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Aulas De Cultura De Tecidos Vegetais - Manipula??o Gen?tica-2012

Aulas de Cultura de Tecidos Vegetais

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9/1/2012 Escolha dos vetores para transformação de plantas Cassete de expressão: promotor sequência codificadora Manipulação Genética sinal de poliadenilação (terminador) O cassete é agrupado em um vetor adequado: genes de interesse a serem introduzidos genes marcadores para transformação e seleção. origem de replicação. gene de resistência a antibióticos em bactérias. Adriana Menezes Salgueiro 2012 Promotores Constitutivos Gene marcador •Promotor 35S do vírus do mosaico da couve-flor (35S CaMV) •Ubiquitina Órgão/Tecido-específico •β-Conglicina  semente-específico, é a proteína mais abundante da semente da soja. •Rubisco  tecido clorofilado. •Patatin  tubérculos de batata. Gene para resistência bacteriana Gene para seleção de células transformadas Peptídeo sinal •Peptídeo sinal da subunidade β-Conglicina  direciona para os corpos protéicos ou Genes marcadores de seleção Antibióticos protein storage vacuoles (PSV). •Gene neo  canamicina, neomicina e gentamicina •Peptídeo sinal da esporamina  para PSV •Gene hpt  higromicina •Peptídeo sinal + propeptídeo da esporamina  vacúolo •KDEL  retenção no RE Herbicidas •Gene arolA  glifosato •Gene bar  fosfinotricina 1 9/1/2012 Genes repórteres Genes repórteres 1ª geração 2ª geração •Gene nos e ocs  isolado de T-DNA de Agrobacterium, nopalina e octopina •Gene lacZ  β-galactosidade •Gene luc  luciferase •Gene uidA  β-glucuronidase (GUS) •Gene cat  clorafenicol acetiltransferase (CAT) •Gene gfp  GFP •Gene neo  NPTII Cortes transversais de pecíolo de folha de tabaco transgênico contendo gene GUS sob controle do promotor do gene da PAL de Arabidopsis Métodos de transformação de plantas Genes repórteres Métodos diretos: 2ª geração •Gene luc  luciferase 1. Transformação/Fusão de protoplastos •Gene uidA  β-glucuronidase (GUS) Isolamento dos Protoplastos: •Gene gfp  GFP  esterilização da superfície de uma folha lavagem da folha em uma solução osmótica retirar a epiderme abaxial ou cortar o tecido para facilitar a penetração da enzima tratamento com a mistura enzimática Purificação do protoplasto isolado Transferência do protoplasto para um meio apropriado. Métodos de transformação de plantas Métodos diretos: Métodos de transformação de plantas A carga negativa da superfície do protoplasto Métodos diretos: geralmente faz com que eles sejam repelidos um 1. Transformação/Fusão de protoplastos dos outros. 1. Transformação/Fusão de protoplastos Mecânica - pressão Agentes fusigênicos (íons cálcio, polietilenoglicol, NaNO5, gelatina, concA, glicerol, etc) Imunológica - Hartman el al (1973) Antisoro para extratos vegetais (coelho)  aglutinação e fusão de protoplastos Fusion of Protoplasts in an Electric Field (electrofusion; H.-U. KOOP, H.-G. SCHWEIGER, 1985) de Bromusi, Glycine max e Vicia faba) elétrica Eletroporação Laser – Li et. al. (1999) – fusão de protoplastos de tabaco. 2 9/1/2012 Métodos de transformação de plantas Métodos de transformação de plantas Métodos diretos: Métodos diretos: 1. Transformação/Fusão de protoplastos 1. Transformação/Fusão de protoplastos Produtos da fusão de protoplastos: protoplastos não fundidos Sincárion  célula com núcleos não heterocarion idênticos fundidos. homocarion Cíbrido ou heteroplasto  geralmente um núcleo do homocarion desaparece, permanecendo somente o citoplasma dos protoplastos parentais unidos. Métodos de transformação de plantas Métodos de transformação de plantas Métodos diretos: Métodos diretos: 1. Transformação/Fusão de protoplastos 2. Lipossomos Seleção dos híbridos somáticos visual Características morfológicas diferentes Marcação fluorescente Citômetro de fluxo Fig. - Cytology of somatic hybrids between B. napus and O. violaceus and progenies. DAPI (first) and merged (second) images of each cell from GISH analysis were shown. The arrows show the signals from the O. violaceus probe. Condições de cultura diferenciados Métodos de transformação de plantas Métodos de transformação de plantas Métodos diretos: Métodos diretos: 3. Biolística ou Biobalística 3. Biolística ou Biobalística Micropartículas (ouro ou tungstênio) de 0,2 a 0,4 µm de diâmetro Velocidade superior a 1.500km/h Esquema básico do diagrama de funcionamento do acelerador de micropartículas que utiliza gás hélio a alta pressão. 3 9/1/2012 Métodos de transformação de plantas Métodos de transformação de plantas Métodos diretos: Métodos diretos: 3. Biolística ou Biobalística 4. Microinjeção Esquema básico do diagrama de funcionamento do acelerador de micropartículas que utiliza gás hélio a alta pressão. Métodos de transformação de plantas Métodos indiretos: Métodos de transformação de plantas Métodos indiretos: 1. Infecção viral 2. Agrobacterium As Agrobactérias Tipicamente do solo, aeróbicas e Gram-negativas. Pertencem à família Rhizobiaceae O gênero Agrobacterium está subdividido em cinco espécies: A. tumefasciens A. rhizogenes A. rubi (Rubus spp) Using a virus to insert DNA into a cell. The gene is inserted into the genetic make-up of harmless viruses that then invade cells, carrying the gene into the cells. A. vitis (videiras) A. radiobacter (saprófita) Podem ser divididas em três biovares: Métodos de transformação de plantas Métodos de transformação de plantas Métodos indiretos: Métodos indiretos: 2. Agrobacterium 2. Agrobacterium O plasmídeo Ti: 4 9/1/2012 Métodos de transformação de plantas Métodos de transformação de plantas Métodos indiretos: Métodos indiretos: 2. Agrobacterium 2. Agrobacterium Indução do sistema de virulência Reconhecimento e fixação da bactéria no tecido vegetal. Os genes envolvidos na interação agrobactéria-célula vegetal estão localizados no cromossomo da agrobactéria e incluem chvA, chvB, pscA (ou exoC), att, ahvD, chvE, miaA, ros, chvG, chvI e avcB. Métodos de transformação de plantas Métodos indiretos: 2. Agrobacterium A região vir do plasmídeo Ti é formada por um conjunto de seis a mais operons (regulon vir), contendo, aproximadamente 34 genes no total. Os operons da região vir são regulados pelas proteínas VirA e VirG. 5 9/1/2012 Preparação de uma linhagem de Agrobacterium para ser usada como vetor para a transformação de plantas. 1.Obtenção de linhagens desarmadas As únicas regiões do T-DNA essenciais para a sua transferência são as sequências de 25pb localizadas em suas extremidades. Oncogenes A região vir, do plasmídeo Ti, também é essencial para a transferência. iaaM e iaaH  via alternativa de biossíntese de auxinas.  ipt  codifica uma isopenteniltransferase que catalisa a primeira etapa de biossíntese de precursores de citocinina. Figura – Obtenção de um plasmídeo Ti desarmado. Um plasmídeo contendo regiões de homologia com o T-DNA, no caso o pBR322 (pRB), é introduzido em Preparação de uma linhagem de Agrobacterium para ser usada como vetor para a transformação de plantas. 2.Preparação de um vetor contendo o T-DNA com os genes de interesse. Agrobacterium (A). Por meio de Plasmídeo Ti  aproximadamente 200 kb uma dupla recombinação, o Tipos de vetores: plasmídeo pBR322 se integra ao Binário plasmídeo Ti causando uma Co-integrado deleção (B). O plasmídeo pBR322 não se replica em Agrobacterium, e apenas os recombinantes são selecionados pela resistência à ampicilina. A região deletada contém oncogenes e também não se mantém em Agrobacterium, pois não apresenta origem de replicação (C). Figura – Sistemas de vetores para a transformação em Agrobacterium. (A) Sistemas cointegrado: o vetor intermediário integra-se ao plasmídeo Ti por um processo de recombinação simples. O vetor intermediário não se replica em Agrobacterium e apenas os recombinantes são selecionados. (B) Sistema binário: o vetor binário se mantém em Agrobacterium de forma independente do plasmídeo Ti. 6 9/1/2012 Métodos para a transferência de vetores de transformação para Agrobacterium Métodos para a transferência de vetores de transformação para Agrobacterium 2.Eletroporação 1.Conjugação 3.Choque térmico Figura – Transferência de um vetor para Agrobacterium por conjugação triparental. O plasmídeo helper (pRK2013) passa para a linhagem de E. coli doadora (A e B) e, a seguir, para a Agrobacterium, promovendo também a transferência do vetor binário (C). O plasmídeo helper não se replica em Agrobacterium e é eliminado (D). O vetor binário se mantém de forma independente do plasmídeo Ti desarmado (E). Transformação de plantas com 2.Floral dip (Arabidopsis) linhagens desarmadas de Agrobacterium 1.Co-cultivo Disco foliar Explante inicial (foliar) Co-cultura com a bactéria desarmada em meio líquido Figura – (a) o estágio ideal para o Floral Dip, plantas saldáveis com 20 a 30 inflorescências e algumas silíquas maduras. (b) Plantas invertidas Co-cultura em meio sólido sem antibióticos com sua porção aérea imersa em uma suspensão de Agrobacterium por 10s. (c) As plantas são Planta transgênica aclimatada em casa de vegetação. mantidas embrulhadas em um filme plástico para manter a umidade por 16 a 24h. (d) Após a remoção do plástico a planta é mantida em câmara de crescimento por 1 mês. (e) As sementes são Meio de enraizamento com ou sem agente de seleção. Meio de indução de brotos com antibiótico e agente de seleção. coletadas. (f) A seleção dos transformantes primários é realizada em meio de seleção. Transformação de plantas utilizando Agrobacterium rhizogenes 7 9/1/2012 Transformação de plantas utilizando Agrobacterium rhizogenes Genes rol Transformação de plantas utilizando Agrobacterium rhizogenes Produção de Metabólitos Secundários rolA provavelmente um membro da família de proteínas ligantes de DNA. rolB  mais eficiente na produção de raízes. Plantas transformadas com rolB apresentam um estado hiperauxínico. Indutor mais poderoso do metabolismo secundário e também supressor do crescimento celular. rolC  provê o sinal que ativa o metabolismo secundário. rolD  codifica a enzima ornitina ciclodesaminase (OCD), que converte ornitina em prolina. Existem evidências que a prolina atue como um indutor da floração. Alguns trabalhos sugerem que rolA e rolB são glucosidases que liberam auxinas e citocininas, respectivamente, da sua forma ligada. http://www.rootec.com/ 8 9/1/2012 ... podem aumentar a resistência à antibióticos? ... podem aumentar a resistência à antibióticos? ... Podem causar o surgimento de superpragas? ... Podem causar o surgimento de superpragas? EFSA (European Food Safety Authority) OMS, FAO e o OIE têm elaborado estratégias para avaliar riscos e incluir ações de controle e de prevenção: • vigilância dos casos, em pessoas e animais, de resistência aos antibióticos; • a proibição do acréscimo de antibióticos em gêneros alimentícios como rações para animais. Grupo 1: neomicina e canamicina:  Amplamente distribuídos entre as bactérias do solo e entéricas.  Não são de grande relevância no tratamento de enfermidades humanas  São usadas com restrição na veterinária.  São utilizados há mais de 13 anos no desenvolvimento de plantas transgênicas sem nenhum relato de problemas de biossegurança. Higromicina: não é utilizado na antibioticoterapia humana. Grupo 2: cloranfenicol, ampicilina, estreptomicina e espectinomicina:  Presentes em microorganismos dispersos no ambiente  São usados como terapêutica em áreas definidas da medicina humana e veterinária  Utilizados somente para testes de campo e não devem ser usados em plantas que irão chegar ao mercado. 9 9/1/2012 ... podem aumentar a resistência à antibióticos? ... Podem causar o surgimento de superpragas? EFSA (European Food Safety Authority) Grupo 3: amicacina e tetraciclina:  Altamente relevantes e de fundamental importância no tratamento de patologias em homens e animais.  Devem ser evitados no genoma de plantas transgênicas, e as que os contém não podem ser testadas em campo e NUNCA deverão chegar ao mercado. Gene de E. coli pmi  codifica a proteína fosfomanose isomerase. Manose é tóxico para as células vegetais que o converte em manose-6-fosfato, um inibidor da glicólise. O sistema de seleção PMI/manose é baseado na habilidade das células transformadas de converter a manose-6-fosfato em frutose-6-fosfato, uma vez que possuem a enzima fosfomanose isomerase, ... podem causar alergias? ... podem causar alergias?  introdução de alérgenos FAO e OMS (2001)  modificação do nível ou natureza de alergénos intrínsicos. • Fonte do gene • Homologia da sequência com alergénos conhecidos ALERGIAS • Reações de associação de IgEs de fontes sorológica de indivíduos alérgicos • Propriedades fisico-quiímicas da proteína codificada pelo gene introduzido O potencial de alergenicidade de uma proteína não é um parâmetro facilmente previsível A fonte da proteína é alergênica? SIM NÃO É homóloga a algum alérgeno conhecido? É homóloga a algum alérgeno conhecido? Varredura sorológica específica SIM NÃO SIM NÃO Varredura sorológica NÃO NÃO SIM Ensaios com animais: resistência a pepsina NÃO A proteína pode ser alergênica Potencial de Alergenicidade A soja Transgênica Roundup Ready Outros Transgênicos que vem sendo Desenvolvidos 3 anos de estudos experimentais  Feijão resistente à vírus (EMBRAPA) 1 ano de avaliação pela CTNBio  Cana de açúcar resistente à broca (Copersucar)  Canola resistente à pragas e com óleo mais saudável (EMBRAPA) a) A soja é uma espécie predominantemente autopolinizada e sem parentes silvestres no Brasil b) Existem no Brasil, pelo menos, três espécies de ervas daninhas naturalmente resistentes ao herbicida glifosato. A utilização deste herbicida no país nas últimas décadas não ensejou o aparecimento de outras espécies a ele resistentes.  Algodão resistente à microorganismo que costumam atacar as plantações (EMBRAPA)  Arroz dourado, enriquecido com beta-caroteno  Sementes de milho produtoras de hormônio do crescimento (Unicamp) c) A soja é uma espécie domesticada. d) A utilização do herbicida glifosato, de uso rotineiro nas lavouras de soja no país, não teve efeito negativo no processo de fixação biológica do nitrogênio. e) Não há nenhum efeito documentado de variações de comportamento populacional de insetos benéficos ou de insetos pragas decorrente do uso do glifosato. 10 9/1/2012 E você, já comeu algum alimento transgênico? E você, já comeu algum alimento transgênico? Quem fiscaliza? Fiscalização 1995 – Lei de Biossegurança (junho 1996) Vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia É composta por 36 membros das seguintes áreas:  Humana  Animal  Vegetal  Ambiental Possui representantes nas seguintes entidades:  Ministério  Ministério  Ministério  Ministério  Ministério  Ministério Competências da CTNBio  Estabelecer normas e regulamentos relativos às atividades e projetos que envolvam a construção, cultivo, manipulação, uso, transporte, armazenamento, comercialização, consumo e descarte relacionados a OGMs.  Certificar a segurança de laboratórios e experimentos relativos a liberação de OGMs.  Fornecer o Certificado de Qualidade em Biossegurança (CQB) 120 instituições possuem o CQB 20 instituições conduzem liberações planejadas no meio ambiente existem cerca de 700 processos de liberação planejada em escala experimental sendo acompanhados pela CTN Bio e apenas um em escala comercial. da Ciência e Tecnologia da Saúde da Agricultura do Meio Ambiente da Educação das Relações Exteriores  Órgão da Defesa do Consumidor  Órgão de Proteção à Saúde do Trabalhador  Setor Empresarial de Biotecnologia O parecer técnico emitido pela CTNBio contempla os seguintes aspectos: a) Riscos ao meio ambiente b) Riscos do ponto de vista agrícola e animal c) Riscos para saúde humana Art. 16 – compete exclusivamente à CTNBio determinar a paralisação d quaisquer atividades envolvendo OGMs, uma vez constatada a existência de riscos graves para a saúde do homem e dos animais, para as plantas e para o meio ambiente. Fiscalização É competência os órgãos fiscalizadores do Ministério da Agricultura, do Ministério da Saúde e do Ministério do Meio Ambiente. 11 9/1/2012 Rotulagem A obrigatoriedade de rotulagem aplica-se a:  produtos alimentares contendo genes ou proteínas derivadas de modificação genética A obrigatoriedade de rotulagem não aplica-se a:  Alimentos que involuntariamente contenham menos de 1% de ingredientes geneticamente modificados.  Alimentos produzidos a partir de plantas geneticamente modificadas mas que não contenham vestígios dos genes transplantados. 12