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Bacia Hidrográfica - Projeto De Hidrologia - 1ª Parte

1ª parte do projeto de hidrologia de levantamento da bacia hidrográfica

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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE RORAIMA PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO CENTRO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL CURSO DE BACHARELADO EM ENGENHARIA CIVIL NELSON POERSCHKE PATRICK MATOS MANDULÃO PROJETO DE SUB-BACIA HIDROGRÁFICA DO IGARAPÉ PAU BARU Etapa 1 BOA VISTA – RR MAIO, 2015 2 NELSON POERSCHKE PATRICK MATOS MANDULÃO PROJETO DE SUB-BACIA HIDROGRÁFICA DO IGARAPÉ PAU BARU Etapa 1 Projeto apresentado como exigência da disciplina de Hidrografia Aplicada do Curso de Bacharelado em Engenharia Civil da Universidade Federal de Roraima, ministrada pelo Prof. MSc. ALEX BORTOLON DE MATOS. BOA VISTA – RR MAIO, 2015 3 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ..........................................................................................................04 2 PLANTA DA BACIA COM DELIMITAÇÃO DO SEU TRAÇADO ......................06 3 CARACTERÍSTICAS FÍSICAS DA BACIA ............................................................08 3.1 ÁREA DE DREAGEM..............................................................................................08 3.2 PERÍMETRO E COMPRIMENTO DA BACIA ........................................................09 3.3 DECLIVIDADE MÉDIA DA BACIA .......................................................................11 3.4 TEMPO DE CONCENTRAÇÃO ..............................................................................11 3.5 FATOR DE FORMA E COEFICIENTE DE COMPACIDADE ................................12 4 CARACTERÍSTICAS DO SISTEMA DE DRENAGEM ........................................13 4.1 ORDENS DOS CURSOS D’ÁGUA ..........................................................................13 4.1.1 Método de Horton ...................................................................................................13 4.1.2 Método de Strahler..................................................................................................14 4.2 DENSIDADE DE DRENAGEM ...............................................................................14 5 CARACTERÍSTICA D RELEVO DA BACIA .........................................................16 5.1 ALTITUDE MÉDIA DA BACIA ..............................................................................16 5.2 DECLIVIDADE E SINUOSIDADE DO CURSO D’ÁGUA PRINCIPAL .................16 5.2.1 Declividade global ..................................................................................................17 5.2.2 Declividade compensada.........................................................................................17 5.2.3 Declividade representativa ......................................................................................18 5.2.4 Sinuosidade do rio principal ....................................................................................19 5.3 CURVA HIPSOMÉTRICA .......................................................................................20 6 INFORMAÇÕES ADICIONAIS ...............................................................................22 6.1 CONCEITOS ............................................................................................................22 6.2 LOCALIZAÇÃO DA BACIA ...................................................................................22 6.3 METODOLOGIA UTILIZADA PARA OBTENÇÃO DAS INFORMAÇÕES ..........23 6.4 LOCALIZAÇÃO DAS COORDENADAS DO EXUTÓRIO .....................................24 6.5 TIPOS DE CURSOS D’ÁGUA EXISTENTES NA BACIA ......................................25 6.6 PORQUE AS INFO LEVANTADAS SÃO ÚTEIS PARA HIDROLOGIA ...............26 7 CONCLUSÃO ............................................................................................................27 8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................28 ANEXOS Pranchas 01/08 a 08/08 4 1. INTRODUÇÃO “Hidrologia é a ciência que trata da água na Terra, sua ocorrência, circulação e distribuição, suas propriedades físicas e químicas, e sua relação com o meio ambiente, incluindo sua relação com a vida” (Conselho Federal de Ciência e Tecnologia – EUA, apud Carvalho e Silva, 2006, pág. 1). Segundo Carvalho e Silva (2006, pág 2), “a hidrologia aplicada está voltada para os diferentes problemas que envolvem a utilização dos recursos hídricos, preservação do meio ambiente e ocupação da bacia hidrográfica”. É uma ciência interdisciplinar que tem tido grande evolução frente aos problemas contemporâneos crescentes, resultantes da ocupação desordenada das bacias, diminuindo a oferta de água potável e do aumento significativo da demanda de água, impactando o meio ambiente da Terra. Conforme Matos (2015) bacia hidrográfica é uma área definida topograficamente, drenada por um curso d’água ou um sistema conectado de cursos d’água, dispondo de uma simples saída para que toda vazão efluente seja descarregada, seu exutório. “As bacias hidrográficas caracterizam-se pelas suas características fisiográficas, clima, tipo de solo, geologia, geomorfologia, cobertura vegetal, tipo de ocupação, regime pluviométrico e fluviométrico, e disponibilidade hídrica” (SAGARA, 2001, pag.1). São bastante vulneráveis às alterações da vegetação, que por sua vez podem interferir nas propriedades biológicas, químicas e físicas do solo, refletindo consecutivamente na qualidade e quantidade da água dos rios, o que é de fundamental importância para a sustentabilidade e preservação do ambiente. A Lei Nº 9.433, de 08 de janeiro de 1997, em seu art. 1º, inciso V, reza que: “a bacia hidrográfica é a unidade territorial para implementação da Política Nacional de Recursos Hídricos e atuação do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos”, portanto a fixação dessas unidades envolve a abrangência de aplicação de seus instrumentos como enquadramento dos corpos d’água, outorga e cobrança pelo uso de recursos hídricos. A sub-bacia do Igarapé Pau Baru possui duas áreas de tributação principais, a face Sul da Serra do Tepequém e a face Sudoeste da Serra do Aricamã. Suas duas principais nascentes estão localizadas na Serra do Tepequém, a primeira, nas coordenadas 3° 45’ 6,23” N e 61° 41’ 37,61” W, e a segunda, nas coordenadas 3° 45’ 4,32” N e 61° 40’ 57,10” W. Possui, ainda, nascentes na margem esquerda do Igarapé Pau Baru, na Linha de Talvegue entre a serra supracitada e a Serra do Aricamã, sendo a principal localizada nas coordenadas 3° 43’ 48,24” N e 61° 40’ 25,52” W. Outras inúmeras nascentes de menor tamanho, tanto na margem 5 esquerda com na margem direita, completam os afluentes do igarapé principal. O exutório da subbacia é no Igarapé Tomás, nas coordenadas 3° 38’ 39,47” N e 61° 42’ 4,11”W. O presente projeto tem por objetivo, nesta primeira etapa, apresentar a planta da sub-bacia com delimitação da sua área, suas características físicas; características do sistema de drenagem e características do relevo, além de informações adicionais. 6 2. PLANTA DA BACIA COM DELIMITAÇÃO DO SEU TRAÇADO Os divisores topográficos são condicionados pela topografia e limitam a área de onde provém o deflúvio superficial da bacia (quantidade de água que chega aos leitos fluviais, depois de ter escoado superficialmente). Os divisores topográficos necessariamente contornam a Bacia Hidrográfica e consistem na linha que divide as precipitações que caem em bacias vizinhas e que encaminha o escoamento superficial resultante para um ou outro sistema fluvial. Seguem uma linha rígida em torno da bacia, unindo os pontos de cota máxima e atravessando o curso d'água somente no ponto de saída. O divisor de águas freático, determinado, geralmente, pela estrutura geológica do terreno, estabelece os limites dos reservatórios de água subterrânea, de onde se pode determinar o deflúvio básico da bacia. Não será considerado em nosso estudo. Apesar de ambas as medidas estabelecerem pontos de divisão de bacias, a área de drenagem é determinada pelo divisor topográfico. “A delimitação dos limites físicos de uma bacia hidrográfica tem sido obtida tradicionalmente através do traçado da linha que representa seu divisor de águas diretamente sobre cartas cartográficas, impressas ou em meio digital e dotadas de curvas de nível, como em estudos recentes” (De Périco et al. (2011) e Lima et al. (2011), apud DE FREITAS et al., 2012, pág. 98). A poligonal que delimitou a área da sub-bacia hidrográfica estudada, foi desenhada sobre a carta topográfica digital, na escala 1:100000, utilizando o software AutoCAD, ligando os divisores de águas por todo o perímetro. Para o traçado do divisor de águas de uma bacia hidrográfica, devem ser consideradas as seguintes premissas básicas: - os divisores de água jamais cortam algum curso d’água; - os pontos cotados (mais altos de uma elevação) fazem parte do divisor de águas; - um divisor de águas deve passar igualmente afastado quando estiver localizado entre duas curvas de mesmo nível; e - o divisor de águas, ao cortar as curvas de nível, deve fazê-lo o mais perpendicular possível a elas. 7 Figura 01 – Planta da sub-bacia do Igarapé Pau Baru 8 3. CARACTERÍSTICAS FÍSICAS DA BACIA São os fatores que influenciam no escoamento superficial, tais como: área de drenagem; perímetro e comprimento da bacia; declividade da bacia; tempo de concentração; e fator de forma e coeficiente de compacidade. 3.1 ÁREA DE DRENAGEM Considerada a característica mais importante da bacia, consiste na área plana inclusa entre os divisores topográficos que a limitam. É o elemento básico para o cálculo das outras características físicas. É a área plana inclusa entre seus divisores topográficos. A poligonal que delimitou a área da sub-bacia hidrográfica estudada, foi desenhada sobre a carta topográfica digital, na escala 1:100000, utilizando o software AutoCAD, ligando os divisores de águas por todo o perímetro. Figura 02 – Área de drenagem da sub-bacia do Igarapé Pau Baru = 42.796.963,46 = 42,797 9 3.2 PERÍMETRO E COMPRIMENTO DA BACIA O PERÍMETRO é o comprimento da linha de contorno da bacia em planta (divisor de águas, linha divisora de água que delimita a bacia). Para a obtenção do perímetro da sub-bacia em estudo, utilizou-se o AutoCAD. Figura 03 – Perímetro da sub-bacia do Igarapé Pau Baru í = 38.450,36 ou 38,450 10 O COMPRIMENTO DA BACIA é uma característica fundamental da bacia hidrográfica porque está relacionado ao tempo de viagem da água ao longo de todo o sistema, ou seja, o tempo de concentração da bacia medido ao longo do rio principal. O comprimento da sub-bacia foi calculado levando em conta o curso d’água mais longo desde a desembocadura (exutório) até a cabeceira mais distante na sub-bacia. Para a obtenção do comprimento da sub-bacia em estudo, utilizou-se o AutoCAD. Figura 04 – Comprimento da sub-bacia do Igarapé Pau Baru = 13.451,63 ou = 13,451 11 3.3 DECLIVIDADE DA BACIA A declividade dos terrenos de uma bacia controla, em boa parte, a velocidade com que se dá o escoamento superficial, portanto, o tempo que leva a água da chuva para concentrar-se nos leitos fluviais que constituem a rede de drenagem das bacias. O método empregado para determinar a declividade média da sub-bacia em estudo, consiste em determinar a distribuição porcentual das declividades dos terrenos, por meio de uma amostragem estatística de declividades normais às curvas de nível em um grande número de pontos na bacia. Esses pontos foram locados numa carta topográfica da bacia por meio do aplicativo AutoCAD. Em virtude da grande variação no relevo da sub bacia, foram utilizadas 60 (sessenta) pontos. Tabela 01 - Declividade média da bacia 3.4 TEMPO DE CONCENTRAÇÃO Pode ser definido como o tempo necessário para que toda a área da bacia contribua para o escoamento superficial na seção de saída, ou simplesmente, o tempo que leva a água dos limites mais extremos da bacia para chegar ao exutório. Neste projeto, utilizou-se a equação de “Watt e Chow”, fórmula empírica para o Tempo de Concentração (TC) em grandes bacias (até 5840 km2). , = 7,68 × , 12 Onde: = = çã ( ) ( ô 13,938 = 7,68 × 0,2339 , , ) = declividade média (em metro/metro) 3.5 = 109,27 FATOR DE FORMA E COEFICIENTE DE COMPACIDADE O fator de forma é a relação entre o comprimento axial e a largura média da bacia. O comprimento axial ( ) é a medida em que L é a extensão do curso d’água principal desde a sua nascente até a sua desembocadura ou exutório. A largura média da bacia é obtida pelo seu coeficiente de conformação (FC), quando se divide a área da bacia pelo seu comprimento axial ( = ). = = = = = 42,797 (13,938 ) = 0,22 = 0,22 Com este fator de forma podemos pré-classificar a Sub-Bacia, de acordo com VILLELA, como pouco propensa a enchentes, porém a classificação final dependerá da análise dos outros fatores, o que será feito na conclusão. O coeficiente de compacidade é definido com a relação entre o perímetro da bacia e a circunferência de um círculo de área igual à da bacia. Foi utilizada a seguinte equação: = 0,28 onde √ = 0,28 √ = 0,28 = = =á 38,450 42,797 = 1,65 í ( = 1,65 ( ) ℎ á ( ) ) 13 4. CARACTERÍSTICAS DO SISTEMA DE DRENAGEM 4.1 ORDENS DOS CURSOS D’ÁGUA “A ordem identifica a posição hierárquica que um curso d’água ocupa na rede de drenagem, sendo que sua determinação representa a ordem da bacia hidrográfica” (Matos, aula 03, 2015). Os cursos d’água serão classificados segundo o critério de Horton e segundo o critério de Strahler. Critério de Horton Nesta classificação os canais de primeira ordem não possuem tributários, os canais de segunda ordem têm afluentes de primeira ordem, os canais de terceira ordem recebem afluentes de canais de segunda e podem receber diretamente canais de primeira ordem e assim por diante. Nesta classificação, a maior ordem é atribuída ao rio principal, valendo esta designação em todo o seu comprimento, desde o exutório da bacia até sua nascente. Pelo método de Horton a sub bacia foi classificada como de Ordem 3. Figura 05 – Classificação pelo método de Horton 14 Critério de Strahler Designam-se todos os afluentes que não se ramificam (podendo desembocar no rio principal ou em seus ramos) como sendo de primeira ordem. Os cursos d’água que somente recebem afluentes que não se subdividem são de segunda ordem. Os de terceira ordem são formados pela reunião de dois cursos d’água de segunda ordem, e assim por diante. “No sistema de classificação de Strahler, o rio principal e seus afluentes não mantêm o mesmo número de ordem na totalidade de suas extensões” (Matos, aula 3, 2015). Pelo método de Strahler a sub bacia foi classificada como de Ordem 3. Figura 06 – Classificação pelo método de Strahler 4.2 DENSIDADE DE DRENAGEM A densidade de drenagem (Dd) é o índice que indica o grau de desenvolvimento do sistema de drenagem, ou seja, fornece uma indicação da eficiência da drenagem da bacia. A densidade de drenagem é definida pela relação entre o somatório dos comprimentos de todos os canais da rede e a área da bacia. Segundo VILLELA e MATTOS (1975), este índice varia de 0,5 km/km2 para bacias com drenagem pobre a 3,5 ou mais para bacias bem drenadas. É expressa pela equação: = ∑ 15 Figura 07 – Comprimento dos corpos d’água da sub-bacia = 47,265 42,797 Densidade de drenagem = 1,10 = 1,10 / / Com a obtenção deste valor (1,10 / ) para a densidade de drenagem, podemos concluir segundo os critérios de VILLELA que, a sub-bacia em estudo possui uma drenagem pobre, pois 0,5 ≤ Dd < 3,5 km/km2. 16 5. CARACTERÍSTICAS DO RELEVO DA BACIA 5.1 ALTITUDE MÉDIA DA BACIA É obtida através do produto do ponto médio entre duas curvas de nível e a área compreendida entre elas, dividido pela área total (MATOS, 2015). A medição está apresentada na Prancha 08. Tabela 02 - – Altitude média da bacia = 5.2 ∑ × = 14517,182 = 339,22 42,7962 DECLIVIDADE E SINUOSIDADE DO CURSO D’ÁGUA PRINCIPAL A velocidade de escoamento da água de um rio depende da declividade dos canais fluviais. Quanto maior a declividade, maior será a velocidade de escoamento. Para obter a declividade de um curso de d’água foram utilizados três métodos: - Declividade global (S1); - Declividade compensada (S2); e - Declividade representativa (S3). 17 5.2.1 Declividade global Um primeiro valor, aproximado, da declividade de um curso d’água pode ser obtido pela divisão da diferença entre suas cotas estremas (maior e menor) pela extensão horizontal. = = 5.2.2 740 − 125 13938 ∆ = á = 0,0441 / Declividade compensada Consiste em se traçar um gráfico do perfil longitudinal do curso d’água e definir uma linha tal que a área compreendida entre ela e o eixo das abscissas (extensão horizontal) seja igual à compreendida entre a curva do perfil e o eixo das abscissas. ⊿ = = ∆ ∆ × ∴ ∆ ∴ × ⊿ = = ⊿ × , mas ∴ = ⊿ Figura 08 – Perfil do rio principal 18 = × = 71475 = × 186 = 27900 × 3412 = 341200 = × 221 = 44200 = × 227 = 56750 = × 448 = 134400 = × 852 = 298200 = × 174 = 69600 × 393 = 196500 = × 238 = 142800 = 5.2.3 × 1382 = 69100 = = = = × 238 = 107100 = × 360 = 198000 = 1757225 2 × 1757225 = 0,0181 / (13938 ) Declividade representativa É a média harmônica ponderada da raiz quadrada das declividades dos diversos trechos retilíneos, tomando-se como peso a extensão de cada trecho. Tabela 03 - – tabela para o cálculo da declividade representativa 19 ⎡ = ⎢⎢ ⎢∑ ⎣ ⎤ ⎥ = 0,01096 / ⎥ ⎥ ⎦ A declividade representativa do rio principal é 0,0110 m/m 5.2.4 Sinuosidade do rio principal É a relação entre o comprimento do rio principal (L) e o comprimento do talvegue (Lt). Relaciona o comprimento verdadeiro do canal (projeção ortogonal) com a distância vetorial (comprimento em linha reta) entre os dois pontos extremos do canal principal (Schumm, 1963). Valores próximos a 1,0 indicam que o canal tende a ser retilíneo. Já os valores superiores a 2,0 sugerem canais tortuosos e os valores intermediários indicam formas em transição, regulares e irregulares. Figura 09 – Comprimento do rio principal e do talvegue 20 Quanto maior o índice, menor a velocidade do escoamento e, consequentemente, menor a influência nas enchentes a jusante da sub-bacia (maior retenção de água no interior da sub-bacia). O índice de sinuosidade obtido na sub-bacia ora estudada (1,168) indica que o rio tende a ser retilíneo. Este índice baixo indica que a bacia tem probabilidade de enchentes a jusante, se contrapondo ao fator de forma e ao coeficiente de compacidade, já que ambos indicavam baixa probabilidade de enchentes. = = 5.3 = = 13938,15 = 1,168 11935,00 CURVA HIPSOMÉTRICA É a representação gráfica do relevo médio de uma bacia. Representa o estudo da variação da elevação dos vários terrenos da bacia com referência ao nível médio do mar. Essa variação pode ser indicada por meio de um gráfico que mostra a percentagem da área de drenagem que existe acima ou abaixo das várias elevações. Para obtenção desta curva foi utilizado os aplicativos AutoCAD e Microsoft Excel Tabela 04 – Altitude média da bacia 21 Gráfico 01 – Curva hipsométrica 22 6. INFORMAÇÕES ADICIONAIS 6.1 CONCEITOS Todos os conceitos foram expressos em forma de introdução ao assunto em cada item do trabalho. 6.2 LOCALIZAÇÃO DA BACIA Figura 10 – Carta topográfica – Vila de Tepequém – Folha MI-25 23 Figura 11 – Detalhe da Sub-bacia do Igarapé Pau Baru A sub-bacia em estudo compreende uma área com seus limites extremos localizados nas seguintes coordenadas UTM, na Carta Topográfica Vila Tepequém-MI 25. Ao Norte: 461 163 Ao Sul: 443 030 Ao Leste: 489 114 Ao Oeste: 413 077 24 6.3 METODOLOGIA UTILIZADA PARA OBTENÇÃO DAS INFORMAÇÕES As informações foram levantadas por inspeção na carta topográfica fornecida pelo titular da disciplina. Os estudos foram realizados utilizando-se o aplicativo AutoCAD. 6.4 LOCALIZAÇÃO DO EXUTÓRIO O exutório está localizado nas coordenadas geográficas 3° 38’ 39,47” N; 61° 42’ 4,11” W e altitude 125 m. Figura 12 – Localização do exutório Foram levantadas, também, as coordenadas geográficas das nascentes mais importantes da sub-bacia. 25 A nascente do rio principal (C2), está localizada nas coordenadas geográficas 3° 45’ 4,32” N e 61° 40’ 57,10” W e altitude 745 m. Destacamos, ainda, mais duas nascentes importantes, a primeira mais ao Noroeste da principal, (C1) localizada nas coordenadas geográficas 3° 45’ 6,23” N e 61° 41’ 37,61” W e altitude 740 m. A segunda C3), mais a sudeste,no talvegue formado entre as duas serras, localizada nas coordenadas geográficas 3° 43’ 48,24” N e 61° 40’ 25,52” W e altitude de 425 m. Figura 13 – localização das nascentes mais importantes 6.5 TIPOS DE CURSOS D’ÁGUA EXISTENTES NA BACIA Na bacia estudada por meio da carta topográfica da Vila Tepequém, Escala 1:100000, foi possível visualizar que todos os cursos d’água que compõem a sub-bacia são perenes. 26 6.6 POR QUE AS INFORMAÇÕES LEVANTADAS SÃO ÚTEIS PARA A HIDROLOGIA As informações levantadas foram úteis para hidrologia em termos de dados e informações obtidas que facilitarão os futuros estudos da sub-bacia, principalmente por tratar-se de uma área do Território Nacional com pouquíssimos estudos, grande carência de dados, e inúmeras sub-bacias sequer conhecidas da população. 27 7. CONCLUSÃO Neste projeto foram levantados os seguintes dados: Sub-bacia: Igarapé Pau Barú Área de drenagem: 42,797 km2 Perímetro da bacia: 38,45 km Comprimento da bacia: 13,45 km Declividade média da bacia: 23,39 % Tempo de concentração: 109,27 min Fator de forma: 0,22 Coeficiente de compacidade: 1,65 Ordem dos cursos d’água: sub bacia de ordem 3 pelos dos critérios Densidade de drenagem: 1,1 km/km2 Altitude média da bacia: 339,22 m Declividade do rio principal: SG = 0,0441 m/m S2 = 0,0181 m/m S3 = 0,0110 m/m Sinuosidade do rio principal: 1,168 Curva hipsométrica: altitude mediana = 270 m Localização do exutório: coordenadas geográficas 3° 38’ 39,47” N; 61° 42’ 4,11” W e altitude 125 m. As características da bacia obtidas neste estudo foram essenciais para a sua classificação. O parâmetro Sinuosidade do Rio Principal indica que a bacia tem probabilidade de enchentes a jusante, porém essa probabilidade é equilibrada pelos parâmetros Fator de Forma e Coeficiente de Compacidade o que nos permitiram concluir que a sub-bacia possui baixa probabilidade de ocorrência de enchentes e drenagem pobre, devido à baixa densidade de drenagem. As informações levantadas foram úteis para hidrologia em termos de dados e informações obtidas que facilitarão os futuros estudos da sub-bacia, principalmente por tratar-se de uma área do Território Nacional com pouquíssimos estudos, grande carência de dados, e inúmeras sub-bacias sequer conhecidas da população. Dessa forma, avaliamos que o estudo trouxe um impacto positivo para a sociedade em geral já que enriquece os conhecimentos em relação à plataforma hídrica regional, e particular aos moradores daquela região que é pólo turístico do Estado. 28 8. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA CARVALHO, Daniel Fonseca de e SILVA, Leonardo Duarte Batista da. Apostila de Hidrologia. UFRJ, Rio de Janeiro: 2006. SAGARA, Fábio Takeshigue. Estudo hidrológico de uma pequena bacia hidrográfica experimental no município de General Carneiro-PR, através de monitoramento e modelagem. Dissertação de Mestrado. UFPR. Curitiba:2001. MATOS, Alex Bortolon de. Coletânea de slides da disciplina de Hidrografia Aplicada, UFRR. Boa Vista: 2015. Lei nº 9.433, de 8 de janeiro de 1997. Diário Oficial da União de 09 de janeiro de 1997. Imprensa Nacional. Brasília: 1997. DE FREITAS, E. P.; KLOSS, D.; DA SILVA I. R. Delimitação de Bacia Hidrográfica no ambiente Google Earth. Irriga, Botucatu, Edição Especial, p. 97 - 104, São Paulo: 2012. FREIRE, Cleuda Custódio; OMENA, Sylvia Paes Farias de. Princípios de Hidrologia Ambiental. UFSC/UFAL. 2005. SANTOS, Alexandre Rosa dos e GIRARDI, Gisele. Apostila Elementos de Cartografia. UFES. Vitória: 2011. 29 ANEXOS 30 31 32 33 34 35 36 37