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Aula - Técnicas Imunológicas De Diagnóstico Laboratorial

Aula/palestra com o tema "Técnicas Imunológicas de Diagnóstico Laboratorial", ministrada durante a monitoria de Imunologia no curso de Ciências Biológicas da UESPI, Período 2010.2.

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Universidade Estadual do Piauí – UESPI Campus Alexandre Alves de Oliveira Curso: Licenciatura em Ciências Biológicas Disciplina: Imunologia Profª Dra. Dulcecleide Bezerra de Freitas Período 2010.2 Técnicas Imunológicas de Diagnóstico Laboratorial Thiago Nobre Gomes Monitoria de Imunologia Sumário        Introdução; Anticorpos ou Imunoglobulinas (Igs); Estrutura dos anticorpos; Anticorpos: chave para o diagnóstico; Metodologias que utilizam reagentes não-marcados; Metodologias que utilizam reagentes marcados; Referências. Técnicas Imunológicas de Diagnóstico Laboratorial Introdução  Imunologia:   Estudo dos mecanismos de resposta do organismo a substâncias estranhas (patógenos) - Antígenos; Imunidade Adquirida ou Específica:   Humoral; Celular. Técnicas Imunológicas de Diagnóstico Laboratorial Introdução  Auxílio a outras técnicas que são rotina em ambientes clínicos:     Genética e Biologia Molecular moderna; Bioquímica e fracionamento de proteínas; Existem centenas de técnicas imunológicas; As respostas dos linfócitos também são estudadas. Técnicas Imunológicas de Diagnóstico Laboratorial Anticorpos ou Imunoglobulinas (Igs)  Conceito:  Proteínas solúveis que circulam livremente – Globulinas;  Encontradas em 2 formas:  Secretada (plasmócitos);  Ligada à membrana (receptor de LB naiives). Técnicas Imunológicas de Diagnóstico Laboratorial Anticorpos ou Imunoglobulinas (Igs)  Funções:     Evitam a entrada e disseminação de patógenos; Mediadores da resposta imune humoral; Atravessam a placenta (mãe > feto); Atividade biológica dependente de sua estrutura. Técnicas Imunológicas de Diagnóstico Laboratorial Estrutura dos Anticorpos Técnicas Imunológicas de Diagnóstico Laboratorial Anticorpos: chave para o diagnóstico  Interações Antígeno-Anticorpo:  Medida qualitativa e quantitativa do Ag ou Ac.  Investigação celular e molecular: localização e caracterização dos antígenos;  A alta especificidade do anticorpo é usada na identificação, isolamento ou quantificação de um antígeno particular.  Imunogenicidade;  Antigenicidade. Técnicas Imunológicas de Diagnóstico Laboratorial Anticorpos: chave para o diagnóstico  Efeitos da combinação Antígeno-Anticorpo:       Aglutinação: partícula antigênica + Ac específico = agregação de partículas; Precipitação: Ag solúvel + Ac; Ativação do Complemento(C): Ag em solução ou em partícula + Ac específico; Citolise: Célula + anti-célula Ac; Opsonização: Ag + Ac + C aumenta a fagocitose por monócitos ou macrófagos Neutralização: Toxinas, viroses, enzimas + Ac específico = inativação. Técnicas Imunológicas de Diagnóstico Laboratorial Anticorpos: chave para o diagnóstico  Metodologias que utilizam reagentes nãomarcados:  1. Reação de Precipitação;  2. Reação de Aglutinação;  3.Fixação do Complemento.  Metodologias que utilizam reagentes marcados:  4. Quantificação de Antígenos por Imunoensaios;  5. Imunofluorescência;  6. Citometria de Fluxo. Técnicas Imunológicas de Diagnóstico Laboratorial Interações Antígeno-Anticorpo  1. Reação de Precipitação:  Quantificação de precipitados formados pela reação AgAc;  Pode ocorrem em solução ou gel de agarose. Técnicas Imunológicas de Diagnóstico Laboratorial Interações Antígeno-Anticorpo    Efeito Pró-Zona Zona de equivalência: Ag-Ac se ligam equimolarmente formando uma rede estável. Excesso de Ag: Os complexos podem ser dissolvidos quando há excesso de Ag pois o Ac fica livre para se ligar a novos Ag adicionados diminuindo a formação de complexos insolúveis. Excesso de Ac: Ocorre redução de imunocomplexos pois todo o Ag está precipitado e fica Ac livre no sobrenadante. Técnicas Imunológicas de Diagnóstico Laboratorial Interações Antígeno-Anticorpo  1. Reação de Precipitação:  Efeito Pró-Zona:  Excesso de anticorpos na amostra, que ocorre nos soros fortemente reagentes;  Pode ocasionar falsos-negativos;  Para evitá-lo, emprega-se soro diluído.  Possui sensibilidade de detecção menor quando comparados a outras técnicas imunológicas. Técnicas Imunológicas de Diagnóstico Laboratorial Interações Antígeno-Anticorpo  2. Reação de Aglutinação:  Formação de agregados visíveis como resultado da interação de Acs específicos e partículas insolúveis que contêm determinantes antigênicos na superfície;  Comparada à precipitação, é mais sensível, necessitando de uma quantidade de Ac 500 vezes menor;  Diagnóstico de doenças causadas por vírus, bactérias, protozoários e fungos, doenças auto-imunes, na detecção de hormônios, na tipagem de grupos sanguíneos dos sistemas ABO e Rh, etc. Técnicas Imunológicas de Diagnóstico Laboratorial Interações Antígeno-Anticorpo  2. Reação de Aglutinação Direta:     Partículas que apresentam determinantes antigênicos naturais em sua superfície; Hemácias, bactérias, protozoários, etc; Diluições em série do anticorpo, frente a uma quantidade constante de antígeno; Tipagem ABO e Rh. Técnicas Imunológicas de Diagnóstico Laboratorial Interações Antígeno-Anticorpo  2. Reação de Aglutinação Indireta:    Partículas que apresentam determinantes antigênicos associados a outras superfícies (partículas de látex ou poliestireno) ou superfície de hemácias; Adsorção passiva, adsorção via agentes químicos e conjugação do antígeno; Sua aplicação é muito variada: grande diversidade de Ags que podem se ligar às células. Técnicas Imunológicas de Diagnóstico Laboratorial Interações Antígeno-Anticorpo  3. Fixação do Complemento:  Formação de complexos imunes e fixação do complemento por via clássica;  Determinação da quantidade de Ag e Ac na amostra;  Detecções de Ac em níveis inferiores a 1 µg/mL;     Antígeno misturado com o soro teste; Complemento é ativado; Eritrócitos recobertos com anticorpo são adicionados; A quantidade de lise é limitada ou não. Técnicas Imunológicas de Diagnóstico Laboratorial Interações Antígeno-Anticorpo  Etapas:     Complexo Ag-Ac = complexos imunes; Fixação e consumo do complemento; Se houver complemento: lise celular; Se o complemento foi consumido: não há lise celular. Técnicas Imunológicas de Diagnóstico Laboratorial Anticorpos: chave para o diagnóstico  Metodologias que utilizam reagentes não marcados:  1. Reação de Precipitação;  2. Reação de Aglutinação;  3. Fixação de Complemento.  Metodologias que utilizam reagentes marcados:  4. Quantificação de Antígenos por Imunoensaios;  5. Imunofluorescência;  6. Citometria de Fluxo. Técnicas Imunológicas de Diagnóstico Laboratorial Interações Antígeno-Anticorpo  4. Quantificação de Ags por Imunoensaios:       São os mais utilizados; Ensaios de captura de 2 fases ou pelo ensaio competitivo; Ensaios de fase sólida p/ Acs utilizando ligantes de isótopos radioativos ou com enzimas; Radioimunoensaio (RIE); Ensaio Imunossorvente Ligado à Enzimática (ELISA – Enzime-Linked Immunosorbent Assay); A versão mais comumente usada é o “ensaio em sanduíche”. Técnicas Imunológicas de Diagnóstico Laboratorial ELISA Sanduíche  Utilização:   Dosagem de hormônios, marcadores tumorais e outras proteínas séricas; Detecção de antígenos virais e outros patógenos em fezes, urina e secreções. Técnicas Imunológicas de Diagnóstico Laboratorial ELISA por Competição Técnicas Imunológicas de Diagnóstico Laboratorial Vantagens do ELISA        Sensibilidade e especificidade maior que o RIA; Reação Ag-Ac é mediada pela atividade enzimática; Utiliza reagentes estáveis; Não utiliza radioisótopos; Não depende de formação de precipitado, aglutinado, etc; Pode ser adaptado tanto a testes simples quanto à automação; Vários testes podem ser realizados simultaneamente. Técnicas Imunológicas de Diagnóstico Laboratorial Interações Antígeno-Anticorpo  5. Imunofluorescência:  Um das mais utilizadas no diagnóstico de laboratório para a pesquisa de Acs para Ags celulares e teciduais;  Baseia-se na capacidade das moléculas de Ac se ligarem covalentemente a fluorocromos sem perder sua reatividade específica com o Ag;  Resultado: microscópio de fluorescência. Técnicas Imunológicas de Diagnóstico Laboratorial Interações Antígeno-Anticorpo  5. Imunofluorescência:  Diagnóstico de doenças auto-imunes;  Anticorpos monoclonais para a pesquisa de microrganismos e seus componentes em espécimes clínicas.  Intensidade de fluorescência de cada célula;  Isolamento de diferentes populações celulares c/ diferentes Ags de superfície, corados por diferentes Acs de fluorescência;  Direta ou Indireta. Técnicas Imunológicas de Diagnóstico Laboratorial Interações Antígeno-Anticorpo   Direta: se o Ac reagir com o Ag, é visto como uma mancha verde sob luz ultravioleta; Indireta: Ac fluorescente dirigido contra Acs, também funcionando como Ag; melhor visualização que a direta. Técnicas Imunológicas de Diagnóstico Laboratorial Interações Antígeno-Anticorpo  6. Citometria de Fluxo:  Separação de células marcadas por fluorescência;  Acs dirigidos contra moléculas de membrana ou Ags do Conjunto de Diferenciação (CD);  Cada Ac é marcado com um fluorocromo diferente;  Teste qualitativo e quantitativo. Técnicas Imunológicas de Diagnóstico Laboratorial Interações Antígeno-Anticorpo  Aplicações:  Determinar o tipo e nº de células brancas sanguíneas;  Isolamento e avaliação de subpopulações celulares, como CD4 e CD8;  Distribuição de células de acordo com a densidade dos Ags;  Tamanho celular;  Uso de múltiplos Acs fluorescentes: diagnóstico do HIV e leucemias agudas. Técnicas Imunológicas de Diagnóstico Laboratorial Referências  ABBAS, A.K.; LICHTMAN, A. H.; PILLAI, S. Imunologia Celular e Molecular. 6 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.  BENJAMINI, E.; COICO, R.; SUNSHINE, G. Imunologia. 4 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002.  ROITT, I.; BROSTOFF, J.; MALE, D. Imunologia. 6 ed. São Paulo: Manole, 2003. Técnicas Imunológicas de Diagnóstico Laboratorial