Preview only show first 10 pages with watermark. For full document please download

Bacia Hidrográfica Do Marajó

Bacias do Amazonas

   EMBED


Share

Transcript

BACIA HIDROGRÁFICA DA ILHA DE MARAJÓ Ana Cláudia de Souza Assis1 [email protected] Clystenes Clysman dos Santos Luzeiro1 [email protected] Geiciane Guia Lopes1 [email protected] Geyziane Lopes Fermin1 [email protected] Marcelo Curica Fernandes1 [email protected] Vanessa Joaquim Marcos1 [email protected] Orientador: Prof. MsC.: Paulo Almeida da Silva [email protected] INTRODUÇÃO A Amazônia em geral é constituída no eixo oeste e leste, atualmente ocupado pelo rio amazonas, por uma bacia sedimentar cuja história remonta à era Paleozoica, há cerca de 420 milhões de anos, conforme citou o (SHUBART; p.103; 1983). A Bacia do Marajó é uma bacia tectônica formada pelo falhamento e fundamento da região do delta Amazonas, contendo cerca de 4000 m de sedimentos, cretáceos e cenozoicos, apoiados sobre as rochas cristalinas pré-cambrianas. Conforme (Hhubart; p.106; 1983) Marajó notabiliza-se, além disso, pela beleza de suas paisagens, que variam das pastagens naturais às belas das praias, muitas delas fluviais e outras banhadas pelo Atlântico com suas riquezas naturais, e as transformações causadas pela natureza e ação humana ocorrentes no lugar, causando modificações ao ambiente proveniente da ação antrópica. Através da pesquisa, vêm-se buscando contribuir com as políticas públicas locais da Ilha do Marajó. ___________________________________________________________________________________________________ 1Graduados: do Curso de Geografia do CENTRO DE TABATINGA, Campos da Unidade do Estado do Amazonas. 2Orientados: MsC. Prof.: Paulo Almeida da Silva – Universidade do Estado do Amazonas – UEA. A ilha de Marajó é composta continentalmente de origem Quaternária, localizada no Golfo do Marajó – a porção da costa amazônica que engloba a foz do rio Amazonas –, numerosa ilha e canal que forma a região conhecida como Furo de Breves, e a Baia do Marajó. Neste fenômeno ressalta-se a importância da preservação ambiental e, o preenchimento de sedimentos depositados nos principais rios de Marajó. ASPECTOS TEÓRICOS A diversidade é necessária não somente descreve os aspectos da bacia hidrográfica, mas também discuti as condições geográficas, geológicas, hidrológicas e hidroquímicas da região inteira. A bacia hidrográfica constituem unidades naturais envolvendo a sustentabilidade e processos hídricos. Tucci (1997) comenta: “A bacia hidrográfica é uma área de captação natural da água de precipitação que faz convergir o escoamento para um único ponto de saída. A bacia hidrográfica compõe-se de um conjunto de superfícies vertentes e de uma rede de drenagem formada por cursos de água que confluem até resultar em um leito único no seu exutório”. As águas superficiais constituem uma parte da riqueza dos recursos hídricos de um país, quando principalmente tratado. Moraes (1894) aborda: A primeira classificação das bacias hidrográficas baseou-se na navegabilidade dos rios e na situação geográfica. O Brasil esclarece o estudo da divisão das bacias hidrográficas e, mostra as áreas dividas em dimensões espaciais e, em localidades de sedimentação. De acordo com dados da resolução n.32 do Conselho Nacional de Recursos Hídricos, de 15 de outubro de 2003, define a divisão hidrográfica nacional justificada pelas diferenças existentes no país, tanto no que se refere aos ecossistemas como também diferenças de caráter econômico, social e cultural: O Brasil é composto por 12 bacias hidrográficas que são analisadas por ordem de importância em relação as suas áreas: Região Hidrográfica Amazônica, Atlântico Região Hidrográfica do Nordeste Ocidental, Região Hidrográfica do Atlântico Oriental, Região Hidrográfica do Tocantins / Araguaia, Região Hidrográfica do Parnaíba, Região Hidrográfica do Atlântico Leste, Região Hidrográfica do Paraguai, Região Hidrográfica do São Francisco, Região Hidrográfica do Paraná, Região Hidrográfica do Atlântico Sudeste, Região Hidrográfica do Uruguai, Região Hidrográfica do Atlântico sul. Um dos principais atrativos da Ilha de Marajó são suas águas cristalinas, porém isso cada vez mais vem se modificando, pois os rios estão cada vez mais poluídos. Ricardo Hirata (2000) questiona: “A contaminação da água vem crescendo assustadoramente, sobretudo nas zonas costeiras e em grandes cidades em todo o mundo. Fornecer água potável para todos é o grande desafio da humanidade para os próximos anos”. Um dos principais problemas encontrados também diz respeito à Ilha de Marajó são os resíduos sólidos. Ricardo Hirata (2000), afirma: “A deposições de resíduos sólidos de origem industrial tem causado muitos incidentes de contaminação na água subterrânea em nosso país, especialmente quando feita sem controle e quando a deposição, que muitas vezes envolve líquidos perigosos, é realizada hidrologicamente em lugares vulneráveis”. A ilha de Marajó possui um relevo predominante plano formado pelo uma grande bacia hidrográfica e, atualmente o relevo da crosta terrestre está presente sobre uma coluna de água constituída pelos oceanos. Segundo os autores Moysés Gonsalez Tessler (1896) e Michel Michaclovitch de Mahiques (1989), descrevem: Uma Análise da configuração atual do relevo da Crosta terrestre presente sobre a coluna de água que constitui os oceanos tem possibilitado a compartimentação dos fundos marinhos atuais em grandes unidades de relevo, moldadas tanto pelos processos tectônicos globais como pelos eventos lecionados a dinâmica sedimentar atual nos últimos milhares de anos. MATERIAIS E METODOS A área estudada tem como objeto de estudo a bacia hidrográfica da ilha de Marajó. Figura 01: localização da área de estudo-21/09/2014. Fonte: Google Earth. Figura 02: Mapa da area de estudo-21/09/2014. Fonte: Dados cartograficos©2014google. Segundo os dados do portal Marajó.tur.br. (Acesso em: 06/04/2012). APA Arquipélago do Marajó afirma que: O arquipélago do Marajó está localizado ao norte do Estado do Pará, banhado pelo Rio Amazonas, Rio Tocantins e pelo Oceano Atlântico, sua extensão é de aproximadamente 50.000 Km², e seu o clima é quente úmido com temperatura média de 30 graus. O arquipélago do Marajó tem cerca de 3.000 ilhas e ilhotas, é o maior arquipélago flúvio-marítimo do mundo e uma área de Proteção Ambiental (APA). Portanto, o arquipélago do Marajó tem como seus municípios Afuá, Anajás, Bagre, Breves, Cachoeira do Arari, Chaves, Curralinho, Gurupá, Melgaço, Muaná, Ponta de Pedras, Portel, Salvaterra, Santa Cruz do Arari, S. Sebastião da Boa Vista e Soure. Com destaque para as cidades de Salvaterra e Soure, separadas pelo Rio Paracauari. RESULTADOS E DISCUSSÕES O processo histórico marajoara iniciou-se com população aproximadamente 250.000 habitantes. É possível que a Ilha de Marajó tenha sido descoberta antes mesmo do Brasil. Especula-se que os portugueses tenham chegado à Ilha em 1498. O navegador lusitano Duarte Pacheco Pereira, porém, acreditou estar pisando em território espanhol, de acordo com o Tratado de Tordesilhas. Durante o período histórico ocorreu transformações causadas pela natureza e ação humana ocorrentes no lugar, causando modificações ao ambiente proveniente da ação antrópica. VEGETAÇÃO A vegetação no arquipélago e constituída por três fisionomias distintas (Japiassu e Góes 1974): campos naturais, floresta tropical densa e vegetação pioneira com influencia marinha. Os campos naturais, predominantes na região, podem ser sazonalmente inundáveis ou campos de terra-firme, conhecidos localmente como tesos, e que apresentam vegetação de savana. Figura 03: Formações herbáceas (campestres)-21/09/2014. Fonte: www.google imagens/ilha de Marajó. As formações florestais incluem as florestas de várzea (predominantes), as florestas de igapó e as florestas ombrófilas densas de terras baixas (matas de terra firme). A vegetação com influência marinha inclui os manguezais e extensas praias e restingas. Apesar do grande domínio da floresta, existem na região da ilha do Marajó as 4 vegetações, sendo que nesta localidade é a única que possui as quartos vegetações, Floresta amazônica, serrados, campos ou pampas, vegetação litorânea. Figura 04: Manguezais-24/09/2014. Fonte: http://www.caruanasdomarajora.com.br Figura 06: vegetação savana -24/09/2014. Fonte: http://www.caruanasdomarajora.com.br Figura 08: Campo alagado -24/09/2014. Fonte: http://www.caruanasdomarajora.com.br Figura 05: Campos Naturais-24/09/2014. Fonte: http://www.caruanasdomarajora.com.br Figura 07: Floresta de gapó-24/09/2014. Fonte: http://www.caruanasdomarajora.com.br Figura 09: Floresta ombrófilas -24/09/2014. Fonte: http://www.caruanasdomarajora.com.br RELEVO O relevo da região Norte é predominante plano classificado por (planícies), formado por uma grande bacia sedimentar. Figura 10: Ilha do Marajó. Fonte: Google Earth acessado em-24/09/2014. FAUNA A grande variedade de flora e fauna são umas das atrações do arquipélago, com destaque para o búfalo considerado símbolo da região. No Marajó é encontrada a maior concentração de búfalos do Brasil. Segundos historiados, eles foram introduzidos nesta região por acidente, isso porque o navio onde estavam sendo transportados para a Guiana Francesa, naufragou na costa da Ilha de Marajó. Os búfalos, originários da índia, encontraram no Marajó um habitat ideal para sobrevivência com várzeas e vegetação abundantes. Figura 11: búfalos-22/09/2014. Fonte: www.google imagens/ilha de Marajó. Além dos búfalos, são encontrados também na fauna marajoara incalculáveis números de animais terrestres, aquáticos, e aéreos. Como cobras, capivaras, araras, guarás, peixe-boi e outras espécies que mostram a beleza natural desta ilha. Dentro das afirmações do autor Morrison e Ross (1998), “indicaram o arquipélago como moderadamente importante para várias espécies de aves migratórias neárticas, pelo menos como ponto de parada”. Figura 12: Arara-22/09/2014. Fonte: www.google imagens/ilha de Marajó. Figura 13: Arara juba-22/09/2014. Fonte: www.google imagens/ilha de Marajó. Figura 14: Capivaras-22/09/2014. Fonte: www.google imagens/ilha de Marajó. Figura 16: cobra sucuri-22/09/2014. Fonte: www.google imagens/ilha de Marajó. Figura 15: guarás-22/09/2014. Fonte: www.google imagens/ilha de Marajó. Figura 17: peixe-boi-22/09/2014. Fonte: www.google imagens/ilha de Marajó. Entre as principais recomendações para a área, estão a elaboração e execução do zoneamento ecológico – econômico, visando à conservação da biodiversidade, o desenvolvimento e a sustentabilidade das espécies de animais marajoaras. HIDROGRAFIA A hidrografia gira em torno do maior rio do mundo o Amazonas, juntos com seus afluentes. A bacia hidrográfica constitui uma unidade de planos hídricos envolvendo o processo de sedimentação distribuída nos depósitos locais, esta ilha é banhada pelo oceano atlântico. Segundo Tucci (1997), “A bacia hidrográfica é uma área de captação natural da água de precipitação que faz convergir o escoamento para um único ponto de saída. A bacia hidrográfica compõe-se de um conjunto de superfícies vertentes e de uma rede de drenagem formada por cursos de água que confluem até resultar em um leito único no seu exutório”. Figura 18: Mapa do Amazonas-22/09/2014. Fonte: www.google imagens/ilha de Marajó. O Rio Arari É o maio importante rio que banha o Município, com suas águas barrentas, de pequena largura, porém, navegáveis por embarcações de pequeno e médio porte, sendo ainda o principal acesso ao Município. Tem sua nascente no lago do Arari pela ponta sul e segue bastante sinuoso através dos campos, e no seu curso faz a divisão territorial dos municípios de Santa Cruz do Arari, Cachoeira do Arari e Ponta de Pedras. Banhando pela margem direita a Vila de Jenipapo e as fazendas menino Jesus no Município de Santa Cruz do Arari e pela margem esquerda as fazendas Tuiuiú, Arari, Santa Maria e outras no município de Cachoeira do Arari. Dai para baixo estreita-se se tornando sombrio e lodoso para alargar-se novamente. Corre entre as margens altas bordadas de pedras e desemborca na baia do Marajó, no rio Pará, deixando a direita à ilha de Santana do Arari. Tem um curso de aproximadamente 120 Km², de extensão. O rio Arari liga Santa Cruz a Belém, a capital do Estado do Pará. No município de Santa Cruz do Arari, destaca-se também o rio Moções, que separa Santa Cruz do município de Chaves a Oeste e se interliga com o rio Cururu, através do canal Cururu. O rio Moções recebe, apenas, pela margem esquerda, afluentes contidos no Município, de maior importância os igarapés Peixe-boi e da Glória e o rio Anajás-Miri que separa o Município de Santa Cruz do Arari ao de Ponta de Pedras que recebe vários afluentes entre os quais o caranã, que liga ao rio moções por canal artificial. Nasce no centro Sul e dirige-se para sudeste e deságua no rio Arari, sendo excelente local para o lazer e descanso. Figura 19: Rio Arari e, Rio Anajás-Mir-19/09/2014. Fonte: www.google imagens/ilha de Marajó. CLIMA Na região norte o clima predominante é equatorial úmido com período seco anual ocorrendo no inicio do segundo semestre e com um a dois meses de duração ao sul, chegando, há três meses ao norte. Figura 20: Clima do município de Soure-Ilha de Marajó-24/09/2014. Fonte: www.google/clima da ilha de Marajó. POPULAÇÃO O arquipélago do Marajó possui uma população em torno de 425 mil habitantes e apresenta inúmeros atrativos naturais. Uma das principais ameaças ao ambiente do arquipélago marajoara está justamente relacionada à implantação de instalações turísticas. Outras atividades importantes e que ameaçam o ambiente são a indústria de pesca, a agroindústria de abacaxi, o beneficiamento de palmito e a pecuária. O Governo do Estado do Para coordenou um processo de estudos ecológicos e socioeconômicos e realizou, nos municípios dos arquipélagos, as Oficinas de Apresentação e Discussão da Proposta de Criação da Reserva da Biosfera Amazônia Marajó, cujos objetivos visam contemplar ações de conservação e de desenvolvimento sustentável para a área. Mulheres e homens dançam ao som do carimbó, a música de origem indígena típica do Pará. O ritmo é alegre e contagiante. Tradicionalmente, as mulheres dançarinas vestem saias coloridas e blusas brancas, enquanto o vestuário masculino é oposto: blusas coloridas e calças brancas. Figura 21: Pescador marajoara-22/09/2014. Fonte: www.googleimagens/ilha de Marajó. Figura 22: carimbó em Bélem-22/09/2014. Fonte: www.googleimagens/ilha de Marajó. Figura 23: população marojoara-22/09/2014. Fonte: www.googleimagens/ilha de Marajó. Figura 24: cultura marojoara-22/09/2014. Fonte: www.googleimagens/ilha de Marajó. TIPOS DE MORADIAS Ao longo dos anos o povo marajoara formam grandes aldeias e suas casas eram feitas de palha, daí surgi novas necessidades de planejar novas arquiteturas para construções de novas moradias. Surgindo assim construções para acompanhar as mudanças nas tradições do século XXI e, a qualidade de vida vem crescendo em respeito ao meio ambiente. Figura 25: moradia típica -22/09/2014. Fonte: www.google imagens/ilha de Marajó. Figura 26: moradia marajoara-22/09/2014. Fonte: www.google imagens/ilha de Marajó. Figura 27: casa de auvenaria-22/09/2014. Fonte: www.google imagens/ilha de Marajó. Figura 28: casa cobertura de palha 22-22/09/2014. Fonte: www.google imagens/ilha de Marajó. CONSIDERAÇÕES FINAIS A Bacia Sedimentar Brasileira do Marajó possui particularidade em função de suas características ambientais dominantes, em espacialidade, distribuição das precipitações no espaço e tempo, tipo de geologia e solos de seus terrenos e a forma de ocupação que atua de forma intensa no seu fornecimento de sedimentos para os rios. Contudo, ao longo desse trabalho que foi realizado através das pesquisas secundárias a partir de fontes de dados já coletados para entender a importância da Bacia de Marajó com seus relevos, faunas, flora, população, clima e vegetação para entender a formação da Ilha de Marajó causada pelo falhamento do delta do rio amazonas proporcionando a riqueza natural que tem para preservação ambiental buscando contribuir com as políticas públicas locais da Ilha de Marajó. REFERÊNCIAS BERTONI, apud LOMBARDI Neto e, COELHO, Netto. A ação integradora das diferentes formas do uso e manejo deve ser vistas sob á ótica sistêmica. 2º ed. São Paulo, 1995. MORAES, Roberto. A Primeira Classificação das Bacias Hidrográficas: baseou-se na navegabilidade dos rios e na situação Geográfica. 1º ed. Rio de Janeiro, 1894. RICARDO, Hirata. A Contaminação da Água: Nas zonas costeiras das grandes cidades do mundo. 3º ed. São Paulo, 2000. TUCCI, C. E. M. A bacia hidrográfica uma área de captação natural. 2º ed. Rio de Janeiro, 1997. MOYSÉS, GONSALEZ apud, TESSLER Michel e, MICHACLOVITCH, de Mahiques. Uma Análise da configuração atual do relevo. 2º ed. Rio de Janeiro, 1989. Resolução n.32 do Conselho Nacional de Recursos Hídricos. De 15 de outubro de 2003.