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Avaliação Das Caracterísitcas Estruturais Do Capim-aruana Cultivado Sob...

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Título AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSITCAS ESTRUTURAIS DO CAPIM-ARUANA CULTIVADO SOB DIFERENTES INTENSIDADES LUMINOSAS”1” Autores ALYSSON BARBOSA VIEIRA”2”, CLAUDIO MISTURA"3", SILVIA HELENA NOGUEIRA TURCO"4", ALMIR ROGERIO EVANGELISTA DE SOUZA"2", ALINE DA SILVA SANTOS"5", RERISON MAGNO BORGES PIMENTA"5", CAROLINA MESSIAS PINHEIRO”5”, RENAN ALMEIDA BRITO DA SILVA”5” Nota de Rodapé 1 Projeto financiado pela FAPESB. 2 Bolsista do CNPq e estudante do Curso Engenharia Agronômica do DTCS/UNEB. E-mail: [email protected]. 3 Professor do DTCS/UNEB - Forragicultura. E-mail: [email protected] 4 Professora do DTCS/UNEB - Ambiência Animal. 5 Bolsistas do FAPESB, PICIN e AfroAtitude (AMA) e estudante do Curso Engenharia Agronômica do DTCS/UNEB. Resumo Objetivando estudar a resposta das características estruturais do capim-aruana (“Panicum maximum” cv. Aruana) cultivado em ambientes com diferentes intensidades luminosas - IL (25, 50, 75 e 100%) em casa de vegetação. O delineamento inteiramente coasualizado com 10 repetições. Utilizou três plantas/vasos com 12 kg de solo, mantidos em capacidade campo. Em uma das plantas realizou o estudo das características estruturais, através de leituras do comprimento e lagura das lâminas foliares dos sete primeiros perfilhos emergidos, em intervalos de três dias, durante 33 dias. Constaou-se diferença significativa (P<0,05) para as variáveis respostas analisadas: tamanho da folha, número de folhas vivas por perfilho e número de perfilho/touceira. Portanto na presente pesquisa, constata-se que as plantas cultivadas em 75% de IL, permitiram a melhor respostas das variáveis resposta analisadas, seguida de 50% de IL. Palavras-Chave Gramínea tropical, número de folhas, perfilho, tamanho da folha, sombreamento Title EVALUATION OF STRUCTURAL CHARACTERISITICS OF ARUANAGRASS CULTIVATED UNDER DIFFERENT LUMINOUS INTENSITIES Abstract The objective of this study the answer of structural characteristics of the aruanagrass (“Panicum maximum” cv. Aruana) cultivated in environments with luminous intensities different - IL (25, 50, 75 and 100%) greenhouse. A completely randomized design with 10 repetitions. It used three plant/plot with 12 kg of soil, maintained in water field capacity. In one of plants accomplished the study of structural characteristics, through readings of leaf blade length and leaf blade width of the first seven emerged tillers, in intervals of three days, for 33 days. Verify differentiates significant (P<0,05) for variables analyzed answers: size of leaf blade, number of alive leaves for tillers and tiller/tuft number. Therefore in present researches, verified that the plants cultivated in 75% of IL, allowed to best answers of the variables answer analyzed, following by 50% of IL. Keywords Tropical grass, leaf number, tiller, leaf size, shading Introdução A estrutura dos vegetais é afetada pela disponibilidade dos fatores como luz, temperatura, água e nutrientes. Dessa forma o manejo em diferentes ambientes de intensidade luminosa pode influir no comportamento das plantas e alterar o padrão de crescimento e desenvolvimento. Para a melhor compreensão da relação entre os componentes ambientais e a planta é importante conhecer as características estruturais do dossel forrageiro, que são condicionadas e determinadas pela resposta da planta. Assim, a combinação das variáveis morfogênicas básicas que são determinantes para as principais 571 características estruturais da pastagem, como: tamanho da folha, densidade de perfilhos e número de folhas vivas por perfilho. O uso de ambientes sombreados é uma alternativa de manejo para pastagens, já que estes proporcionam em seu interior diferentes condições climáticas ao cultivo em pleno sol. Várias cultivares de “Panicum maximum” têm sido testadas sob sombreamento, todas apresentando bom desempenho (Castro et al., 1999; Andrade et al., 2001). Uma destas alternativas em potencial é o capimaruana, porém ainda existem poucos estudos sobre o efeito de sombreamento nas condições climáticas do Nordeste. Desse modo o presente trabalho teve por objetivo avaliar as características estruturais do “Panicum maximum” cv. Aruana sob diferentes intensidades luminosas na região semi-árida. Material e Métodos A pesquisa foi realizada em casa de vegetação da Universidade do Estado da Bahia (UNEB) no Departamento de Tecnologia e Ciências Sociais (DTCS), Campus III, Juazeiro - BA (latitude 9º9’ S; longitude 40º22’ W; altitude 365,5 metros), no período de agosto/2005 a setembro/2005. O experimento consistiu em submeter o capim-aruana (“Panicum maximum” cv. Aruana) a quatro intensidades luminosas – IL (25, 50, 75 e 100% de IL) em delineamento inteiramente casualizado, com 10 repetições. A semeadura foi realizada em bandejas plásticas de polietileno com 200 células, preenchidas com substrato agrícola comercial. Utilizaram-se 12 kg de solo em vasos com capacidade de 14 kg, contendo orifícios para drenagem do excedente de água e mantendo-os próximos a capacidade de campo. Após 12 dias foram transplantadas três céluas, onde foram feitos um desbaste após seis dias e outro, depois 12 dias póstransplante, que resultaram em três plantas por vaso, selecionadas por critérios de uniformidade. Pela análise química e física do solo, não houve necessidade de correção de acidez, classificando o solo como de textura arenosa. Na adubação de manutenção dos vasos foi utilizada uma relação de N:P:K de 1:0,25:0,8 equivalente a 137,5+34,37+110 mg/dm³ aplicada em dose única, através de diluições dos fertilizantes uréia, suoerfosfato triplo e cloreto de potassio em 500 ml de água. As plantas foram cultivadas em casas de vegetação cobertas por sombrit® com 75%, 50% e 25% de transmição de luz. A avaliação das caracteristicas estrurais realizada num periódo de 33 dias e foi dividida em duas parte: 1) Primeiro durante a fase experimental, para cada ambiente de intensidade luminosa, foram identificados e medidos com réguas milimetradas os comprimentos e larguras das lâminas foliares e alturas dos pseudocolmos (colmo+bainha) dos sete primeiros perfilhos emergidos, em intervarlos de três dias, em uma das três plantas existentes (touceira). Apartir desses dados pode-se caulcular as seguintes caracteristicas estruturais: a) comprimento da lâmina foliar expandida (CLFExp) e emergente (CLFEmerg - folha que ainda não possui lígula) vegativas do final do experimento; b) número de folhas vivas (NFV) por perfilho, resultante da quantidade de folhas que têm mais de 50% de sua área de coloração verde persistente no perfilho, no última dio de leitura; 2) A segunda etapa, aconteceu durante a colheita dos tratamentos, quando foram transportados os vasos para o laboratório de forragem, onde se separou a parte aérea da planta (acima do solo) da raiz, quantificando o número de perfilhos (NP) existentes nas torceiras de cada vaso no final da pesquisa. Foi realizada a análise de variância padrão (teste F), seguida de teste de média (Tukey), a 5% de probabilidade, utilizando o programa WinStat 2.0. Resultados e Discussão A análise de variância padrão, constatou efeito significativo entre as intensidades luminosas – IL (P<0,05) estudadas, para todas as variáveis respostas estudadas. O comprimento da lamina foliar (CLFExp) foi superior no ambiente com 50 e 75% de IL em relação a 25% e ao pleno sol – 100% IL (Tabela 1). Para esta variável, os fatores determinantes do tamanho da folha, segundo o esquema proposto por Lemaire e Chapman (1996), são as taxas de alongamento da lâmina foliar (TAlLF) e aparecimento lâmina foliar (TApLF). Perceberam-se que nos ambientes que continham as maiores TAlLF e TApLF, também continham os maiores tamanhos lâmina foliar expandida (Vieira et al., 2006), enquanto na lamina foliar emergente (CLFEmerg), ocorreu o contrário. Outro fator que influência no tamanho da folha, é a altura do pseudocolmo (conjunto de bainhas), pois quanto maior o seu comprimento, maior será a fase de multiplicação celular (Davies et al., 1983), ou seja, mais tempo a folha que está em expansão ficará protegida pelas bainhas da luz direta. Assim, quando as mesmas ficarão expostas aos efeitos do ambiente (luz, umidade relativa e radiação solar) que ocorre o alongamento destas células, permitiram lâminas foliares maiores, proporcionado pela interação entre alongamento e número de célula existente nas diferentes alturas dos pseudocolmos, como foi observado na IL de 50 e 75%. Por outro lado, os menores tamanhos das lâminas foliares emergentes constatadas nas maiores intensidade luminosa, pode ser explicado pelas maiores TAlF e TApF que asseguram maior velocidade de crescimento, que reduz o tempo de permanência destas, neste estágio, ou seja, no momento da realização da leitura do comprimento das lâminas foliares a cada três dias, dificilmente uma mesma lâmina foliar emergente seria lida mais que duas leituras, por já serem consideradas lâminas foliares expandidas, com presença da lígula e término do alongamento da lâmina foliar, fato este 572 ocorrido na IL de 100%. O Número de folhas vivas por perfilho (NFV) é resultado direto das TApLF e da duração da vida da folha (DVF), ou seja, o perfilho em que surgir mais folhas e que permaneçam vivas por mais tempo, terá o maior NFV. Nas gramíneas, o número de folhas que iram surgir, é determinado pelo genótipo. Assim, quando a planta atinge o número máximo de laminas foliares, cessa o crescimento e aumenta a senescência das folhas mais velhas (basilares). Deste modo, o tratamento a pleno sol (IL a 100%) por possuírem as lâminas foliares de vida mais curta, pode ter sido influenciado pela maior velocidade de emissão de folhas (TApLF) e menor DVF, como constada por Vieira, et al., 2006, nesse mesmo experimento. Dentro deste contexto, poderia explicar o maior número de folhas observado nas IL de 50 e 75% e 25%, respectivamente, em relação a menor do pleno sol (Tabela 2). O número de perfilhos (NP) houve uma redução conforme diminuiu a intensidade luminosa (Tabela 3). Esta resposta pode estar correlacionada com o fenômeno conhecido como “Site filling”, que é a relação entre a aparição de perfilhos e folhas e, denota a proporção de gemas formadas que se transformam posteriormente em novos perfilhos, considerando que cada nova folha formada possui em sua axila uma gema que, dependendo das circunstâncias locais, pode desenvolver-se formando um novo perfilho (Matthew et al., 1999). Elevado número de gemas próximas ao solo tem assegurado maior capacidade de perfilhamento, porém faz-se necessário que estas tenham condições para se desenvolver e produzir novos perfilhos. Dentro deste contexto, diversos fatores influem na transformação das gemas em novos perfilhos, como luz, temperatura, fotoperíodo, umidade. Desse modo fica evidente que a intensidade luminosa de 100%, por possuir maior velocidade de emissão de folhas (TApLF) e as melhores condições do ambiente (luz) para o desenvolvimento das gemas, resultou no maior número de perfilho por touceira, como demonstrado na Tabela 3. Conclusões Os maiores comprimentos finais de lâmina foliar expandida e emergida ocorrem na IL de 50 e 75% e 25%, respectivamente. Na IL de 50 e 75% e 100%, é obtido o maior número de folhas vivas por perfilho e número de perfilhos por touceira, respectivamente. Sugere determinar as idades fisiológicas ideais de colheitas, para cada IL e estudos em sobosques de espécies frutíferas da região do Vale São Francisco. Referências Bibliográficas 1. ANDRADE, C.M.S.; GARCIA, R.; COUTO, L.; PEREIRA, O.G. Fatores limitantes ao crescimento do capim-tanzânia em um sistema agrosilvipastoril com eucalipto, na região dos cerrados de Minas Gerais. Revista Brasileira de Zootecnia, v.30, p.1178-1185, 2001. 2. CASTRO, C.R.C.; GARCIA, R.; CARVALHO, M.M.; COUTO, L. Produção forrageira de gramíneas cultivadas sob luminosidade reduzida. “Revista Brasileira de Zootecnia”, v.28, p.919-927, 1999. 3. DAVIES A.; EVANS M.E. e EXLEY J.K. Regrowth of perennial reyegrass as affectec by simulated leaf sheats. “Journal Agricultural Science”, v.101, p.131-137, 1983. 4. LEMAIRE, G. CHAPMAN, D. Tissue flows in grazed plant communities. In: HODGSON, J., ILLIUS, A.W. The ecology and management of grazing systems. Wallingford: CAB International, 1996. p3-36. 5. MATTHEW, C.; ASSUERO, S.G.; BLACK, C.K. et al. Tiller dynamics of grazed swards. In: SIMPÓSIO INTERNACIONAL "GRASSLAND ECOPHY-SIOLOGY AND ECOLOGY", 1., Curitiba, 1999. “Anais…” Curitiba: UFPR, 1999. p.109-133. 6. VIEIRA, A.B.; MISTURA, C.; TURCO, S.H.N. et al. Efeito de diferentes intensidades luminosas sobre as características morfogênica do capim-aruana. In: CONGRESSO NORDESTINO DE PRODUÇÃO ANIMAL, 4., Petrolina – PE, 2006. “Anais...” Petrolina: Embrapa Semi-Árido, 2006. 1 CD-ROM. (Em tramitação) Anexos 573 Tabela 1 - Comprimento das lâminas foliares expandida e emergentes do capim-aruana submetido à diferentes intensidades luminosas, na região do Submédio São Francisco, Juazeiro – BA, 2005 Tratamento 25% 50% 75% 100% 1 CV Comprimento das lâminas foliares Expandida (CLFExp) Emergente (CLFEmerg) (cm) (cm) 22,82* b 22,61 a 33,55 a 27,28 ab 34,53 a 19,71 bc 22,40 b 15,15 c 16,68 24,10 * Médias seguidas de mesma letra minúscula na linha, não diferem entre si, pelo teste de Tukey a 5%. 1 CV= Coeficiente de variação. Tabela 2 - Número de folhas vivas por perfilho do capim-aruana submetido à diferentes intensidades luminosas, na região do Submédio São Francisco, Juazeiro – BA, 2005 Tratamento 25% 50% 75% 100% 1 CV Número de folhas vivas (NFV) por perfilho 5,08 6,31 6,45 3,31 b a a c 15,46 * Médias seguidas de mesma letra minúscula na linha, não diferem entre si, pelo teste de Tukey a 5%. 1 CV= Coeficiente de variação. Tabela 3 – Número de perfilhos por touceira do capim-aruana submetido à diferentes intensidades luminosas, na região do Submédio São Francisco, Juazeiro – BA, 2005 Tratamento Densidade de perfilhos (NP) 25% 7,62 bc 50% 10,91 bc 75% 14,87 b 100% 1 CV 20,95 a 28,84 * Médias seguidas de mesma letra minúscula na linha, não diferem entre si, pelo teste de Tukey a 5%. 1 CV= Coeficiente de variação. 574