema construtivo de betão armado ................................................. 66 CAPÍTULO 5: CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES ....................................... 70 BIBLIOGRAFIA ......................................................................................................... 73 APÊNDICE A ............................................................................................................. ..76 APÊNDICE B ............................................................................................................... 97 APÊNDICE C ...............................................................................................................101 viii LISTA DE FIGURAS Figura 01: alvenaria não armada ……………………………………………………..18 Figura 02: alvenaria armada ou parcialmente armada ………………………………..19 Figura 03: alvenaria pré-esforçada …………………………………………………...20 Figura 04: definição do nome do bloco ………………………………………………21 Figura 05: modelos dos tijolos cerâmicos ……………………………………………22 Figura 06: modelos dos blocos de betão ……………………………………………...23 Figura 07: argamassa e pasta de cimento e água. …………………………………….24 Figura 08: para as demais fiadas, a argamassa será colocada………………………...24 Figura 09: abertura para limpeza e “grouteamento” na parede ……………...………25 Figura 10: parede com armadura com “grouteamento” para edifícios de porte……...27 Figura 11: reticulada de referência. …………………………………………………..32 Figura 12: demonstração 1a e 2a fiada e amarrações de blocos ………………………33 Figura 13: diferentes tipos de amarração. ……………………………………………33 Figura 14: modulação de piso a tecto. ………………………………………………..34 Figura 15: instalações hidráulicas. …………….……………………………………..35 Figura 16: instalações elétricas ……………………………………………………….36 Figura 17: betão simples. ……………………………………………………………..41 Figura 18: betão armado. …………….……………………………………………….42 Figura 19: sistema de construção por pré-fabricado ………………………………….43 Figura 20: clinquer para fabricação do cimento e o cimento em obra …………… …44 Figura 21: agregado graúdo e seixo rolado. ………………………………………….45 Figura 22: agregados graúdos artificiais………………………………………………46 Figura 23: agregado miúdo e a área natural. …………………………………………46 Figura 24: rugosidade das barras e fios de aço ……………………………………….48 ix Figura 25: tipos de fôrmas utilizadas em pilares ……………………………………..53 Figura 26: localização do empreendimento. ………………………………………….54 Figura 27: detalhe de uma fôrma de viga ………………...…………………………..54 Figura 28: detalhe de uma fôrma de laje ……………………………………………..54 Figura 29: localização do empreendimento. ………………………………………….56 Figura 30: implantação do empreendimento …………………...…………………….56 Figura 31: Representação do bloco C……………….…………….…………………..57 Figura 32: planta do piso 1…………………………………………..………………..58 Figura 33: planta do piso 2……………………………………………………………58 Figura 34: Representação do bloco ………………………………………….……… 59 Figura 35: detalhe escada……………………………………………… …………… 60 Figura 36: Modulação de alvenaria estrutural…………………………………..…… 62 x LISTA DE TABELAS Tabela 1: resistência à compressão característica dos Blocos ……………..………...21 Tabela 2: resumo do orçamento alvenaria estrutural ………...……………..……….65 Tabela 3: resumo do orçamento betão armado………………………….…………...67 xi LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS AE Alvenaria Estrutural APEBP Associação Portuguesa das Empresas de Betão Pronto BA Betão Armado CFM Caminhos de Ferros de Moçambique CYPECAD Programa de Cálculo de Estruturas REBAP Regulamento de Estruturas de Betão Armado e Pré-Esforçado RSA Regulamento de Segurança e Acções para Estruturas de Edifícios e Pontes INEFP Instituto Nacional de Emprego e Formação Profissional (Moçambique) IEFP Instituto de Emprego e Formação Profissional (Portugal) No Número PMBOK Project Managent Body of Knowledge PMI Project Management Institute Alvest/TQS Programa de Cálculo de Estruturas de Alvenaria Estrutural xii LISTA DE SÍMBOLOS % Percentagem @ Espaçamento da armadura ºC Temperatura (graus celsius) A Área cm² Unidade de Medida (centímetros quadrados) C Comprimento L Largura fbk Resistência característica do bloco E Módulo de elasticidade Kgf/m3 Unidade de Medida (quilograma força por centímetro cúbico) kg Unidade de Medida (quilogramas) m Unidade de Medida (metros) m² Unidade de Medida (metros quadrados) m³ Unidade de Medida (metros cúbicos) mm Unidade de Medida (milímetros) Mzn Unidade Monetária de Moçambique (Metical) MPa Unidade de Medida (mega pascal)) Ø Diâmetro xiii Pensamentos materializam coisas, O segredo xiv Benefícios de Alvenaria Estrutural Quando Comparado com Estrutura Convencional de Betão Armado Por Leonildo Casimiro Muiocha CAPÍTULO 1: METODOLOGIA DE INVESTIGAÇÃO Neste capítulo são feitas as considerações iniciais, introdutórias que justificam o tema escolhido e expõem o objetivo, as hipóteses adoptadas, o processo de investigação, os constrangimentos previstos na investigação, as delimitações do trabalho e a sua própria estrutura. 1.1 INTRODUÇÃO A economia moçambicana tem atravessado, nos últimos anos, um óptimo momento, de acordo com Instituto Nacional de Estatística (2014). Por este motivo, houve um grande crescimento nos investimentos na construção civil, muitos empreendimentos surgiram e muitos ainda se encontram em execução. Sendo assim, na busca pela maior rentabilidade do investimento, muitas empresas deparam-se pela escolha do sistema construtivo ideal para os seus interesses. É neste contexto que este trabalho se insere, pretendendo contribuir para o estudo de soluções construtivas sustentáveis, recorrendo ao uso de materiais de construção naturais com baixa relação custo-benefício, sendo este é o principal argumento para a sua utilização em obras de interesse social. Porém, também existem várias classes dessa construção para este público, o principal entrave é a impossibilidade de mudar o projecto arquitectónico. Mas há projectos de alvenaria estrutural de alto padrão, porém em menor número e com restrições em função dos vãos, pois este público quer ter liberdade na planta do ambiente construído, e este método tem limitações. Apesar de ser um sistema milenar, a alvenaria estrutural promete inovações. Entre elas, estão tijolos aparentes com textura numa das faces e itens de maior inércia térmica com maiores larguras e fabricados com tecnologia de termo-argila, técnica que permite menores densidades. O termos consagrado, como largura usual, o uso de tijolo com 14 cm de espessura e, dentro do conceito de racionalização, a modulação de 15 cm é a principal tendência por permitir amarrações diretas nos cantos e nos encontros de três paredes, por outro lado a 1 Benefícios de Alvenaria Estrutural Quando Comparado com Estrutura Convencional de Betão Armado Por Leonildo Casimiro Muiocha obtenção de blocos com maior resistência permite a segurança prevista na norma e a execução de edificações de até dez pavimentos ou mais. Isto fica evidente, que a norma para o cálculo de alvenaria de tijolos cerâmicos é baseada no método das tensões admissíveis, recomendando-se a execução de um projecto detalhado, compatibilizando a utilização de produtos normatizados confiáveis e de mãode-obra qualificada. Em alvenaria estrutural não se utilizam pilares e vigas, pois as paredes chamadas de portantes compõem a estrutura da edificação e distribuem as cargas uniformemente ao longo das fundações, isto significa que em prédios bem projectados e pensados desde a origem do empreendimento para a alvenaria estrutural cerâmica, o sistema possa penetrar noutra fatia de mercado com sucesso. 1.2 O PROCESSO DE INVESTIGAÇÃO Pelo facto de a Alvenaria Estrutural apresentar uma distribuição de cargas diferente da estrutura em BA, o edifício em alvenaria estrutural apresenta uma redução no consumo de betão e uma diminuição significativa da quantidade de aço. Não sendo o critério económico o único a ser levado em consideração. Outros factores também devem ser considerados, como: oferta de mão-de-obra qualificada, relacionamento com fornecedores, disponibilidade de materiais próximos ao local da obra, entre outros. Além disso, a produção de tijolos cerâmicos em Moçambique poderá ter grande procura por ser fácil a sua produção, uma vez que temos matéria-prima em abundância, diferente de BA que não está conseguindo atender à alta procura, o que vem gerando aumento de prazos de entrega e atrasos nas obra. Com os demais critérios de avaliação da viabilidade da obra ganham importância como factor de decisão, uma vez que estes “itens” podem encarecer o custo final do sistema e alterar o resultado esperado. Neste contexto, o processo de investigação seguirá os seguintes passos:  Identificação do Tópico;  Identificação do paradigma de investigação e determinação da metodologia de investigação;  Definição dos objectivos gerais e específicos a atingir com o trabalho; 2 Benefícios de Alvenaria Estrutural Quando Comparado com Estrutura Convencional de Betão Armado Por Leonildo Casimiro Muiocha  Determinação das limitações e delimitações da investigação;  Recolher de dados e informação;  Análise e interpretação de dados;  Escrever o relatório de investigação. 1.2.1 O problema a ser investigado a) Formulação do Problema a ser Investigado Este estudo não apresenta problema por se tratar duma comparação entre sistemas construtivos (Alvenaria Estrutural e Estrutura Convencional de Betão Armado). Utilizando a técnica de “benchmarking” irão ser avaliados qual dos sistemas envolve menos custos numa construção. De acordo com Lopes (2000:59), a técnica de “benchmarking” é uma técnica de gestão que consiste num processo sistemático e contínuo de medida e comparação dos produtos, serviços e processos de trabalho de uma organização com os líderes do mercado, no sentido de obter informações que possam ajudá-la a melhorar o seu nível de desempenho. Esta técnica tem sido considerada de grande interesse por ser um instrumento de gestão decisivo para o aumento da produtividade e da qualidade das empresas, para superar deficiências de desempenho e aumento da competitividade. 1.2.2 A pergunta a investigar e as hipóteses a considerar a) Formulação da Pergunta a investigar De acordo com a técnica acima descrita, este estudo não apresenta problema como também não haverá pergunta por investigar. b) As Hipóteses H0 e H1 Tratando-se de um método descritivo, por não haver um problema e nem a pergunta a investigar consequentemente não haverá hipóteses por apresentar. 3 Benefícios de Alvenaria Estrutural Quando Comparado com Estrutura Convencional de Betão Armado Por Leonildo Casimiro Muiocha c) Perguntas investigativas de apoio a investigação Nesta perspectiva, sem problema a ser investigado, sem pergunta a investigar e sem hipóteses a colocar, poder-se-ão colocar as seguintes perguntas investigativas que servirão de suporte para uma melhor compreensão do assunto a investigar:  Qual dos sistemas construtivos apresenta melhor preço?  O preço poderá afectar na decisão da escolha nos sistemas?  Porque o sistema de betão armado é o mais utilizado?  Quais as razões, da comparação dos sistemas?  Será que o sistema de alvenaria estrutural trará benefícios?  Quais dos sistemas é mais eficaz, na sua vida útil?  O que diferencia uma alvenaria comum de uma estrutural?  O que diferencia alvenaria estrutural da estrutura de betão armado? 1.2.3 A metodologia de investigação Este trabalho de investigação será desenvolvido no âmbito de comparação de custo, por se verificar que no país a técnica frequente é de estruturas de BA, enquanto que possuímos recursos em abundância para uma construção económica, por isso focamos este estudo numa zona afastada da capital e com abundância de matéria prima – Inhambane e confirmamos que a técnica de Alvenaria Estrutural não necessita de equipamentos sofisticados e muito menos mão-de-obra encarecida. Deste modo, vai-se conduzir uma investigação descritiva e analítica no âmbito do paradigma quantitativo, com o intuito de se obter uma clara percepção, se a causa está de alguma forma relacionada ou associada com a falta de conhecimento ou por ser carecida a comparação com a técnica de Estruturas de Betão Armado e Alvenaria Estrutural na zona. 4 Benefícios de Alvenaria Estrutural Quando Comparado com Estrutura Convencional de Betão Armado Por Leonildo Casimiro Muiocha 1.3 CONSTRANGIMENTOS PREVISTOS NA INVESTIGAÇÃO 1.3.1 As limitações do trabalho Como em todos os trabalhos de investigação, há algumas limitações e constrangimentos que podem surgir dificultando a colheita de dados e informação, apresentando as mais relevantes:  Falta de bibliografia para consulta e suporte ao trabalho em análise;  Pesquisa via internet limitada, visto que e os mesmos não tratam do caso de Moçambique em particular;  Relutância de algumas pessoas ou colaboradores em dar entrevistas com receio de represálias no local de trabalho;  Fornecimento de informação incompleta ou irreal acerca do assunto em estudo;  Dificuldade em obter informação junto das diferentes entidades;  Probabilidade de respostas com elevado grau de “bias”; 1.3.2 As delimitações do trabalho O trabalho de investigação será conduzido em Inhambane, e ir-se-á colher e tratar os dados do sistema de construção Alvenaria Estrutural orçamental no seu ideal, comparando com o sistema convencional de Estruturas de BA, no tempo de obra para um edifício de padrão médio. 1.4 OS OBJECTIVOS DA INVESTIGAÇÃO 1.4.1 O objectivo geral Compreender os sistemas de construção de estrutura em Betão Armado e Alvenaria Estrutural, com foco principal na sua diferença de custos. De acordo com alguns autores a solução de Alvenaria Estrutural apresenta uma redução de custos significativa, bem como uma melhor solução construtiva para obras de padrão médio, com consciência ecológica na redução formas e diminuição de entulhos. 5 Benefícios de Alvenaria Estrutural Quando Comparado com Estrutura Convencional de Betão Armado Por Leonildo Casimiro Muiocha 1.4.2 Os objectivos específicos Fazem parte dos objectivos específicos deste trabalho, os seguintes:  Estudar as definições e aplicações dos sistemas construtivos;  Analisar a situação actual dos sistemas em Moçambique;  Apresentar um empreendimento;  Comparar os orçamentos dos sistemas (BA e AE). 1.5 A IMPORTÂNCIA DO TEMA PROPOSTO PARA INVESTIGAÇÃO O tema proposto para a investigação, decorrente do atraso da indústria da construção civil em relação a outros sectores, exige a necessidade de desenvolver formas de melhorar a qualidade dos produtos e dos processos. É necessário buscar a utilização de processos construtivos racionalizados que viabilizem a melhoria da qualidade e o aumento da produtividade com o objectivo de reduzir custos. Entre os processos construtivos racionalizados, a alvenaria estrutural vem ganhando um grande impulso na vizinha África do Sul e no resto do mundo, ao longo dos últimos anos. Inicialmente o sistema destacou-se devido à notável redução dos custos da construção e à grande agilidade e racionalidade do sistema, sendo solução para o grande défice de habitat. Com o passar do tempo, vem-se desenvolvendo e atingindo o mercado de obras de médio e alto padrão, dominando empreendimentos horizontais e verticais em todo mundo. 6 Benefícios de Alvenaria Estrutural Quando Comparado com Estrutura Convencional de Betão Armado Por Leonildo Casimiro Muiocha CAPÍTULO 2: LEITURA BIBLIOGRÁFICA Este capítulo, apresenta a bibliografia consultada e pertinente ao tema em estudo, de forma a introduzir e criar o conhecimento ao autor para o trabalho em questão. Também abordará e citará autores que tratem esta temática, de forma a compreender o seu pensamento em relação ao tema em estudo. De acordo com Kalil (2010:10), para exemplificar o crescimento da técnica Alvenaria Estrutural, o sistema construtivo que através de peças industrializadas dimensionadas para seguirem um padrão, são ligadas por argamassa tornando esse conjunto numa estrutura sem armaduras. Essas peças ou blocos podem ser moldados em cerâmica, betão ou em material sílico-calcáreo. De acordo com Coêlho (1998:13), do ponto de vista executivo, a AE é caracterizada por ser simples e eficiente, uma vez que é facilmente projetada e dimensionada, sendo, por sua vez, de fácil racionalização. De acordo com Ramalho e Corrêa (2003:15), o principal conceito estrutural ligado a utilização da alvenaria estrutural é a transmissão de ações através de tensões de compressão. Desse modo, nota-se o motivo pelo qual a alvenaria estrutural se desenvolveu primeiramente através do empilhamento puro e simples de unidades, tijolos ou blocos. Além disso Kalil (2010:20), no momento da criação de um novo projeto em alvenaria estrutural é fundamental que, entre o Arquitecto e o Engenheiro Projectista de Estruturas, haja um completo entendimento e cooperação, visando a obtenção de uma estrutura que apresente viabilidade técnica e económica sem prejuízo das demais funções, como: compartimentação, vedação, isolamento termo-acústico, instalações hidráulicas, elétricas, telefónicas e não abdicar da estética. De acordo com a Alçado Norte, empresa de consultoria e construção (2014), com o avanço das necessidades de cumprimento dos prazos e custos, o processo industrializado 7 Benefícios de Alvenaria Estrutural Quando Comparado com Estrutura Convencional de Betão Armado Por Leonildo Casimiro Muiocha na construção, no qual o desperdício perde espaço para a racionalização, o sistema de Alvenaria Estrutural ficou bastante competitivo. De acordo com Wissenbach (1990:20), que explica a clara percepção das vantagens que a AE poderia apresentar, despertou em pesquisadores de universidades e institutos uma crescente vontade de estudar o sistema sob os mais diversos aspectos, gerando um acervo de informação cada vez mais significativo. Tauil e Nese (2010:41), estudou que nos sistemas de construção é possível afirmar que em obras de padrão mais baixo, nos quais os custos com acabamentos e esquadrias são menores, o percentual de economia da alvenaria estrutural em relação ao BA será ainda maior do que o encontrado nas construções convencionais. Isso deve-se ao aumento da percentagem de contribuição da infra-estrutura e da alvenaria no custo total da obra, o que gera um acréscimo na diferença percentual entre os sistemas. Já numa obra de alto padrão, no qual a estrutura tem um peso menor no custo final, a diferença de custo não será tão grande a ponto de ser decisiva na escolha. Além disso, obras de padrão maior costumam exigir mais flexibilidade devido à personalização dos apartamentos, o que torna a estrutura em BA mais atraente para este tipo de obra. 2.1 O QUE DIFERENCIA UMA ALVENARIA COMUM DE UMA ESTRUTURAL? A função básica de uma alvenaria comum é a vedação (ou fechamento), enquanto que a Alvenaria Estrutural substitui dois principais sistemas de uma construção: A Estrutura de BA e das paredes de alvenaria. Portanto, na Alvenaria Estrutural as paredes da edificação são também a estrutura que suporta todas as cargas: além do peso próprio, também as cargas das lajes, cobertura, para além das acções esxternas como o vento. 8 Benefícios de Alvenaria Estrutural Quando Comparado com Estrutura Convencional de Betão Armado Por Leonildo Casimiro Muiocha 2.2 VANTAGENS As vantagens mais imediatas da Alvenaria Estrutural são a redução de custo e o menor prazo de execução. Estes fatores são muito bem-vindos num mercado imobiliário que está cada vez mais competitivo. Atualmente o preço de venda de um imóvel não é mais determinado pelo seu custo, mas sim pela capacidade financeira dos compradores, portanto a construção precisa ser o mais económico possível. Já vai longe o tempo em que o preço final de venda de um imóvel era calculado colocando-se uma percentagem sobre o custo da obra. Agora, é preciso encontrar uma solução técnico-económica que nos permita, uma vez definido o preço de venda, ter lucro para cada empreendimento em particular. É neste contexto que aparecem as vantagens da AE, por ser a maneira mais simples, rápida e barata de se construir. É claro que não pode ser usada para todo e qualquer tipo de edifícios, mas tem-se mostrado competitiva até para edifícios de vários pisos, conforme veremos a seguir. 2.3 ONDE DEVE SER USADA A evolução experimentada pelo sistema, em especial no cálculo estrutural, na técnica construtiva e nas transições, a AE pode hoje ser utilizada numa ampla gama de obras, como por exemplo: Imóveis residenciais – A Alvenaria Estrutural pode ser usada tanto para fazer casas isoladas como para conjuntos habitacionais de sobrados e para prédios de 3 a 10 pisos, com ou sem caves. Imóveis comerciais – Prédios de escritórios pequenos e médios, consultórios, escolas, hospitais de até 10 andares, sem falar dos salões comerciais e industriais de pequeno e médio porte, e de edifícios públicos como igrejas ou auditórios. 9 Benefícios de Alvenaria Estrutural Quando Comparado com Estrutura Convencional de Betão Armado Por Leonildo Casimiro Muiocha A limitação fica por conta de prédios com poucas paredes (muitas fachadas de vidro ou com divisórias internas móveis). Também deve ser evitada em edifícios onde as paredes não são planificadas, para permitir liberdade de modificações nas divisões internas. 10 Benefícios de Alvenaria Estrutural Quando Comparado com Estrutura Convencional de Betão Armado Por Leonildo Casimiro Muiocha CAPÍTULO 3: ANÁLISE DE DADOS, ESTUDO TEÓRICO COMPARATIVO ENTRE OS SISTEMAS Este capítulo tem a finalidade de descrever os sistemas de Alvenaria Estrutural e convencional de Betão Armado como um todo, com as suas vantagens e desvantagens, componentes, ferramentas e o processo de execução. Isto permitiu que se tivesse um embasamento teórico do sistema auxiliando na determinação de procedimentos e ferramentas de planeamento executivo implementados nesse processo. 3.1 HISTÓRIA DA TRANSIÇÃO DA ALVENARIA PARA BETÃO ARMADO, A ALVENARIA ESTRUTURAL 3.1.1 Alvenaria A Alvenaria Estrutural não é um sistema inovador, é um sistema que foi sendo aperfeiçoado ao longo do tempo até aos nossos dias, com novas técnicas, novos procedimentos e novos materiais ensaiados. O sistema Alvenaria Estrutural é conhecido à mais de 1000 anos. De acordo com Gallegos (1989:57), começou na Mesopotâmia, com colmeias como abóboras para produção de mel, já com tijolos queimados ao sol. A Alvenaria Estrutural passou naquela região com muitas obras, chegando à época das pirâmides, no Egipto Antigo, construídas em pedra, um componente da alvenaria, sendo consideradas majestosas nos dias de hoje. Passando pelas grandes catedrais da Idade Média, a Grande Muralha da China (única obra feita pelo Homem que pode ser vista do espaço) e aquele que foi considerado o marco da Alvenaria Estrutural recente, construído em Chicago (EUA), com 16 pisos em alvenaria cerâmica de tijolo, o edifício “Monadnok building”, ainda hoje firme, forte e sólido. A base deste prédio, no piso térreo, a espessura é de 1.80m, quer dizer uma parede muito extensa e eram assim os prédios de antigamente. A Alvenaria Estrutural sofreu um certo “bug” entre 1900 a 1950, devido à revolução do aço e do betão, dando origem ao sistema de Estrutura Convencional de Betão Armado. E, foi nessa altura que a Alvenaria Estrutural perdeu espaço para o BA, com estruturas mais esbeltas e muito consumo de aço e betão, de acordo com Gomes (1983:5). 11 Benefícios de Alvenaria Estrutural Quando Comparado com Estrutura Convencional de Betão Armado Por Leonildo Casimiro Muiocha 3.1.2 Betão Armado Com o aperfeiçoamento da tecnologia um grande avanço ocorreu com o desenvolvimento dos chamados materiais “aglomerantes”, que endurecem em contato com a água e tornaram possível a fabricação de uma “pedra artificial”, denominada “betão”, com a adição de materiais inertes, para aumentar o volume, dar estabilidade físico-química e reduzir custos. Os romanos já utilizavam um tipo de betão, usando como aglomerantes a cal e a pozolana, de extração natural ou como subprodutos de outros materiais, de acordo com Camacho (1986:6) O uso da dosagem de betão teve sua propagação, a partir de um processo de fabricação industrial do cimento Portland, por Joseph Apsdin, na Inglaterra, em 1824, que passou a ser produzido então em todo o mundo. Naquela época, os primeiros betões eram produzidos utilizando cimento Portland, areia, brita e água, que era adicionada em abundância. A resistência à compressão dificilmente ultrapassava 10 MPa. Hoje, com os avanços da tecnologia e com a adição de outros materiais, tais como aditivos minerais e químicos na sua composição, a resistência à compressão pode superar 200 MPa. Também, adições de fibras minerais, metálicas ou vegetais podem aumentar a tenacidade à fratura do betão, diminuindo sua característica de ruptura frágil. O betão é empregue na construção de edifícios, pontes, estádios, túneis, paredes de contenção, reservatórios, barragens e em muitos outros tipos de estruturas. Contudo, o betão por si só não estabelece resistência satisfatória à tracção, particularmente em peças submetidas a flexão. Daí surgiu o BA, idealizado na sua origem por um jardineiro francês de nome Joseph Monier, que fabricava vasos de madeira e resolveu experimentar uma argamassa de cimento com armação de arame. Satisfeito com o resultado, Monier patenteou o material e incrementou a sua pequena indústria de vasos. Verificou, mais tarde, a possibilidade de usar o material para construir reservatórios e encanamentos, ainda de modo rudimentar e sem controlo de cálculos. Em 1867, levou os seus produtos a uma exposição internacional, onde despertaram interesse de engenheiros alemães, que compraram as patentes. 12 Benefícios de Alvenaria Estrutural Quando Comparado com Estrutura Convencional de Betão Armado Por Leonildo Casimiro Muiocha Os estudos para utilização do BA continuaram empiricamente até que as firmas alemãs donas da patente montaram conjuntamente um laboratório para estudos e experiências. Nasceram daí os princípios das modernas teorias e as primeiras conclusões racionais do comportamento do material. Logo, o BA surgiu da busca de um material estrutural em que se associasse a essa pedra artificial, um material com resistência satisfatória à tracção, denominada armadura. Tendo como conceito o material estrutural constituído pela associação de betão simples com uma armadura passiva, ambos resistindo solidariamente aos esforços a que a peça estiver submetida, citado por Clímaco et al., (2005) 3.1.3 Alvenaria Estrutural Alvenaria voltou a ganhar um espaço novamente porque começaram a fazer-se estudos de laboratório de alvenaria na época de 1986, pelo suíço Paul Yard, a testar paredes e avaliar exatamente as características de resistência dessa paredes, concluindo que não precisava de paredes tão expensas, como se fazia até então, foi assim que alvenaria voltou a ganhar um espaço bastante interessante, de acordo com Gomes (1989:15) Então, o que mudou na alvenaria ao longo do tempo, foi exatamente esse avanço que sofreu nos materiais, que podemos caracterizar basicamente como bloco mais moderno e a componente superimportante argamassa, enfim a unidade tijolo e o ligante argamassa, com o objetivo de estabelecer normas e equacionar o seu comportamento submetido a diversos esforços. Espelhando-se em BA, algumas pesquisas começaram a ser desenvolvidas contemplando a possibilidade de incorporar o aço na alvenaria, para que esta suportasse as tensões de tração submetidas, de acordo com Bonilha (1991:17-18). Neste curto espaço de tempo, de aproximadamente um século, o conhecimento sobre a Alvenaria Estrutural cresceu exponencialmente de acordo com Camacho (1986:7). Acredita-se que se o edifício Monadnock tivesse sido dimensionado na época actual, com o conhecimento existente, a espessura das suas paredes poderiam ser reduzidas para 30 cm, citado por Ramalho e Corrêa (2003:4). 13 Benefícios de Alvenaria Estrutural Quando Comparado com Estrutura Convencional de Betão Armado Por Leonildo Casimiro Muiocha 3.2 SISTEMA DE ALVENARIA ESTRUTURAL 3.2.1 Definição O sistema de Alvenaria Estrutural, de acordo com Roma et al. (1999:16), é o processo construtivo na qual, os elementos que desempenham a função estrutural são de alvenaria, sendo os mesmos projectados, dimensionados e executados de forma racional num sistema que alia alta produtividade com economia, desde que executado de maneira correcta. Todo o peso é absorvido pelas vigotas pré-moldadas da laje, são conduzidas para a viga perimetral, as quais transferem os esforços para as paredes estruturais e eventuais açcões secundárias, e por fim, de forma distribuída, no caso de fundações corridas, a distribuição é feita em superfícies maiores ao longo de todo o perímetro das paredes resistentes, resultando baixas tensões no solo. Com a retirada destes elementos construtivos, vigas e pilares, a alvenaria passa a ter duas funções ao invés de uma, a de elemento estrutural e a de vedação, o que se torna muito favorável economicamente. A alvenaria estrutural é um sistema com alto grau de racionalização que se vem perpetuando no mercado devido aos diversos benefícios que pode apresentar. Este sistema unifica etapas da obra, resultando numa construção mais rápida, económica, sem desperdícios e com alto padrão de qualidade, por Roma et al (1999:37). De acordo com Manzione (2007: 13), este sistema exige grande integração de projectos, mantendo o foco na produção e sendo responsável por organizar todos os outros subsistemas da edificação. Se utilizado plenamente, este sistema pode gerar grande economia e diversas vantagens na execução da obra. Por Kallil, (2010), Alvenaria estrutural é um sistema construtivo que através de peças industrializadas dimensionadas para seguirem um padrão, são ligadas por argamassa tornando esse conjunto numa estrutura sem armaduras. Essas peças ou blocos podem ser moldados em cerâmica, betão ou em material sílico-calcáreo. Segundo Coêlho (1998:13), do ponto de vista executivo, a Alvenaria Estrutural é caracterizada por ser simples e eficiente, uma vez que é facilmente projectada e dimensionada, sendo, por sua vez, de fácil racionalização. 14 Benefícios de Alvenaria Estrutural Quando Comparado com Estrutura Convencional de Betão Armado Por Leonildo Casimiro Muiocha Apesar destes benefícios económicos e de prazo existentes na escolha do sistema, citado por Ramalho e Corrêa (2003:9-10) são muitos os benefícios, que se obtém quando se adopta AE no lugar da estrutura convencional de BA. Contudo, deve-se atentar para alguns aspectos importantes, referentes às características da edificação a ser construída, que se não forem considerados no momento da escolha do sistema, podem transformar a AE num processo mais oneroso do que o convencional, que passamos a citar: a) A altura da edificação: A AE é adequada a edifícios no máximo com 15 ou 16 pisos. Para estruturas com um número de pisos acima desse limite, a resistência à compressão dos blocos encontrados no mercado não permite que a obra seja executada sem um esquema de grouteamento generalizado, o que prejudica muito a economia; b) Arranjo arquitetónico: É claro que as afirmações feitas no item anterior referem-se a edifícios usuais. Para arranjos arquitectónicos que fujam desses padrões usuais, a situação pode ser um pouco melhor, ou bem pior. Nesse caso é importante considerar-se a densidade de paredes estruturais por m² de pavimento. Um valor indicativo razoável é que haja 0,5 a 0,7 m de paredes estruturais por m² de pavimento. Dentro desses limites, a densidade de paredes pode ser considerada usual e as condições para seu dimensionamento também refletirão esta condição; c) Tipo de utilização: é importante ressaltar que para edifícios comerciais ou residenciais de alto padrão, onde seja necessária a utilização de vãos grandes, esse sistema construtivo normalmente não é adequado. A Alvenaria Estrutural é muito mais adequada a edifícios residenciais de padrão médio ou baixo, onde os ambientes, e também os vãos, são relativamente pequenos. Em especial para edifícios comerciais, é desaconselhável o uso indiscriminado da alvenaria estrutural. Neste tipo de edificação é muito usual a necessidade de rearranjo das paredes internas de forma a acomodar empresas de diversos portes. A adopção de alvenarias estruturais para esses casos seria inconveniente, pois essa flexibilidade deixa 15 Benefícios de Alvenaria Estrutural Quando Comparado com Estrutura Convencional de Betão Armado Por Leonildo Casimiro Muiocha de existir. Pode-se inclusive considerar que a sua adopção seja perigosa, pois com o tempo é provável que proprietários realizem modificações sem estarem conscientes dos riscos que correm. Os factores que influenciam a resistência à compressão da alvenaria são, segundo Franco (1993:38):  Resistência dos blocos;  Resistência da argamassa;  Espessura da junta de argamassa;  Absorção inicial de água;  Condições de cura;  Qualidade da mão-de-obra. Na AE, as paredes são os elementos portantes, devendo assim resistir às cargas como fariam os pilares e vigas utilizados em obras de BA, aço ou madeira. Dessa forma, o projeto ideal considera a distribuição das paredes de forma que cada uma actue como elemento estabilizador da outra, citado por Sabbatini (1997). 3.2.2 Vantagens e desvantagens do sistema A AE é um sistema construtivo com alto grau de racionalização que apresenta diversos outros benefícios quando da sua adopção. Contudo ele também possui algumas desvantagens que devem ser contabilizadas e analisadas cuidadosamente, para que não comprometam os ganhos deste sistema ao longo da sua utilização. 3.2.2.1 Vantagens Conforme descrito anteriormente, a alvenaria estrutural proporciona benefícios em termos económicos, de prazo e facilidades na execução da obra. Permite a racionalização de processos e contempla toda a estrutura da edificação, sem necessidade de pilares e vigas, como na estrutura convencional. De acordo com Ramalho e Corrêa (2003:10-11), 16 Benefícios de Alvenaria Estrutural Quando Comparado com Estrutura Convencional de Betão Armado Por Leonildo Casimiro Muiocha a seguir são apresentadas as principais vantagens do sistema de alvenaria estrutural em relação à estrutura convencional de betão armado: a) Economia  Paredes - melhoria acústica e colocação da canalização eléctrica e hidráulica.  Fôrmas - as fôrmas podem até deixar de existir, dispensando-se totalmente o uso da madeira, a não ser quando a opção é pela execução de lajes moldadas "in loco". E mesmo neste caso há um ganho na redução do cimbramento, pelo aproveitamento das paredes como apoio parcial das formas.  Armadura - menor consumo de armaduras, pois quando necessária são rectas, sem ganchos ou curvas, na sua grande maioria. Ao contrário do que ocorre com o BA que tem enorme consumo do aço.  Mão-de-obra - na AE este elenco é bem mais reduzido pela simultaneidade das etapas de execução, a qual induz a polivalência do operário através de fácil treinamento. Logo a presença de armadores de ferro ou carpinteiros é quase que extinta. Assim, na medida em que o pedreiro executa a alvenaria, ele próprio, por exemplo, pode colocar a ferragem e eléctrodutos nos vazados dos blocos, podendo deixar ainda instaladas peças pré-moldadas como vergas, peitoris, marcos, etc.  Entulho - as paredes não admitirem intervenções posteriores como rasgos ou aberturas para a colocação de instalações hidráulicas e eléctricas, reduzindo assim em 67% o material não aproveitável a ser retirado, citado por Ramalho e Corrêa (2003). b) Tempo  Etapas e Tempos - Na AE, pela simultaneidade das etapas, ocorre uma economia de tempo que pode chegar a 50%, na execução, até as instalações básicas, acelerando o cronograma da obra e diminuindo os encargos financeiros. c) Acabamento  Revestimentos - A elevada precisão dimensional das unidades de AE resultam em economia de revestimento. Em alguns casos, chapisco em emboço podem ser dispensados sem prejudicar a uniformidade de espessura do reboco, sem contar que 17 Benefícios de Alvenaria Estrutural Quando Comparado com Estrutura Convencional de Betão Armado Por Leonildo Casimiro Muiocha na AE as paredes são "lisas", sem sobressaliência de pilares e vigas, evitando assim cortes mais detalhados em revestimentos cerâmicos,  De modo geral, pode-se perceber que, em termos gerais, a principal vantagem da utilização da AE reside numa maior racionalidade do sistema executivo, reduzindose o consumo de materiais e desperdícios que usualmente se verificam em obras de BA convencional. 3.2.2.2 Desvantagem Apesar do sistema de AE trazer muitos benefícios para o construtor, existem algumas desvantagens que podem causar problemas durante a aplicação do sistema e comprometê-lo como um todo, se não forem consideradas, citado por Ramalho e Corrêa (2003:11-12) apontam as seguintes como as principais desvantagens do sistema construtivo de AE em relação à estrutura convencional:  A grande dificuldade de se adaptar arquitectura para um novo uso - Faz com que as paredes façam parte da estrutura, obviamente não existe a possibilidade de adaptações significativas no arranjo arquitetónico. Inibindo assim a estrutura ao longo do tempo de sofrer alterações. (Ramalho e Corrêa, 2003)  Necessidade de uma mão-de-obra bem qualificada - A AE exige uma mão-de-obra qualificada e apta a fazer uso de instrumentos adequados para sua execução. Isso significa um treinamento prévio da equipe contratada para sua execução. Caso contrário, os riscos de falhas que comprometam a segurança da edificação crescem significativamente. (Ramalho & Corrêa, 2003) 3.2.3 Classificação Em AE não se utilizam pilares e vigas, pois as paredes chamadas de portantes compõem a estrutura da edificação e distribuem as cargas uniformemente ao longo das fundações. Atenção para armações e grouteamento dos blocos quando houver. a) Alvenaria não armada, tipo de alvenaria que não recebe grout, mas os reforços de aço (barras, fios e telas) apenas por razões construtivas - vergas de portas, vergas e 18 Benefícios de Alvenaria Estrutural Quando Comparado com Estrutura Convencional de Betão Armado Por Leonildo Casimiro Muiocha contra-vergas de janelas e outros reforços construtivos para aberturas - e para evitar patologias futuras: trincas e fissuras provenientes da acomodação da estrutura, movimentação por efeitos térmicos, de vento e concentração de tensões. Figura 1 – Alvenaria não armada. Fonte: Tauil e Nese (2010:21) b) Alvenaria armada ou parcialmente armada, tipo de alvenaria que recebe reforços em algumas regiões, devido a exigências estruturais. São utilizadas armaduras passivas de fios, barras e telas de aço dentro dos vazios dos blocos e posteriormente grouteados, além do preenchimento de todas as juntas verticais. 19 Benefícios de Alvenaria Estrutural Quando Comparado com Estrutura Convencional de Betão Armado Por Leonildo Casimiro Muiocha Figura 2 – Alvenaria armada ou parcialmente armda. Fonte: Tauil e Nese (2010:22) c) Alvenaria pré-esforçada, tipo de alvenaria reforçada por uma armadura activa (prétensionada) que submete a alvenaria a esforços de compressão. Esse tipo de alvenaria é pouco utilizado, pois os materiais, dispositivos e mão-de-obra para a pré-tensão têm custo muito alto para o nosso padrão de construção.  Fixar a espera da barra ou cabo de pré-tensão nas fundações;  Levantar a parede encaixando os furos dos blocos na barra;  Prever furos nas fiadas de caneletas;  Na altura da emenda da barra os trechos são conectados e protegidos;  Segue-se a alvenaria até a última fiada;  Após 14 dias aplica-se a pré-tensão com um torquímetro lembrando-se de engraxar as barras;  Efetua-se a medição e o grouteamento da ancoragem. 20 Benefícios de Alvenaria Estrutural Quando Comparado com Estrutura Convencional de Betão Armado Por Leonildo Casimiro Muiocha Figura 3 – Alvenaria pré-esforçada. Fonte: Tauil e Nese (2010:23) 3.2.4 Componentes empregues Os componentes da alvenaria são os seguintes:  Unidades (blocos estruturais);  Argamassa;  Grout;  Armadura. 3.2.4.1 Unidades (blocos estruturais) De acordo com Ramalho e Corrêa (2003:07), os blocos “são as principais responsáveis pela definição das características resistentes da estrutura”. Segundo com a composição dos materiais, os blocos são divididos em três grupos: blocos de betão; blocos cerâmicos e blocos sílico-calcário. As unidades utilizadas para a elevação da AE podem ser denominadas de vazadas ou maciças. Denomina-se uma unidade maciça aquela em que o índice de vazios não supera em 25% a sua área total, caso contrário a unidade é denominada vazada. Outro detalhe de extrema importância é a consideração, para fins de 21 Benefícios de Alvenaria Estrutural Quando Comparado com Estrutura Convencional de Betão Armado Por Leonildo Casimiro Muiocha cálculo, de qual área será utilizada no dimensionamento. Este parâmetro é essencial, pois o cálculo das tensões admissíveis nas unidades dar-se-á através da área bruta (área da unidade não sendo descontados os vazios) ou então da área liquida (área da unidade descontando-se os vazios), citado por Ramalho e Corrêa (2003:7). S=Área de Seção transversal Útil Sl =Área da Seção Vazada S2 = Área da Seção Vazada bloco maciço 5=A. B bloco vazado 51+ 52 < 25% de 5 51+ 52 > 25% de 5 Figura 4 – Alvenaria pré-esforçada. Fonte: Tauil e Nese (2010:63) As unidades devem apresentar uma cor homogénea e compacta, apresentando arestas vivas e sem rachaduras ou fissuras nas unidades que possam comprometer a sua resistência e durabilidade na obra. O fbk, resistência característica do bloco, não deve ser inferior a 4MPa em blocos utilizados nas paredes, internas e externas, com revestimentos e menores que 6MPa em paredes externas sem revestimentos, citado por Manzione (2007:18). Em Moçambique ainda não existem blocos comercializados para AE, com lei em vigor. fbk ൒ 6MPa Blocos em paredes externas sem revestimento fbk ൒ 4.5MPa Blocos em paredes internas ou externas com revestimento൒ Tabela 1 – Resistência à compressão característica dos Blocos (fbk). Fonte: Ramalho & Coêlho (2003). Quanto aos blocos cerâmicos, por Coêlho (1998:32) ressalta que a matéria-prima dos blocos cerâmicos é a argila, e na sua produção são utilizadas máquinas extrusoras. Os blocos cerâmicos são submetidos à secagem e à queima em temperaturas elevadas. 22 Benefícios de Alvenaria Estrutural Quando Comparado com Estrutura Convencional de Betão Armado Por Leonildo Casimiro Muiocha A qualidade dos blocos cerâmicos está diretamente ligada com a qualidade da matériaprima empregue na sua execução. Devido às variações na qualidade, e consequentemente, na resistência, é imprescindível que haja a realização de ensaios de caracterização das unidades (Araújo, el at 1999:22) a) Blocos Cerâmicos São unidades produzidas através da queima, em fornos, da argila. Sua moldagem é feita em máquinas extrusoras e sua porosidade pode ser desprezível por causa da sua sinterização perfeita (Coêlho, el at 1998:21). A qualidade dos blocos está 100% relacionada com a qualidade da argila em uso, podendo existir muita discrepância entre as resistências dos blocos, fazendo-se necessários testes e ensaios de caracterização das unidades (Roman et al., 1999:22) Figura 5 – Modelos dos tijolos cerâmicos. Fonte: Tauil e Nese (2010:64) 23 Benefícios de Alvenaria Estrutural Quando Comparado com Estrutura Convencional de Betão Armado Por Leonildo Casimiro Muiocha b) Blocos de Betão São unidades produzidas através da mistura e cura de cimento Portland, água e agregados menores que 25% da menor espessura das paredes (Coêlho, el at 1998:22). São fabricados através de vibro-prensagem e cura a vapor (Manzione, el at 2007:17). As dimensões dos blocos têm tolerância máxima de 3 mm, para mais ou para menos, e devem ser medidas com precisão de 0,5 mm (Roman et al., 1999:23). Figura 6 – Modelos dos blocos de betão. Fonte: Tauil e Nese (2010:65) 3.2.4.2 Argamassa A argamassa é o elemento que liga os blocos estruturais e usualmente é constituída de cimento, areia, cal e água. Suas funções são de ligação entre os blocos, uniformizar as tensões entre as unidades, vedar o sistema e absorver pequenas deformações. Uma argamassa deve ter como principais características: trabalhabilidade, retenção de água, plasticidade e resistência a compressão. Dentre todas estas características mencionadas a mais importante é a plasticidade, pois é esta que fará com que as tensões sejam distribuídas uniformemente sobre os blocos (Ramalho; Corrêa, 2003:8). Quanto à maneira de utilização da argamassa de assentamento em obra, exemplificamse dois tipos comuns: misturada na obra e industrializada. 24 Benefícios de Alvenaria Estrutural Quando Comparado com Estrutura Convencional de Betão Armado Por Leonildo Casimiro Muiocha Figura 7 – Argamassa e pasta de cimento e agua. Fonte: Dos santos Basto (2011:6) Figura 8 – Para as demais fiadas, a argamassa será colocada com a palheta nas paredes longitudinais e com a colher nas transversais. Fonte: Dos santos Basto (2011:13) a) Argamassa misturada no estaleiro de obra A argamassa produzida em obra exemplifica o sistema tradicional, “a fabricação resumese em misturar mecanicamente os constituintes em certa sequência e por um dado tempo”. Há necessidade de alguns cuidados específicos: previsão de áreas de stockagem para as matérias-primas; armazenagem adequada e separada por tipo de material; controle de qualidade dos materiais constituintes; e correcta aplicação do traço. b)Argamassa industrializada Entre muitos autores, enfatiza que argamassas industrializadas são compostas por agregados com granulometria controlada, cimento Portland e aditivos especiais que aperfeiçoam as propriedades das mesmas. Após o recebimento dos sacos, o preparo da argamassa é feito apenas pela mistura com água. 25 Benefícios de Alvenaria Estrutural Quando Comparado com Estrutura Convencional de Betão Armado Por Leonildo Casimiro Muiocha 3.2.4.3 Grout O grout é um betão com agregados de pequena dimensão e que possui alta plasticidade, isso é relativamente fluido, utilizado eventualmente para preencher vazios de blocos especificados pelo projetista, por Tauil & Nesse (2010:88). A sua principal função é aumentar a resistência à compressão da parede através do aumento da seção das unidades ou incorporar qualquer armadura que esteja no interior dos blocos, por Ramalho & Corrêa (2003:8). O graute, também conhecido como micro-betão, tem a seguinte composição: cimento, cal hidráulica, agregado miúdo, agregado graúdo e água, e deve ter uma resistência característica não inferior a duas vezes a resistência do bloco, isso quer dizer, um bloco de 8MPa deve ter um graute de no mínimo 16MPa. Quanto ao lançamento, Tauil e Nese (2010:88) recomendam: “deve-se vibrar o grout por camadas, tomando-se os cuidados necessários para não abalar a parede já erguida”. Segundo Ramalho e Corrêa (2003:8), o conjunto bloco, grout e armadura devem trabalhar monoliticamente na estrutura. Portanto, o grout deve-se integrar completamente às armaduras e aos blocos, formando um sistema único. Em relação ao modo de utilização do grout em obra, demonstram-se três tipos comuns: misturado em obra, fornecido por central de betão e industrializado. Figura 9 – Abertura para limpeza e grouteamento na parede. Fonte: Dos santos Basto (2011:16) 26 Benefícios de Alvenaria Estrutural Quando Comparado com Estrutura Convencional de Betão Armado Por Leonildo Casimiro Muiocha a) Misturado em obra A fabricação de grautes em obra é composta por diversas etapas, desta forma requere-se tempo considerável na sua execução e planeamento do traço. Oferece vantagens quanto ao factor económico e quando se necessita de um grande volume, citado por Coêlho et al. (1998:03) b) Fornecido por central de betão O grout pode ser produzido em centrais externas, e enviado para a obra por meio de camiões-betoneira, citado por Coêlho et al. (1998:03) c) Grout industrializado De acordo com Climaco et al. (2002:23) ressaltam que o grout industrializado possuem especificações das propriedades, e agregam etapas tecnológicas no processo executivo, “com uma variabilidade bem conhecida pelos fabricantes e, em geral, testada em obras”. 3.2.4.4 Armadura As armaduras utilizadas na AE são idênticas às usadas no BA. Neste caso, toda armadura colocada dentro dos blocos, seja esta com função estrutural ou construtiva, deve ser envolvido com grout. Somente nas armaduras com a função de amarrar as paredes é que não se torna necessário a utilização do graute, pois estas estarão embutidas entre as juntas de argamassa. Vale a pena salientar que este tipo de armadura não deve ultrapassar o diâmetro máximo de (3,8 mm), para não ocupar mais que a metade da espessura da argamassa, por Ramalho e Corrêa (2003:8). As armaduras podem ter funções estruturais, para combater eventuais tracções nos blocos, construtiva ou de amarração das paredes. Porém esta última função da armadura é desaconselhável para a alvenaria visto que o mesmo não permite uma correta distribuição de tensões entre os blocos, podendo haver patologias na alvenaria, diz Manzione (2007:22). 27 Benefícios de Alvenaria Estrutural Quando Comparado com Estrutura Convencional de Betão Armado Por Leonildo Casimiro Muiocha Figura 10 – Parede com armadura com grouteamento para edifícios de porte. Fonte: Tauil e Tese (2010:74) 3.2.5 Projecto Existem inúmeras definições para projeto, uma das mais adequadas é encontrada na (PMBOK 2008:11) publicado pelo (PMI), que diz: “Projecto é um esforço temporário empreendido para criar um produto, serviço ou resultado exclusivo”. Tauil e Nese (2010:30) adequam a definição ao processo de projecto de arquitetura e particularizam ao processo de produção de alvenaria, percorrendo todas as etapas de desenvolvimento de projeto. Para eles o projeto é um esforço temporário praticado a partir da recolha de informações junto ao cliente, interpretação dos dados, análise e adaptações técnicas efetuadas por uma gama de profissionais que gerarão um resultado exclusivo para o edifício em AE. O projeto é dividido em três etapas bem definidas, que seriam o estudo preliminar, o anteprojeto e o projeto executivo. Essas etapas envolvem todas as necessidades para execução de um edifício. 28 Benefícios de Alvenaria Estrutural Quando Comparado com Estrutura Convencional de Betão Armado Por Leonildo Casimiro Muiocha Ainda é necessário saber o que é um projeto em AE. Pode ser definido como o desenho exato de cada lâmina de parede responsável por sustentar a edificação, trabalhando nas três direcções. Esse projecto substitui a estrutura de betão armado que é formada por pilares e vigas, além de determinar os vãos modulares (portas, janelas) e demais interferências na edificação (como aberturas, elevadores, caixas d’água, vagas de garagem, etc.). Tudo deve ser calculado para a medida modular da alvenaria, citado por Tauil e Nese (2010:30). “A etapa de projeto é de fundamental importância para o sucesso de qualquer empreendimento. Para tal, deve-se dedicar tempo e recursos suficientes para se alcançar o melhor resultado,” por Figueiró (2009:26) 3.2.5.1 Projecto arquitectónico O projeto de arquitetura, especificamente o de AE, é o carro-chefe de um processo de desenvolvimento que possui escopo, prazo, restrições financeiras, limitações tecnológicas, integração com outras disciplinas, coordenação gráfica, risco e um produto final que deve ser aprovado e fornecer à obra todo o subsídio necessário para a sua construção, citado por Tauil e Tese (2010:59). A partir do projeto arquitectónico todos os demais serão elaborados. Por isso, deve-se ter em mente que um projeto arquitectónico mal concebido poderá trazer problemas durante toda a vida útil da edificação, por Figueiró (2009:27). Com isso, pode-se perceber a importância desta etapa. A partir dela saem definições como disposição e dimensão dos ambientes, aberturas de vãos, previsão de instalação de equipamentos, tipo de cobertura e escolha do sistema construtivo. Tudo deverá ser analisado dentro da normalização, custos, durabilidade, manutenção e disponibilidade dos materiais. 29 Benefícios de Alvenaria Estrutural Quando Comparado com Estrutura Convencional de Betão Armado Por Leonildo Casimiro Muiocha 3.2.5.2 Projectos complementares Considerados como todos os demais projetos de uma edificação, exceptuando o projeto arquitectónico. Os projectos complementares podem ser divididos entre: estrutural e instalações. O projeto estrutural é o dimensionamento e detalhamento da estrutura que sustentará o edifício, sendo responsável pela segurança da edificação, evitando o colapso e também a ocorrência de manifestações patológicas. Compreende a fundação e a superestrutura. 3.2.5.3 Compatibilização de Projecto A compatibilização de todos os projetos é fundamental. Para isso precisa-se ter o conhecimento das necessidades de cada item na execução do projeto arquitetónico, a fim de se evitar futuras interferências no mesmo. Ao se escolher a utilização de AE, deve-se considerar a necessidade de integração de todos os projetos. O arquitecto deve conhecer as limitações e potencialidades desse sistema para poder atuar em harmonia com os demais projetistas. Isso significa, que aberturas de passagens para tubulações, elevadores e escadas devem ser previstas com antecedência e informadas ao projetista estrutural, citado por Duarte (1999:37). Um item importante a se levar em consideração é que as paredes de AE não devem ser rasgadas horizontalmente ou de forma inclinada. Há a necessidade de todas as tubulações, como eléctrica, por exemplo, estarem distribuídas na laje descendo ou subindo com dutos na vertical até os pontos de utilização, por citado Duarte (1999:37). 3.2.5.4 Cronograma O cronograma é uma ferramenta gráfica em que todas as atividades desenvolvidas estão apresentadas no decorrer do tempo do projeto, e em que momento existe as interações das mesmas. Ainda se demonstra quando as atividades ocorrem simultaneamente e quando acontecem independentes no tempo, mas dependentes do término da ação imediatamente anterior, por Tauil e Nese (2010:32). 30 Benefícios de Alvenaria Estrutural Quando Comparado com Estrutura Convencional de Betão Armado Por Leonildo Casimiro Muiocha Quando se inicia uma obra, deve-se saber quanto tempo os trabalhos irão durar e quando vão acabar. Por isso, é importante planear detalhadamente os serviços que serão executados em cada etapa do projeto. O grau de detalhamento de um cronograma é indefinido. Deve existir clareza, compreensão e serem estabelecidos pontos de controlo em cada atividade para conferir o seu andamento. Cada projeto é único e o cronograma deve adequar-se a cada situação. Quando o cronograma mostra também os valores que serão necessários ao longo do tempo, recebe o nome de cronograma físico-financeiro. Além de organizar as despesas e o tempo, este cronograma é utilizado para obtenção de financiamentos. No caso de AE, pela eliminação da estrutura convencional, há redução em algumas etapas da mão-de-obra, reduzindo o tempo de execução e dando maior rigor ao cumprimento do cronograma. O sistema construtivo está diretamente relacionado com os demais subsistemas da edificação, ocorrendo simultaneidade das etapas, diminuindo encargos financeiros, citado por Tauil e Nese (2010:43) O cronograma da obra também deve definir o planeamento da compra dos materiais, contratação da mão-de-obra específica em cada etapa, ajuste da logística do estaleiro de obras, qualificação dos fornecedores, antecipação de possíveis problemas futuros, resolução dos mesmos e por fim o cumprimento dos prazos. 3.2.6 Método construtivo Neste ponto, entre os dois sistemas estruturais, deixaram de ser levados em consideração todos os itens que seriam comuns às duas estruturas onde fazem parte: fundação, lajes, reboco, revestimentos de pisos e forros, instalações eléctricas, hidráulicas, esquadrias e coberturas pois foram tidas como “equivalentes” para os dois sistemas estruturais, mas no próximo capítulo, na apresentação do projecto serão levadas em consideração em seus benefícios. 31 Benefícios de Alvenaria Estrutural Quando Comparado com Estrutura Convencional de Betão Armado Por Leonildo Casimiro Muiocha De acordo com Sabbatini (1989:25) método construtivo “é um conjunto de técnicas construtivas interdependentes e adequadamente organizadas, empregues na construção de uma parte (subsistema ou elemento) de uma edificação”. 3.2.6.1 Modulação A coordenação modular é a técnica de adequar o projeto arquitetónico a uma modulação base. O mercado atual oferece a possibilidade da escolha de dois módulos básicos, os de 15 cm e 20 cm. A modulação deve ser feita tanto na direção horizontal, ou seja na direção do plano das lajes, como também na direção vertical que é a elevação das paredes. As dimensões dos blocos irão definir a modulação tanto horizontal, que esta ligada à largura e espessura dos blocos, quanto vertical que está relacionada com a altura dos mesmos. Numa edificação em AE é recomendável que o comprimento do bloco seja múltiplo da espessura do mesmo (dimensões nominais), tornando assim mais fácil a modulação e evitando-se o uso indesejado de peças especiais como compensadores, citado por Manzione et al. (2007:29):  Modulação horizontal;  Modulação vertical. a) Modulação horizontal O primeiro conceito que deve ser esclarecido é que o bloco possui dois comprimentos. Um dos comprimentos é o chamado de nominal, que são as dimensões modulares (15, 20, 30, 40, 45 cm, etc.), e o outro comprimento é o real, que são as dimensões reais dos blocos (14, 19, 29, 39, 44 cm, etc.). Para essas dimensões modulares e reais estão sendo consideradas juntas de assentamento de 1 cm, que são as mais utilizadas, citado por Ramalho e Corrêa (2003:34). O primeiro passo a ser efetuado para uma modulação eficiente é o traçado de um reticulado de referência, a partir de um módulo básico pré-definido, 15 ou 20 cm, como é mostrado na figura 3. 32 Benefícios de Alvenaria Estrutural Quando Comparado com Estrutura Convencional de Betão Armado Por Leonildo Casimiro Muiocha Figura 11 – Reticulada de referência. Fonte: Tauil e Tese (2010:34) O segundo passo é inserir os blocos neste reticulado, já compondo a localização das paredes no pavimento e definindo-se as aberturas, depois da primeira fiada, deve-se incorporar à edificação a planta da segunda fiada e analisar as possíveis amarrações entre os blocos, como é observado Figura 12 – Demonstração 1a e 2a fiada e amarrações de blocos. Fonte: Tauil e Tese (2010:35) Outro fator importante na modulação dos blocos é a correcta amarração dos mesmos. É necessário que todas as paredes tenham uma amarração desencontrada de unidades para que as cargas possam ser distribuídas uniformemente por todo o grupo de paredes, conforme se mostra na figura 13. 33 Benefícios de Alvenaria Estrutural Quando Comparado com Estrutura Convencional de Betão Armado Por Leonildo Casimiro Muiocha Figura 13 – Diferentes tipos de amarração. Fonte: Tauil e Tese (2010:36) Cantos e amarrações são pontos de transferência de cargas entre paredes e de concentrações de tensões, por este motivo, exigem cuidados na disposição a ser adoptada. Utilizando blocos modulares as soluções a serem aplicadas podem ser simples, citado por Figueiró (2009:41) b) Modulação vertical A modulação vertical dificilmente atrapalha o arranjo arquitectónico da edificação. Existem duas formas de se fazer a modulação vertical. A primeira trata de ser considerada a altura do pavimento de piso a teto. Neste caso as paredes externas terminarão com um bloco J com uma das laterais maior que a outra, de forma a acomodar a laje. As paredes internas terminarão com um bloco canaleta, conforme ilustrado na figura 14. Já a segunda modulação, apresentada na figura 15, considera a altura do pavimento de piso a piso. A diferença dos dois sistemas está na utilização dos blocos canaleta. Enquanto no primeiro caso é usado um bloco padronizado com altura igual aos demais, no segundo caso o bloco deve ser compensador para que junto com a espessura da laje dê continuidade na modulação, que geralmente é de 20 cm, citado por Ramalho e Corrêa (2003:22). 34 Benefícios de Alvenaria Estrutural Quando Comparado com Estrutura Convencional de Betão Armado Por Leonildo Casimiro Muiocha Figura 14 – Modulação de piso a tecto. Fonte: Ramalho & Corrêa (2003:22) Figura 15 – Modulação de piso a piso. Fonte: Ramalho & Corrêa (2003:23) 3.2.6.2 Instalações Hidráulicas, Sanitárias e Elétricas As tubulações hidráulicas descem pelas aberturas em paredes com espessura menor e horizontalmente são colocadas na canaleta (ver Figura 16), que depois são preenchidas. Os blocos de paredes estruturais não podem ser cortados para a passagem de tubulações. Os furos dos blocos em paredes estruturais não podem ser usados para a passagem de tubulações hidráulicas ou de gás. Os electrodutos passam pelos furos dos blocos e devem ser colocados à medida que se levanta a parede (ver Figura 16). Os blocos com rasgos para caixas de interruptores e tomadas devem ser assentados nos lugares certos, conforme 35 Benefícios de Alvenaria Estrutural Quando Comparado com Estrutura Convencional de Betão Armado Por Leonildo Casimiro Muiocha as paginações. Dar especial atenção para o lugar certo de assentamento dos blocos com rasgos para as caixas. Figura 16 – instalações hidráulicas. Fonte: Múltipla Engenharia (2015) Figura 17 – instalações elétricas. Fonte: Múltipla Engenharia (2015) 36 Benefícios de Alvenaria Estrutural Quando Comparado com Estrutura Convencional de Betão Armado Por Leonildo Casimiro Muiocha 3.3 SISTEMA CONVENCIONAL DE BETÃO ARMADO 3.3.1 Definição Sistema de betão armado é um método construtivo mais adotado no mundo. Funciona como um “esqueleto” formado a partir da combinação de pilares, lajes e vigas. As paredes servem apenas como fechamento e separação de ambientes. Todo o peso é absorvido pelas cargas das lajes, são conduzidas para as vigas, as quais transferem os esforços daí originados, somados aos dos carregamentos específicos (paredes de vedação e eventuais reações de vigas secundárias), para pilares e, por fim, de forma pontual para as fundações, no caso de fundações em sapatas, por se distribuírem em pequenas superfícies, originando no solo tensões relativamente elevadas. Os sistemas de betão armado, armados com os seus “bureau d’etudes” próprios, como o de Hennebique ou de Conttacin, que elaboravam sobre as possibilidades de juntar o ferro e o cimento por forma a responder os problemas da resistência e durabilidade, considerando para tal as catástrofes naturais (terramotos ou inundações) e artificiais (fogos), eram limitados a dimensões máximas e mínimas possíveis para certos trabalhos do betão, fossem à compressão ou à tracção, dependendo por isso da quantidade e geometria do binómio betão e ferro. Os apoios, onde estes eram colocados em relação aos mais próximos, as espessuras das lajes, dos cutelos dos elementos vigas, secções dos pilares, recobrimento ao ferro, eram critérios variáveis com os vários sistemas propostos mas que remetiam para uma definição através de uma quantificação dimensional em desfavor da proporção. Estes sistemas são descritos sobre a forma de tratados que elaboram sobre a aplicabilidade do betão, descrevendo não só o sistema mas das suas possibilidades de adaptação a novas tipologias construtivas e dessa forma a edifícios com novas funções. A obtenção de um material novo, homogéneo no seu aspecto, textura, características químicas e mecânicas, como o cimento, permite um controlo da sua fabricação e aplicação baseado na técnica. Esta era obtida através da cientificação dos seus processos 37 Benefícios de Alvenaria Estrutural Quando Comparado com Estrutura Convencional de Betão Armado Por Leonildo Casimiro Muiocha de fabrico e de aplicação pelas novas profissões emergentes do progresso decorrido no século XIX. Estas novas profissões constituem novos costumes de trabalho que tendem a internacionalizar-se no mundo ocidental, como sendo as boas práticas, decorrendo daí um produto também internacional e regularizado a todos os mercados internacionais. Essa regularização garante qualidade e controlo, bem como a natural substituição dos métodos mais artesanais e artísticos da construção por outros mais tecnológicos. O betão armado assume então esta condição de tecnologia construtiva, do ponto de vista da sua estrutura e capacidades espaciais, substituindo formas de construção tradicional que não se adequavam à rapidez, segurança e eficiência com que as novas construções em betão armado eram executadas e mantidas. No entanto, o segredo da sua fabricação reside numa linguagem concreta e científica, acessível a especialistas académicos que as tornam legíveis e aplicáveis através de publicações e especificações que controlam comercialmente essa técnica construtiva. Construção, neste caso a do betão armado, passará a ser sinónimo de mais-valia financeira, de controlo comercial e de sentido de produção. Finalmente, associada a esta nova realidade produtiva da prática, emerge uma outra que estigmatiza o mestre artesão (ou artista) face ao novo especialista ou técnico projectista das estruturas de betão armado. 3.3.2 Vantagens e desvantagens do sistema O betão armado (betão e aço), quando comparado a estruturas de AE, apresenta vantagens e desvantagens em relação a seu uso na construção de edifícios, pontes, plataformas de petróleo, reservatórios, barragens, entre outros. 3.3.2.1 Vantagens As principais vantagens no uso do betão como material estrutural são:  Apresenta alta resistência a compressão;  É facilmente moldável adaptando-se aos mais variados tipos de forma, e as armaduras de aço podem ser dispostas de acordo com o fluxo dos esforços internos; 38 Benefícios de Alvenaria Estrutural Quando Comparado com Estrutura Convencional de Betão Armado Por Leonildo Casimiro Muiocha  É resistente às influências atmosféricas e ao desgaste mecânico;  Apresenta melhor resistência ao fogo do que o aço;  Resistem a grandes ciclos de carga com baixo custo de manutenção;  Na maior parte das estruturas tais como: barragens, obras portuárias, fundações, é o material estrutural mais econômico. Entre outras vantagens e qualidades, o betão armado proporciona:  Segurança contra o fogo;  Facilmente adaptável as formas, por ser lançado em estado semifluido, o que abre enormes possibilidades para a concepção arquitetónica. Os aditivos plastificantes e fluidificantes, usados para aumentar a trabalhabilidade e a fluidez do betão, possibilitam o uso do betão bombeado, que permite lançar o betão em mangueiras sob pressão, em grandes alturas, com redução significativa dos custos e prazos das tarefas de transporte e lançamento;  Facilidade e rapidez na construção com uso de peças pré-moldadas, estruturais ou não, e de tecnologias avançadas para a execução de fôrmas e escoramentos;  Economia de conservação;  Durabilidade elevada. Os custos de manutenção das estruturas de betão são baixos, quando atendidos os requisitos das normas técnicas pertinentes, porém, deve-se ressalvar a manutenção preventiva em edificações com exposição contínua a agentes agressivos (ambiente marinho, poluição atmosférica, umidade excessiva, etc) ou com emprego do betão aparente (sem argamassa de revestimento);  Impermeabilidade;  Insensibilidade a choques, vibrações e altas temperaturas;  Resistência à compressão do betão que aumenta com a idade;  Betão de alta resistência ou alto desempenho. 3.3.2.2 Desvantagem  Peso próprio elevado, massa específica igual 2.500 kgf/m³. Podendo ser obtido betão leve com a substituição do agregado brita pela argila expandida com massa específica 39 Benefícios de Alvenaria Estrutural Quando Comparado com Estrutura Convencional de Betão Armado Por Leonildo Casimiro Muiocha na casa de 1.600 kgf/m³, sendo estruturalmente viável, porém economicamente inviável;  Armadura é essencial às estruturas de betão armado a existência de armaduras trabalhadas e em grande quantidade;  Paredes, nos prédios de BA as paredes desenvolvem apenas a função de vedação, carregando assim a estrutura reticulada com seu peso próprio;  Entulho, a madeira utilizada nas formas das estruturas convencionais de BA e os tijolos ou blocos de dimensões pouco precisas e baixa resistência, empregues para vedação de vãos estruturais coordenados modularmente, são itens de acentuado peso na composição final do entulho deste tipo de obra.  As estruturas de BA exigem mão-de-obra muito especializada sendo elas pedreiro, carpinteiro, eletricista, encanador, armador, apontador, além de serventes e ajudantes. As principais desvantagens no uso do betão como material estrutural são:  Tem baixa resistência à tracção, aproximadamente um décimo de sua resistência à compressão;  Elevado peso próprio nas estruturas;  É necessário mistura, lançamento e cura, a fim de garantir a resistência desejada;  O custo das formas usadas para moldar os elementos de betão é relativamente cara. Em alguns casos, o custo do material e a mão-de-obra para construir as formas tornam-se iguais ao custo do betão.  Apresenta resistência à compressão inferior à do aço;  Surgimento de fissuras no betão devido à relaxação e a aplicação de cargas móveis. 3.3.3 Classificação a) Betão simples é um material heterogéneo constituído por uma vasta gama de partículas granulares, artificial formada por uma mistura de agregados graúdos, miúdos e material ligante, podendo ter ainda aditivos químicos e minerais. O tamanho destas partículas varia de dimensões menores que 1 mícron (sílica ativa) até centímetros (agregados graúdos) e os agregados são normalmente classificados por origem, tamanho, forma e textura. De acordo com o nível macro-estrutural de sua composição 40 Benefícios de Alvenaria Estrutural Quando Comparado com Estrutura Convencional de Betão Armado Por Leonildo Casimiro Muiocha granulométrica, o betão pode ser dividido em duas fases: matriz e agregados. A matriz é composta pela pasta de cimento Portland enquanto, os agregados, materiais inertes e rígidos, servem como esqueleto granular principal. O betão apresenta boa resistência aos esforços de compressão, porém, baixa resistência aos esforços de tração. Betão simples, devido às suas inúmeras vantagens, tem sido o material mais usado na construção de prédios residenciais, comerciais, industriais e públicos, pontes, viadutos, barragens, túneis, silos, reservatórios, etc Figura 18 – Betão simples. Fonte: Dos Santos bastos (2011:23) b) Betão armado é resultado da união entre betão simples e armadura de reforço no seu interior. A armadura de reforço constitui-se de barras de aço adicionadas na zona onde o betão é solicitado à tracção. Desse modo, o betão e o aço trabalham em conjunto, uma vez que, o betão, resiste aos esforços de compressão, e o aço, absorve os esforços de tração, onde o betão apresenta baixa resistência. No caso de uma viga de betão sem armadura de reforço submetida ao ensaio de flexão, no instante que a tensão de tração no betão atinge seu valor crítico de ruptura, irá surgir uma única fissura ocasionando ruptura brusca da viga. Por outro lado, se for considerada uma viga similar submetida ao ensaio de flexão, porém com armadura de reforço na zona tracionada do elemento, quando a tensão limite de tração no betão for alcançada, surgirão fissuras, e o esforço de tração deixará de ser suportado pelo betão e passará a ser resistido pela armadura. A armadura de reforço no betão deve ser adicionada na região onde o elemento estrutural será submetido a tensões de tração para que possa suprir sua deficiência na resistência. Nos 41 Benefícios de Alvenaria Estrutural Quando Comparado com Estrutura Convencional de Betão Armado Por Leonildo Casimiro Muiocha elementos estruturais submetidos apenas à compressão, a adição de armadura melhorará sua resistência à compressão. Figura 19 – Betão armado. Fonte: Dos Santos bastos (2011:24) c) Betão pré-esforçado, é um artifício que consiste em introduzir, numa estrutura, um estado prévio de tensões, de modo a melhorar a sua resistência ou comportamento, sob acção de diversas condições de carga, citado por Pfeil, (1984). O pré-esforço continua hoje, muito embora, como uma solução pouco usada na actividade da construção civil, vicissitude em que também cai a pré-fabricação (com excepção das vigotas préesforçadas para pavimentos, profusamente usadas no país). Por razões de vária ordem, hipoteticamente também relacionada com opções de projecto arquitectónico e de estabilidade, as empresas de construção não tem usufruído de uma eventual redução dos custos e de um aumento da produtividade para diversas situações de solução estrutural. Sendo certo que não se quer com isto insinuar que o betão armado deva ser liminarmente substituído pelo betão pré-esforçado, a verdade é que mesmo para edifícios o seu emprego pode ser competitivo, designadamente em áreas comerciais, industriais e de parqueamento e em especial na execução de pontes e viadutos. Figura 20 – Sistema de construção por pré-fabricado. Fonte: Dos Santos bastos (2011:25) 42 Benefícios de Alvenaria Estrutural Quando Comparado com Estrutura Convencional de Betão Armado Por Leonildo Casimiro Muiocha 3.3.4 Componentes empregues. Componentes os quais compõem a estrutura betão armado. Citado Dos Santos Basto (2003:26), os principais são:  Cimento  Pedra  Área  Agua  Aço a) Cimento O cimento Portland, tal como hoje mundialmente conhecido, foi descoberto na Inglaterra no ano de 1824, sendo sua produção industrial iniciada após 1850. O cimento Portland é um pó fino com propriedades aglomerantes, aglutinantes ou ligantes, que endurece sob ação da água. Depois de endurecido, mesmo que seja novamente submetido à ação da água, o cimento Portland não se decompõe mais (APEB, 2002). O cimento é o principal material componente do betão. No mercado existem diversos tipos de cimento. A diferença entre eles está na composição, mas todos atendem às exigências das normas técnicas portuguesas REBAP. O cimento é composto de clínquer e de aditivos, sendo o clínquer o seu principal componente, presente em todos os tipos de cimento. O clínquer tem como matériasprimas básicas o calcário e a argila. Para a fabricação, a rocha calcária inicialmente britada e moída é misturada com argila moída. A mistura é submetida a um calor intenso de até 1.450°C e então bruscamente resfriada, formando pelotas - o clínquer. Após moagem o clínquer transforma-se em pó. A propriedade básica do clínquer é ser um ligante hidráulico, que endurece em contato com a água. Para formar o cimento, o clínquer recebe aditivos, que são matérias-primas misturadas ao clínquer no processo de moagem, e são as aditivos que definem as propriedades dos diferentes tipos de cimento. 43 Benefícios de Alvenaria Estrutural Quando Comparado com Estrutura Convencional de Betão Armado Por Leonildo Casimiro Muiocha Os principais aditivos são o gesso, as escórias de alto-forno, e os materiais pozolânicos e carbonáticos. Figura 21 – Clinquer para fabricação do cimento e o cimento em obra. Fonte: Dos Santos bastos (2011:10) Existem ainda outros tipos de cimento para usos específicos. Na sua embalagem original - sacos de 50 kg - o cimento pode ser armazenado por cerca de 3 meses, desde que o local seja fechado coberto e seco. Além disso, o cimento deve ser stockado sobre estrados de madeira, em pilhas de 10 sacos, no máximo. b) Pedra A pedra utilizada no betão pode ser de dois tipos:  sarisca, cascalho ou pedregulho;  pedra britada ou brita. Figura 22 – agregado graúdo e seixo rolado. Fonte: Dos Santos Bastos (2011:11) Os seixos rolados são encontrados na natureza. A pedra britada é obtida pela britagem mecânica de determinadas rochas duras. 44 Benefícios de Alvenaria Estrutural Quando Comparado com Estrutura Convencional de Betão Armado Por Leonildo Casimiro Muiocha Independentemente da origem, o tamanho das pedras varia muito e tem influência na qualidade do betão. Por isso, as pedras são classificadas por tamanhos medidos em peneiras (pela abertura da malha). Os agregados graúdos têm a seguinte numeração e dimensões máximas: - brita 0 – 4,8 a 9,5 mm; - brita 1 – 9,5 a 19 mm; - brita 2 – 19 a 38 mm; - brita 3 – 38 a 76 mm; - pedra-de-mão - > 76 mm. brita 0; brita 1; brita 2; brita 3; Pedra-de-mão; 45 Benefícios de Alvenaria Estrutural Quando Comparado com Estrutura Convencional de Betão Armado Por Leonildo Casimiro Muiocha Figura 23 – Agregados graúdos artificiais. Fonte: Dos Santos Bastos (2011:12) c) Areia A areia utilizada no betão é obtida em leitos e margens de rios, ou em portos e bancos de areia. A areia deve ter grãos duros. E, assim como a pedra, ela também precisa estar limpa e livre de torrões de barro, galhos, folhas e raízes antes de ser usada. As Normas Técnicas classificam a areia, segundo o tamanho de seus grãos, em: muito fina, fina, média, grossa. Figura 24 – agregado miúdo e a área natural. Fonte: Dos Santos Bastos (2011:12) d) Água A água é necessária no betão para possibilitar as reações químicas de hidratação do cimento, que garantem as propriedades de resistência e durabilidade do betão. Tem também a função de lubrificar as partículas para proporcionar o manuseio do betão. Normalmente a água potável é a indicada para a confecção dos betões, do ponto de vista da durabilidade dos betões, o emprego de águas não potáveis no amassamento do betão pode criar problemas a curto ou longo prazo. Se, para o betão simples, o uso de águas contendo impurezas, dentro de certos limites, pode não trazer consequências danosas, o mesmo não ocorre com o betão armado, onde a existência de cloretos pode ocasionar corrosão das armaduras, além de manchas e eflorescências superficiais. f) Aço Os fios e barras podem ser lisos ou providos de saliências. Para cada categoria de aço, o coeficiente de conformação superficial mínimo, ηb, determinado através de ensaios de acordo com o REBAP, deve atender ao indicado no Artigo vigente. A configuração e a 46 Benefícios de Alvenaria Estrutural Quando Comparado com Estrutura Convencional de Betão Armado Por Leonildo Casimiro Muiocha geometria das saliências devem satisfazer também ao que é especificado na REBAP desde que existam solicitações cíclicas importantes.  Coeficiente de dilatação térmica, O valor 10-5/°C pode ser considerado para o coeficiente de dilatação térmica do aço, para intervalos de temperatura entre 20°C e 150°C.  Massa específica, Pode-se assumir para a massa específica do aço o valor de 7850 kg/m3.  Módulo de elasticidade, na falta de ensaios ou valores fornecidos pelo fabricante, o módulo de elasticidade do aço pode ser admitido igual a 210 GPa.  Diagrama de tensões, os valores característicos da resistência. Nos projetos de estruturas de betão armado devem ser utilizados aço classificado pelo REBAP com o valor característico da resistência de escoamento nas categorias A250, A400 e A500. Figura 25 – Rugosidade das barras e fios de aço. Fonte: Dos Santos Bastos (2011:13) No segundo caso de diminuição de seção, o problema é de ordem estrutural, devendo ser criteriosamente avaliada a perda de seção da armadura:  Meios fortemente agressivos (regiões marítimas, ou altamente poluídas);  Meios moderadamente agressivos;  Meios pouco agressivos; 3.3.5 Projecto Todo e qualquer dimensionamento estrutural deverá ser feito de acordo com a normalização vigente na região onde a construção será efetuada. Cada país ou 47 Benefícios de Alvenaria Estrutural Quando Comparado com Estrutura Convencional de Betão Armado Por Leonildo Casimiro Muiocha comunidade apresenta a respectiva norma, que leva em conta as condições ambientais tais como a existência ou não de abalos sísmicos, furacões, grandes variações de temperatura, qualidade dos materiais, tipos de construções, entre outros factores. As normas são desenvolvidas para padronização dos critérios de dimensionamento, oferecendo condições mínimas de utilização e segurança das estruturas. Elas são elaboradas a partir de inúmeros resultados de ensaios experimentais, oferecendo margem de segurança precavendo-se de possíveis falhas nos materiais, nas dosagens dos betão, possíveis imperfeições geométricas durante a execução da estrutura ou, até mesmo, compensar pequenos erros de projetos. Em Moçambique, as normas em vigor para o dimensionamento de estruturas em betão armado são o REBAP e o RSA. 3.3.5.1 Concepção de projecto O projeto estrutural deve atender a requisitos de segurança, funcionalidade, economia, estabilidade global e local dos elementos estruturais, trabalhabilidade e todos aqueles que se referem à vida útil da estrutura. Para que estes requisitos sejam satisfeitos, primeiro é necessário conhecer as condições ambientais e os meios pelos quais a obra será executada. Em segundo lugar, selecionar os materiais adequados ao tipo de construção. A escolha do tipo de estrutura a ser empregue pode ser considerada tarefa fácil quando o projectista tem uma vasta experiência de projecto. A funcionalidade da estrutura dependerá da forma que ela for elaborada, da quantidade e das dimensões dos elementos estruturais, tais como pilares e vigas. O método de cálculo deverá ser bem interpretado, pois a diferença nos resultados do projeto de um edifício de múltiplos andares calculados entre um programa preciso de computador e técnicas manuais poderão ser significativas. Esta diferença, deve-se ao uso de vários métodos de análise e teorias matemáticas complexas, as quais seriam impossíveis de serem analisadas manualmente. 48 Benefícios de Alvenaria Estrutural Quando Comparado com Estrutura Convencional de Betão Armado Por Leonildo Casimiro Muiocha A estabilidade global da estrutura é requisito mínimo de um projecto estrutural, principalmente quando a construção é submetida às condições de sismos, ventos, recalques do solo, impactos laterais, entre outras solicitações. O REBAP, classifica a qualidade de uma estrutura em betão armado de acordo com três requisitos básicos:  relativos a sua capacidade resistente de seus elementos componentes: segurança a ruptura e estabilidade;  relativos a um bom desempenho em serviço: fissuração excessiva, deformações inconvenientes e vibrações indesejáveis;  referentes a sua durabilidade, sob as influências ambientais previstas: conservação da estrutura. 3.3.5.2 Cargas de Projecto As cargas atuantes numa estrutura podem ser de vários tipos:  Carga permanente: peso próprio da estrutura (revestimento, materiais permanentes colocados sobre a estrutura), empuxo de terra em contenções;  Cargas móveis: fluxo de pessoas e materiais que não permanecem fixos sobre a estrutura;  Cargas ocasionais: vento, variação da temperatura, peso da neve e sismos em países onde se fazem sentir.  Carga dinâmica: impactos, veículos. Todo dimensionamento estrutural deverá ser elaborado para as mais desfavoráveis combinações de carregamento que podem atuar na estrutura, sem proporcionar deformações excessivas, oscilações, e colapso da estrutura. Em estruturas de edifícios, após analisar as combinações do carregamento vertical atuante (cargas móveis, permanente ou ocasionais), é necessário realizar uma análise destas combinações de carregamento com as condições de vento prescritas pela norma 49 Benefícios de Alvenaria Estrutural Quando Comparado com Estrutura Convencional de Betão Armado Por Leonildo Casimiro Muiocha de ventos (RSA). O efeito dinâmico das cargas de vento, normalmente começa a exercer influência nos elementos estruturais em edifícios maiores, de multiplos pavimentos, onde o controle das oscilações e do deslocamento horizontal passa a ser fundamental para a estabilidade global da estrutura. Sobre estas condições, economias significativas poderão ser atingidas pela escolha adequada do sistema estrutural, que deverá ser contraventado de maneira a garantir rigidez à estrutura impedindo excessivas oscilações e deslocamentos. O RSA, fornece valores de cargas padronizadas para o cálculo de estruturas de edificações relacionadas a diversos tipos de ocupações, assim como a massa específica dos materiais mais usados na construção civil. 3.3.5.3 Elementos componentes da estrutura Todas as estruturas de edifícios sejam elas compostas com um pavimento ou múltiplos pavimentos, são formados basicamente por:  Fundações: recebem todo o carregamento do edifício e podem ser blocos sobre estacas, sapatas isoladas ou associadas, ensoleiramento geral, tubulões, etc.  Paredes: são elementos estruturais esbeltos (placas) e servem para transferir tanto os esforços horizontais como os esforços verticais às fundações. As paredes podem ser de contenção, contraventamento, caixas de água;  Pilares: são os elementos estruturais que suportam as cargas das vigas, lajes, caixas de água, ventos, transferindo-as as fundações;  Vigas: São elementos estruturas que dão sustentação as lajes, transferindo os esforços para os pilares. As vigas podem ser horizontais, inclinadas, curvas ou até mesmo em forma de arco. São geralmente apoiadas nos pilares;  Lajes: As lajes são placas planas e esbeltas que servem de piso para os edifícios. Podem suportar cargas verticais tão bem como cargas horizontais. A lajes podem ser maciças, fungiformes, mistas, aligeiradas, pré-esforçadas;  Escadas: São elos de ligação entre os pavimentos. 50 Benefícios de Alvenaria Estrutural Quando Comparado com Estrutura Convencional de Betão Armado Por Leonildo Casimiro Muiocha  Pórticos: os pórticos espaciais consistem em elementos estruturais trabalhando em conjunto entre os pilares, paredes, vigas ou lajes. Podem se estaticamente determinados ou estaticamente indeterminados. 3.3.5.4 Etapas do Projecto Estrutural A primeira etapa do projeto estrutural compreende a interpretação do projeto arquitectónico, para efetuar o lançamento da estrutura em cada pavimento. Muitas vezes os arquitetos desenvolvem os seus projetos em conjunto com o projetista estrutural, gerando assim uma estrutura com segurança e custos reduzidos. Diferentes concepções estruturais poderão ser elaboradas, baseando-se em diferentes materiais ou para as diferentes condições de uso que a estrutura será submetida. Dentre as etapas do projeto estrutural estão:  Concepção do projeto arquitectónico;  Escolha da estrutura mais adequada ao meio em questão;  Estudo e lançamento das plantas de formas;  Estimativa dos diferentes tipos de carregamento atuantes na estrutura;  Análise prévia da estrutura por meio de métodos computacionais, levando em considerações a estabilidade global, limite de fissuração e deformações excessivas dos elementos estruturais tais como vigas, lajes, pilares, recalque nas fundações;  Análise final e cálculo das armaduras de todos os elementos estruturais;  Detalhamento da armação de todos os elementos estruturais, assim como o desenho final das plantas de forma.  Entrega do projeto estrutural e acompanhamento durante a execução da obra. 3.3.6 Método construtivo Neste ponto, entre os dois sistemas estruturais, deixarão de ser levados em consideração todos os itens que seriam comuns as duas estruturas onde fazem parte: fundação, lajes, reboco, revestimentos de pisos e forros, instalações elétricas, hidráulicas, esquadrias e coberturas pois foram tidas como “equivalentes” para os dois sistemas estruturais, mas 51 Benefícios de Alvenaria Estrutural Quando Comparado com Estrutura Convencional de Betão Armado Por Leonildo Casimiro Muiocha no próximo capitulo na apresentação do projecto serão levadas em consideração em seus benefícios. 3.3.6.1 Sistema de fôrmas Sistemas de fôrma é um item que não reside nas estruturas de AE por isso foi elevado em consideração. Para se ter a garantia de que uma estrutura ou qualquer peça de betão armado seja executada fielmente ao projecto e tenha a forma correcta, depende da exatidão e rigidez das fôrmas e de seus escoramentos. Geralmente as fôrmas têm a sua execução atribuída aos mestres de obra ou encarregados de carpintaria, estes procedimentos resultam em consumo intenso de materiais e mão-deobra, fazendo um serviço empírico, as fôrmas podem ficar superdimensionadas ou subdimensionadas. Hoje existe um grande elenco de alternativas para confecção de fôrmas, estudadas e projetadas, para todos os tipos de obras. As fôrmas podem variar cerca de 40% do custo total das estruturas de betão armado. Considerando que a estrutura representa em média 20% do custo total de um edifício, concluímos que racionalizar ou otimizar a fôrma corresponde a 8% do custo de construção. a)Nos pilares Os pilares são formados por painéis verticais travados por gravatas. Quando os pilares forem betonados antes das vigas, para garantir o prumo, temos que prever contraventamentos em duas direções perpendiculares entre si e os quais deverão estar bem apoiados no terreno em estacas firmemente batidas ou engastalhos nas bases, lajes etc... Devem ser bem fixados com pregos (18x27 ou 19x36) nas ligações com a fôrma e com os apoios (estacas ou engastalhos). 52 Benefícios de Alvenaria Estrutural Quando Comparado com Estrutura Convencional de Betão Armado Por Leonildo Casimiro Muiocha Figura 26 – Tipos de formas de utilizadas em pilares. Fonte: Cardão (1969) b) Nas vigas e lajes As fôrmas das vigas são constituídas por painéis de fundo e painéis das faces firmemente travadas por gravata, mãos-francesas e sarrafos de pressão. Devemos certificar se as formas têm as amarrações, escoramentos e contraventamentos suficientes para não sofrerem deslocamentos ou deformações durante o lançamento do betão. E verificarmos se as distâncias entre eixos (para o sistema convencional). Figura 27 – Detalhe de uma fôrma de viga. Fonte: Cardão (1969) 53 Benefícios de Alvenaria Estrutural Quando Comparado com Estrutura Convencional de Betão Armado Por Leonildo Casimiro Muiocha Figura 28 – Detalhe de uma fôrma de Laje. Fonte: Cardão (1969 54 Benefícios de Alvenaria Estrutural Quando Comparado com Estrutura Convencional de Betão Armado Por Leonildo Casimiro Muiocha CAPÍTULO 4: AVALIAÇÃO DE RESULTADOS, ESTUDO PRÁTICO COMPARATIVO ENTRE OS SISTEMAS Neste capítulo, por se tratar de comparação entre sistemas, utilizar-se-á a técnica de “benchmarking” para analisarmos as tecnologias construtivas dos dois sistemas. Logo, será feita a apresentação do projecto, as memórias descritivas e justificativas e os levantamentos orçamentais de cada uma das técnicas, salientando-se os custos do projecto nos sistemas de Alvenaria Estrutural e do Betão Armado, para as mesmas proporções de área construída. 4.1 APRESENTAÇÃO DO PROJECTO O projecto escolhido como base para o estudo comparativo é o de um edifício de pequeno porte executado em betão armado com fechamento em alvenaria convencional de tijolos cerâmicos, cujos custos de material e mão-de-obra serão comparados a um edifício equivalente, projectado em alvenaria estrutural com tijolos cerâmicos resistentes. O projecto considerado para o desenvolvimento do trabalho está integrado no Complexo do Centro de Formação Profissional de Inhambane, pertencente ao INEFP e cujas obras tiveram o patrocínio do IEFP Portugal. O Centro de Formação Profissional do INEFP localiza-se entre as Avenidas da Independência e da Revolução, junto à antiga estação dos Caminhos de Ferro (CFM), na cidade de Inhambane. Este Complexo é constituído por 5 blocos, a saber:  Bloco A – Instalações Sanitárias  Bloco B – Secção de Carpintaria  Bloco C – Secção de Pedreiros  Bloco D – Secção de Serralharia  Bloco E– Administração Ocupando uma área total de aproximadamente 0,5ha. 55 Benefícios de Alvenaria Estrutural Quando Comparado com Estrutura Convencional de Betão Armado Por Leonildo Casimiro Muiocha Neste Centro são ministrados cursos técnico-profissionais nas mais diversas áreas, entre as quais a construção civil, capacitando os jovens para o mercado de trabalho e contribuindo desta forma para o desenvolvimento do país e na redução da pobreza. Figura 29 – Localização do empreendimento. Fonte: autor Figura 30 – Implantação da infra-estrutura. Fonte: autor 56 Benefícios de Alvenaria Estrutural Quando Comparado com Estrutura Convencional de Betão Armado Por Leonildo Casimiro Muiocha Foi estudado neste trabalho o Bloco C – Secção de Pedreiros, composto por dois pisos e cobertura. O R/C é constituído por armazéns e escritórios e o 1º andar por salas de aula, ligados por uma escada exterior em betão armado, de acordo com o projecto apresentado. Este bloco tem uma área total de 300m². Figura 31 – Representação do bloco C. Fonte: autor 57 Benefícios de Alvenaria Estrutural Quando Comparado com Estrutura Convencional de Betão Armado Por Leonildo Casimiro Muiocha Figura 32 – Planta do piso 1. Fonte: autor Figura 33 – Planta de piso 2. Fonte: autor 4.2 ANALISE DOS MATERIAIS, QUANTIFICAÇÃO E RESULTADOS A seguir serão apresentados os resultados dos levantamentos quantitativos de serviços e insumos necessários para a execução do empreendimento através dos sistemas construtivos estudados, bem como dos respectivos preços aplicados na cidade pela construtora e que servem de base ao trabalho. Na memória descritiva e justificativa do empreendimento, dentre os materiais empregues nos dois sistemas, deixaram de ser levados em consideração todos os itens que seriam 58 Benefícios de Alvenaria Estrutural Quando Comparado com Estrutura Convencional de Betão Armado Por Leonildo Casimiro Muiocha comuns, mas foram incluídos no orçamento, por apresentarem o mesmo custo e não alterarem o valor final do orçamento. Com base nos levantamentos obtidos nos projetos das diversas especialidades (arquitectura, estrutura, electricidade e hidráulica), apresentamos uma breve descrição comparativa dos materiais empregues na execução da obra e exigidos em projecto: Cobertura: A cobertura será realizada em chapa metálica tipo IBR com 0,6mm de espessura, assente sobre estrutura metálica com perfil C75x50x20x2.5 em madres e C150x50x20x2.5 em vigas, incluindo cortes, sobreposições técnicas e indicações do projecto. Figura 34 – Detalhe cobertura. Fonte: autor Laje e Escadas: A laje utilizada no 1º andar é maciça de betão armado, apoiada nas vigas ou paredes de acordo com o sistema utilizado. A laje de escada também foi realizada em BA. 59 Benefícios de Alvenaria Estrutural Quando Comparado com Estrutura Convencional de Betão Armado Por Leonildo Casimiro Muiocha Figura 35 – Detalhe escada. Fonte: autor Fundação: Uma vez que a Alvenaria Estrutural apresenta uma distribuição de cargas diferente da estrutura em Betão Armado, o edifício projectado em alvenaria estrutural, apresenta uma pequena redução no consumo de betão e uma diminuição significativa na quantidade de aço. O custo desta etapa representa pouco menos de 4% do custo desta obra e, na comparação entre os dois sistemas estruturais, a diferença é de cerca de 10% a menos na alvenaria estrutural. No sistema de Alvenaria Estrutural, como não podia deixar de ser, a fundação é realizada por sapatas corridas, enquanto que no sistema de Betão Armado as sapatas são isoladas, ligadas por lintéis. Em ambos os sistemas foi aplicada uma alvenaria de fundação executada em blocos de alvenaria de betão amaciçados com 200mm de largura, assentes com argamassa de cimento e areia ao traço 1:5, em volume, até ao nível do pavimento. O betão do tipo B20 ao traço de 1:3:4 e aço da classe A400. O terreno apresenta características para uma tensão de segurança de 1,5 Kg/cm². Revestimento: o revestimento é em betão. Nas estruturas de betão armado a necessidade do revestimento para obter um bom acabamento é muito maior do que na alvenaria estrutural, onde os blocos possuem uma maior padronização e não necessitam de grandes 60 Benefícios de Alvenaria Estrutural Quando Comparado com Estrutura Convencional de Betão Armado Por Leonildo Casimiro Muiocha espessuras de reboco tanto para deixar a elevação com uma boa aparência, como para base de aplicação do revestimento final. Para a comparação dos custos, somaram-se os valores dos revestimentos internos e externos, exceto os revestimentos cerâmicos, que são iguais para os dois sistemas. Pelo facto de apresentar uma camada com espessura menor, a alvenaria estrutural apresenta uma redução de custo total no revestimento. Mão-de-obra: Este item é o custo mais significativo de todo o orçamento, equivalendo praticamente a metade do valor total da obra. Sendo assim, qualquer diminuição terá um grande impacto no custo final do edifício. Para a determinação do custo equivalente da mão-de-obra por metro quadrado, somouse o custo dos trabalhadores em cada item da obra mais os encargos sociais, para que depois o valor fosse dividido pela área construída, a fim de se obter o custo por metro quadrado. Isso foi realizado para os dois sistemas estruturais, resultando num valor de mão-de-obra de aproximadamente 5% menor, nos itens comparados para o sistema de Alvenaria Estrutural. Somando os custos dos outros trabalhadores, temos que o valor da mão-de-obra é próximo de 2% a menos na Alvenaria Estrutural, o que em termos monetários, para a obra em questão, é um valor interessante. Instalações Eléctricas e Hidráulicas: tal como abordado no capítulo 3, na alvenaria estrutural, as tubulações devem ser previstas no projecto, pois as paredes de alvenaria estrutural não podem ser quebradas, diferente nas estruturas convencionais de betão armado. Quebras em paredes resultam em retrabalho, desperdício, maior consumo de material e mão-de-obra, o que origina um pouco de economia no sistema de alvenaria estrutural. Outros itens: Os demais “itens” abordados não variam de acordo com a escolha do sistema construtivo. Sendo assim, não possuem variação no custo, apenas no percentual 61 Benefícios de Alvenaria Estrutural Quando Comparado com Estrutura Convencional de Betão Armado Por Leonildo Casimiro Muiocha com relação ao valor total do empreendimento, como pode ser visto no orçamento global dos sistemas. 4.2.1 Para o sistema construtivo Alvenaria Estrutural O empreendimento adotado como referência para o estudo foi efectivamente construído através do sistema construtivo convencional de Betão Armado. Em face disso foi necessário a elaboração do projecto da estrutura em Alvenaria Estrutural em tijolos cerâmicos resistentes, que passamos a descrever: Estrutura: no sistema alvenaria estrutural a estrutura é constituída por paredes resistentes. O dimensionamento destas paredes foi feito com recurso ao “software” Alvest/TQS, seguindo as diretrizes da NBR 6118/2003, normas brasileiras, a fim de se obterem resultados coerentes e satisfatórios, uma vez que Moçambique ainda não apresenta normas para o seu cálculo. O bloco padrão utilizado no projecto para o sistema de Alvenaria Estrutural foi o tijolo cerâmico 14x19x39 (LxAxC em centímetros). Para a determinação da resistência dos blocos e do volume de graute necessário para o aumento da resistência das paredes mais solicitadas, foram considerados os carregamentos verticais e as acções horizontais provenientes da ação do vento e do desaprumo. O procedimento de distribuição das cargas verticais foi executado utilizando grupos isolados de paredes. Figura 36 – Modulação de alvenaria estrutural. Fonte: autor 62 Benefícios de Alvenaria Estrutural Quando Comparado com Estrutura Convencional de Betão Armado Por Leonildo Casimiro Muiocha A resistência da argamassa utilizada no dimensionamento foi de 5MPa e a eficiência bloco foi de 0,8. Através do dimensionamento foi obtida a resistência dos blocos, que para prevenir possíveis trocas de blocos com diferentes resistências durante a execução foi adotado a resistência de 4 MPa para todo o edifício. Com isso houve a necessidade de groutear alguns vazados dos blocos das paredes mais carregadas, que foram as paredes da escada no piso térreo e no 1° piso, e a parede que divide os apartamentos no 1° piso. Devido à concentração de cargas numa parede de pequeno comprimento houve a necessidade de dimensioná-la como alvenaria estrutural armada. Para se obter o diâmetro da armadura das vergas foi feito o dimensionamento pelo método das tensões admissíveis o que levou a uma área de aço de 0,33cm², entretanto sob o ponto de vista executivo e para estarmos do lado da segurança, utilizou-se um valor superior ao obtido, igualando a armadura de flexão das vergas à armadura de cintas que é apenas construtiva. Foi utilizado 1φ de 10mm que corresponde a 0,8cm². Tendo em vista que, no sistema de paredes estruturadas, a alvenaria tem papel importante na sustentação da edificação, inicialmente, o levantamento dos materiais a serem utilizados para as paredes de alvenaria estrutural foi feito baseando-se no projeto de paginação (modulação) do edifício. Com isso obteve-se a quantidade em unidades de cada tipo de tijolos e também o volume de argamassa de assentamento. No entanto, como foi usada a medida em metros quadrados de parede – contemplando os tijolos e a argamassa – na composição do custo do sistema em betão armado, optouse por empregar o mesmo conceito para a AE. Neste “item”, o custo do sistema em alvenaria estrutural é maior, já que o custo dos tijolos resistentes é bastante superior ao dos tijolos cerâmicos de vedação. Desse modo, a diferença no valor total desse item chega próximo a 28% a menos no sistema em Betão Armado. 63 Benefícios de Alvenaria Estrutural Quando Comparado com Estrutura Convencional de Betão Armado Por Leonildo Casimiro Muiocha Grout: Como a alvenaria estrutural não necessita de vigas e pilares o betão estrutural resume-se ao aplicado nas fundações, na laje e na escada, o que gerou uma redução significativa no consumo de betão estrutural em cerca de 45%. Entretanto a alvenaria estrutural necessita de graute nos detalhes construtivos e nos reforços estruturais das paredes mais solicitadas o que fez com que essa diferença seja reduzida, mesmo quando considerado o concreto utilizado nas vergas do sistema convencional. Orçamento: Os levantamentos da quantidade de serviço a serem realizados na obra foram feitos através dos estudos do projeto de arquitectura. Para o levantamento da quantidade de insumos, utilizaram-se composições unitárias de preço. Alguns itens já foram fornecidos, no entanto, para aqueles que ainda não possuíam projecto, foram feitas estimativas a partir de índices de consumo com base noutras obras já executadas. Quanto à composição do orçamento para esta solução estrutural apresentamos o mapa seguinte com os valores e detalhes para cada “item”. 64 Benefícios de Alvenaria Estrutural Quando Comparado com Estrutura Convencional de Betão Armado Por Leonildo Casimiro Muiocha Tabela 2 – Resumo do orçamento alvenaria estrutural RESUMO item designação preços em MT I PRELIMINARES 21,738.53 II MOVIMENTO DE TERRAS 74,497.87 III BETÃO, COFRAGEM E ARMADURAS 521,582.63 IV ESTRUTURAS METÁLICAS 165,166.84 V ALVENARIAS 375,340.58 VI SERRALHARIAS 522,300.40 VII REVESTIMENTO DE COBERTURA 258,400.11 VIII CARPINTARIAS 121,944.40 IX REVESTIMENTOS 657,556.59 X VIDROS E ESPELHOS XI PINTURAS 175,728.47 XII INSTALAÇÃO ELÉCTRICA 228,507.20 39,596.07 SUB-TOTAL IVA (17%) TOTAL DO ORÇAMENTO 65 3,162,359.69 537,601.15 3,699,960.84 Benefícios de Alvenaria Estrutural Quando Comparado com Estrutura Convencional de Betão Armado Por Leonildo Casimiro Muiocha Análise físico-financeiro: Observou-se que a equipe-padrão responsável pela execução da alvenaria estrutural possuía 2 pedreiros e 3 serventes, sendo que o tempo médio necessário para tal serviço foi de 5 dias. Uma segunda equipe, composta por 3 carpinteiros/pedreiros e 4 serventes, era responsável pela execução da laje de betão armado. Verificou-se uma sincronia entre as equipes sendo que ambos os serviços eram executados em três semanas, e inicialmente concentrando os serviços em dois blocos, a fim de concluir a estrutura rapidamente e assim liberar os serviços internos, como revestimentos e acabamentos. Prevê-se que o prazo total para construção do empreendimento é de 21 semanas e o dispêndio é constante durante os meses. 4.2.2 Para sistema construtivo convencional de betão armado Devido a execução do empreendimento estudado ter sido executado sistema construtivo convencional em Betão Armado, logo os quantitativos foram levantados com base no projecto específico, elaborado pela empresa, e também segundo os consumos observados em obra. Estrutura: o projeto estrutural do edifício foi elaborado com o auxílio do software “cypecad 2011”, além de executar o dimensionamento e detalhamento dos elementos estruturais tais como, lajes, vigas, pilares e sapatas. Através do “software” foi obtida a relação de materiais e sua quantificação, volumes de betão e quantidades de aço e forma utilizada no levantamento de materiais do sistema convencional. As vigas foram dimensionadas com seção de 20x40cm e os pilares com espaçamento máximo de 5m e seção de 20x30cm. Aço: como no sistema convencional de betão armado, a estrutura é composta por pórticos (fundação, viga, pilar), o consumo do aço é significativamente mais elevado nesta solução. 66 Benefícios de Alvenaria Estrutural Quando Comparado com Estrutura Convencional de Betão Armado Por Leonildo Casimiro Muiocha Cofragem: mesmo considerando o reaproveitamento das fôrmas e escoramento a Alvenaria Estrutural apresentou redução de custos neste “item” também. Pode-se observar que o consumo de compensado foi o mesmo nos dois sistemas, o que duplicou o consumo de painéis, já que este foi considerado como painéis nas fôrmas dos pilares e vigas. A quantidade de escoramento do sistema convencional foi superior devido a necessidade de escoramento nas vigas. Orçamento: Quanto à composição do orçamento desta solução, apresentamos o mapa seguinte: 67 Benefícios de Alvenaria Estrutural Quando Comparado com Estrutura Convencional de Betão Armado Por Leonildo Casimiro Muiocha Tabela 3 – Resumo orçamento betão Armado RESUMO item designação preços em MT I PRELIMINARES 21,738.53 II MOVIMENTO DE TERRAS 74,497.87 III BETÃO, COFRAGEM E ARMADURAS 825,651.02 IV ESTRUTURAS METÁLICAS 165,166.84 V ALVENARIAS 279,666.14 VI SERRALHARIAS 522,300.40 VII REVESTIMENTO DE COBERTURA 258,400.11 VIII CARPINTARIAS 121,944.40 IX REVESTIMENTOS 657,556.59 X VIDROS E ESPELHOS XI PINTURAS 175,728.47 XII INSTALAÇÃO ELÉCTRICA 228,507.20 39,596.07 SUB-TOTAL IVA (17%) TOTAL DO ORÇAMENTO 68 3,370,753.64 573,028.12 3,943,781.76 Benefícios de Alvenaria Estrutural Quando Comparado com Estrutura Convencional de Betão Armado Por Leonildo Casimiro Muiocha Análise físico-financeira: Considerou-se, neste estudo, que a equipe para a executa a laje de betão armado possui o mesmo número de componentes nas duas soluções estruturais, a fim de se verificar possíveis diferenças no prazo de execução dos serviços entre os dois sistemas. Logo, esta equipe compõe-se por 5 pedreiros/carpinteiros e 7 serventes, a qual foi dividida em duas, uma responsável pela execução dos pilares e alvenaria de vedação, com 2 pedreiros/carpinteiros e 3 serventes e outra responsável pela execução das vigas e laje, composta por 3 pedreiros/carpinteiros e 4 serventes. Tal dimensionamento foi necessário para que os serviços sejam executados com mesmo tempo e assim possibilitar trabalhos paralelos, de forma a aumentar a produtividade e diminuir o prazo total para a execução, bem como evitar a ociosidade das equipes. Também se definiu que a alvenaria de vedação é executada posteriormente à laje, conforme exigência do projecto. A estrutura foi realizada na totalidade e depois a alvenaria de vedação. Segundo informações da construtora, o tempo necessário para a execução da estrutura deste bloco foi de 45 dias. Observa-se que o prazo total para a execução do empreendimento, composto por 5 blocos é de 7 meses e meio, não contabilizando os arranjos exteriores aos blocos. 69 Benefícios de Alvenaria Estrutural Quando Comparado com Estrutura Convencional de Betão Armado Por Leonildo Casimiro Muiocha CAPÍTULO 5: CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES O presente trabalho buscou comparar dois sistemas construtivos comumente utilizados no nosso país a fim de obtermos, para um projecto específico, os custos inerentes a cada um deles e o tempo de duração. Foram levantados os quantitativos de serviços e insumos bem como os respectivos preços aplicados na cidade de atuação, que possui experiência, num dos sistemas que serviu de base para a comparação. A Alvenaria Estrutural apresenta características importantes, tais como elevado potencial de racionalização e industrialização e alto nível de planeamento, sendo nesse caso a construção totalmente conduzida por projetos integrados entre si. Também destacamos a simplificação das instalações elétricas e hidráulicas, bem como a redução na espessura de revestimentos argamassados, que resulta em menores custos, patologias e redução do prazo de execução dos serviços. Quanto às desvantagens da alvenaria estrutural, destacamos as limitações ao projecto arquitetónico e impossibilidade de remoção de paredes, no entanto, no caso em análise a redução de custos e optimização de tempo é relevante. Podemos assim concluir que para projectos ainda mais favoráveis a esta solução, como é o caso de habitações de interesse social, tirando partido da modulação e compartimentação, a solução de Alvenaria Estrutural torna-se bastante interessante, indo de encontro às necessidades dum público com baixa renda, que apresenta menor poder de compra. Em relação à mão-de-obra, actualmente, devido ao elevado número de infra-estruturas em curso, constatamos que existe uma escassez de profissionais qualificados, o que leva as empresas a contratar pessoas com pouca experiência, tornando-se necessário investir permanentemente em treinamentos para capacitação da mão-de-obra. No caso da Alvenaria Estrutural e dadas as peculiaridades e características do sistema, as paredes possuem toda a responsabilidade estrutural do edifício e devem ser executadas com rigor e qualidade. Nesta perspectiva destacamos o trabalho relevante de formação realizado pelo INEFP no Centro de Formação Profissional de Inhambane e em postos avançados na província, colmatando esta lacuna. 70 Benefícios de Alvenaria Estrutural Quando Comparado com Estrutura Convencional de Betão Armado Por Leonildo Casimiro Muiocha O Betão Armado apresenta a vantagem de disponibilidade de mão-de-obra com mais experiência no mercado, por se tratar de um sistema construtivo largamente empregue, com flexibilidade ao nível do projeto arquitectónico, permitindo a construção de obras arejadas com grandes vãos e altura. Possibilita também a personalização dos espaços internos, sendo esse um forte argumento de vendas, principalmente para infra-estruturas destinadas ao padrão alto, porém na habitação de interesse social a Alvenaria Estrutural é mais vantajosa pois reduz os custos e os prazos de construção. A grande desvantagem da solução em Betão Armado é o elevado consumo de aço e fôrmas, que incrementa consideravelmente o custo deste sistema construtivo, inviabilizando a sua utilização em infra-estruturas de baixo custo e curto prazo de execução. Para a infra-estruturas em questão, considerando fundações, estrutura e vedações, a Alvenaria Estrutural apresentou-se 18,85% mais vantajosa, correspondendo à diferença de 208.393,95 MZN face à solução de Betão Armado, sendo um percentual elevado que impacta diretamente no resultado financeiro, bem como na redução significativa dos custos de construção. Pode-se estimar uma amplificação deste resultado se considerados itens como revestimentos argamassados e instalações, podendo chegar aos 30%, citado por Duarte (1999). Esta diferença de custos verificada entre os sistemas construtivos representa 6,18% sobre o custo global da infra-estrutura, de 3.370.753,64 MZN executada em Betão Armado. Tal percentagem corresponde, em geral, a itens importantes da obra como instalações elétricas e hidráulicas, carpintarias e serralharias ou revestimentos, obtendo-se assim um ganho considerável na utilização da alvenaria estrutural no âmbito financeiro. Aliado ao menor custo, a alvenaria estrutural também apresentou o menor prazo, sendo 2 meses mais rápida para a construção do mesmo empreendimento nas condições consideradas, representando assim, uma redução de 38% no tempo para execução da estrutura e vedações. Isso implica uma redução ainda maior no prazo total, pois permite que anteriormente se execute os serviços internos como revestimentos e instalações. A antecipação do cronograma da obra traz benefícios para a empresa, que entrega antes a 71 Benefícios de Alvenaria Estrutural Quando Comparado com Estrutura Convencional de Betão Armado Por Leonildo Casimiro Muiocha infra-estrutura e possibilita construir mais unidades no mesmo período e, também, para o cliente que recebe antes o seu imóvel. 72 Benefícios de Alvenaria Estrutural Quando Comparado com Estrutura Convencional de Betão Armado Por Leonildo Casimiro Muiocha BIBLIOGRAFIA Araújo, J. M., (2004). Projecto Estruturas de Edifícios de Concreto Armado. Brasil Rio Grande do Sul: Editora Dunas. Bonilha, F. N., (1991). Alvenaria Estrutural. Brasil - Porto Alegre: Editora da UFRGS Coêlho, Ronaldo S.A. (1998). Alvenaria Estrutural Brasil - São Luís: Universidade Estadual do Maranhão. Climaco, J. C. T. S., (2005). Estruturas de Concreto Armado: Fundamentos de Projecto, Dimensionamento e Verificação. Brasil - Brasília: Editora Universidade de Brasilia Finatec. Dos Reis, Lopes. (2000). Estratégia Empresarial: Análise, formulação e implementação. Portugal - Lisboa: Editorial Presença. Duarte, R. B. (1999). Recomendações para o Projecto e Execução de Edifícios de Alvenaria Estrutural. Brasil – Porto Alegre: CFP SENAI de artes gráficas. Franco, L. S. (1993). O desenvolvimento de Processos Construtivos em Alvenaria Estrutural: III Simpósio de Desenvolvimento de Materiais e Componentes de Construção Civil. Brasil - Florianópolis: Editorial Anais Gallegos, H. (1989). Albañileria Estrutural. 2a edição Brasil - Peru: Editorial Fondo Mehta, P. K. e Monteiro, P. J. M. (1994). Concreto: Estruturas, Propriedades e Materiais. Brasil - São Paulo: Editorial Pini. Manzione, L. (2007). Projecto e Execução de Alvenaria. 2a edição Brasil - São Paulo: Editora Nome da Rosa. 73 Benefícios de Alvenaria Estrutural Quando Comparado com Estrutura Convencional de Betão Armado Por Leonildo Casimiro Muiocha Ramalho, Márcio A. e Corrêa, Márcio R. S. (2003). Projectos de Edificios de Alvenaria Estrutural. Brasil - São Paulo: Editora Pini Roman, H. R., Mutti, C. N. e Araújo, H. N. (1999). Construindo em Alvenaria estrutural. Brasil - Florianópolis: Editorial da UFSC Tauil, C. A. e Nesse, F. J. M. (2010). Alvenaria Estrutural. Brasil - São Paulo: Editora Pini. Wissenbach, V. e Tauil C. A. (1990). Manual Técnico de Alvenaria. Brasil - São Paulo: Editorial Proedito-res e ABCI. Camalho, J. S. (1986). “Alvenaria Estrutural Não Armada: Parametros básicos a Serem Considerados no Projecto dos Elementos Resistentes”, Dissertação, trabalho de graduação. Brasil – Porto Alegre: Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Gomes, N. S. (1989). “A Resistência das Paredes de Alvenaria”, Dissertação, trabalho de graduação. Brasil – São Paulo: Escola Politécnica, Universidade de São Paulo. Kalil, Sílvia Baptista. (2010). “Alvenaria Estrutural”, Dissertação, trabalho de graduação. Brasil - Porto Alegre: Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Sabbatini, F. H. (1997). “Desenvolvimento de Métodos, Processos e Sistemas Construtivos: Formulação e Aplicação de uma Metodologia”, Tese, trabalho de graduação. Brasil – São Paulo: Escola Politécnica, Universidade de São Paulo. Band, Tv. (2014). “Construção Dinâmica na Tv”[Online] Disponivel em: http://www.construcaodinamicanatv.com.br [Acessado em: 1 11 2014] Bezerra, Filipe S. (2013).” Um guia do conhecimento em gerenciamento de projetos (Guia PMBOK) [Online]. Project Management Institute. 74 Benefícios de Alvenaria Estrutural Quando Comparado com Estrutura Convencional de Betão Armado Por Leonildo Casimiro Muiocha Disponivel em: http://www.portal-administracao.com/ [Acessado em 28 05 2015] Boulevard, Jackson. (2012). “The Monadnock Building” [Online] Disponivel em: http://www.monadnockbuilding.com/history.htm [Acessado em 28 05 2015 Construção, Engenharia. 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Disponivel em: http://www.construirbarato.com.br/economia/alvenaria-casa/ [Acessado em 28 05 15] 75 APÊNDICE A MAPA DE QUANTIDADES E ORÇAMENTO DO SISTEMA DE DETALHADO 76 MAPA DE QUANTIDADES E ORÇAMENTO DO SISTEMA DE ALVENARIA ESTRTURAL 77 1 UNIVERSIDADE POLITÉCNICA A POLITÉCNICA Obra: Local: SISTEMA CONVENCIONAL DE ALVENARIA ESTRUTURAL MAPA DE QUANTIDADE - SISTEMA BETÃO ARMADO Inhambane LISTA DE QUANTIDADES E PREÇOS UNITÁRIOS item preços em MT unitários total designação un quant I PRELIMINARES 1 Limpeza da camada vegetal superficial do terreno, até uma profundidade de 0,15m (média) m² 232.27 38.40 8,919.17 Implantação da obra incluindo marcação de todos os elementos que formam o edifício m² 232.27 48.00 11,148.96 Construção, montagem e desmontagem de cangalho de madeira para apoio à marcação dos eixos das fundações ml 72 23.20 1,670.40 2 3 Sub-Total I 21,738.53 II MOVIMENTO DE TERRAS 1 Escavação manual de terras para implantação das fundações, incluindo abertura de caboucos e baldeação das terras escavadas m³ 18.10 192.40 3,482.44 Regularização da base das fundações dos pilares e das paredes, incluindo rega e compactação das superfícies m² 30.42 57.60 1,752.19 Aterro em fundações com solos seleccionados provenientes das escavações em camadas bem regadas e compactadas m³ 16.80 76.80 1,290.24 m³ 21.67 768.80 16,659.90 m³ 21.67 1,730.00 37,489.10 m² 160.00 86.40 13,824.00 2 3 4 5 6 Aterro em caixas de pavimento térreo com terras de empréstimo em camadas de espessura não superior a 150 mm, incluindo rega e compactação Construção de camadas de enrocamento com pedra mediana ou detritos de demolição com material aprovado numa só camada de 150 mm de espessura sob pavimento térreo, incluindo compactação apropriada Uma camada de membrana impermeabilizante Polietileno de 375 (µm) micros em laje do pavimento térreo, o preço deverá incluir dobras e sobreposições Sub-Total II 74,497.87 2 UNIVERSIDADE POLITÉCNICA A POLITÉCNICA SISTEMA CONVENCIONAL DE ALVENARIA ESTRUTURAL MAPA DE QUANTIDADE - SISTEMA BETÃO ARMADO Inhambane Obra: Local: LISTA DE QUANTIDADES E PREÇOS UNITÁRIOS item designação preços em MT unitários total un quant Betão de limpeza Classe B15 em elementos armados das fundações, considerando uma margem de 50mm para cada lado das fundações m³ 5.04 4,613.60 23,252.54 1.2 Betão simples da Classe B 20 em sapatas corridas m³ 20.14 5,382.40 108,401.54 1.3 Betão armado da Classe B 20 em sapatas de fundação m³ 1.4 Betão simples da Classe B 20 em laje de pavimento m² 1.5 Betão armado da Classe B 20 em pilares m³ 5,382.40 1.6 Betão armado da Classe B 20 em vigas m³ 5,382.40 1.7 Betão armado da Classe B 20 em laje m³ 26.76 5,382.40 144,033.02 244.25 422.80 103,268.90 III BETÃO, COFRAGEM E ARMADURAS 1 Betões 1.1 2 5,382.40 14.45 1,076.40 Cofragem Fornecimento e montagem de cofragem em madeira ou chapas metálicas, incluindo acessórios, descofragem e trabalhos complementares 2.1 Lajes m² 2.2 Pilares m² 461.20 2.3 Vigas e vergas m² 422.80 3 3.1 15,553.98 Armaduras Fornecimento e aplicação de aço A400 em armaduras, incluindo ganchos, sobreposições e empalmes. Cavaletes e espaçadores estão incluídos nos seguintes diâmetros: 3.1.1 Diâmetro 6mm Kg 481.33 50.80 24,451.56 3.1.2 Diâmetro 8mm Kg 247.90 50.80 12,593.32 3 UNIVERSIDADE POLITÉCNICA A POLITÉCNICA SISTEMA CONVENCIONAL DE ALVENARIA ESTRUTURAL MAPA DE QUANTIDADE - SISTEMA BETÃO ARMADO Inhambane Obra: Local: LISTA DE QUANTIDADES E PREÇOS UNITÁRIOS item designação un quant preços em MT unitários total 3.1.3 Diâmetro 10mm Kg 870.92 50.80 44,242.74 3.1.4 Diâmetro 12mm Kg 871.16 50.80 44,254.93 3.1.5 Diâmetro 16mm Kg 30.12 50.80 1,530.10 3.1.6 Diâmetro 20mm Kg 50.80 3.1.7 Diâmetro 25mm Kg 50.80 Sub-Total III IV 521,582.63 ESTRUTURAS METÁLICAS NOTA: Fazem parte do item de Estruturas Metálicas a elaboração de desenhos de fabrico, fabricação, tratamento protector, transporte e montagem, incluindo todas as ligações 1 Cobertura 1.1 Perfil C75x50x20x2,5 em madres Kg 614.46 134.40 82,583.42 1.2 Perfil C150x50x20x2,5 em vigas Kg 614.46 134.40 82,583.42 Sub-Total IV V ALVENARIAS 1 Alvenarias de Fundação 1.1 2 2.1 165,166.84 Execução de alvenarias em blocos de cimento amaciçados com 200mm de largura em fundações, assentes com argamassa de cimento e areia ao traço 1:5 m² 33.74 830.40 28,017.70 m² 404.37 830.40 335,788.85 Alvenarias de Elevação Execução de alvenarias com tijolos furados de 200mm de largura, em paredes indicadas no projecto, assentes com argamassa de cimento e areia ao traço 1:5 4 UNIVERSIDADE POLITÉCNICA A POLITÉCNICA Obra: Local: SISTEMA CONVENCIONAL DE ALVENARIA ESTRUTURAL MAPA DE QUANTIDADE - SISTEMA BETÃO ARMADO Inhambane LISTA DE QUANTIDADES E PREÇOS UNITÁRIOS item designação 2.2 Execução de alvenarias com tijolos furados de 150mm de largura, em paredes indicadas no projecto, assentes com argamassa de cimento e areia ao traço 1:5 un quant m² 14.81 preços em MT unitários total 778.80 Sub-Total V VI SERRALHARIAS 1 Corrimão da Escada Exterior 1.1 Fornecimento e instalação de corrimão metálico constituído por tubo de ferro macio com acabamento de cromato de zinco, com Ø=34mm e altura de 900mm acima do pavimento, tubo horizontal intermédio com Ø=34mm, balaústres em tubo de Ø=43mm de 1.200mm de afastamento na escada e varanda, e fixação destes lateralmente à laje de betão por encastramento ou placa com duas buchas expansivas de Ø=12mm incluindo todos os acessórios conforme sistema Macloc 1.2 Extra incluindo de pinos de ligação, conforme itens no catálogo Matlock pag. 11 e 12 em Especificações Técnicas 11,534.03 375,340.58 1.2.1 Extra para balaústres C 90º pág 12 un 17,300.40 1.2.2 Extra para balaústres A 35º pág 12 un 14,878.40 1.2.3 Extra para Curva 90º item 16, pág 11 un 12.00 12,110.40 145,324.80 1.2.4 Extra para Fecho 35º, item 19, pág 11 un 2.00 10,572.40 21,144.80 1.2.5 Extra para Curva 135º, item 17, pág 11 un 6.00 10,188.00 61,128.00 1.2.6 Extra para chapa de ligação à parede, item 25, pág 11 un 4.00 8,650.00 34,600.00 1.2.7 Extra para tubo de balaústre com cerca de 2,06m de comprimento, a fixar no topo do corrimão e viga da cobertura para fixação dos tubos de queda, inclusive de ligações un 2.00 14,255.60 28,511.20 5 UNIVERSIDADE POLITÉCNICA A POLITÉCNICA SISTEMA CONVENCIONAL DE ALVENARIA ESTRUTURAL MAPA DE QUANTIDADE - SISTEMA BETÃO ARMADO Inhambane Obra: Local: LISTA DE QUANTIDADES E PREÇOS UNITÁRIOS item 2 designação un quant un 23.00 preços em MT unitários total Janelas 2.1 Fornecimento e assentamento de janela metálica J1, dimensões de 1020x950mm, conforme Mapa de Vãos, incluindo vidro e ferragens 2.1.1 Janelas completas, entregues prontas a funcionar incluindo aro, caixilhos de vidro e caixilhos de rede mosquiteira (onde aplicáveis), ferragens, e todos acessórios para instalação conforme desenhos e/ou prescrito nas especificações técnicas, excluindo vidros e pintura 10,069.20 Sub-Total VI VII 1 1.1 2 231,591.60 522,300.40 REVESTIMENTO DE COBERTURA Revestimento de Coberturas Fornecimento e assentamento de chapas metálicas tipo IBR com 0,6mm de espessura em cobertura assente sobre estrutura metálica, incluindo cortes, sobreposições e elementos de fixação, respeitando as especificações técnicas e indicações do projecto m² 216.80 1,038.00 225,038.40 Drenagem de Águas Pluviais Material " Marley Vynadeep", ou semelhante incluindo braçadeiras e fixação a montar conforme instruções do fabricante: 2.1 Caleira em meia cana com 125mm Ø e 87mm de profundidade ml 26.20 653.60 17,124.32 2.2 Peças de topo (ref. Stopend - DE 501) un 2.00 346.00 692.00 2.3 Peça descarregadora (ref. Outlet - DO 503) un 2.00 538.40 1,076.80 2.4 Curvas de 45º (ref. Swanneck ends - DNE 300) par 3.00 499.60 1,498.80 2.5 Junção entre curvas a 45º (ref. Double spigot - DLH 306) un 3.00 692.00 2,076.00 2.6 Uniões isoladas (ref. Loose pipe sockets - DPS 300) un 10.00 384.40 3,844.00 2.7 Tubo de descarga de 80mm Ø m 9.96 615.20 6,127.39 2.8 Peça de descarga ao pavimento (ref. Shoe - DS 30) un 2.00 461.20 922.40 Sub-Total VII 258,400.11 6 UNIVERSIDADE POLITÉCNICA A POLITÉCNICA SISTEMA CONVENCIONAL DE ALVENARIA ESTRUTURAL MAPA DE QUANTIDADE - SISTEMA BETÃO ARMADO Inhambane Obra: Local: LISTA DE QUANTIDADES E PREÇOS UNITÁRIOS item VIII designação preços em MT unitários total un quant un 3.00 16,868.80 50,606.40 un 2.00 10,342.80 20,685.60 un 3.00 9,371.60 28,114.80 un 2.00 11,268.80 22,537.60 CARPINTARIAS NOTA: As dimensões das portas, janelas, devem ser verificadas e corrigidas pelo Empreiteiro na obra e reconfirmadas pelo Projectista 1 Portas 1.1 Portas completas, entregues prontas a funcionar incluindo aro, ferragens puxadores fechaduras e todos acessórios para instalação conforme desenhos e/ou prescrito nas especificações técnicas 1.1.1 Fornecimento e assentamento de porta P1, com dimensões de 1500x2100mm, em madeira Umbila maciça, 2 folhas, vidro, incluindo aro em madeira maciça 1.1.2 2 2.1 2.1.1 2.1.2 Fornecimento e assentamento de porta P2, com dimensões de 650x2100mm, de 1 folha em madeira maciça de Umbila Ferragens Fornecimento e colocação de: Ferragens para porta P1 incluindo fechadura de embutir ref. DCLSA-625, batente de pavimento ref. NT 2484 Fleet, vedante inferior de poeiras, espelho do tipo V14cr - 24, mola hidráulica de testa Briton Ferragens para porta P2 incluindo 1 fechadura da Union, ref.: l2214-48SS ou semelhante, batente de pavimento ref. Union AL8730AS, 3 dobradiças por porta com ref. 1028/9- alumínio NT, puxador da Union ref. 6105-06SS, semelhante, espelho do tipo V14CR – 24 Sub-Total VIII 121,944.40 7 UNIVERSIDADE POLITÉCNICA A POLITÉCNICA SISTEMA CONVENCIONAL DE ALVENARIA ESTRUTURAL MAPA DE QUANTIDADE - SISTEMA BETÃO ARMADO Inhambane Obra: Local: LISTA DE QUANTIDADES E PREÇOS UNITÁRIOS item designação quant m² 437.01 265.20 115,895.05 m² 182.06 253.60 46,170.42 Execução de betonilha simples ao traço 1:4 com 25 mm de espessura em pavimento m² 140.58 230.80 32,445.86 Execução de betonilha corada ao traço 1:4 com 25 mm de espessura em pavimento m² 10.92 252.00 2,751.84 Execução de betonilha esquartelada ao traço 1:4 com 50 mm de espessura em pavimento exterior m² 32.80 252.00 8,265.60 m² 204.83 230.80 47,274.76 m² 149.80 1,095.60 164,120.88 m² 43.96 1,095.60 48,162.58 IX REVESTIMENTOS 1 Paredes 1.1 1.2 2 2.1 2.2 2.3 2.4 2.5 2.6 preços em MT unitários total un Execução de reboco em paredes exteriores com argamassa de cimento e areia, ao traço 1:5, sobre alvenarias devidamente regularizadas e sobre chapisco ao traço 1:3 Execução de reboco em paredes interiores com argamassa de cimento e areia, ao traço 1:5, sobre alvenarias devidamente regularizadas e sobre chapisco ao traço 1:3 Pavimentos Execução de betonilha de enchimento ao traço 1:4 com 2,5 cm de espessura, devidamente desempenada, para assentamento de mosaico cerâmico em pavimento plano Fornecimento e assentamento de mosaico cerâmico vidrado Johson TS 525Sand, conforme indicado no mapa de acabamentos, assente com cimento cola, incluindo refechamento de juntas com aguada de cimento Fornecimento e assentamento de mosaico cerâmico vidrado Johnson TS 524Siena, conforme indicado no mapa de acabamentos, assente com cimento cola, incluindo refechamento de juntas com aguada de cimento 8 UNIVERSIDADE POLITÉCNICA A POLITÉCNICA SISTEMA CONVENCIONAL DE ALVENARIA ESTRUTURAL MAPA DE QUANTIDADE - SISTEMA BETÃO ARMADO Inhambane Obra: Local: LISTA DE QUANTIDADES E PREÇOS UNITÁRIOS item designação 2.7 Fornecimento e assentamento de mosaico cerâmico vidrado Johnson AA 5720 Terracota, conforme indicado no mapa de acabamentos, assente com cimento cola, incluindo refechamento de juntas com aguada de cimento 3 3.1 preços em MT unitários total un quant m² 11.07 1,095.60 12,128.29 m² 137.96 1,307.20 180,341.31 Tectos Fornecimento assentamento de tecto falso em placas de fibrocimento Everite – SHD Nutec de 603x603x 4mm, N.º de produto 062-021, ou semelhante, incluindo de estrutura de suporte completa conforme instruções do fabricante. (Pintura medida separadamente) Sub-Total IX X VIDROS E ESPELHOS 1 Fornecimento e assentamento de vidro martelado, com 4mm de espessura, incluindo cortes e materiais de fixação, de acordo com o mapa de vãos 2 657,556.59 m² 29.90 875.60 26,180.44 m² 9.97 1,345.60 13,415.63 Fornecimento e assentamento de rede mosquiteira em aço inox tipo stainless steel 14 mesh insect screening, incluindo todos os elementos de fixação Sub-Total X 39,596.07 XI PINTURAS 1 Pintura de superfícies exteriores com três demãos de tinta PVA sobre uma demão de isolante, sobre bases bem preparadas m² 437.01 221.20 96,666.61 Pintura de superfícies interiores com três demãos de tinta PVA sobre uma demão de isolante, sobre bases bem preparadas m² 182.06 211.60 38,523.90 3 Pintura em superfície de tecto falso m² 143.36 211.60 30,334.98 4 Pintura em elementos de madeira (portas e janelas) com duas demãos de tinta de esmalte sobre uma demão de tapa-póros em superfícies de madeira devidamente preparada m² 35.28 289.20 10,202.98 2 Sub-Total XI 175,728.47 9 UNIVERSIDADE POLITÉCNICA A POLITÉCNICA SISTEMA CONVENCIONAL DE ALVENARIA ESTRUTURAL MAPA DE QUANTIDADE - SISTEMA BETÃO ARMADO Inhambane Obra: Local: LISTA DE QUANTIDADES E PREÇOS UNITÁRIOS item XII 1 designação un quant preços em MT unitários total INSTALAÇÃO ELÉCTRICA Rés-do-Chão 1.1 Quadro eléctrico QEP, montagem saliente un 1.00 143,607.20 143,607.20 1.2 Cabo 3VHV1,5mm2, incluindo, caixas de derivação, buchas, parafusos e ml 35.00 94.40 3,304.00 1.3 Interruptores duplos estanques un 1.00 857.60 857.60 1.4 Armaduras fluorescentes 2 x 36WW régua simples incluindo lâmpadas un 5.00 2,842.40 14,212.00 1.5 Cabo 3VHV2,5mm2, incluindo, caixas de derivação, buchas, parafusos e abraçadeiras plásticas ml 38.00 134.80 5,122.40 Tomadas monofásicas com terra estanques un 4.00 1,021.60 4,086.40 Cabo 3VHV1,5mm2, incluindo, caixas de derivação, buchas, parafusos e abraçadeiras plásticas ml 100.00 94.40 9,440.00 2.2 Interruptores simples un 1.00 306.80 306.80 2.3 Interruptores estanques un 3.00 336.40 1,009.20 2.4 Armaduras fluorescentes 1 x 18W régua simples incluindo lâmpadas un 4.00 539.60 2,158.40 2.5 Armaduras fluorescentes 1 x 36W régua simples incluindo lâmpadas un 12.00 1,958.00 23,496.00 2.6 Cabo 3VHV2,5mm2, incluindo, caixas de derivação, buchas, parafusos e abraçadeiras plásticas ml 110.00 134.80 14,828.00 Tomadas monofásicas com terra estanques un 17.00 357.60 6,079.20 1.6 2 2.1 2.7 1º Andar Sub-Total XII 228,507.20 MAPA DE QUANTIDADES E ORÇAMENTO DO SISTEMA DE CONVENCIONAL DE BETÃO ARMADO 87 1 UNIVERSIDADE POLITÉCNICA A POLITÉCNICA Obra: Local: SISTEMA CONVENCIONAL DE BETÃO ARMADO MAPA DE QUANTIDADE - SISTEMA BETÃO ARMADO Inhambane LISTA DE QUANTIDADES E PREÇOS UNITÁRIOS item preços em MT unitários total designação un quant I PRELIMINARES 1 Limpeza da camada vegetal superficial do terreno, até uma profundidade de 0,15m (média) m² 232.27 38.40 8,919.17 Implantação da obra incluindo marcação de todos os elementos que formam o edifício m² 232.27 48.00 11,148.96 Construção, montagem e desmontagem de cangalho de madeira para apoio à marcação dos eixos das fundações ml 72 23.20 1,670.40 2 3 Sub-Total I 21,738.53 II MOVIMENTO DE TERRAS 1 Escavação manual de terras para implantação das fundações, incluindo abertura de caboucos e baldeação das terras escavadas m³ 18.10 192.40 3,482.44 Regularização da base das fundações dos pilares e das paredes, incluindo rega e compactação das superfícies m² 30.42 57.60 1,752.19 Aterro em fundações com solos seleccionados provenientes das escavações em camadas bem regadas e compactadas m³ 16.80 76.80 1,290.24 m³ 21.67 768.80 16,659.90 m³ 21.67 1,730.00 37,489.10 m² 160.00 86.40 13,824.00 2 3 4 5 6 Aterro em caixas de pavimento térreo com terras de empréstimo em camadas de espessura não superior a 150 mm, incluindo rega e compactação Construção de camadas de enrocamento com pedra mediana ou detritos de demolição com material aprovado numa só camada de 150 mm de espessura sob pavimento térreo, incluindo compactação apropriada Uma camada de membrana impermeabilizante Polietileno de 375 (µm) micros em laje do pavimento térreo, o preço deverá incluir dobras e sobreposições Sub-Total II 74,497.87 2 UNIVERSIDADE POLITÉCNICA A POLITÉCNICA SISTEMA CONVENCIONAL DE BETÃO ARMADO MAPA DE QUANTIDADE - SISTEMA BETÃO ARMADO Inhambane Obra: Local: LISTA DE QUANTIDADES E PREÇOS UNITÁRIOS item designação preços em MT unitários total un quant Betão de limpeza Classe B15 em elementos armados das fundações, considerando uma margem de 50mm para cada lado das fundações m³ 5.04 4,613.60 23,252.54 1.2 Betão simples da Classe B 20 em sapatas corridas m³ 1.77 5,382.40 9,526.85 1.3 Betão armado da Classe B 20 em sapatas de fundação m³ 21.15 5,382.40 113,837.76 1.4 Betão simples da Classe B 20 em laje de pavimento m² 14.45 1,076.40 15,553.98 1.5 Betão armado da Classe B 20 em pilares m³ 6.59 5,382.40 35,470.02 1.6 Betão armado da Classe B 20 em vigas m³ 16.18 5,382.40 87,087.23 1.7 Betão armado da Classe B 20 em laje m³ 26.76 5,382.40 144,033.02 III BETÃO, COFRAGEM E ARMADURAS 1 Betões 1.1 2 Cofragem Fornecimento e montagem de cofragem em madeira ou chapas metálicas, incluindo acessórios, descofragem e trabalhos complementares 2.1 Lajes m² 244.25 422.80 103,268.90 2.2 Pilares m² 102.70 461.20 47,365.24 2.3 Vigas e vergas m² 81.40 422.80 34,415.92 3 3.1 Armaduras Fornecimento e aplicação de aço A400 em armaduras, incluindo ganchos, sobreposições e empalmes. Cavaletes e espaçadores estão incluídos nos seguintes diâmetros: 3.1.1 Diâmetro 6mm Kg 481.33 50.80 24,451.56 3.1.2 Diâmetro 8mm Kg 247.90 50.80 12,593.32 3 UNIVERSIDADE POLITÉCNICA A POLITÉCNICA SISTEMA CONVENCIONAL DE BETÃO ARMADO MAPA DE QUANTIDADE - SISTEMA BETÃO ARMADO Inhambane Obra: Local: LISTA DE QUANTIDADES E PREÇOS UNITÁRIOS item designação un quant preços em MT unitários total 3.1.3 Diâmetro 10mm Kg 870.92 50.80 44,242.74 3.1.4 Diâmetro 12mm Kg 871.16 50.80 44,254.93 3.1.5 Diâmetro 16mm Kg 187.75 50.80 9,537.70 3.1.6 Diâmetro 20mm Kg 1,113.54 50.80 56,567.83 3.1.7 Diâmetro 25mm Kg 397.47 50.80 20,191.48 Sub-Total III IV 825,651.02 ESTRUTURAS METÁLICAS NOTA: Fazem parte do item de Estruturas Metálicas a elaboração de desenhos de fabrico, fabricação, tratamento protector, transporte e montagem, incluindo todas as ligações 1 Cobertura 1.1 Perfil C75x50x20x2,5 em madres Kg 614.46 134.40 82,583.42 1.2 Perfil C150x50x20x2,5 em vigas Kg 614.46 134.40 82,583.42 Sub-Total IV V ALVENARIAS 1 Alvenarias de Fundação 1.1 2 2.1 165,166.84 Execução de alvenarias em blocos de cimento amaciçados com 200mm de largura em fundações, assentes com argamassa de cimento e areia ao traço 1:5 m² 33.74 830.40 28,017.70 m² 351.63 692.00 243,327.96 Alvenarias de Elevação Execução de alvenarias com tijolos furados de 200mm de largura, em paredes indicadas no projecto, assentes com argamassa de cimento e areia ao traço 1:5 4 UNIVERSIDADE POLITÉCNICA A POLITÉCNICA Obra: Local: SISTEMA CONVENCIONAL DE BETÃO ARMADO MAPA DE QUANTIDADE - SISTEMA BETÃO ARMADO Inhambane LISTA DE QUANTIDADES E PREÇOS UNITÁRIOS item designação 2.2 Execução de alvenarias com tijolos furados de 150mm de largura, em paredes indicadas no projecto, assentes com argamassa de cimento e areia ao traço 1:5 un quant m² 12.88 preços em MT unitários total 646.00 Sub-Total V VI SERRALHARIAS 1 Corrimão da Escada Exterior 1.1 Fornecimento e instalação de corrimão metálico constituído por tubo de ferro macio com acabamento de cromato de zinco, com Ø=34mm e altura de 900mm acima do pavimento, tubo horizontal intermédio com Ø=34mm, balaústres em tubo de Ø=43mm de 1.200mm de afastamento na escada e varanda, e fixação destes lateralmente à laje de betão por encastramento ou placa com duas buchas expansivas de Ø=12mm incluindo todos os acessórios conforme sistema Macloc 1.2 Extra incluindo de pinos de ligação, conforme itens no catálogo Matlock pag. 11 e 12 em Especificações Técnicas 8,320.48 279,666.14 1.2.1 Extra para balaústres C 90º pág 12 un 17,300.40 1.2.2 Extra para balaústres A 35º pág 12 un 14,878.40 1.2.3 Extra para Curva 90º item 16, pág 11 un 12.00 12,110.40 145,324.80 1.2.4 Extra para Fecho 35º, item 19, pág 11 un 2.00 10,572.40 21,144.80 1.2.5 Extra para Curva 135º, item 17, pág 11 un 6.00 10,188.00 61,128.00 1.2.6 Extra para chapa de ligação à parede, item 25, pág 11 un 4.00 8,650.00 34,600.00 1.2.7 Extra para tubo de balaústre com cerca de 2,06m de comprimento, a fixar no topo do corrimão e viga da cobertura para fixação dos tubos de queda, inclusive de ligações un 2.00 14,255.60 28,511.20 5 UNIVERSIDADE POLITÉCNICA A POLITÉCNICA SISTEMA CONVENCIONAL DE BETÃO ARMADO MAPA DE QUANTIDADE - SISTEMA BETÃO ARMADO Inhambane Obra: Local: LISTA DE QUANTIDADES E PREÇOS UNITÁRIOS item 2 designação un quant un 23.00 preços em MT unitários total Janelas 2.1 Fornecimento e assentamento de janela metálica J1, dimensões de 1020x950mm, conforme Mapa de Vãos, incluindo vidro e ferragens 2.1.1 Janelas completas, entregues prontas a funcionar incluindo aro, caixilhos de vidro e caixilhos de rede mosquiteira (onde aplicáveis), ferragens, e todos acessórios para instalação conforme desenhos e/ou prescrito nas especificações técnicas, excluindo vidros e pintura 10,069.20 Sub-Total VI VII 1 1.1 2 231,591.60 522,300.40 REVESTIMENTO DE COBERTURA Revestimento de Coberturas Fornecimento e assentamento de chapas metálicas tipo IBR com 0,6mm de espessura em cobertura assente sobre estrutura metálica, incluindo cortes, sobreposições e elementos de fixação, respeitando as especificações técnicas e indicações do projecto m² 216.80 1,038.00 225,038.40 Drenagem de Águas Pluviais Material " Marley Vynadeep", ou semelhante incluindo braçadeiras e fixação a montar conforme instruções do fabricante: 2.1 Caleira em meia cana com 125mm Ø e 87mm de profundidade ml 26.20 653.60 17,124.32 2.2 Peças de topo (ref. Stopend - DE 501) un 2.00 346.00 692.00 2.3 Peça descarregadora (ref. Outlet - DO 503) un 2.00 538.40 1,076.80 2.4 Curvas de 45º (ref. Swanneck ends - DNE 300) par 3.00 499.60 1,498.80 2.5 Junção entre curvas a 45º (ref. Double spigot - DLH 306) un 3.00 692.00 2,076.00 2.6 Uniões isoladas (ref. Loose pipe sockets - DPS 300) un 10.00 384.40 3,844.00 2.7 Tubo de descarga de 80mm Ø m 9.96 615.20 6,127.39 2.8 Peça de descarga ao pavimento (ref. Shoe - DS 30) un 2.00 461.20 922.40 Sub-Total VII 258,400.11 6 UNIVERSIDADE POLITÉCNICA A POLITÉCNICA SISTEMA CONVENCIONAL DE BETÃO ARMADO MAPA DE QUANTIDADE - SISTEMA BETÃO ARMADO Inhambane Obra: Local: LISTA DE QUANTIDADES E PREÇOS UNITÁRIOS item VIII designação preços em MT unitários total un quant un 3.00 16,868.80 50,606.40 un 2.00 10,342.80 20,685.60 un 3.00 9,371.60 28,114.80 un 2.00 11,268.80 22,537.60 CARPINTARIAS NOTA: As dimensões das portas, janelas, devem ser verificadas e corrigidas pelo Empreiteiro na obra e reconfirmadas pelo Projectista 1 Portas 1.1 Portas completas, entregues prontas a funcionar incluindo aro, ferragens puxadores fechaduras e todos acessórios para instalação conforme desenhos e/ou prescrito nas especificações técnicas 1.1.1 Fornecimento e assentamento de porta P1, com dimensões de 1500x2100mm, em madeira Umbila maciça, 2 folhas, vidro, incluindo aro em madeira maciça 1.1.2 2 2.1 2.1.1 2.1.2 Fornecimento e assentamento de porta P2, com dimensões de 650x2100mm, de 1 folha em madeira maciça de Umbila Ferragens Fornecimento e colocação de: Ferragens para porta P1 incluindo fechadura de embutir ref. DCLSA-625, batente de pavimento ref. NT 2484 Fleet, vedante inferior de poeiras, espelho do tipo V14cr - 24, mola hidráulica de testa Briton Ferragens para porta P2 incluindo 1 fechadura da Union, ref.: l2214-48SS ou semelhante, batente de pavimento ref. Union AL8730AS, 3 dobradiças por porta com ref. 1028/9- alumínio NT, puxador da Union ref. 6105-06SS, semelhante, espelho do tipo V14CR – 24 Sub-Total VIII 121,944.40 7 UNIVERSIDADE POLITÉCNICA A POLITÉCNICA SISTEMA CONVENCIONAL DE BETÃO ARMADO MAPA DE QUANTIDADE - SISTEMA BETÃO ARMADO Inhambane Obra: Local: LISTA DE QUANTIDADES E PREÇOS UNITÁRIOS item designação quant m² 437.01 265.20 115,895.05 m² 182.06 253.60 46,170.42 Execução de betonilha simples ao traço 1:4 com 25 mm de espessura em pavimento m² 140.58 230.80 32,445.86 Execução de betonilha corada ao traço 1:4 com 25 mm de espessura em pavimento m² 10.92 252.00 2,751.84 Execução de betonilha esquartelada ao traço 1:4 com 50 mm de espessura em pavimento exterior m² 32.80 252.00 8,265.60 m² 204.83 230.80 47,274.76 m² 149.80 1,095.60 164,120.88 m² 43.96 1,095.60 48,162.58 IX REVESTIMENTOS 1 Paredes 1.1 1.2 2 2.1 2.2 2.3 2.4 2.5 2.6 preços em MT unitários total un Execução de reboco em paredes exteriores com argamassa de cimento e areia, ao traço 1:5, sobre alvenarias devidamente regularizadas e sobre chapisco ao traço 1:3 Execução de reboco em paredes interiores com argamassa de cimento e areia, ao traço 1:5, sobre alvenarias devidamente regularizadas e sobre chapisco ao traço 1:3 Pavimentos Execução de betonilha de enchimento ao traço 1:4 com 2,5 cm de espessura, devidamente desempenada, para assentamento de mosaico cerâmico em pavimento plano Fornecimento e assentamento de mosaico cerâmico vidrado Johson TS 525Sand, conforme indicado no mapa de acabamentos, assente com cimento cola, incluindo refechamento de juntas com aguada de cimento Fornecimento e assentamento de mosaico cerâmico vidrado Johnson TS 524Siena, conforme indicado no mapa de acabamentos, assente com cimento cola, incluindo refechamento de juntas com aguada de cimento 8 UNIVERSIDADE POLITÉCNICA A POLITÉCNICA SISTEMA CONVENCIONAL DE BETÃO ARMADO MAPA DE QUANTIDADE - SISTEMA BETÃO ARMADO Inhambane Obra: Local: LISTA DE QUANTIDADES E PREÇOS UNITÁRIOS item designação 2.7 Fornecimento e assentamento de mosaico cerâmico vidrado Johnson AA 5720 Terracota, conforme indicado no mapa de acabamentos, assente com cimento cola, incluindo refechamento de juntas com aguada de cimento 3 3.1 preços em MT unitários total un quant m² 11.07 1,095.60 12,128.29 m² 137.96 1,307.20 180,341.31 Tectos Fornecimento assentamento de tecto falso em placas de fibrocimento Everite – SHD Nutec de 603x603x 4mm, N.º de produto 062-021, ou semelhante, incluindo de estrutura de suporte completa conforme instruções do fabricante. (Pintura medida separadamente) Sub-Total IX X VIDROS E ESPELHOS 1 Fornecimento e assentamento de vidro martelado, com 4mm de espessura, incluindo cortes e materiais de fixação, de acordo com o mapa de vãos 2 657,556.59 m² 29.90 875.60 26,180.44 m² 9.97 1,345.60 13,415.63 Fornecimento e assentamento de rede mosquiteira em aço inox tipo stainless steel 14 mesh insect screening, incluindo todos os elementos de fixação Sub-Total X 39,596.07 XI PINTURAS 1 Pintura de superfícies exteriores com três demãos de tinta PVA sobre uma demão de isolante, sobre bases bem preparadas m² 437.01 221.20 96,666.61 Pintura de superfícies interiores com três demãos de tinta PVA sobre uma demão de isolante, sobre bases bem preparadas m² 182.06 211.60 38,523.90 3 Pintura em superfície de tecto falso m² 143.36 211.60 30,334.98 4 Pintura em elementos de madeira (portas e janelas) com duas demãos de tinta de esmalte sobre uma demão de tapa-póros em superfícies de madeira devidamente preparada m² 35.28 289.20 10,202.98 2 Sub-Total XI 175,728.47 9 UNIVERSIDADE POLITÉCNICA A POLITÉCNICA SISTEMA CONVENCIONAL DE BETÃO ARMADO MAPA DE QUANTIDADE - SISTEMA BETÃO ARMADO Inhambane Obra: Local: LISTA DE QUANTIDADES E PREÇOS UNITÁRIOS item XII 1 designação un quant preços em MT unitários total INSTALAÇÃO ELÉCTRICA Rés-do-Chão 1.1 Quadro eléctrico QEP, montagem saliente un 1.00 143,607.20 143,607.20 1.2 Cabo 3VHV1,5mm2, incluindo, caixas de derivação, buchas, parafusos e ml 35.00 94.40 3,304.00 1.3 Interruptores duplos estanques un 1.00 857.60 857.60 1.4 Armaduras fluorescentes 2 x 36WW régua simples incluindo lâmpadas un 5.00 2,842.40 14,212.00 1.5 Cabo 3VHV2,5mm2, incluindo, caixas de derivação, buchas, parafusos e abraçadeiras plásticas ml 38.00 134.80 5,122.40 Tomadas monofásicas com terra estanques un 4.00 1,021.60 4,086.40 Cabo 3VHV1,5mm2, incluindo, caixas de derivação, buchas, parafusos e abraçadeiras plásticas ml 100.00 94.40 9,440.00 2.2 Interruptores simples un 1.00 306.80 306.80 2.3 Interruptores estanques un 3.00 336.40 1,009.20 2.4 Armaduras fluorescentes 1 x 18W régua simples incluindo lâmpadas un 4.00 539.60 2,158.40 2.5 Armaduras fluorescentes 1 x 36W régua simples incluindo lâmpadas un 12.00 1,958.00 23,496.00 2.6 Cabo 3VHV2,5mm2, incluindo, caixas de derivação, buchas, parafusos e abraçadeiras plásticas ml 110.00 134.80 14,828.00 Tomadas monofásicas com terra estanques un 17.00 357.60 6,079.20 1.6 2 2.1 2.7 1º Andar Sub-Total XII 228,507.20 APÊNDICE B PROJETO DO SISTEMA DE ALVENARIA ESTRUTURAL 97 A B C D E F G PLANTA DO PISO 2 MODULAÇÃO 1a FIADA T6 A B C D E F G A B C D E F G F G PROJECT. INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL DESEN. UNIVERSIDADE POLITÉCNICA A POLITÉCNICA VERIF. A B C a PLANTA DO PISO 1 MODULAÇÃO 1 FIADA D E APROV. PROJECTO EXECUTIVO ESCALAS: (Rés do Chão) 1:100 CENTRO DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL DE INHAMBANE PROJECTO de COOPERAÇÃO PORTUGAL - MOÇAMBIQUE GERAL e EXTERIORES PROJECTO Nº ISPU 1 REVISÕES GERAIS PLANTA GERAL FINAL DESENHO N° A DATA DESIGNAÇÃO RECTIFICADO APROV. A B C D E F G PLANTA DO PISO 2 MODULAÇÃO 2a FIADA T6 A B C D E F G A B C D E F G F G PROJECT. INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL DESEN. A B C D E VERIF. APROV. PLANTA DO PISO 1 MODULAÇÃO 2a FIADA (Rés do Chão) UNIVERSIDADE POLITÉCNICA A POLITÉCNICA PROJECTO EXECUTIVO ESCALAS: 1:100 CENTRO DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL DE INHAMBANE PROJECTO de COOPERAÇÃO PORTUGAL - MOÇAMBIQUE GERAL e EXTERIORES PROJECTO Nº ISPU 2 REVISÕES GERAIS PLANTA GERAL FINAL DESENHO N° A DATA DESIGNAÇÃO RECTIFICADO APROV. A A B C D E F G A B C D E F G ALÇADO FRONTAL PROJECT. INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL DESEN. UNIVERSIDADE POLITÉCNICA A POLITÉCNICA VERIF. APROV. PROJECTO EXECUTIVO ESCALAS: 1:100 CENTRO DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL DE INHAMBANE PROJECTO de COOPERAÇÃO PORTUGAL - MOÇAMBIQUE GERAL e EXTERIORES PROJECTO Nº ISPU 3 REVISÕES GERAIS PLANTA GERAL FINAL DESENHO N° A DATA DESIGNAÇÃO RECTIFICADO APROV. APÊNDICE C PROJETO DO SISTEMA DE BETÃO ARMADO 101 Elemento X1 X2 X4 X3 4.350 4.300 X5 4.300 4.300 4.450 P9 X7 X6 Pos. Diam. Q. 1 2 3 4 Pat. Recta Pat. Comp. Total (cm) (cm) (cm) (cm) (cm) 7 7 8 3 Ø12 Ø12 Ø10 Ø6 12 13 30 119 120 63 114 12 13 143 146 93 114 8.89 9.07 4.59 0.76 Total+10%: 25.64 0.84 5.05 19.75 25.64 Ø6: Ø10: Ø12: TOTAL: PAREDE DO EDIFÍCIO EXISTENTE 0.150 0.500 Y4 (Kg) 1001 1022 744 342 4.300 0.100 A400 P1 P2 P4 P3 P5 P6 P17 P12 P16 1475 x 110 x 40 5.940 1060 x 125 x 40 120 x 230 x 50 Y3 1.450 P7 P8 P9 130 x 130 x 30 0.100 P11 P10 130 x 130 x 30 130 x 130 x 30 0.150 130 x 130 x 30 130 x 130 x 30 65 x 65 x 30 P19 140 x 270 x 50 135 1.325 0.148 Y2 P14 0.130 Y1 122 80 x 80 x 30 65 x 65 x 30 P18 Comp. Total Peso(com perdas) RESUMO AÇO Total (m) (Kg) Fundação PORMENOR FUNDAÇÃO 135 A400 P9 Referência: P9 65 LEGENDA GERAL: P9 65 65 "5P3Ø16c/29 C=130" - 5 barras, Posição 3, diâmetro 16mm, com afastamento 290mm e comprimento total (incl. dobras) 1.300mm. 65 13 7P1Ø12c/23 C=143 7P2Ø12c/20 C=146 30 30 25 6 12 30 30 8X1P3Ø10 C=93 25 P9 "23x1eP11Ø8c/142" 23 estribos simples (x1), Posição 11, diâmetro 8mm, com afastamento 140mm. "Posição" refere ao código da barra conforme coluna "Pos." no mapa de medições. 13 530 Ø10 1194 81 Ø12 5900 576 Ø16 2477 477 Ø25 902 382 0 0.5 2 1 1530 4 3 5 3P4Ø6 C=114 PROJECT. INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL DESEN. VERIF. 130 Ø6 APROV. PROJECTO EXECUTIVO 130 ESCALAS: 1:100 UNIVERSIDADE POLITÉCNICA A POLITÉCNICA CENTRO DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL DE INHAMBANE PROJECTO de COOPERAÇÃO PORTUGAL - MOÇAMBIQUE BLOCO C - PEDREIROS - ESTRUTURA FUNDAÇÕES PLANTA DESENHO N° PROJECTO Nº ISPU 1 REVISÕES DATA DESIGNAÇÃO B ALT. SAPATAS+LEGENDA C RECUO DOS PILARES D 15/06/09 Telas Finais APROV. 430 430 445 P2 20X30 20X30 430 P3 P4 20X30 20X30 15 P5 B 24 34 34 34 34 PÓRTICO 2 X7 X6 P6 20X30 A B P1 24 10 Y4 430 X5 40 435 A X4 X3 40 X2 24 X1 P17 20X30 30 L6 h=16 30X40 L5 h=16 30X40 L3 h=16 30X50 L4 h=16 30X50 L2 h=16 30X50 593 30X40 L1 h=16 30X50 14 133 Y1 P10 L8 h=14 P11 PÓRTICO 9 PÓRTICO 8 PÓRTICO 7 30X30 14 30X30 P12 11 5 P16 15 L7 h=14 14 B +0.569 30X30 B 135 30X20 -1.145 15 Y2 P9 -0.05 13 1 P19 30X30 20X30 PÓRTICO 1 10 20X30 145 P7 30X30 PÓRTICO 6 P8 30X30 PÓRTICO 4 Y3 PÓRTICO 5 A PÓRTICO 3 A 1.80 2 1 4 3 5 Permanente PROJECT. INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL DESEN. GRUPO: PISO 1 +3.40 VERIF. Simbologia de cargas: Carga linear APROV. (KN/m) 9.81 Carga pontual (KN) 9.81 "23x1eP11Ø8c/142" 23 estribos simples (x1), Posição 11, diâmetro 8mm, com afastamento 140mm. "Posição" refere ao código da barra conforme coluna "Pos." no mapa de medições. 0.5 1.80 LEGENDA GERAL: "5P3Ø16c/29 C=130" - 5 barras, Posição 3, diâmetro 16mm, com afastamento 290mm e comprimento total (incl. dobras) 1.300mm. 0 1.80 Aços em lajes: A400 Escala: 1:200 1.80 1.80 1.80 NOTA: Existem planos inclinados. O desenho de todos os elementos está em projecção horizontal, pelo que aqueles que não estejam cotados, não poderão medir-se em verdadeira grandeza. Consulte a direcção e valor da pendente. PISO 1 +3.40 CARGAS ESPECIAIS Betão: B20 PISO 1 +3.40 Planta Escala: 1:100 9.00 9.00 P14 Carga superficial 9.81 (KN/m2) SOBRECARGA = 3 KN/m2 REVESTIMENTOS E PAREDES = 1.4 KN/m2 PROJECTO EXECUTIVO ESCALAS: 1:100 UNIVERSIDADE POLITÉCNICA A POLITÉCNICA CENTRO DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL DE INHAMBANE PROJECTO de COOPERAÇÃO PORTUGAL - MOÇAMBIQUE BLOCO C - PEDREIROS PROJECTO Nº ISPU 2 REVISÕES ESTRUTURAS LAJE +3,40 PLANTA GERAL DESENHO N° A DATA DESIGNAÇÃO LEGENDA, TÍTULO APROV. Elemento Pos. Diam. Q. ARMADURA LONGITUDINAL INFERIOR P1Ø8c/15 C=460 P2Ø8c/15 C=430 P2Ø8c/15 C=430 P6Ø8c/15 C=450 P2Ø8c/15 C=430 P3Ø8c/15 C=440 ARMADURA TRANSVERSAL INFERIOR PÓRTICO 4 8 P9Ø8c/15 C=430 P4Ø8c/15 C=880 P8Ø8c/15 C=560 P7Ø8c/15 C=480 10 PÓRTICO 5=PÓRTICO 7 P10Ø8c/15 C=320 10 P5Ø8c/15 C=150 RESUMO AÇO PISO 1 +3.40 ARMADURA LONGITUDINAL INFERIOR 137 133 9 27 20 10 10 10 10 10 VAR. 580 VAR. 590 130 16 17 18 19 20 21 Ø20 Ø10 Ø10 Ø12 Ø6 Ø8 3 2 2 2 26 33 25 24 29 24 589 301 589 301 25 22 23 24 Ø20 Ø10 Ø8 4 2 25 25 589 589 25 25 8 67.16 188.35 64.24 31.25 5.92 65.70 17.05 19.89 15.27 11.37 Total+10%: 534.82 VAR. 590 VAR. 600 150 10 10 10 25893 78470 2862 16200 3000 102.18 483.80 11.29 99.88 11.84 Total+10%: 779.89 1917 650 1294 650 2496 5280 47.28 4.01 7.98 5.77 5.54 20.84 Total+10%: 100.56 639 325 647 325 96 160 29 614 639 160 2456 1278 4000 60.57 7.88 15.78 Total+10%: 92.65 185.30 6.09 Ø6: 730.31 Ø8: 672.58 Ø10: 6.34 Ø12: 185.25 Ø20: TOTAL: 1600.57 535 NOTA: Existem planos inclinados. O desenho de todos os elementos está em projecção horizontal, pelo que aqueles que não estejam cotados, não poderão medir-se em verdadeira grandeza. Consulte a direcção e valor da pendente. RESUMO AÇO PISO 1 +3.40 ARMADURA TRANSVERSAL INFERIOR A400 PISO 1 +3.40 ARMADURA TRANSVERSAL INFERIOR Betão: B20 A400 Escala: 1:100 287 578 PROJECT. P2 26 Comp. Total Peso+10% Total (Kg) (m) Ø8 317.6 138 Ø10 946.7 642 780 PISO 1 +3.40 Desenho de vigas Betão: B20 Aço: A400 Escala pórticos: 1:100 Escala secções: 1:50 P11 P5 P9 P3 24 593 25 2P23Ø10 C=639 25 29 29 SUPERIOR 30 X 50 30 X 50 26x1eP20Ø6c/10 257 15 5 33x1eP21Ø8c/17 553 20 ESTRIBOS 20 25x1eP24Ø8c/23 553 25 4P22Ø20 C=614 INFERIOR 2P17Ø10 C=325 VERIF. APROV. PROJECTO EXECUTIVO ESCALAS: 25 25 3P16Ø20 C=639 INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL DESEN. 2P18Ø10 C=647 24 Ø8 Ø10 Ø8 Ø10 Ø8 10 10 (Kg) 17020 47730 16280 7920 1500 16650 4320 5040 3870 2880 460 430 440 880 150 450 480 560 430 320 46 26 P8 20 X 30 ESTRIBOS 1232.1 10 10 P11Ø8c/15 C=180-190 30 2P19Ø12 C=325 15 11 12 13 14 15 450 430 440 880 140 450 470 560 422 320 10 10 P12Ø10c/15 C=590 50 50 PISO 1 +3.40 ARMADURA LONGITUDINAL INFERIOR Betão: B20 A400 Escala: 1:100 46 26 16 INFERIOR 37 111 37 9 10 37 9 9 9 9 (x2): P12Ø10c/15 C=590 10 10 Ø8 P13Ø8c/15 C=310-320 10 10 10 P15Ø8c/15 C=150 30 30 20 SUPERIOR Ø8 Ø8 Ø8 Ø8 Ø8 Ø8 Ø8 Ø8 Ø8 Ø8 A400 PÓRTICO 5 PÓRTICO 7 PÓRTICO 4 P14 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Comp. Total Peso+10.0% (m) (Kg) 10 P12Ø10c/15 C=590 P12Ø10c/15 C=590 10 10 P12Ø10c/15 C=590 10 A400 P14Ø10c/15 C=600 10 Pat. Recta Pat. Comp. Total (cm) (cm) (cm) (cm) (cm) 20 1:100 UNIVERSIDADE POLITÉCNICA A POLITÉCNICA CENTRO DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL DE INHAMBANE PROJECTO de COOPERAÇÃO PORTUGAL - MOÇAMBIQUE BLOCO C - PEDREIROS ISPU 3 REVISÕES ESTRUTURAS LAJE +3,40 ARMADURAS INFERIORES E VIGAS DESENHO N° PROJECTO Nº A DATA DESIGNAÇÃO TÍTULO Telas Finais APROV. 350 C 150x50 x20x2.5 .5 Betão rect. 3540 2.5 20x 50x 50x 2800 .5 0x2 2.5 20x 50x 50x C1 Descrição: INSTITUTO DE EMPREGO E FORM PR Norma de aço laminado: REAE Norma de aço enformado: MV110 (Portugal) Plano: 2D Orto: PL 1 Escala: 1: 50 Obra: IEFPPED Descrição: INSTITUTO DE EMPREGO E FORM PR Norma de aço laminado: REAE Norma de aço enformado: MV110 (Portugal) Plano: 3D Escala: 1: 50 Betão rect. C1 0 40 00 0.5 2 1 4 3 5 00 28 Betão rect. 40 00 Obra: IEFPPED 2.5 20x 50x 50 x Betão rect. 40 00 2.5 20x 50x 50x 2.5 20x 50x 5 0x Betão rect. C1 C1 Obra: IEFPPED INSTITUTO DE EMPREGO E FORM PROF - PEDREIROS Escala: 1/50 Separação entre pórticos (m): 4.00 Madres nas coberturas Tipo de Aço:Fe360 Tipo de perfil: C 75*50*20*2.5 Separação: 1.50 m. Número de madres: 5 Peso linear: 19.25 Kg/m C 150x50x20x2.5 .5 2 50x 5 0x Betão rect. 2 20x 50x 50 x C1 C 150x50x20x2.5 Betão rect. C1 40 00 2800 .5 Betão rect. 0x2 Betão rect. 40 00 2.5 20 x 50x 50x 2 50x 50x C 150x50x20x2.5 C1 C1 C 150x50x20x2.5 Betão rect. .5 0x2 Betão rect. 3540 2 50x 50x Betão rect. C1 C 150x50x20x2.5 350 C1 x20x2.5 Betão rect. 0x2 Betão rect. 2 50x 50x 350 C1 2.5 20x 50x 50 x C 150x50x20x2.5 C1 C 150x50x20x2.5 350 C 150x50 00 28 PROJECT. INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL DESEN. VERIF. APROV. PROJECTO EXECUTIVO ESCALAS: 1:100 UNIVERSIDADE POLITÉCNICA A POLITÉCNICA CENTRO DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL DE INHAMBANE PROJECTO de COOPERAÇÃO PORTUGAL - MOÇAMBIQUE BLOCO C - PEDREIROS PROJECTO Nº REVISÕES ESTRUTURAS COBERTURA. SUPORTE METÁLICO DESENHO N° ISPU 4 A DATA DESIGNAÇÃO PERFIS AJUSTADOS APROV.