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Aulas Agricultura Geral 2-2014

livro de quimica

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Mário Chilundo, M.Sc. [email protected] 26 de Maio de 2014 Licenciatura em Engenharia Agronomica UEM-FAEF Intermezzo 3 Se tivermos 30 mm de precipitação, em qual dos recipientes (A ou B) teremos maior altura de água? A B Consumo de Água na Agricultura • Mínimo de 50 l/dia >>>> Confortável de 200 l/dia – 1 kg de arroz = 1910 litros – 1 kg de frango = 3500 litros – 1 kg de milho = 570 litros • Pivot Central (70 ha) – 50 mm/d = 50000 l/d.ha – 3 500 000 l/d 3 Rega e Drenagem • Conteúdo – Generalidades – Definições – Ciclo hidrológico – Necessidades de Água de Rega (NAR) – Tipos/Métodos de Rega – Drenagem (lavagem de sais) 4 EVAPOTRANSPIRAÇÃO DA CULTURA (ETc)  Determinação Directa – Medição em Lisímetros  Determinação indirecta - cálculo usando fórmulas empíricas ou tinas de evaporação. Ex: Métodos de Penman, Penman- Monteith, Evaporação de Pan, Radiação,Thornthwaite, BlaneyCriddle. Nota • Os lisímetros são uma ferramenta indispensável para o controlo da precisão das fórmulas para o cálculo da evapotranspiração e dos equipamentos para a medição da evapotranspiração. 5 5 EVAPOTRANSPIRAÇÃO DA CULTURA (ETc) • Lisímetro 6 RELAÇÃO ENTRE ETo e ETc • ETc = NAC = Kc * ETo ETc – evapotranspiração da cultura (mm) ETo – Evapotranspiração de Referência (mm) Kc – Constante da cultura (-) Para uma dada cultura Kc não é constante, depende principalmente do estágio de crescimento da cultura 7 RELAÇÃO ENTRE ETo e ETc 8 Fonte: Savva and Frenken, 2002 DETERMINAÇÃO DA CONSTANTE DE CULTURA (Kc )  Para todas as culturas anuais o período de crescimento pode ser dividido em 4 estágios: 1 - Fase inicial ou de estabelecimento - cobertura vegetal < 10%. 2 - Fase de desenvolvimento - Rápido aumento da cobertura. 3 - Fase de cobertura máxima – 4 - Fase de maturação desde o início da maturação á colheita 9 FASES DE CRESCIMENTO DA CULTURA 10 DETERMINAÇÃO DA CONSTANTE DE CULTURA (Kc ) • Curva Generalizada de Kc para culturas anuais (Fonte: FAO, 1998) 11 Intermezzo 4 • Considerando a cultura de milho, cujo Kc máximo é de 1.2, cuja a ETo é de 5.5 mm/d, determine a ETc máxima da cultura. • ETc (mm.d-1) = Kc x ETo = 1.2 x 5.5 mm.d-1 = 6.6 mm.d-1 ETc (mm) = ∑(Kci x EToi) 12 NECESSIDADE DE ÁGUA DE REGA (NAR) I n  ETc  ( Peff  Ge )  LR In – Necessidades líquidas de água de rega (mm) Peff – Precipitação efectiva (mm) Ge - Contribuição do lençol freático (mm) LR – Lavagem de sais (mm) 13 ASCENÇÃO CAPILAR (Ge) • O fluxo capilar é função dos seguintes factores: - a profundidade do lençol freático ; - o tipo de solo; - o teor de humidade na zona radicular. 14 ASCENÇÃO CAPILAR (Ge) Contribuição do Lençol Freático p/ Humidade na zona radicular (mm/d) (Fonte: FAO, 1998) ~2.5 mm/d 15 SALINIZAÇÃO >>> NECESSIDADE LAVAGEM DE SAIS >>>DRENAGEM  salinização do solo - a acumulação de sais solúveis na zona radicular.  água de rega, mesmo de boa qualidade, é a maior fonte de sais solúveis no solo.  Sais em excesso no solo afectam negativamente o desenvolvimento das culturas por reduzir a capacidade da cultura em absorver água e nutrientes no solo. 16 SALINIZAÇÃO >>> NECESSIDADE LAVAGEM DE SAIS >>>DRENAGEM  A Drenagem (natural ou artificial) deve ser o complemento indispensável da rega. a) Água de Rega – a 1a fonte de salinização em áreas regadas; • Para evitar a salinização, deve-se adicionar água para a lavagem de sais; b) Água percolada vai provocar a subida do Lençol Freático • Ascenção Capilar - a 2a fonte de salinização em áreas regadas; 17 Drenagem A Drenagem (natural ou artificial) deve ser o complemento indispensável da rega. RELAÇÃO MÉDIA ENTRE meq/l, dS/m; mg/meq e a razão meq/l para dS/m meq/l 10 120 dS/m 1 10 mg/l 640 7000 mg/meq meq/l:dS/m 64 58.3 10 12 18 RELAÇÃO ENTRE MILIGRAMA E MILIEQUIVALENTE Iao mg/meq Sais mg/meq Na+ 23 NaCl 58.5 K+ 39 CaCl2 55.5 Ca++ 20 MgCl2 47.5 Mg++ 12 Na2SO4 71 Cl- 35.5 CaSO4 68 SO4 48 MgSO4 60 HCO3 61 Na(HCO3) 84 CO3 30 Ca(HCO3)2 81 19 Lavagem de Sais Ci CEi LR   Cp  Ci 5CEe  CEi  Ci = concentração de sais na água de rega (mg/L);  Cp = concentração de sais na água de percolação (mg/L);  LR = necessidade para a lavagem de sais (fracção)  CEi = conductividade eléctrica da água de rega (dS/m)  CEe = conductividade eléctrica do estrato da pasta saturada (dS/m) 20 Lavagem de Sais ETc LR(mm)   ETc (1  LR fracção)  LRfração = fracção de Leaching Requirent  ETc = evapotranspiração da cultura (mm); 21 Intermezzo 5 Considerando a cultura de milho, cuja ETc é de 155 mm/mes, Eci = 1.2 dS/m e ECe = 2.5 dS/m determine o LR em mm/mes • LR (fracção) = 1.2/(5x2.5-1.2) LR (fracção) = 0.106 • LR (mm) = 155/(1-0.106) – 155 LR (mm) = 18.37 22 Métodos de Rega  um sistema de rega deve ter em conta  a quantidade de água necessária para a lavagem de sais  as perdas no transporte da água da fonte ao campo e no campo  a água para a reposição da humidade inicial 23 Métodos de Rega Energia da distribuição Métodos Escorrimento Processos Regadeiras de nível Regadeiras inclinadas Planos inclinados Faixas Gravidade Submersão Infiltração Pressão Aspersão Canteiros Bacias Sulcos Rega subterrânea Rega localizada - gota-a-gota; -mini-aspersão Aspersão (pivot central; canhão hidráulico; flop, etc.) 24 24 Métodos de Rega (Cont.) 8% 42% 50% Surface Sprinkler, floppy & pivot Micro Jet & drip 25 Métodos de rega (cont.) • A opção por um destes sistemas/métodos/processos depende de: – quantidade e o custo da água disponível – dimensão e topografia do terreno – particularidades da cultura a regar – condições climáticas da região em que se situa a área a regar 26 Métodos de rega (cont.) • rega por sulcos – principal sistema de rega utilizado no nosso país; – reduzida eficiência de rega (50 a 60%); – culturas do tomate, milho, girassol, soja, tabaco, etc – caudal de cabeceira, adaptação do terreno à cultura, declive e comprimento dos sulcos 27 Métodos de rega (cont.) • rega por bacias – usado na cultura do arroz; – reduzida eficiência de rega (20 a 40%); – importante atender ao dimensionamento e à orientação dos bacias, canais de rega e valas de drenagem 28 Métodos de rega (cont.) • rega por aspersão – tem vindo a ganhar importância – cada aspersor distribui um caudal >500 l/h – eficiência de rega = 70 a 80% – alternativas: • aspersão fixa ou convencional • Pivot central • traveller • canhão 29 Métodos de rega (cont.) • Pivot Central – alternativa preferida para grandes áreas (circulares ou semi-circulares) – automatização de rega e fertilização (nocturna) – flexibilidade de funcionamento em situações muito variadas (solos e declives) – associação possível entre pivot central e aspersão fixa para melhor aproveitamento da área 30 Métodos de rega (cont.) • rega localizada – a rega gota-a-gota (1 a 12 l/h) e a mini-aspersão (20-150 l/h) vem assumindo particular relevância na cultura do tomate – previsível expansão à cultura do milho – eficiência de rega muito alta=90%. – melhora significativamente a eficiência do uso da água e nutrientes 31 Comparação Entre os Métodos COMPARAÇÃO ENTRE OS DIFERENTES MÉTODOS DE REGA FACTORES DE COMPARAÇÃO Topografia Solos Culturas Custos de investimento Custos de operação e manutenção. Efeciência do projecto (uso da água) Input total de energia para a rega REGA POR GRAVIDADE declives uniformes preferívelmente de 0 - 1%. preferívelmente solos profundos de textura média a fina. arroz alagado e culturas com raízes profundas médio REGA POR ASPERSÃO adaptável na maioria das topografias MICRO IRRIGAÇÃO adaptável na maioria das topografias alto adaptável na maioria das topografias alto a muito alto. médio alto médio a alto baixo a médio médio a alto alto a muito alto baixo alto a muito alto médio a alto vento, peças sobressalentes e, técnicos qualificados salinização e entopimento dos gotejadores peças sobressalentes e técnicos qualificados Riscos severos alagamento e erosão Atenção especial nivelamento do terreno adaptável à maioria das culturas 32 Intermezzo 3 Se tivermos 30 mm de precipitação, em qual dos recipientes (A ou B) teremos maior altura de água? R. A altura em A e B será a mesma, e igual a 30 mm!! A B